quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Demissões passadas


Todos nós temos alguma mágoa na vida. É natural! Ser demitido de um cargo profissional, geralmente, ocupa esta posição. Imagine os técnicos de futebol, que dançam de um estádio para outro em questão de anos. Mas, até mesmo eles, classificam algumas demissões como mais marcantes. Mesmo que não abram claramente o jogo, as entrelinhas acusam. Pois nesta quarta-feira, Celso Roth e Dorival Júnior estarão frente a frente com pessoas que lhe causaram demissões passadas.

Veja Roth, este mesmo treinador que hoje festeja a vitória no Gre-Nal do último domingo, nem sempre pode comemorar. Aliás, há 11 anos não vencia um clássico. Em 2009, chegou a ser demitido do Grêmio depois de perder três, na sequência, pelo Gauchão. Basta conversar com ele para ver o tamanho de sua mágoa. Várias vezes chegou a ser comparado com o treinador adversário, que ostentava um número maior de vitórias que ele nesta rivalidade gaúcha. E quem era este cidadão? Tite (foto acima), justamente ele, que está agora à frente do Corinthians! Ambos, caxienses de nascença, duelarão nesta rodada no Pacaembu.

Pois o caso de Dorival não é menos estressante. Para o comandante colorado, o enfrentamento contra o Santos é uma injustiça pura. No ano passado, era ele o regente dos meninos da Vila que encantaram o Brasil. Mas, desavenças com Ganso e, principalmente, Neymar (foto à direita), causaram seu emprego. Agora, com o uniforme do Inter, Júnior terá de reencontrar o jovem atacante santista. E, mesmo que ele negue qualquer mágoa passada, não há como negar: a demissão pesou. Boa sorte aos treinadores contra seus fantasmas.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Um preço a ser pago

Foto: Lucas Uebel (Vipcomm)

A janela de transferências para a Europa está prestes a fechar. Não precisa nem dizer que uma enxurrada de propostas milionárias estacionam no Beira-Rio. Todo ano é a mesma coisa. O Internacional colocou em prática o hino "Celeiro de Ases" e tornou-se um exímio fabricante e exportador de craques para o Exterior - mais até que o rival Grêmio, outro fornecedor de grife. Neste ano, os holofotes estão voltados para Leandro Damião, Juan e Kleber. Um deles irá sair.

O presidente colorado já manifestou que a intenção é manter o camisa 9 até o final do ano. Para isso, precisa fazer caixa. Mas com quem? Kleber pertence apenas ao empresário, portanto não dará lucro algum ao Colorado. Então, é a hora e vez do jovem zagueiro Juan (foto). E não adianta nem chiar. Pelo que se fala inicialmente, são 5 milhões de euros do Napoli pelo defensor, recentemente campeão mundial sub-20. A diretoria não vai nem pensar duas vezes e assinará embaixo do papel timbrado. E o faz com razão.

Mesmo que o torcedor deteste ver Juan fazer malas antes mesmo de virar um ídolo, é necessário entender a situação. A fórmula que levou o Inter a tantas conquistas nesta década é essa: vender craques. Este é o preço a ser pago (ao mesmo tempo em que é um preço a ser recebido). Se quiserem continuar erguendo taças continentais, os colorados têm que conviver muito bem com as vendas. Até porque, como se disse anteriormente, a venda de Juan é a segurança de mais seis meses, no mínimo, com Damião. Pois é, torcedor, não se iluda, ele também vai. Tudo pelo bem da fórmula financeira.

domingo, 28 de agosto de 2011

Ganhou quem mais jogou

Foto: Lucas Uebel (Grêmio)

Até o apito inicial, o momento era do Internacional. A conquista da Recopa e a posição na tabela faziam crer que o favoritismo estava do lado vermelho. Mas, bastou a bola rolar para que tudo se desnivelasse. Se houve alguém a fim de vencer neste domingo, este alguém foi o Grêmio - até mesmo pela desconfortável situação no campeonato. E, enfim, alcançou o objetivo com todo o merecimento possível.

