Foto: Diego Vara (Agência RBS)
A democracia de Renato Portaluppi colocou o Grêmio no G-4 do Brasileirão. Sim, é isso mesmo o que você leu: Renato é um democrata. Pelo menos foi o que explicou Kleber Gladiador, em General Severiano, no Rio de Janeiro, antes de enfrentar o Vasco: "Na primeira vez que ele usou o 3-5-2 (no Gre-Nal), ele não falou com a gente. Para o segundo jogo (Bahia), ele perguntou o que a gente achou e isso é legal, porque nós estamos dentro de campo, nós sabemos", disse o Gladiador. Ou seja, aos poucos, os jogadores estão imprimindo o esquema de três zagueiros no Tricolor.
E ao ouvir o centroavante Barcos, apenas se reforça este pensamento. Na visão do 'Pirata', esta formação tática dá mais liberdade aos atacantes: "Todo o jogo que fizemos com três zagueiros, se não ganhamos, empatamos", opina o camisa 9. E ele tem razão. Na primeira aparição deste esquema, o Grêmio (muito desfalcado) empatou o clássico Gre-Nal em casa. Logo em seguida, contra o Coritiba, Renato voltou ao 4-4-2, com 3 volantes, e o time foi surpreendido em casa. Ao voltar ao trio defensivo, vieram as vitórias contra o Bahia, em Salvador, e por último diante do Cruzeiro, na quarta-feira.
Assim, Portaluppi pode até não ser um exímio estrategista - e até acho que sua grande virtude como treinador está realmente na motivação. Mas o simples fato de saber ouvir e armar a equipe de acordo com o que pedem os atletas, é mais do que uma motivação, é um acerto tático. Desta maneira, o Grêmio entrou no G-4 e faz o presidente Fábio Koff sonhar cada vez mais alto.
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