Foto: Neco Varella (Freelancer/UOL)
Há 3 anos, Grêmio e Santos entravam em campo para o jogo de ida da Copa do Brasil. Não era oitavas-de-final, como a desta noite. A competição estava nas quartas, e a partida acontecia no estádio Olímpico (situação inversa a deste ano). Porém, o esquema tático adotado pelo Tricolor era exatamente o mesmo que vem dando sequência de vitórias ao time de Renato Portaluppi: o 3-5-2. Foi uma situação emergencial adotada por Silas, e que se mostraria um enorme equívoco.
Sem poder contar com os laterais Neuton e Fábio Santos, o treinador resolveu implantar três zagueiros - na ocasião, Mário Fernandes, Ozéia e Rodrigo. Assim, Edílson passou para a ala-direita e Hugo foi improvisado no lado esquerdo. Adílson e Willian Magrão formavam a dupla de volantes, com Douglas, Jonas e Borges tomando as ações ofensivas. Tudo isso no papel. Pois o que se viu mesmo foi o Santos dominar a partida, abrir 2 a 0 no placar (gols de André, hoje no Vasco) e ainda perder um pênalti, com Robinho. Um verdadeiro fiasco diante do torcedor em Porto Alegre! Mas, a tempo, Silas reviu o erro e voltou ao seu 4-4-2 - sacou Mário e colocou Joílson, e aí começou a virada que todos lembramos. No final, um incrível 4 a 3, repleto de emoções.
Na Vila Belmiro, o Santos de Dorival Júnior acabaria vencedor. Enfim, provou que era mais time mesmo, foi campeão daquele ano. Entretanto, a lição está ali. Não quer dizer que o 3-5-2 é errado. Se Renato encontrou três vitórias consecutivas com esta formação, que assim permaneça. Não faça como Silas, que resolveu mudar tudo antes de um jogo decisivo. Seria como, às vésperas de enfrentar o Santos hoje, o treinador colocasse um 4-4-2 cheio de improvisações. Não! Ao contrário de 2010, o 3-5-2 é o que o Grêmio tem de melhor para o momento.
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