No primeiro tempo, o gol de Índio (mais um), empatando o placar em 1 a 1, já era uma grande injustiça. Seja atacando com Marquinhos (autor do primeiro gol gremista) ou com Escudero, o Tricolor era amplamente superior. O Colorado insistia na busca pelos milagres de Damião, transformando a partida em uma sequência de chutes para a frente. A sorte dos gremistas é que o garoto Saimon teve numa tarde bem mais inspirada que a do camisa 9 colorado. Assim, quando o árbitro viu penalidade na segunda etapa, e que seria convertido por Douglas, foi apenas um acerto de contas com a justiça. Ganhou quem mais jogou!

Pode se alegar que o Inter estava cansado fisicamente e emocionalmente - e tudo isso é verdade. Mas não se pode querer mascarar os méritos do Grêmio com isso. Celso Roth foi competente tanto na armação da sua equipe como na motivação dos seus atletas. Se pudessem acordar por um empate, os colorados tranquilamente o fariam. Mas os tricolores não quiseram. Não era hora para patinar, principalmente porque há mais de 10 anos Roth não sabia o que era conquistar uma vitória no maior clássico gaúcho. Agora sabe.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Gre-Nal de 2003 ou 2004?

Foto: Arivaldo Chaves (Zero Hora)

O pensamento gaúcho diz que um Gre-Nal arruma ou desarruma a casa. É fato verídico! Mas, nos últimos anos, tem pesado muito mais para o Grêmio. Em 2008, o time de Celso Roth ia a galopes rumo ao título brasileiro, quando foi goleado por 4 a 1 no clássico. Não só perdeu a taça, como viu o rival embalar na Copa Sul-Americana. Já o Inter, dois anos antes, entregou o Gauchão dentro de casa para o Tricolor. Mesmo assim, não se incomodou ao conquistar a Libertadores meses depois. E assim será o Gre-Nal deste domingo, muito mais valioso para Grêmio do que para Inter - até porque os colorados vem anestesiados com a Recopa.

Mas o jogo deste fim de semana lembra e muito aquele de 2003. O Tricolor lutava para não cair para a Série B, com Adílson Batista no comando. O Inter, além de atuar em casa, era amplo favorito. Eis que com gol de Christian (foto), centroavante que marcou época com a camisa vermelha, o Grêmio venceu a partida e engrenou numa campanha que o salvaria do descenso. Pois uma vitória neste ano terá ares de 2003. Ou pode repetir o caso seguinte.

Em 2004, uma ano depois de escapar do rebaixamento, o Grêmio lutava de novo na parte de baixo da tabela. Desta vez, não houve Christian que salvasse. Com gols de Diego, Fernandão e Rodrigo Paulista, os colorados foram à forra e venceram por 3 a 1 em pleno Estádio Olímpico (palco deste ano). Resta saber qual será o Grêmio deste domingo, o de 2003 ou 2004?

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Damião pifou o Rei de Copas

Foto: Alexandre Lops (Inter)

A exemplo do nome do estádio, Leandro Damião (foto) foi um gigante na beira do rio Guaíba na noite desta quarta-feira. O centroavante simplesmente patrolou o Independiente, anotando dois gols na vitória de 3 a 1 que deu o bicampeonato da Recopa aos colorados. Ou, para ficar na linguagem do carteado, Damião pifou o Rei de Copas.

De nada adiantou o clube argentino repatriar Gabriel Milito, ex-jogador do Barcelona. O camisa 9 do Inter foi bem maior que tudo isso. No primeiro tempo ele passeou sobre a zaga castelhana. O segundo gol, em que ele dribla o capitão adversário com um golpe de cabeça, é a síntese do que aconteceu. Uma noite memorável.

No segundo tempo, houve um período de susto. Quando Velásquez diminuiu o marcador, foi inevitável não lembrar do Peñarol e a eliminação precoce na Libertadores deste ano. Mas os gaúchos não se apequenaram. A torcida cantou mais do que nunca, atirou a equipe para cima dos argentinos e, na base da pressão, chegou ao terceiro gol. Em uma tesourada do goleiro sobre Jô, dentro da área, Kleber sentenciou, de pênalti, mais um título continental ao Inter. Já são seis anos levantando troféus na Avenida Padre Cacique, em Porto Alegre. Parabéns à nação vermelha!

