
O currículo dele é de respeito. São dois títulos gaúchos com o Inter, dois pernambucanos com o Náutico, um paulista com o São Caetano e três nacionais com o São Paulo (e nesta lista, os colorados ainda colocam o "título simbólico" do Brasileirão de 2005). Só por isso ele saia em vantagem em relação aos seus "adversários" ao cargo - Mano Menezes era o que chegava mais próximo. Mas convenhamos, quem merece mais respaldo: um bicampeão da Série B ou tricampeão da Série A? Além do mais, a proposta da CBF, em rejuvenescer a Seleção, cabe muito bem no perfil do treinador. Foi ele quem lançou para o futebol Nilmar, Daniel Carvalho e Rafael Sóbis no Beira-Rio. No Morumbi, fez o mesmo com Hernanes e Breno. Portanto, podemos garantir que Ganso, Neymar, Anderson, Pato e tantas outras revelações nacionais estarão vestindo a camisa amarelinha muito em breve. Mas será que o setor de Recursos Humanos da CBF avaliou bem o currículo do treinador?
Todas as conquistas de Muricy foram construídas sob a tutela do esquema 3-5-2. Venceu assim no Inter, São Paulo e São Caetano - e agora, mais recentemente, alcançou a liderança do Brasileirão com o Fluminense desta maneira. Será que ele vai repetir o mesmo esquema tático com os selecionáveis? Se o fizer, não teremos o "futebol espetáculo" que tanto foi cobrado de Dunga na Copa da África. E há outro porém, talvez o mais importante de todos. Muricy Ramalho nunca conseguiu vencer um torneio mata-mata. Por estas e outras, recomendo que Ricardo Teixeira, presidente da CBF utilize a sua influência para pedir à FIFA: "Por favor, a Copa de 2014 tem que ser de pontos corridos!".
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