Foto: Alexandre Lops (Inter)
Mais uma vez o Internacional frustrou seu torcedor. Pela quinta vez consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Colorado empatou - desta vez em 3 a 3 com o Goiás. É a sexta rodada sem vitória. Enquanto isso, o time se distancia do G-4, para não falar em briga pelo título. E até a velha bengala do jogo atrasado contra o Santos foi deixada de lado. "Esse argumento caiu por terra", admitiu o diretor Luis César Souto de Moura. O que está acontecendo com o Inter?
Segundo o capitão D'Alessandro, a equipe até vem atuando bem, mas o resultado não acompanha as apresentações. Não deixa de ser uma verdade. Mas, para explicar isso, o argentino disparou: "Tem time aí que joga dando balão, joga na defesa e faz bom resultado", numa clara referência ao Grêmio. "A gente, por enquanto, não vai jogar assim. Se tiver que morrer, vamos morrer de pé com nossas ideias. Prefiro jogar bem, que o torcedor assista a gente jogando melhor que o adversário", completou. Bom, aí são outros quinhentos. Que o ataque vem marcando gols, o time mostrando um bom futebol, tudo bem. Mas o torcedor não irá engolir este argumento. Ou melhor, o técnico Dunga não irá engolir.
Questionado sobre a declaração de D'Ale, o treinador respondeu: "O melhor é jogar bonito e ganhar, mas vai ter partidas em que a gente vai atuar da forma mais adequada ao jogo." Fala por si só. Talvez D'Alessandro não saiba, mas a escola de Dunga é do 'ganhar a qualquer custo'. Essa de 'perder desde que jogando bem' não casa com o Capitão do Tetra. Dunga é defensor ferrenho da tese que, na Copa do Mundo de 1994, o time capitaneado por ele não tinha o futebol mais vistoso, mas colocou faixa no peito. Em 1982, no entanto, quando a plástica era preponderante, deu a pragmática Itália na cabeça. Neste momento há um choque de ideias: jogar como em 94 ou em 82? Ser Dunga ou ser D'Alessandro?
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