quinta-feira, 22 de agosto de 2013

O Fabrício de hoje é o Alex de ontem

Foto: Alexandre Lops (Inter)

Ouvi e li críticas com relação à escalação de Dunga para enfrentar o Salgueiro-PE nesta quinta-feira. Mas pare e pense: como colocar Forlán no banco de reservas para Nacho Scocco. Até concordo que em termos de movimentação, o argentino mostrou bem mais que o uruguaio. Mas Diego é o artilheiro colorado na temporada, e volta depois de marcar dois gols por sua seleção em amistoso no Japão. Ou seja, por enquanto, Scocco espera. E Alex Raphael? Bom, Alex também terá de esperar.

O mundo inteiro percebeu que o atual camisa 12 ainda não tem condições físicas ideais. Em todas as partidas que iniciou como titular, Alex cai e muito de produção. Por isso, não há exagero algum em escalar Fabrício na meia cancha. Aliás, quando Dunga fez isso pela primeira vez, causou um certo desconforto ver o lateral-esquerdo improvisado como meio-campista: "Eu comecei jogando assim nas categorias de base. Depois é que fui para a lateral. Mas comecei no meio-campo mesmo", revelou Fabrício em entrevista há cerca de um mês. E se formos pensar, Fabrício apenas repete a própria história de Alex.

Alex chegou ao Beira-Rio em 2004, vindo do Guarani de Campinas. Fabrício também veio do futebol paulista, mas da Portuguesa. No início, Alex não encontrou facilidades para jogar como meia, e acabou sendo improvisado na lateral esquerda pelo então treinador colorado Muricy Ramalho. O mesmo ocorreu com Fabrício, que só foi ter as primeiras oportunidades no meio com Paulo Roberto Falcão - muito criticado à época, diga-se de passagem. Para finalizar a tese de que, momentaneamente, Fabrício merece a titularidade, basta analisar os números. Com ele no meio-campo, o Inter está invicto: são 3 vitórias (Vasco, Fluminense e Flamengo) e 1 empate (América-MG). Sendo assim, Dunga tem todas as razões do mundo para fazer Scocco e Alex esperarem por Forlán e Fabrício.

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