sexta-feira, 29 de junho de 2012

O sonho de Renato Portaluppi vai parar no Inter

Ídolo gremista, Renato Portaluppi tem status de semideus no Estádio Olímpico. Em sua passagem como técnico em 2010, por exemplo, dava pitacos até mesmo à direção. Dizem, inclusive, que barrava contratações - o argentino Dátolo teria sido um caso. Por outro lado, indicava reforços, que logo eram contratados. Foi assim com o meia Carlos Alberto, os zagueiros Paulão e Rodolfo, entre outros. Porém, um jogador foi entregue na sala do presidente, procurado, mas jamais desembarcou: o volante Ygor. Foram inúmeras as propostas e assédios do então vice-presidente de futebol Alberto Guerra, mas nada demovia o Figueirense de contar com o atleta no Orlando Scarpelli.

Pois agora, para desespero daqueles que confiaram na indicação do técnico, Ygor defenderá o clube do Beira-Rio. Com a perda de Sandro Silva (que pode parar, curiosamente, no Grêmio), o Internacional resolveu buscar em Santa Catarina seu substituto. Com 28 anos, o jogador é natural de Santana do Livramento e atuou sob o comando de Renato Portaluppi no Vasco da Gama e Fluminense - sendo, neste último, vice-campeão da Libertadores, passando por Boca Juniors e São Paulo, parando somente na LDU.

Se jogará mais ou menos que Sandro Silva não sei, agora posso atestar com toda a certeza do mundo que Ygor não foi contratado pelo Inter com o aval de Renato - tampouco de Dorival, que negou ter citado o nome do atleta ao departamento de futebol vermelho. Nesta onda de rivalidade Gre-Nal pelo mercado de contratações, não duvido que a busca tenha sido um pouco de vinçança. A verdade é que o sonho do ídolo gremista fardará vermelho a partir de agora.

Uma casa de aluguel

Ao contrário do que dizia o presidente Giovanni Luigi, o Internacional tem sim um plano B. É muito pequena a possibilidade de que o Beira-Rio possa driblar a interdição aplicada pelo Ministério Público e, com isso, a Montanha dos Vinhedos será a casa provisória dos colorados. Estive em Bento Gonçalves nesta sexta-feira e conversei com dirigentes do Esportivo pessoalmente. Mesmo que não se oficialize a visita da delegação porto-alegrense, se fala com muito otimismo. O clube da Serra vê com bons olhos, já que a bilheteria nos jogos durante a Divisão de Acesso do Gauchão não têm sido das melhores (a média de público é de 900 torcedores por partida).

Além disso, Bento Gonçalves não é novidade na vida colorada. Acostumado a realizar as últimas pré-temporadas na 'Capital da Uva e do Vinho' - exceto neste ano, que foi em Gramado -, o Inter tem a parceria com o Hotel Dall'Onder e a empresa Geremia, que poderia disponibilizar seus campos de treinamento. Ainda por cima, traz boas lembranças. Em 2004, ano em que o próprio estádio Montanha dos Vinhedos foi inaugurado, o Colorado venceu um clássico Gre-Nal de virada, por 2 a 1 (gols de Edinho e Nilmar, com Luciano Ratinho anotando para os gremistas). Era o exato dia em que o clube comemorava 95 anos de história.

Enfim, este será o provável palco do duelo com o Cruzeiro, válido pela 8ª rodada do Brasileirão, no próximo sábado. O único porém, reclamado inclsuive pelo treinador do time anfitrião, o ex-jogador Luís Carlos Winck, é a grama 'amarelada'. Castigado pelas geadas e chuvas serranas, o gramado assusta à primeira vista, mas deve ser tratado nos dias seguintes. Outra situação que merece atenção é a capacidade do estádio. O clube bento-gonçalvense estuda, quem sabe, a instalação de arquibancadas móveis, de madeira, para aumentar o número de torcedores, que atualmente está capacitado para receber em torno de 15 mil pessoas.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Não duvide de um Gre-Nal por Thiago Ribeiro

Nesta quinta-feira, o vice-presidente de futebol do Inter, Luciano Davi, confirmou aos repórteres que pensa em um plano B, caso o Villareal não aceite a proposta colorada por Nilmar. Thiago Ribeiro, ex-Cruzeiro e que atualmente defende o Cagliari, seria o nome especulado. Porém, antes disso, é necessário esperar que o clube italiano não queira exercer o direito de compra, já que o atacante pertence ao Rentistas, do Uruguai. Pois vou além, e prevejo um clássico Gre-Nal por Ribeiro.

Digamos que além do negócio de Nilmar, acabe melando também o acerto com Rafael Sobis para os gremistas. Convenhamos, é algo bem possível de acontecer. Caso o Fluminense adquira os direitos do ex-colorado junto ao Al-Jazira (assim como o Vasco fez com Éder Luís), teríamos uma briga pelo mesmo atleta. Não é de agora que os clubes de Porto Alegre pensam nos mesmos jogadores. Só neste ano, tivemos na pauta o zagueiro Naldo, do Werder Bremen. E, caso isso aconteça, me antecipo: ninguém levará o atacante.

Às vezes – na maioria delas -, a rivalidade gaúcha só nos prejudica. Em um Estado onde se ‘grenaliza’ até mesmo as obras de um estádio de futebol, competir pela contratação de um atacante é coisa pouca. Acontece que nessas pequenas picuinhas do cotidiano, vamos nos apequenando, enquanto paulistas e cariocas pensam grande e levam Copa do Brasil e Brasileirão anos após ano. É a vida! A rivalidade que transformou Inter e Grêmio em campeões mundiais, também os rebaixa a coadjuvantes nacionais.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Maloqueiro colorado no Catar

Magrão está de volta ao Beira-Rio. Não é uma contratação, mas bem que poderia ser. Na iminência de perder Sandro Silva, o Inter tem um volante treinando entre os seus, mas pretende apostar nos garotos Elton e Josimar. Com 33 anos, Magrão passa férias no Brasil e viaja neste final de semana para São Paulo para ver seus parentes. Depois, retorna a Porto Alegre, onde vive a família da esposa.

Atualmente no Al-Wahda, Magrão está se transferindo para outro clube do Catar e não pretende retornar do Oriente Médio tão cedo. “Não recebi proposta do Inter. Somente o Palmeiras me procurou, mas se eu voltasse ao Brasil, voltaria para o Inter”, confidenciou o jogador ao repórter Henrique Pereira, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). As raízes deixadas no Beira-Rio foram tão fortes que, mesmo do Catar, o volante mantém contato com o preparador físico Élio Carravetta, que o repassa via e-mail os exercícios que deve fazer para se manter em alto nível. Agora, mesmo que os campeonatos asiáticos estejam em recesso, o atleta trabalha por conta própria na casa colorada.

