quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Não precisa mudar o esquema para mudar a frase

Foto: Miguel Schincariol (Gazeta Press/Terra)

O futebol mudou muito desde que foi inventado. Novas regras, nomenclaturas e esquemas táticos. O que não muda é a sentença universal: "Quem não faz, leva". Esta frase é a mais clássica de todas, e define a derrota do Grêmio para o Santos, por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Digo isto porque Kleber, Barcos e Souza perderam chances imperdíveis, minutos antes do garoto 'Gabigol' comemorar diante da torcida santista. "Fica a lição! A Copa do Brasil é diferente. Não podemos perder esse tipo de gol, nem tomar esse tipo de gol também", sacramentou Bressan na saída de campo.

Eu até penso que o Tricolor tem totais condições de reverter o placar na Arena, na semana que vem em Porto Alegre, e passar pelo Santos. No entanto, é preciso mexer no que se viu hoje. É bem verdade que a formação com três zagueiros e três volantes foi a mesma que trouxe a vitória contra o Vasco da Gama. Mas, se faz necessário que o time tenha armação. Nem é preciso mexer no esquema - apenas escalar alguém capaz de criar no meio-campo.

Indagado sobre modificações para a próxima apresentação, o técnico Renato Portaluppi disparou: "Se eu for mudar de esquema a cada derrota, teremos 800 esquemas até o fim do campeonato." Concordo com o treinador, porém ele não pode então repetir a antiga frase de que esquema bom é o que ganha. Fosse assim, seria necessário mudá-lo em caso de derrota. Dizer que o Grêmio perdeu na Vila porque a bola não entrou é tão simplista quanto dizer que o time ganhou no Rio de Janeiro porque a bola entrou. Nem um, nem outro. Existem coisas no futebol que não são definitivas. Outras (poucas) são, como a frase: "Quem não faz, leva".

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