
Emoção! Foi isto que sobrou na comemoração do gol de Geraldo, aos 44 do segundo tempo. E, ao mesmo tempo, faltou no time do Grêmio neste sábado, no Castelão. Resultado: nova derrota no Brasileirão, 2 a 1 para o Ceará. No duelo dos técnicos (ambos campeões do Mundo pelo Tricolor em 1983), melhor para o "Vesgo". E então, desmoronou toda a sensação de que a equipe melhoraria a partir da chegada de Renato Portaluppi e após a vitória contra o Goiás. Restou apenas a revolta por ver o time afundar no segundo semestre de 2010, enquanto o coirmão ainda comemora o título da América. Mas esta parece ser apenas uma visão do torcedor, pois a diretoria ainda enxerga o Grêmio gigantesco - apesar de apequená-lo no dia a dia.
Para demonstrar o tamanho do problema que vive o estádio Olímpico, basta analisar o modo como o clube cearense abriu o placar no jogo. Aos 45 segundos de partida, William Magrão, que segue com a nove nas costas, encarnou o velho Jardel para mandar um testaço para o fundo das redes - porém, para as próprias redes. O Ceará ainda tentou dar uma mão oferecendo o empate também em um gol contra. Mas o Grêmio fez questão de não vencer. Se fechou na zaga e rezou para que São Victor operasse milagres, incluindo a defesa de uma penalidade.
O castigo, embora doído, foi merecido. O Ceará teve a vibração necessária para buscar os primeiros três pontos após a volta da Copa do Mundo. A única explicação para a apatia gremista pode ser que, ao perder, o clube permitiu aos cearenses seguir na briga pelas primeiras colocações, prejudicando o rival Inter. E não me espantaria se esta for a felicidade da diretoria. Nos últimos tempos, a preocupação deles tem sido compararar os feitos do passado com o que o Colorado vem conquistando. Desta maneira, as vitórias também já fazem parte do museu no Olímpico. Triste realidade do torcedor azul, preto e branco.
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