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O Pato da vez

Foto: Alexandre Lops (Inter)

Para o torcedor colorado que se apoiou nas coincidências para conquistar a Libertadores do ano passado, fica a dica: a decisão desta quarta-feira também está cheia delas. Quando decidiu pela primeira vez a Recopa, em 2007, o Inter, atual campeão da Libertadores, teve de encarar o Pachuca, que havia conquistado a Sul-Americana. Igualzinho a este Independiente de 2011. Aliás, até o resultado do primeiro jogo foi parecido.

Há quatro anos, no México, o Colorado perdeu por 2 a 1. Chegou a sair na frente do marcador com gol de Alexandre Pato (foto). Depois, sofreu a virada. Tudo exatamente igual ao script vivido em Avellaneda neste ano. Aqui, Leandro Damião foi responsável por abrir o placar, para depois os argentinos virarem - com direito a gol desviando na defesa, semelhante ao dos mexicanos em 2007.

Porém, muita coisa mudou para o confronto de volta. O Inter, que havia sido escalado com Mineiro, Maycon e Fernandão, não apareceu no Beira-Rio (assim como não estarão em campo Tinga, Wilson Matias e Jô nesta quarta). Em 2007, brilhou a estrela do jovem Pato. E agora, quem brilhará: Damião? Oscar? E, para finalizar as coincidências, citemos os treinadores. Há quatro anos, era Alexandre Gallo, um ex-volante, quem orientava o time colorado na beira do campo. Hoje é Dorival Júnior. Alguém se atreve a dizer em que posição ele atuava nos tempos de jogador? Este é o Internacional e suas histórias repetidas em mais uma disputa de título.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Guris de ouro

Foto: Rafael Ribeiro (CBF)

O título do Mundial Sub-20 fez muito bem aos garotos da Seleção Brasileira - principalmente para os que jogam no Rio Grande do Sul. Seja com a camisa gremista ou colorada eles passarão a ser mais valorizados a partir de agora. Quem disse que ganhar troféu nas categorias de base não vale nada?

Oscar é o exemplo mais clássico. Já havia saído de Porto Alegre como titular incontestável do Inter. Agora, volta como solução dos problemas imediatos, capaz de decretar sozinho a conquista da Recopa. E em parte é verdade. Nada de deixar o guri no banco! Na meia, ataque ou goleiro, Oscar tem que estar em campo contra o Independiente. E o que dizer do zagueiro Juan?! Dorival só não tira Bolívar do time porque trata-se do capitão. Mas temos de convir que o guri está anos luz na frente dele.

Até no Grêmio a conquista refletiu. Mesmo com a forte concorrência de Gilberto Silva e Rochemback, o jovem Fernando deve ganhar um espaço no meio-campo. Por fim, o garoto Romário, que foi reserva na Colômbia, teve seu crescimento no Beira-Rio. Na volta do Mundial, o defensor não descerá mais para a base. Agora é profissional do Inter! Pelo jeito, se deram conta que, realmente, os guris valem ouro.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Um resolve na frente, o outro lá atrás


Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Agência Lance (Terra)

Quando se tem um jogador que resolve, é meio caminho andado. Em um lance, em uma bola livre quicando na área, em uma falta na intermediária... Tudo pode ser pretexto para decretar o resultado de uma paritda. Pois foi assim que se desenharam os jogos de Internacional e Grêmio neste domingo: um resolveu na frente, o outro lá atrás.

No Beira-Rio, Ronaldinho Gaúcho exigia os holofotes da tarde. Chegou a chamar a atenção no início, quando marcou um gol de falta. Mas Nei simplesmente anulou o camisa 10 flamenguista. A partir de então, quem brilhou foi o craque da moda Leandro Damião. Primeiro, deu um passe de calcanhar para que o zagueiro artilheiro Índio empatesse o marcador. Depois, quando o Colorado estava novamente em desvantagem, o centroavante simplesmente aplicou uma bicicleta (foto acima) dentro da área rubro-negra, igualando com classe o placar em 2 a 2. Não é à toa que está na Seleção Brasileira!