Além disso, para se manter informado sobre a situação do Inter nos gramados, Magrão procura ler notícias via internet. “O problema é que, com o fuso horário, quando escuto as rádios aqui é madrugada para vocês. Então, escuto o Boteco da Rádio GRENAL”, comentou. Que responsabilidade, hein Régis Ramos!?

Google do Grêmio

Foto: Edu Andrade (UOL)

A partir da próxima rodada do Brasileirão, o Grêmio passará a contar com os serviços prestados do ‘Google’. Não, o clube gaúcho não fechou uma parceria com o site de buscas. Acontece que este é o mais novo apelido do meia Zé Roberto no Estádio Olímpico.

Segundo revelou o repórter Gonçalo Cirne Lima na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), tudo não passa de uma brincadeira dos próprios companheiros de equipe, que dizem: “Ele encontra mais que o Google”. Em poucos treinamentos já deu para sentir a grande diferença e toque de qualidade que dará ao time. Basta um atacante aparecer livre na área, para que o camisa 10 encontre-o. E se um lateral ultrapassa a linha de marcação, o meio-campista o coloca na cara do gol.

Entretanto, a melhor função de todas deve ser achar o real posicionamento de Marco Antônio. Quando todos imaginavam sua saída para o banco de reservas, o técnico Vanderlei Luxemburgo projetou o time com todos os meias postados em campo. Acontece que Léo Gago pode aparecer na lateral esquerda, enquanto Marco Antônio seria recuado para a ponta direita do losango. Realmente, Zé Roberto parece ter sido um grande achado da diretoria gremista.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Na beira do caos

O Internacional vai tentar convencer a sociedade gaúcha de que precisa atuar dentro do Beira-Rio nesta temporada. A coletiva de imprensa do presidente Giovanni Luigi, concedida nesta terça-feira, foi só o começo. Há um consenso no clube de que, sem o mando de campo (interditado pelo Ministério Público), o Colorado perderá força e pode ver o sonho do tetracampeonato brasileiro escorrer pelo ralo. O exemplo vem de Minas Gerais e tem em Dorival Júnior o principal interlocutor.

O atual técnico vermelho viveu de perto a realidade dos clubes de lá. Desde que fechou o Mineirão, Cruzeiro e Atlético-MG deixaram de figurar nas competições que disputavam. De postulantes a título, em questão de um ano, brigavam para não fazer fiasco. “O Atlético divulgou o balanço de 2011 em que apresentou um déficit de quase R$ 14 milhões. Além da perda financeira, tem a perda técnica”, comentou o repórter Álvaro Vilaça, da Rádio Inconfidência, em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Pois, bastou reaver os jogos no Estádio Independência, em Belo Horizonte – finalmente saindo de Sete Lagoas -, para que os clubes aparecessem na liderança do Brasileirão neste ano.

Este é justamente o medo do Internacional. Com a casa interditada, o Colorado terá de mandar suas partidas para o interior do Estado (Caxias, Novo Hamburgo, Pelotas ou Erechim). Há ainda a possibilidade de sediar jogos em Porto Alegre, mas com portões fechados, sem torcida. Entretanto, isso representaria uma perda enorme de bilheteria ao clube. Enfim, estamos diante de uma sinuca de bico. Ou o Inter recorre da decisão e vence, ou terá fortemente ameaçado o sonho de título. E, pior que os mineiros ainda por cima, pois olhará para o lado e, ao invés de ver o rival chafurdando na mesma lama, vislumbrará a inauguração de um estádio nos moldes UEFA. Preocupante!

O ensinamento da Família Sóbis

Rafael Sóbis já deu duas voltas olímpicas com um bandeirão vermelho no Beira-Rio, logo após dar duas Libertadores ao Inter. Então, a identificação com o lado colorado do Estado o impediria de vestir a camisa do Grêmio? E se eu falar para você que a família do atleta vê com muito bons a possibilidade de acerto com o Tricolor? Sim, a família de Sóbis é gremista. Esta foi a revelação feita pelo ‘Seu Antônio’, pai do jogador, em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) - link abaixo.

Aliás, eu recomendo para todos os gaúchos, que sabem o que simboliza a rivalidade Gre-Nal, ouvir este bate-papo. Com a pureza e sinceridade que lhes são dignas, Antônio não esconde de ninguém que, apesar de “gremista de coração” torceu muito pelo filho quando este vestia a camisa colorada. “Na primeira vez que ele foi campeão da América, torci pelo Inter, fizemos muita festa e chorei”, desabafou. Entretanto, comentou que não vê a hora do filho desembarcar no Olímpico: “Pra mim seria um prazer muito grande”, finaliza.

Enquanto gremistas repelem a contratação de Sóbis pelo fato de verem nele o herói do rival, e colorados o excomungam por traição, a família do jogador nos ensina que, às vezes, a rivalidade Gre-Nal é estúpida. Não interessa com qual camisa ‘Rafinha’ corria pelos campinhos de futebol em Erechim! Pouco importa o quanto ele ajudou ou torceu para um dos times. Os Sóbis estarão sempre torcendo pelo bem do atleta, até mesmo se ele continuar no Fluminense. Assim sigo eu também, torcendo sempre pelo bem do grande caráter e profissional Rafael Sóbis.


segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sandro Silva pode repetir Batista

O casamento entre Sandro Silva e Internacional ainda não chegou ao fim, como foi noticiado, mas vive uma crise quase irreversível. O divórcio parece questão de tempo e, para piorar a relação com a torcida colorada, o volante pode parar no clube rival – o Grêmio. As declarações dos dirigentes vindas do Beira-Rio contrastam completamente com as ouvidas pelo Olímpico. Enquanto Fernandão e Luciano Davi cobram mais esforço do atleta e de seu empresário para a permanência, Paulo Odone abre os braços como um ‘bom pai’. E, neste quesito, o presidente gremista é expert.

Em 1981, ainda como vice de futebol de Hélio Dourado, o atual presidente tricolor foi um dos responsáveis por tirar Batista, volante do Inter, e colocar no Grêmio. A notícia explodiu, virando capa de revista, jornais e ganhando manchetes em todo o Brasil. Batista simplesmente era tricampeão brasileiro com o uniforme vermelho e titular da Seleção Brasileira na última Copa do Mundo, em 1978. Porém, após uma fratura na perna, reivindicou um aumento salarial que pegou muito mal junto à direção vermelha, que a negou. O Grêmio, porém, acenou com a quantia pedida e Batista passou a fardar tricolor.

