Foto: Edu Andrade (Agência Estado)
Só um visionário consegue decretar agora, na 16ª rodada, quem será o campeão brasileiro de 2013. Por isso, não serei eu a me arriscar. Contudo, o presidente do Grêmio, Fábio Koff, que também não tem bola de cristal, resolveu colocar o seu Tricolor nesta condição de favoritismo. Fato este que não agradou muito o técnico Renato Portaluppi. A declaração foi dada após a vitória sobre o Cruzeiro e, de lá para cá, foram duas vitórias fora de casa, contra Vasco e Flamengo - a última neste sábado. Confesso que na hora pensei como Renato, duvidei do presidente, achei que ele falava demais. Hoje, olho para a frase e penso: Koff tinha razão.
"Se o presidente voltar a falar em título, vou puxar a orelha dele", disse em tom de brincadeira o treinador gremista após a vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo, em Brasília. Bom, Renato, agora não dá mais. Impossível não colocar o Grêmio entre os candidatos a taça. Existem muitas rodadas pela frente, é verdade. Mas a maneira como o time vem jogando e, principalmente, como jogou contra os cariocas, anima o torcedor e o crítico de futebol. Está longe de ser um futebol plástico e bonito. Mas se o esquema bom é o que vence, o futebol bonito também é o que pontua - seja ele com gol de falta de Pará, algo impensável há dois meses.
Não vejo Cruzeiro ou Botafogo em condições de título nacional. Pode ser preconceito meu, mas não vejo pelo simples fato do futebol bonito que vem sendo praticado por eles. Desde que o Brasileirão assumiu para si esta fórmula de pontos corridos, não vence aquele que joga bonito, mas aquele que é mais eficiente. O São Paulo de Muricy Ramalho, o Fluminense de Abel Braga, o Flamengo de Andrade. Será que o Grêmio de Renato pode entrar nessa fila? Hoje (domingo, 25 de agosto de 2013) não há no Brasil alguém jogando de maneira mais pragmática e eficiente do que o Tricolor gaúcho. Se o título virá, eu não vou me arriscar. Pergunte ao Fábio Koff.
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