quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Para lavar a alma (castelhana)


Hoje o Grêmio retorna ao certame mais disputado das Américas, dando início à busca pelo tri continental. O slogan
utilizado pelo marketing do clube porto-alegrense em 2007 ressurge entre a massa tricolor: "Libertadores é a nossa
cara". Sim, e realmente é. Dos clubes brasileiros classificados, o Grêmio com certeza é o que mais se assemelha a
este tipo de competição, que exige raça, persistência e nervos de aço. Não há imposição física ou geográfica que o assuste nestes momentos. Há quem diga: "Ah, mas o São Paulo tem mais títulos". Da mesma maneira, trato de lembrar o retrospecto são-paulino nos últimos anos, enfrentando clubes gaúchos. Derrota para Internacional em 2006 e Grêmio em 2007. Ou seja, nestes campos sulistas poucos adentram e saem ilesos.
Dentre os possíveis adversários, nenhum representa tanto temor quanto o Boca Juniors. Vale rememorar que na última participação gremista (nos mesmos 2007), a equipe argentina impôs dois resultados incomuns para uma final de Libertadores - 3x0 na Bombonera e 2x0 no Olímpico. Entretanto, é justamente este fator que mais motiva o clube gaúcho. E o time deste ano é, de longe, melhor que aquele sacrificado impiedosamente pelos hermanos.
Outro item que apimenta a atual participação tricolor é a grande quantidade de jogadores experientes no elenco. Sabe-se que experiência não levanta caneco, mas contribui consideravelmente. Orteman, campeão pelo Olimpia do Paraguai em 2002; Alex Mineiro, campeão pelo Cruzeiro em 1997; e Souza, pelo São Paulo em 2005, podem repassar a
fórmula do bom campeão a Celso Roth. Sim, Celso Roth - o eterno aprendiz - este, com certeza, é o ponto fraco da equipe gremista. Se, por um lado, a equipe deste ano é mais qualificada que a de dois anos atrás, o quesito treinador não apresenta o mesmo nível. Mano Menezes deixou saudades para o lado azul de Porto Alegre. Cabe à torcida tricolor, como de costume, fazer a sua
parte e empurrar o "Imortal". E isso, sem dúvidas, não será necessário pedir duas vezes. A Alma Castelhana aflora nestas horas.

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