A passagem de Sandro Silva no Beira-Rio não foi tão vitoriosa ou duradoura como a de Batista. A comoção nacional não terá as mesmas proporções, mas vale lembrar o que ocorreu com o ex-atleta (hoje comentarista). Ele ainda é visto por parte da torcida como ‘traidor’ da causa colorada. Sandro correrá este mesmo risco? Vivemos em um mundo capitalista, onde o futebol está profissionalizado. Nada impede Sandro Silva de vestir o uniforme gremista. Não impediu Batista, Rochemback, Fábio Pinto, Tesourinha. O grande problema é saber lidar com a rejeição de uma torcida, que certamente viverá para sempre.

Pico da carreira

Nesta segunda-feira tive a oportunidade de ouvir Anderson Pico na Rádio GRENAL (AM 780/FM 101.9). É a oportunidade de ver ao vivo o ressurgimento de um jogador promissor das categorias de base do Grêmio. Tudo isso porque no próximo domingo poderemos tê-lo de volta à ala esquerda do Tricolor. Com a lesão de Pará, que passará por cirurgia no menisco do joelho direito, e a impossibilidade legal de ver estrear Fábio Aurélio (ainda com contrato em vigor pelo Liverpool), as portas se reabrem para o ‘novo velho’ lateral diante do Atlético-MG.

O mais intrigante disso tudo é a idade de Pico: 23 anos. Com a experiência de quem rodou o interior do Estado (passando por Juventude, Santo Ângelo e São José), e ainda por cima tendo no currículo um vice-campeonato brasileiro, o jogador está longe de ser um veterano, mas ao mesmo tempo não se encaixa no perfil de ‘garoto’. Para se ter uma noção, em 2008, quando recebeu a primeira oportunidade de Celso Roth, Pico tinha apenas 17 anos! Aliás, naquela época, tamanha era a resposta positiva dada pelo garoto que houve quem projetasse nele o sucessor de Roberto Carlos na Seleção Brasileira.

Não defendo esta tese, mas também não reprovo o atleta. O próprio Vanderlei Luxemburgo admira o futebol de Pico e adverte: “O único problema dele é a cabeça”. Quando indagado sobre isso, o lateral advertiu: “Minha cabeça está boa. Estou feliz por ser valorizado novamente”. Isso é bom! Tomara que ele saiba aproveitar essa oportunidade. Não quero acreditar que Anderson tenha chegado ao final de sua carreira aos 23 anos, assim como defendia que ele não havia atingido o pico aos 17.

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Não tem magia!

Grêmio e Palmeiras souberam reviver a rivalidade que marcou a década de 90. No entanto, não repetiram as boas atuações daquela época, mas apenas os pontapés e sopapos. Por isso, ficarei com o bom exemplo desta quinta-feira: o chileno Jorge Valdívia. O meio-campista palmeirense, autor do gol que empatou o placar em 1 a 1, é o grande personagem da semifinal da Copa do Brasil. Bastaram poucos minutos em campo para que ele desse a volta por cima de um momento infeliz em sua vida, quando foi vítima de sequestro relâmpago, e se tornasse herói dos paulistas.

E confesso que, no momento em que Felipão sacou o “Mago” da casamata, pensei: “Está feita a bobagem!”. Pelas velhas lembranças que guardo, imaginei que o camisa 10 seria o primeiro a trocar tapas com os jogadores gremistas. Pois me enganei. O cara jogou bola e atirou o último balde d’água na torcida gaúcha. Sim, último, pois a eliminação do Grêmio não acontece em Barueri. Os dois gols sofridos no Olímpico derrubaram o Tricolor.

Enquanto o Grêmio e seus dirigentes apelarem para a ‘imortalidade’, e confundirem raça com barbárie, continuarão assistindo Valdívias comemorarem diante de seus olhos. Culpar o juiz pela eliminação? Xingar repórteres? Às vezes me parece que o clube apreendeu as lições erradas do período em que viveu com Luiz Felipe Scolari. Espero que a Sul-Americana e o Brasileirão sejam encarados de maneira diferente, ou a Arena será inaugurada somente com Gauchão.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

As coisas que só acontecem com o Palmeiras

Alguns (poucos) gremistas já atiraram a toalha. Há quem já dê como sepultada a Copa do Brasil para o Tricolor gaúcho após a derrota em casa para o Palmeiras por 2 a 0. Mas a verdade é que só se saberá o resultado depois do jogo desta quinta-feira, em Barueri. Será uma tarefa dificílima, para poucos, mas algo me leva acreditar numa surpresa do destino. E ela não repousa na ‘imortalidade’ do Grêmio, mas na fama de desastrado do Palmeiras.

Tão logo encerrou o jogo no Olímpico, indaguei o repórter da Rádio Transamérica de São Paulo, Leandro Boudakian: “O Palmeiras já está na final, né?”. Ele, surpreendentemente, me respondeu: “Não sei, cara. Se fosse o São Paulo ou o Corinthians a abrir esta vantagem, diria que estavam na final. Mas têm coisas que só acontecem com o Palmeiras.” O jornalista tem razão. Um filme passou em minha mente – e ele vai bem além da eliminação para o ASA de Arapiraca.

Em 2010, pela primeira vez, a Copa Sul-Americana dava vaga na Libertadores ao seu campeão. Pela semifinal, desenhava-se um confronto brasileiro, entre o mesmo Palmeiras de Felipão e um rebaixado Goiás. No primeiro duelo, os paulistas venceram em pleno Serra Dourada por 1 a 0. Parecia missão fácil carimbar a passagem dentro de casa. Eis que, no Pacaembu, os goianos levaram a melhor, por 2 a 1, de virada. Comandado por Rafael Moura, o Goiás classificou para a final, onde seria derrotado nos pênaltis pelo Independiente (ARG). E, naquele time palmeirense estava Kleber Gladiador, hoje atacante tricolor. Portanto, antes de duvidar ou exaltar o Grêmio, pense no Palmeiras: têm coisas que só acontecem com ele!

Nem água ou luz no Beira-Rio

Depois da inspeção do juiz João Ricardo dos Santos Costa, até a próxima sexta-feira será dado o veredicto se o Beira-Rio poderá continuar (ou não) sediando jogos. O Ministério Público já pediu a interdição, mas a diretoria colorada segue argumentando que o estádio tem condições de permanecer aberto. A dúvida persiste e, para a sorte de todos, as duas próximas rodadas do Brasileirão serão fora de casa para o Internacional.