Mas nem sempre é bom ter em campo um jogador que resolve. Que o diga o Grêmio! Quando está na área adversária, Rafael Marques é um perigo constante (ao fundo na foto à direita). Quando está na sua própria, também não deixa de sê-lo. Contra o Atlético-Go, no Serra Dourada, o zagueiro foi expulso na reta final do jogo. Pois foi do vestiário que o atleta escutou o grito enlouquecido da torcida da casa quando Diogo Campos marcou o gol da vitória aos 45 minutos. A desgraça só não foi maior porque o Atlético-PR empatou em casa com o lanterna América-MG e voltou ao Z-4. Do contrário, seria o Grêmio, de Rafael Marques.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Maldições no final de semana

Quem é supersticioso, acredita em maldições. Pois, para estes, muito cuidado neste final de semana. Internacional e Grêmio estarão frente a frente com as más recordações em mais uma rodada do Brasileirão. Puxe o sal grosso, o trevo de quatro folhas, a ferradura e tudo mais que possa trazer sorte ao seu time.

Os colorados, por exemplo, enfrentarão o Flamengo, de Ronaldinho Gaúcho. E quando se fala no dentuço, a primeira lembrança que vem em mente é a sua cara desolada, no Mundial de 2006, quando perdeu com seu imbatível Barcelona para o Inter de Gabirú (foto). Mas não é aí que mora a maldição, mas na presença dele em Porto Alegre. Em toda sua trajetória pelo Grêmio, Ronaldo marcou seis gols sobre o Colorado, por Gauchão, seletiva de Libertadores e Brasileirão. Humilhou Dunga, bateu o gigante Hiran e fez a torcida vermelha sofrer. Será que o fará novamente neste domingo, no Beira-Rio?

Já os gremistas terão que pisar em ovos quando adentrar o Serra Dourada. Foram poucas as vezes que o Tricolor voltou da capital goiana com três pontos na bagagem. Claro que houve também oportunidades em que o time gaúcho conquistou vitórias por lá, mas nem tantas. Nesta rodada, o Grêmio de Roth, após o fiasco no Ceará, encara o Atlético-Go, que vem embalado depois de tirar a invencibilidade justamente do Flamengo, com uma goleada de 4 a 1. É a hora de rezar?

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mano assistiu à rodada do Brasileirão


Fotos: Sites do Inter e Ceará


Não resta dúvidas: as últimas rodadas do Brasileirão influenciaram na convocação de Mano Menezes nesta quinta-feira, para o amsitoso contra Gana. Ainda mais esta 17ª rodada. Somente isso explica a convocação de Leandro Damião e o esquecimento de Victor. Os dois foram os personagens da noite - um positivamente, o outro negativamente.

Aliás, não tem sido novidade no cotidiano colorado ver Damião comemorar gols. Contra o Botafogo, no Beira-Rio, o centroavante foi o responsável pelo único gol da partida (foto acima). E o técnico Dorival Júnior, estreante da vez, agradeceu de coração o presente. Mas não adianta levar para o lado pessoal. O camisa 9 do Inter vem marcando em quase todos os jogos. Somente nos últimos três, contra Independiente, Bahia e contra os cariocas, nesta quarta, o jogador deixou sua marca nas redes. Mais do que merecida a lembrança de Mano!

Mas se os gols de Damião viraram rotina, as falhas de Victor também. Contra o Ceará, na derrota de 3 a 0, não foi diferente (foto à direita). O terceiro gol cearense aconteceu depois de um erro de passe do camisa 1. Por isso fica de fora da Seleção Brasileira. Aliás, deveria ficar também no banco do Grêmio. Ou alguém conseguiu esquecer a patacoada do arqueiro no duelo com Ronaldinho Gaúcho, do Flamengo? Será que foi ela que o tirou da seleção e colocou Ronaldinho lá?

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Repetindo os antecessores

Fotos: Lucas Uebel (Grêmio) e Alexandre Lops (Inter)

Para bons observadores, a rodada desta quarta-feira traz grandes coincidências aos novos treinadores da dupla Gre-Nal. Em momentos exatamente iguais, outros dois técnicos de Inter e Grêmio enfrentaram Botafogo e Ceará, respectivamente. Agora, Dorival Júnior e Celso Roth os repetem. Quem sabe com o mesmo final feliz que ambos tiveram.

Voltemos ao ano de 2008. No dia em que Fernandão anunciava sua transferência para o Qatar, Tite (à direita na foto) estreava no comando do Internacional contra o Botafogo – exatamente como fará Dorival nesta noite. Sob total desconfiança da torcida, a equipe colorada venceu por 2 a 1, para alívio do novo comandante. O ano de 2008 ainda ficaria marcado para Tite com a conquista da Copa Sul-Americana. E Dorival, será que vai ter seu título continental também? Bom, a final da Recopa é na próxima semana.

