O substituto de Tinga que virou ídolo

Dia 5 de janeiro, o dia da despedida de Pablo Horácio Guiñazu do Internacional. O segundo maior camisa 5 da história do clube (atrás somente de Paulo Roberto Falcão) dá adeus a Porto Alegre para voltar ao Paraguai. Uma trajetória que iniciou há 5 anos e meio e que poderia não ter acontecido, ou ter acontecido ainda antes do que se imaginava. E quem me contou esta história foi o pai do próprio ‘Cholo’, o senhor Juan, durante um treinamento do Colorado, em 2011.

Era 2006, logo após o término da Libertadores, o Inter vendia Tinga ao Borussia Dortmund-ALE, e precisava de um substituto para disputar o Mundial. Relembrou a semifinal contra o Libertad-PAR e foi a Assunção buscar um tal de Guiñazu. O então presidente do clube paraguaio se recusou a vender o meio-campista, mas ofereceu: “Tenho um jogador semelhante a ele.” Enfim, dias depois desembarcaria o lateral-esquerdo peruano Hidalgo. Guina ainda guardava uma certa mágoa do time brasileiro, que havia encerrado com seu sonho de conquista da América.

Um ano depois, a mágoa caiu por terra. O Grêmio, muito atento ao mercado, através de Paulo Pelaipe, foi sondar a situação de Guiñazu no Libertad. Já alinhavava a contratação, quando o diretor colorado Sílvio Silveira (foto) desembarcou em Assunção para conversar pessoalmente com o atleta: “Fui 3 vezes ao Paraguai. Foi uma contratação dificílima, merecia um livro. O Libertad recebeu propostas melhores, mas o Guiñazu preferiu o Inter porque foi o único que mandou dirigente para negociar. Sei que o Grêmio pretendia o jogador porque o próprio presidente do Libertad me disse. Eles estiveram antes do Internacional”, confessou o ex-dirigente à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Se Guiñazu substituiu Tinga, quem agora poderá substituir Guiñazu? Silveira prefere manter o sigilo: “Falo apenas para os dirigentes do Inter, se eles me perguntarem.”