Acontece que a situação da casa colorada virou piada até mesmo entre os jogadores. Depois de inúmeras coletivas de imprensa atrapalhadas, com barulho de britadeira e marreta ao fundo das entrevistas, e com poeira de tijolos demolidos, só resta rir dos problemas. Na última terça, foi a vez de D’Alessandro fazer piada. Quando o argentino foi falar com os jornalistas, indaguei o repórter Gonçalo Cirne Lima, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), se tínhamos luz para a entrevista - pois houve o dia em que a iluminação teve de ser feita pelas filmadoras dos cinegrafistas presentes. Gonçalo, de pronto, me respondeu: “Temos luz, sim!”. Porém, D’Ale, ouvindo o diálogo, interrompeu: “Temos luz até agora. Daqui a pouco nem água vai ter”. Tudo não passou de brincadeira, mas exprime um pouco da precariedade que os setoristas enfrentam.

Sou da ideia de que o Beira-Rio deve ser fechado, para a segurança de todos. Sei bem que o Inter perderá muito neste Brasileirão sem poder atuar dentro de casa, mas acho inevitável empurrar com a barriga e, literalmente, esconder as rachaduras. Os torcedores sofrem para driblar os escombros, a imprensa é martirizada por transmitir jogos da bandeirinha do escanteio e, agora, nem mesmo o espaço da torcida ‘Popular’ existe. Foi abaixo! A capacidade do estádio deve beirar o número de 20 mil pessoas. Não seria mais saudável procurar um novo local para abrigar suas partidas? Todos os clubes que sediarão jogos da Copa 2014 em suas casas vêm atuando longe dos domínios, somente o Inter reluta em permanecer. Pelo menos enquanto tivermos luz e água.

terça-feira, 19 de junho de 2012

Odone não aceita flores

Nesta terça-feira, um jogador de grife e renome desembarcou livre no mercado do futebol: Roger Galera Flores. O meio-campista, de 33 anos, anunciou às lágrimas a sua rescisão de contrato com o Cruzeiro, clube que defendia desde 2010, por não ter mais “ambiente” com a direção mineira. Bastou a informação pipocar nos sites esportivos para que os ouvintes mandassem inúmeros torpedos à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) perguntando por que o Grêmio não avançava sobre este jogador. Formaria uma bela dupla com Zé Roberto, não? Pois é, mas acho difícil de acontecer. E explico!

Roger já passou pelo Olímpico. O ano era 2008 e a direção era praticamente a mesma que está lá agora - com Paulo Pelaipe de vice de futebol e Paulo Odone como presidente. A única diferença era o treinador, Celso Roth (justamente com quem o meia trabalhou no Cruzeiro por último). Enfim, foi contratado como grande estrela de um time repleto de garotos. Logo, transformou-se no maestro da equipe, brindando a torcida tricolor com a presença da atriz Deborah Secco, sua namorada, nas tribunas do estádio. Era um casamento para lá de feliz.

Até que então, passado um Gre-Nal, Roger apresentou à diretoria uma proposta do Qatar e decidiu dizer adeus. Em seu contrato havia uma cláusula em que permitia a saída em caso de procura do Exterior – o que foi feito, com o aval do Corinthians (clube dono do passe). Odone pulava de raiva em seu escritório por ter dado a chance de um Roger desacreditado se reerguer em Porto Alegre. Dizem, prometeu aos mais chegados que jamais estenderia a mão novamente. Meses depois, o atleta arrependido concederia entrevista a Galvão Bueno, direto do Oriente Médio, dizendo: “Se eu pudesse não teria saído mais do Grêmio”. Tarde demais, o presidente gremista não aceita mais Flores. Ou será que aceita?

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Damião e o pacote do dia 28

Nos últimos dias, muito se falou da possível saída de Leandro Damião do Internacional. Pois agora, pelas informações colhidas pelo repórter Carlos de la Rocha, da TV Pampa, o jogador parece estar de malas prontas para a Itália. Mudanças de foto no perfil do twitter, site do atleta em manutenção. Nada disso seria por acaso! O centroavante defenderá a Juventus de Turim. Entretanto, a venda renderá bons frutos aos cofres colorados: cerca de 27 milhões de euros – uma verba capaz de bancar a contratação de três bons jogadores.

Já teria até mesmo data marcada para a apresentação do trio. No dia 28 de junho, o Inter planeja pôr à disposição da imprensa o zagueiro Lúcio, o atacante Nilmar e o meia-atacante Forlán. O primeiro teria alinhavado salários e, devido à falta de interesse dos europeus, poderia mudar de planos para voltar ao Brasil. O segundo, não é necessário nem quantificar como o clube deseja seu retorno. O último, por sua vez, passa por uma situação de naturalização.

Com quatro argentinos no plantel (D’Alessandro, Guiñazu, Bolatti e Dátolo), a diretoria pensa em conseguir uma dupla cidadania para ‘Cholo’. Instalado em Porto Alegre desde 2007, o camisa 5 se encaixa na exigência da legislação brasileira, que permite a naturalização de pessoas que residam há 4 anos no país. Assim, Forlán poderá vestir a camisa vermelha tranquilamente e entrar em campo. Por enquanto, o plano está somente no papel, em vias de acontecer. Agora é esperar para ver.

domingo, 17 de junho de 2012

Três é demais

Foto: Antônio Carneiro (Lancepress)
 
Antes de rolar a bola nos Aflitos, Vanderlei Luxemburgo anunciou que testaria o esquema tático para o duelo da próxima quinta-feira, contra o Palmeiras, pelo jogo de volta das semifinais da Copa do Brasil. Pois mesmo com 3 atacantes (Miralles, Kleber e Marcelo Moreno), o Grêmio conseguiu ser muito insuficiente diante do Náutico e derrotado por 1 a 0. Acho que a prova não foi legal, né?

Espero uma equipe diferente na escalação para a decisão em Barueri. Não posso acreditar que um time, precisando vencer por dois gols de diferença, entre em campo com um trio de volantes. Entretanto, já percebemos que um ataque formado por três elementos também não mostrou nada de inovador. No próprio Gre-Nal, que eliminou o Tricolor do Gauchão, foi um desastre! A tentativa, portanto, será um novo articulador no meio-campo. A bola da vez será Rondinelly – tudo isso no meu ponto de vista.

É claro que não se pode ter como referência uma atuação no Campeonato Brasileiro, por pontos corridos, para a competição eliminatória. Mas é importante levar em consideração o fator anímico que tem uma derrota, com gol sofrido aos 46 do segundo tempo. Imagine o quadro tendo mais uma derrota na quinta: a crise estará instalada no Olímpico! Se a primeira derrota contra o Palmeiras já doeu, e a segunda diante do Náutico incomodou, uma terceira para os paulistas seria demais!