Já Celso está repetindo a história de 2010. Assim como ele, Renato Portaluppi (à esquerda na foto) assumiu o Grêmio na luta contra o rebaixamento. Em sua estreia, perdeu para o Goiás e foi eliminado da Sul-Americana dentro de casa. Alguns dias depois, enfrentou o mesmo time, só que pelo Brasileirão, e então venceu. O seu terceiro compromisso como técnico gremista viria diante do Ceará, em Fortaleza. Voltaria para a casa com uma derrota de 2 a 1, mas todo mundo sabe como terminaria aquele ano. Ao invés de se preocupar com o descenso, o Tricolor escalou alto até o G-4, conquistando uma classificação gloriosa para a Libertadores. Imagine se Roth conseguir repetir o feito de Renato! Pelo menos no início, a história se repete.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Um especialista em Série B

Foto: Site Juventude

Dorival Júnior chega ao Beira-Rio como o treinador que conquistou a Copa do Brasil de 2010 com o Santos de Neymar e Ganso. Foi uma das melhores equipes dos últimos anos, encantou o país. O grande trunfo do técnico foi justamente promover os garotos da base e encaixá-los no time principal. Deu certo! E é nisso que o Internacional aposta quando o contrata. Porém, poucos lembram de um asterisco em sua carreira: Dorival é um especialista em Série B.

O volante Júnior, para quem desconhece, já vestiu a camisa do arquirrival colorado, o Grêmio. Isso aconteceu em 1993, quando o Tricolor recém subia da 2ª Divisão e já conquistava o título do Gauchão, no Olímpico. Mas não foi este seu maior destaque. Com a camisa do Juventude, no ano seguinte, é que ele mais chamaria a atenção (à direita na foto). Em Caxias do Sul, o atleta se sagrou campeão da Série B, fazendo dupla de cabeça de área com Galeano, que depois iria ao Palmeiras. E no Alfredo Jaconi, Júnior encerraria a carreira de jogador.

Mas voltaria à Serra Gaúcha em 2005, já então como treinador. Não seria ali a sua grande tacada. Seria em São Januário, à frente do Vasco da Gama. Foi este o trabalho que lhe deu credencial para assumir o Santos. Com a Cruz de Malta no peito, em 2009, Dorival tirou o clube carioca da Série B do Brasileirão, com Carlos Alberto (ex-Grêmio) como capitão. Assim, não é exagero dizer que o novo comandante do Inter é um especialista em segunda divisão.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Messias que vem de Santa Catarina

Foto: Lucas Uebel (Grêmio) e Alexandre Lops (Inter)


A rivalidade entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina existe e isso é inegável. Chega a ser meio ilógica às vezes. Mas, neste final de semana, nenhum gaúcho ousou maldizer os "barriga verdes". Nem gremistas, nem colorados!

Não fosse por causa de um catarina, o Grêmio estaria desabrigado na zona do rebaixamento do Brasileirão. Aliás, foi assim que acordou no domingo, quando recebeu a notícia de que o Atlético-GO havia vencido o Santos. Justo no dia seguinte, o Tricolor teria de bater o Fluminense, atual campeão brasileiro. Chegou a sair perdendo, em casa, com gol de Fred. Mas não é que conseguiu a virada?! E com Marquinhos (foto acima), um catarinense de Biguaçu, vindo do Avaí. Foram do meia que saíram os gols da vitória por 2 a 1 que fez o time respirar fora da rede de pesca.

Já o Inter, se não recorreu aos catarinas de nascença, foi aos filhos adotivos. Leandro Damião, desde que abandonou o Atlético de Ibirama só deu alegrias à torcida colorada. Há tempos é ele quem salva a pele vermelha. Neste domingo, no empate com o Bahia, foi ele mais uma vez o autor do gol, no empate em 1 a 1 (foto à direita). E não para por aí! O novo técnico foi buscado direto de Florianópolis para expurgar os problemas do Beira-Rio. Sim, agora Osmar Loss é o culpado pelos insucessos colorados. Seja pela retranca, insubordinação de Andrezinho ou pela simples escalação de Wilson Matias, o interino é o mártir. E o Messias da vez é Dorival Júnior.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

A rodoviária chamada Gre-Nal

Fotos: Diego Guichard e Jefferson Bottega (ClicRBS)


Milton Nascimento compôs, em 1985, uma música chamada "Encontros e despedidas". Ela retratava o cotidiano de uma estação de trem. E, curiosamente, a canção parece descrever o ano da dupla Gre-Nal. Em 2011, tanto Grêmio como Inter mais parecem uma rodoviária (com o perdão da brincadeira, Giovanni Luigi). Neste final de semana, por exemplo, a rodada do Brasileirão repete o título da música.

