sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Scocco: um novo Bolatti

O presidente Giovanni Luigi e o vice-presidente de futebol Marcelo Medeiros asseguram aos repórteres que estão em Gramado: Ignacio Scocco só sai do Inter se for vendido. Embora o Newell's Old Boys sonhe com o retorno de seu artilheiro via empréstimo, nada disso acontecerá. Aliás, o próprio mandatário colorado adiou mais uma vez o encontro com o empresário Fabian Soldini depois de receber a informação que as propostas que chegaram são apenas por empréstimo. Nada de compra. Assim, a transação não acontece. A direção tenta imediatamente recuperar o investimento alto feito no meio da temporada passada, para contratar aquele que foi um dos maiores destaques da Libertadores da América. E, por conta disso, vê o atacante encalhado no CT Parque Gigante.

Aparentemente, nenhum clube fará a loucura de comprar o argentino que beira os 30 anos, recupera-se de uma entorse no tornozelo e, ainda por cima, fez o favor de queimar seu próprio filme. Ao declarar aos dirigentes colorados que não tinha "adrenalina" para atuar no futebol brasileiro, Scocco anunciou ao mundo que não é um bom profissional. O que o impede de repetir a frase com a camisa do Flamengo, do Sunderland-ING ou de quem quer que seja?! A decepção que abateu os dirigentes não tem tamanho. Confiava-se que este seria o ano de Scocco, após os 6 meses de adaptação. Pois ele não quis se ajudar.

Pelo andar da carruagem, Scocco acabará como seu compatriota Mario Bolatti. Depois de chegar da Itália em 2011, o volante credenciado por Diego Maradona, caiu no esquecimento de inúmeros treinadores. "Espero que não tenha sido vítima de perseguição política. Torço por ele e para que se dê bem no Botafogo", disse Roberto Siegmann, o responsável pela contratação de Bolatti, em entrevista à Rádio GUAÍBA. Pois o volante sofreu, mesmo sem ter falado o que Scocco falou. Treinou separado durante um bom tempo em Porto Alegre, acabou emprestado ao Racing-ARG e lá pouco fez. Agora tentará voltar à tona com a Estrela Solitária do Rio de Janeiro. O impressionante é que nem bem se livrou de um bonde argentino, o Inter ganhou outro.

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