Andrezinho do Beira-Rio

Foto: Lucas Uebel

Nem os 50 botafoguenses, muito menos os jornalistas cariocas que compareceram no Beira-Rio neste sábado, esperavam uma vitória sobre o Internacional. Mas ela veio, e de virada, por 2 a 1. E o pior para o torcedor colorado é que novamente brilhou a estrela de um ex-jogador. Depois de Fernandão, Iarley, Alex e Rafael Sóbis, foi a vez de Andrezinho deixar sua marca nas redes vermelhas. E antes da jornada, curiosamente, o repórter Lisandro Volante, da Rádio CBN, em contato com a Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), comentou que o Rio de Janeiro ainda esperava ver aquele Andrezinho do Inter em campo. Pois viu, quem diria, em Porto Alegre.

Agora se entende por que a diretoria colorada repatria tantos jogadores. A sina de sofrer gols de ex-funcionários é caso de estudo científico! É melhor aposentar seus ídolos na Avenida Padre Cacique do que vê-los comemorando uma derrota em pleno Beira-Rio. Acontece que a partida diante do Botafogo evidenciou uma situação: qualquer um faz a festa na casa do Inter. Não é somente Andrezinho. Fabrício, Jajá, Guiñazu ou Dagoberto jogam como bem entendem. Não existe comprometimento tático! A impressão é que não existem coordenadas no vestiário.

Por isso, ao final do jogo, se ouviram tantas vaias e gritos de “burro”. O personagem culpado pelo mau momento foi Dorival Júnior. Mas é válido dizer que não passa somente pela derrota do sábado. Dá para dizer que ela foi a gota d’água para a falta de paciência do torcedor. Então, a dica é fácil: ou se retoma as rédeas ou o cavalo passará encilhado - mais um ano.

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Estágio no inferno

Passado o choque da derrota em casa para o Palmeiras, pelo jogo de ida da Copa do Brasil, o Grêmio tenta sarar as feridas. Já nesta sexta-feira embarcou para Recife, onde enfrentará o Náutico, pela 5ª rodada do Brasileirão. É difícil, mas o pensamento do elenco está no duelo da próxima quinta, novamente contra os paulistas. Os gremistas terão de fazer um esforço para mudar o foco da competição. Mas vou dizer que pode ser uma boa para o Tricolor.

Foi nos Aflitos, palco deste domingo, que o Grêmio viveu um dos episódios mais apreensivos de sua história. Se algum torcedor confia na virada pela Copa do Brasil, uma das razões reside em Pernambuco. A famosa ‘Batalha dos Aflitos’, de 2005, mostrou ao mundo que, no futebol, o impossível às vezes cai por terra. Dois pênaltis contra, com quatro jogadores a menos, e mesmo assim a equipe gaúcha conseguiu sair vitoriosa diante do Timbu.

Neste ano, o adversário não é do nível de Série B, é verdade. Porém, o objetivo a ser buscado em Barueri não chega perto da façanha conquistada em 2005, quando o Grêmio fez um estágio no inferno. Quem sabe agora, o retorno à Recife, uma possível exibição do DVD ao atual elenco gremista, não servirá de ânimo para o duelo com os palmeirenses? Vale a pena conferir!

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Amigo de Fernandão, desafeto de Carpegiani

O Internacional finalmente contratou um lateral reserva para Nei: Edson Ratinho. Com 26 anos, o jogador tem o passe fixado junto ao Mallorca (ESP), mas defendeu as cores do Mogi Mirim no Campeonato Paulista. Porém, foi trazido a Porto Alegre pelo que apresentou no São Paulo, onde atuou em 2011. Aliás, atuou até por ali, pois foi pouco aproveitado. Mas a fraca aparição no Morumbi foi explicada pelo jogador logo na apresentação com a camisa colorada. Só não sei se a desculpa irá convencer ou agradar o torcedor.

Segundo Ratinho, as chances não apareceram no Tricolor paulista por desavenças com o então treinador, Paulo César Carpegiani. Tudo porque o comandante não tinha uma boa relação com o fiador de sua contratação - o meia Rivaldo, presidente do Mogi Mirim, e com quem o lateral trabalhou no Bunyodkor, do Uzbequistão. Pois Ratinho esquece que seu “desafeto” é ídolo da massa colorada. Com a camisa vermelha, Carpegiani foi simplesmente bicampeão brasileiro, em 1975 e 1976.

Entretanto, nem só de inimizades viveu o lateral. Em sua passagem pelo clube paulistano, Ratinho criou uma boa relação com Fernandão – que ainda jogador padecia no departamento médico do Morumbi curando uma lesão no púbis. Depois de ser visto em campo pelo time caipira pelo agora diretor técnico do Inter, a indicação foi feita. Para se ter uma ideia, Edson Ratinho venceu uma disputa interna contra o experiente Ceará para enfim ser contratado. Sempre foi o “Plano A” da direção colorada, graças à amizade com o cartola e ídolo colorado. Agora falta conquistar a torcida.

As chuteiras azuis de Sóbis

Rafael Sóbis causou muita confusão ao adentrar o gramado do Estádio Beira-Rio, para o duelo de oitavas de final da Libertadores da América, com chuteiras azuis. Alguns torcedores colorados viram aquilo como um sinal de afronta, uma sinalização de que a partir de agora ele era rival. “Nada a ver. Eu venho usando esta chuteira nos outros jogos, pode olhar”, explicou o atacante na saída do campo.

Pois nesta quarta-feira, recebi a informação de uma pessoa influente no Internacional que Sóbis teria ligado para avisar que foi sondado pelo Grêmio. Ou seja, o que antes era apenas uma chuteira celeste pode se transformar em um tricolor a lhe vestir a pele. Seria o fim dos tempos para o colorado que ainda guarda na retina os gols do atleta nas finais da Libertadores de 2006 e 2010.

No Olímpico, pude perguntar ao presidente gremista Paulo Odone se a informação procedia e não ouvi um sonoro NÃO, muito menos uma confirmação. “Não quero falar sobre isso agora”, declarou o mandatário à Rádio GRENAL (AM 780/FM 101.9). Seria a velha história do “quem cala, consente”? Prefiro ficar com o feeling de quem me passou a notícia, de que Sóbis apenas anunciou aos quatro ventos o interesse do Grêmio – que realmente deve ter ocorrido – para simplesmente dar um sinal de alerta, um aviso à direção vermelha. Mas ela está inerte, enfeitiçada na contratação de Nilmar. Por isso, repasso à torcida do Inter que reze para que o Fluminense acabe contratando o atacante junto ao Al-Jazira, dos Emirados Árabes. Ou, do contrário, as chuteiras azuis de Rafael Sóbis serão por uma camisa azul, preto e branco.