 Os colorados, ao verem confirmada a contratação de Dorival Júnior como novo técnico (foto acima), poderão enfim se despedir do interino Osmar Loss. No domingo, contra o Bahia, em Pitauçú, o profissional faz sua última partida sob o comando da equipe principal. Não se sabe se vai acontecer uma evolução no Beira-Rio a partir de agora, mas o que todos pedem é a reaparição do bom futebol e das vitórias convincentes.

Para os gremistas, o domingo será de encontros - ou melhor, de reencontros. O torcedor que for ao Olímpico, assistir ao duelo com o Fluminense, vislumbrará Celso Roth iniciando seu quarto trabalho no clube. A última vez que o treinador esteve na beira do campo com o uniforme tricolor foi ainda em 2009, quando venceu o São Luiz, pelo Gauchão (foto à direita). Depois, visitou o estádio como inimigo. Se vai dar certo desta vez, também não se sabe. Mas é melhor isso acontecer, pois a torcida já está cansada do "vai e vem da estação".

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Vivos?

Foto: Alexandre Lops (Inter)

O Inter não esteve na Cordilheira dos Andes, mas viveu seu dia de "Vivos" nesta quarta-feira. Ou melhor, será que viveu? Voltar respirando de Avellaneda era a intenção do técnico interino Osmar Loss. Ok, foi uma derrota por 2 a 1, nada desesperador. Também não vou na onda da maioria. Não acho que os colorados tenham jogado mal. Mas, tudo depende do jogo de volta contra o Independiente, no Beira-Rio. Aí sim podemos dar a alta do hospital, ou assinar o atestado de óbito.

Em 2007, por exemplo, ano da primeira conquista da Recopa, o Colorado perdeu pelo mesmo placar no México e, em casa, patrolou o Pachuca com 4 a 0. Aliás, para quem não lembra, Alexandre Gallo era o treinador. Ou seja, manter Loss ou contratar Paulo Autuori nem é tão importante neste momento. O negócio é jogar para a frente, destemido e sem perder a atenção na marcação. Não dá para depender apenas da raça de Leandro Damião (foto) na frente.

Nada de escalar três volantes em Porto Alegre. Também, Jô não é o cara certo para jogar ao lado de Damião no ataque. Enfim, ainda me pergunto se deveria ter sido contratado. Mas, já que está aí, pode ser uma opção para o segundo tempo, caso o time não consiga o placar necessário naturalmente. Ah, e claro, vale uma secadinha na Seleção Sub-20 para que Oscar e Juan voltem a tempo da decisão. Parece uma missão impossível, mas não é. A vida do Inter depende de uma conquista no dia 24.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

'Desautuorizado' a pensar em Autuori

Foto: Arivaldo Chaves (Zero Hora)

Entre os nomes especulados para comandar o Internacional, nenhum foi mais bem recebido do que Paulo Autuori (foto). Cuca, Dorival Júnior, Nelsinho Batista e todos os outros foram apedrejados em praça pública. Portanto, dá para se bater o martelo e atirar a fumacinha branca pela chaminé: "Habemos treinador!". Mesmo tendo ele treinado o Grêmio, rival histórico, há tão pouco tempo.

Entretanto, nesta quarta-feira, os colorados estão desautorizados a pensar nisso. Ou melhor, "desautuorizados". Antes de mais nada é necessário focar somente na Recopa Sul-Americana. Mesmo que o Independiente não tenha seu artilheiro à disposição ou que não seja mais o Rey de Copas de tempos atrás, nada pode tirar a concentração do Inter neste primeiro duelo, em Avellaneda. Se não voltar vivo da Argentina, não há técnico capaz de salvar o time no Beira-Rio, no próximo dia 24.