Felipão conhecia o Grêmio

Foto: Fabiano Amaral (Jornal Correio do Povo)

Depois de engolir a derrota surpreendente por 2 a 0 para o Palmeiras, ao lado dos 45 mil espectadores que compareceram no Estádio Olímpico, apenas uma voz ecoava em minha mente: “o Grêmio se mostrou muito mais para o Palmeiras do que o Palmeiras se mostrou para o Grêmio.” Esta foi a frase proferida pelo técnico Luiz Felipe Scolari, no microfone da Rádio GRENAL (AM 780/FM 101.9), após a partida pelo Brasileirão em que o Tricolor saiu vitorioso.

Felipão estava certo. Naquela oportunidade, com um time completamente descaracterizado, o treinador do Palmeiras escondeu o que tinha de melhor a oferecer. Enquanto isso, o Grêmio mandou a campo o que tinha de melhor, se esforçou ao máximo e mostrou suas virtudes e defeitos. O mestre da casamata, a raposa chamada Scolari teve uma semana para repassar em sua mente a estratégia perfeita capaz de implodir o time gaúcho já na partida de ida pela semifinal da Copa do Brasil.

Vanderlei Luxemburgo, pelo contrário, jamais esperou ver o zagueiro Henrique postado como volante (quase um líbero), neutralizando todas suas jogadas pelo meio-campo. “Faltou o drible”, sentenciou após a partida. Foi uma ducha de água fria nos planos gremistas que, mais uma vez, depois da frustração, teve de apelar para o discurso da mística, da camisa, da imortalidade. Posso errar completamente minha sentença, mas o Grêmio foi eliminado da competição na noite desta quarta-feira, 14 de junho de 2012.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Paixão só no sobrenome

Para este encontro entre Grêmio e Palmeiras, pela Copa do Brasil, muito tem se falado do embate entre Vanderlei Luxemburgo e Luiz Felipe Scolari. É a reedição de um enfrentamento que ganhou ares de rivalidade na década de 90. Também se lembrou que será, pela primeira vez, que teremos frente a frente Kleber Gladiador e Felipão, depois dos dois terem se desentendido no Palestra Itália, no ano passado. Agora, o que poucos lembraram é da história que o preparador físico Paulo Paixão construiu ao lado de Scolari, e que estará em jogo a partir desta quarta-feira.

Ao todo, foram levantadas 10 taças pela dupla Scolari-Paixão, sem falar nas conquistas isoladas de cada um. Uma história de respeito e amizade, iniciada ainda em 1994, com o início da passagem pelo Grêmio, culminando com o título da Copa do Mundo de 2002 com a Seleção Brasileira (quase um presente do destino, tendo em vista que ambos perderam juntos os Mundiais de 1995 e 1999, com Grêmio e Palmeiras respectivamente).

Mas, quando a bola rolar nesta quarta, nenhuma lágrima vai rolar do rosto do técnico ou do preparador. Sem ressentimentos. Neste ponto, nenhum dos dois é passional – nem mesmo Paixão. Aliás, o melhor sobrenome para o preparador físico do Grêmio seria "Paulo Profissional".


- Títulos da dupla Scolari-Paixão:






1994 - Copa do Brasil (1994)
1995 - Campeão da Libertadores da América (Grêmio)
1995 - Campeão Gaúcho (Grêmio)
1995 - Campeão Copa Sanwa Bank (Grêmio)
1996 - Campeão Gaúcho (Grêmio)
1996 - Campeão Copa Renner (Grêmio)
1996 - Campeão Brasileiro (Grêmio)
1996 - Campeão da Recopa Sul-Americana (Grêmio)
1999 - Campeão da Libertadores da América (Palmeiras/SP)
2002 - Campeão do mundo (Seleção Brasileira)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ceará seis anos depois

O herói do título mundial do Internacional, sem dúvidas, é Adriano Gabiru, pelo gol da vitória diante do Barcelona. Porém, outros nomes ficaram no imaginário do torcedor, como Clemer, Iarley, Índio. Entretanto, destes operários, um jogador que passou a ser idolatrado foi o lateral-direito Ceará, que simplesmente anulou Ronaldinho Gaúcho – o grande temor dos colorados. Pois, segundo o que informou o repórter Henrique Pereira, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o pesadelo de R10 está próximo de anunciar seu retorno ao Beira-Rio.

Vendido ao PSG logo após a conquista da Recopa, em 2007, Ceará rescindiu seu contrato com o clube francês e iniciou conversas com Fernandão (capitão da conquista de 2006 e hoje diretor técnico). Na última quarta-feira, o lateral assistiu ao jogo com o São Paulo do próprio estádio, em Porto Alegre. Acontece que Ceará não será o primeiro a ser repatriado pelo Inter. Nos últimos anos, voltaram para a casa oito jogadores que marcaram seus nomes na história vermelha: Renan, Bolívar, Fabiano Eller, Tinga, Daniel Carvalho, Rafael Sóbis, Nilmar e Christian.  

Nada contra repatriações, mas não sei se o caso de Ceará é benéfico ao Colorado. Marcos Venâncio de Albuquerque, cearense de Crato, sempre chamou a atenção pelo vigor físico. Porém, no próximo dia 16, o atleta completará 32 anos de idade. Isso não é rejuvenescer o elenco! Confesso, não assisti aos últimos jogos do lateral em Paris, mas penso: se Ronaldinho não é nem de perto aquele maestro que foi 6 anos atrás, o que esperar de Ceará, que sempre foi um simples operário? Muita calma na hora de fechar um contrato, colorados!

sexta-feira, 8 de junho de 2012

Irmandade lusitana por Éder Luís

Mesmo depois de apresentar Zé Roberto e Fábio Aurélio, o Grêmio segue no mercado em busca por reforços. Em discursos inflamados, o diretor executivo Paulo Pelaipe já anunciou que pretende montar um elenco que encare em alto nível todas as competições em disputa (Copa do Brasil, Brasileirão e Sul-Americana). Por isso, mira mais duas contratações que deixem o grupo qualificadíssimo: um meio-campista e um atacante de velocidade.

O meia ainda é mantido em sigilo, mas o atacante, não é mistério para ninguém, se chama Éder Luís. Acontece que, para avançar sobre o jogador, o Grêmio terá que esperar os passos do Vasco da Gama. Atual camisa 7 do clube da Colina, o atleta tem seu contrato de empréstimo encerrado no último dia de junho e, quem oferecer os 4 milhões de euros pedidos pelo Benfica, o leva para casa.

Acontece que a prioridade é do Vasco, que promete exercer a compra no final do mês. Em contato com a Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o diretor executivo dos cariocas, Daniel Freitas, revelou que os primeiros contatos já foram feitos e o negócio está “encaminhado”. A relação entre Vasco e Benfica vai muito além da irmandade lusitana. Além de Éder Lúis, os portugueses possuem o meia Fellipe Bastos em São Januário – também emprestado.

Não tem Lúcio, mas tem Juan

Na próxima semana, o vice-presidente de futebol do Internacional, Luciano Davi, embarca para a Europa em busca de reforços para o time de Dorival Júnior. A Espanha será o primeiro destino, onde o dirigente visitará os clubes Villareal, Málaga e Mallorca. No primeiro, fará uma proposta de 5 milhões de euros por Nilmar; no segundo, tentará renovar o empréstimo de Sandro Silva; por fim, no último, sondará a situação do lateral-direito Edson Ratinho, que está no Mogi Mirim.

Porém, o passaporte de Luciano Davi não ficará restrito ao território espanhol, mas também passeará pela Itália. Em informações obtidas pela Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o zagueiro Juan, da Roma, é o sonho de consumo da direção colorada. Em matéria publicada no site Tutto Mercato, o brasileiro aparece em uma lista de 10 atletas que serão emprestados ou dispensados pelo clube italiano. Assim, as negociações com o Inter poderiam acontecer. Até agora, o acerto é negado pelos cartolas gaúchos. Até mesmo o pai do atleta, Roberto, em contato direto com a reportagem, negou o retorno do filho ao Brasil.

Juan tem 33 anos e formou a dupla de zaga da Seleção Brasileira com Lúcio nas duas últimas Copas do Mundo. Este último já foi sondado por Fernandão, que recebeu de seu empresário a resposta de que o ex-colorado ainda pretende permanecer na Europa, mesmo saindo da Internazionale de Milão. Assim, o holofote do Beira-Rio mira a partir de agora Juan.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

O retorno dos garotos propaganda

Os maiores salários de Porto Alegre, os atletas com maior potencial se tratando de marketing, amados pelas torcidas. Não é pouco o que representam os retornos de Kleber, no Grêmio, e D’Alessandro, no Internacional. Sem dúvidas, são os melhores jogadores de seus plantéis, as referências técnicas de seus clubes. E, quando eles resolvem voltar com tudo, como se não tivessem passado longo tempo estacionados no departamento médico, o abismo que os separa dos reles mortais é escancarado. O marketing da dupla comemora: longa vida aos craques!

No Beira-Rio, D’Alessandro é rei. Depois de negar qualquer proposta chinesa, o argentino se mostrou endiabrado, comandando a vitória de 1 a 0 sobre o São Paulo. Aliás, o gol que marcou, de falta, é de uma categoria inquestionável. A cobrança alcançou o ângulo do goleiro Dênis e atirou o Colorado para o topo da tabela de classificação do Campeonato Brasileiro. Se o sonho do título ganha força é graças ao camisa 10.

Mas o que dizer do atacante Kleber? O “Gladiador” não só voltou antes do tempo previsto, como não apresenta mínimos sinais de que passou recentemente por uma fratura na perna. É impressionante! O atacante não fez o gol da vitória gremista sobre o Atlético Goianiense (coube a Miralles a tarefa), mas já mostrou que está com fome de bola. A Copa do Brasil que o espere!

terça-feira, 5 de junho de 2012

D’Alessandros vem e vão

Nesta terça-feira eu estava de folga da Rádio GRENAL (AM 780/FM 101.9) e por isso não estive no ar pela manhã. Ao contrário, tomei café e me sentei em frente ao notebook na sala de casa. Para minha surpresa, às 10h30min, no Twitter, saltou a informação do repórter argentino César Luis Merlo: D’Alessandro está sofrendo novo assédio do Shanghai Shenhua, da China. Desde então, entrei em contato com os colegas de rádio, que passaram a divulgar. Alguns minutos depois, outro periodista de Buenos Aires, Seba Srur, lançou a mesma nota. Foi como se o segundo avião estivesse acertando a torre do World Trade Center.

Passada a adrenalina inicial, voltei a 2008, quando, ainda estagiário de faculdade, me encontrava em um Congresso de Jornalismo em Santa Maria (RS). Em um dos intervalos entre palestras, fui almoçar com um colega e amigo (colorado fanático de Dom Pedrito). Sentados em frente à televisão rebemos a notícia de que Fernandão havia sido vendido ao Al-Gharafa, do Qatar. Foi como se estivéssemos assistindo o primeiro avião terrorista do WTC. Porém, enquanto meu companheiro estava inconsolável, me pareceu natural a saída do então capitão do Inter. As lesões vinham atrapalhando o camisa 9, e a verba que entrava nos cofres não era das piores.

Minha percepção se mostrou correta quando, para substituir Fernandão, a direção colorada contratou junto ao San Lorenzo (ARG) o próprio D’Alessandro. Posso estar errado, mas vejo semelhanças no negócio de agora com o ocorrido há 4 anos. Entretanto, ao invés de consolar apenas um amigo, me volto a todos os colorados que leem este blog para dizer: se D’Ale sair, não será o fim do mundo.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Nada de santo!

O jogo entre Internacional e São Paulo já se transformou num clássico nacional. Além dos embates decisivos pelas Libertadores de 2006 e 2010, os clubes protagonizaram na última década diversas brigas políticas fora dos gramados. A mais recente delas foi encerrada quando o Colorado pagou R$ 15 milhões para ter definitivamente Oscar. Mas os são-paulinos já tentaram tirar Guiñazu do Beira-Rio. A resposta foi o pré-contrato assinado com Dagoberto. Antes, o zagueiro Miranda, apalavrado com os gaúchos, resolveu rumar para o Morumbi. Sem falar na vez que Fernando Carvalho protestou junto à Conmebol e mandou Ricardo Oliveira de volta ao Bétis. Uma rivalidade bélica!

Porém, quem pensa que dentro de campo a superioridade é totalmente sulista, se engana. Esqueça as vitórias pela Libertadores! Quando o assunto é Brasileirão, como o duelo desta quarta-feira, o São Paulo já provou que vem a Porto Alegre e apronta algumas surpresas. Nos últimos 11 anos, mesmo atuando dentro de casa, os colorados conseguiram vencer apenas 3 vezes, enquanto os paulistas conquistaram 4 vitórias (mesmo número de empates). A última delas, inclusive, no ano passado, causou a demissão do então treinador Paulo Roberto Falcão.