Depois do jogo, tendo conquistado um bom resultado, se criticar os pensamentos filosóficos e futebolísticos do novo comandante, fiquem à vontade. Se quiserem debater sobre o coloradismo ou o gremismo de Autuori, guardem para o pós-jogo. Mas, fica uma dica: apesar da campanha pífia que realizou no Colorado em 1999, ele é torcedor vermelho. Sim! Pelo menos foi isso o que disse quando, em 2006, visitou a delegação em Tóquio, de Fernandão e Cia., que disputavam o Mundial de Clubes.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Gaúchos e a Recopa: uma má lembrança ao Independiente

Nesta quarta-feira, o Inter inicia a disputa de mais um título sul-americano. Sob o comando interino de Osmar Loss, o clube tenta conquistar sua segunda Recopa. Em 2007, venceu o Pachuca por 4 a 0, depois de ter perdido por 2 a 1 no México, e garantiu a taça no armário. Agora, o adversário é alguém com mais história ainda: o Independiente, da Argentina. O "Rey de Copas", como é conhecido, possui nada menos do que 7 Libertadores. Mas, desta vez, chega à Recopa por ter vencido a Copa Sul-Americana. Mas quem teme os argentinos, não sabe o quanto eles temem os gaúchos. Sim, as recordações para os "rojos de Avellaneda" não são nem um pouco agradáveis.

O Independiente também já venceu uma Recopa. Então campeão da Supercopa Libertadores de 1994, o clube venceu o compatriota Vélez Sarsfield, campeão da Libertadores do mesmo ano, por 1 a 0. No ano seguinte, tornou a vencer a Supercopa e voltou a disputar a Recopa Sul-Americana. Entretanto, desta vez, encontrou um adversário mais forte. Bem mais forte! O Grêmio de Felipão (foto). Naquele período, o título era disputado em uma partida única. Assim, em Kobe, no Japão, o Tricolor gaúcho simplesmente patrolou os argentinos com impiedosos 4 a 1. Jardel, Carlos Miguel, Adílson e Paulo Nunes anotaram os tentos do Grêmio.

Agora, contra o Internacional, o Independiente tem a chance de se vingar do Brasil, do Rio Grande do Sul em especial. Quem experimentou o gosto da derrota uma vez, não quer fazê-lo novamente. Mas, sendo assim, o próprio Colorado tem motivos de sobra para se empenhar. Isso porque em 2009, então campeão da Sul-Americana, os colorados foram surrados pela LDU, de Quito. É a chance de dar a resposta. Além disso, vencendo mais uma Recopa, o Inter ultrapassa o rival Grêmio no número de conquistas deste troféu. Mal sabe o Independiente na briga em que se meteu!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

A influência do treinador

Foto: Tom Dib (Lancepress) e Mauro Vieira (Zero Hora)

Qual o tamanho da influência de um treinador no resultado de uma equipe dentro de campo? Celso Roth merece os méritos pelo empate do Grêmio contra o Palmeiras, no último sábado (foto à esquerda)? E Osmar Loss não tem competência para continuar à frente do Internacional? As duas perguntas poderiam ter um "sim", mas também poderiam ter um "não" como resposta. Depende do ponto de vista.

O que Roth fez de tão inovador no vestiário gremista? Armou o esquema de maneira diferente ao modo como Renato e Julinho armavam, isso é verdade. Mas também podemos levar em consideração o fator anímico. O novo comandante tratou de levantar o time na base do grito. Não colocou a estima dos atletas para baixo com isso. A motivação pode ser vista de maneira explícita no 0 a 0 contra o Palmeiras de Felipão. Pode ser este o ingrediente que faltava para o Tricolor, ao menos, não lutar mais contra o rebaixamento.