Até mesmo em 2010, quando o Inter superou o São Paulo na semifinal da Libertadores, tomou pancada dentro do Beira-Rio. Nesta ocasião, por exemplo, o atual diretor técnico Fernandão anotou um dos gols do triunfo são-paulino por 2 a 0. E agora, qual será a história? Dorival e seus comandados que se cuidem, pois este São Paulo não tem nada de santo!

- Relembre as últimas partidas:
2011: derrota por 3 a 0 – Fernandinho, Casemiro e Carlinhos Paraíba (SP)
2010: derrota por 2 a 0  - Hernanes e Fernandão (SP)
2009: empate por 2 a 2 – Alecsandro, duas vezes (I); Hernanes e Jean (SP)
2008: vitória por 2 a 0 – Nilmar, duas vezes (I)
2007: derrota por 2 a 1 – Sorondo (I); Edinho (contra) e Borges (SP)
2006: vitória por 3 a 1 – Rafael Sobis e Índio, duas vezes (I); Aloísio (SP)
2005: vitória por 3 a 0 – Fernandão, duas vezes, e Rafael Sobis (I)
2004: empate em 1 a 1 – Marabá (I) e Jean (SP)
2003: empate em 1 a 1 – Cidimar (I) e Diego Tardelli (SP)
2002: empate em 2 a 2 – Fabiano e Cleiton Xavier (I); Reinaldo, duas vezes (SP)
2001: derrota por 4 a 1 – Silvinho (I); Luís Fabiano, Gustavo Nery e França, duas vezes (SP)

Seleção Brasileira do Olímpico

Com o desembarque dos dois reforços nesta segunda-feira, o Grêmio pode se gabar a partir de agora de ter representantes (de todas as funções do campo) que já passaram pela Seleção Brasileira. Se Zé Roberto e Fábio Aurélio serão titularíssimos da equipe e darão certo com a camisa tricolor (10 e 16, respectivamente), é outra discussão. Agora, não há dúvidas que a direção soube reforçar o elenco com peças de experiência – do goleiro ao centroavante, incluindo o preparador físico Paulo Paixão e o treinador Vanderlei Luxemburgo.

Goleiro: Victor – Convocado pelos treinadores Dunga e Mano Menezes, o arqueiro gremista fez parte do grupo campeão da Copa das Confederações de 2009.

Lateral-direito: Gabriel – Quando defendia o Fluminense, em 2005, foi chamado por Carlos Alberto Parreira para o amistoso contra a Guatemala, vencido por 3 a 0, que marcou a despedida de Romário.

Zagueiro: Mário Fernandes (ainda treina no Olímpico) – Convocado como lateral para o Superclássico das Américas, em 2011, o jogador ficou no banco de reservas no primeiro duelo, na Argentina. Para o segundo compromisso, não se apresentou e foi cortado.

Zagueiro: Saimon – Foi campeão sul-americano sub-20, no Peru, em 2011, na campanha que garantiu vaga para as Olimpíadas de Londres.

Lateral-esquerdo: Fábio Aurélio – Sua passagem de destaque foi na Seleção comandada por Luxemburgo nas Olimpíadas de 2000, quando o Brasil foi eliminado por Camarões. Ainda foi convocado por Dunga, em 2009, mas acabou cortado por lesão.

Volante: Gilberto Silva – Dispensa comentários. Como volante, foi campeão mundial em 2002, quando ainda defendia o Atlético-MG. Ainda disputou as Copas do Mundo de 2006 e 2010.

Volante: Fernando – Titular nas conquistas sub-20 do Sul-Americano e Mundial de 2011.

Volante: Misael – Integrou o grupo sub-20 que conquistou o Torneio 8 Nações, na África do Sul, neste final de semana. Além disso, vinha sendo chamado para outras seleções de base.

Meia: Zé Roberto – Com duas Copas do Mundo nas costas (1998 e 2006), o atleta ainda se sagrou bicampeão da Copa das Confederações (1997 e 2005) e Copa América (1997 e 1999 – este último com Luxemburgo no comando).

Atacante: Kleber – Foi campeão do Mundial Sub-20 de 2003, disputado nos Emirados Árabes. Era companheiro de ataque de Nilmar e marcou um gol, na goleada de 5 a 1 sobre o Japão, nas quartas de final.

Centroavante: Marcelo Moreno – Mesmo tendo nascido em Santa Cruz de la Sierra, chegou a vestir a camisa amarelinha nas seleções de base. Em 2005, foi campeão da Copa Sendai com o time sub-18.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um Gre-Nal por Sandro Silva

O Inter encaminhou nesta sexta-feira uma proposta oficial ao Málaga, para contratar o volante Sandro Silva. A informação que chegou ao Beira-Rio, de que o atleta foi sondado pelo Grêmio, gerou certa apreensão na direção colorada, que já estuda contratá-lo de vez, ao invés de prorrogar o empréstimo. Do lado tricolor, o diretor executivo Paulo Pelaipe afirma que o contato com os espanhóis foi feito há 90 dias, quando Sandro era reserva e dado praticamente como carta fora do baralho vermelho. O jogador atuou com Vanderlei Luxemburgo no Palmeiras, o que facilitaria o negócio. Agora, jura Pelaipe, não está mais nos planos.

Mas o interesse gremista nada mais é do que uma resposta à transação que envolveu outro volante, um pouco mais novo. Lucas Severo, então com 15 anos, acompanhado do centroavante Alex Sandro, resolveu trocar o vestiário gremista pelo colorado, em 2010. O negócio não foi esquecido pelo dirigente tricolor, que vê uma antiga pérola do Olímpico brilhando na equipe comandada pelo ex-goleiro Clemer, no Beira-Rio.

Nas últimas entrevistas que concedeu, inclusive para a Rádio GRENAL (AM 780/ FM 101.9), Pelaipe lembrou até mesmo a intervenção colorada quando da tentativa por contratar o meia Giuliano, do Dnipro. Não é de hoje que a dupla avança sobre os mesmos reforços. Nesta temporada, o nome do zagueiro Naldo, do Werder Bremen, e de Rafael Tolói, do Goiás, já foram colocados nos dois lados. Sandro Silva é só mais um neste turbilhão de rivalidade chamado Gre-Nal. Sugiro o seguinte: aproveitem que neste final de semana teremos uma folga no calendário do Brasileirão e organizem um clássico em campo neutro. O vencedor ficará com o volante. O que acham?