E qual a participação de Loss na vitória do Inter sobre o Cruzeiro, de 3 a 2, no domingo? Há quem diga que ele até atrapalhou, recuando e chamando o adversário para seu campo. Assim, a contratação de um novo treinador é questão de urgência no Beira-Rio. Entretanto, não adianta trazer qualquer um simplesmente pelo nome. O novo técnico precisa entender que, antes de mais nada, precisa armar o time com as peças que o Colorado dispõe. Precisa valorizar o faro de gols de Damião (foto à direita), sem isolá-lo no ataque. É simples. Se Osmar conseguir fazer isso, pode ser ele o novo comandante vermelho.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Nem tudo é amizade

Não dá para confiar apenas na amizade. Esta foi a lição tirada pelo Internacional na noite desta quinta-feira. Amigos, amigos. Negócios à parte. Pouco interessa se Rafael Sobis estava há bem pouco tempo no Beira-Rio. Ele não teve constrangimento nenhum em comemorar os dois gols do Fluminense sobre Muriel (foto à esquerda). E ele está certo! Abel e Edinho também.
Amizade, no futebol, fica fora das quatro linhas. O Inter tem é de apostar no próprio futebol se quiser sobreviver. E a missão já fica para este domingo, contra o Cruzeiro. Será que Osmar Loss conseguirá bater o "papai" Joel Santana no Beira-Rio? É caso de vida ou morte. Se não conseguir, não será a amizade com a diretoria colorada que o efetivará no cargo de treinador do Inter.

O mesmo podemos dizer do Grêmio. Não pense a torcida tricolor que Felipão aliviará no duelo com o Palmeiras. Pouco importa se Celso Roth foi seu preparador físico lá no início da carreira (foto à direita). Mas o novo treinador gremista sabe disso. É gato escaldado neste assunto e sabe que a pressão sobre seu trabalho começa desde cedo. Sabe que a torcida do Olímpico não tem amizade nenhuma com ele. E assim deve ser o futebol.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Amigos e inimigos ao mesmo tempo

Foto: Alexandre Lops (Inter)

Quando conquistou o mundo, lá em 2006, o Internacional contava com o comandante Abel Braga na casamata. Quatro anos depois, o Colorado recebeu a visita de Abelão nos Emirados Árabes, que foi desejar sorte ao então treinador Celso Roth (foto). Porém, desta vez, o time vermelho despencou nas semifinais, diante do desconhecido Mazembe. E não é que  nesta quinta-feira os dois passam a dividir os holofotes do futebol gaúcho mais uma vez?

Abel, pelo enfrentamento contra o Inter. Ele, que se diz colorado de coração, está à frente do Fluminense, adversário de D'Alessandro e Cia nesta 14ª rodada do Brasileirão. Além dele, outros ídolos, Rafael Sobis e Edinho, estarão do lado oposto. São coisas da vida futebolística. Quem está no meio precisa aprender que uma hora é amigo e na outra já é inimigo.

Entretanto, é preciso fazer o processo inverso para entender a relação de amor e ódio que a dupla Gre-Nal vive com Celso Juarez Roth. Dois anos após ser demitido do Olímpico sob vaias e deboches colorados, o comandante está de volta, na vaga de Julinho Camargo, demitido após o empate em casa por 2 a 2 com o Atlético-MG. Não bastasse o curto espaço de tempo, vale lembrar que há alguns meses Roth vestia vermelho e, da mesma maneira, era achincalhado pelos rivais. Até o presidente Paulo Odone fez piada com a infelicidade do treinador diante do Mazembe. Agora eles são amigos novamente? Que me desculpem os analistas, mas esta situação nem Freud explica!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Fugindo de Roth e empurrando Dorival

Chegou a se cogitar que o Internacional ofereceria Celso Roth, ao Atlético-MG, para poder contratar Dorival Júnior, atual treinador do time de Belo Horizonte (foto). No entanto, a negociação pode acontecer, quem diria, com uma contribuição do rival Grêmio. Nesta quarta-feira, basta uma vitória tricolor, no Estádio Olímpico, para que o técnico alvinegro despenque do cargo e caia de paraquedas no Beira-Rio.

Mas e se isso não acontecer? Bom, se os gremistas não conseguirem vencer o Atlético, podem terminar a rodada na zona do rebaixamento. E aí, amigo, já se sabe o que vai acontecer: Julinho Camargo será demitido e Celso Roth será chamado para o tratamento de choque. Ou seja, para fugir da perspectiva de ter Juarez na casamata mais uma vez, o Tricolor gaúcho precisa vencer de qualquer jeito.

Aí sim, de quebra, colocará Dorival no Colorado. E, não sei as demais opiniões, mas eu não sou fã do trabalho deste treinador. Convenhamos, o time do Atlético, com Réver, Toró, Richarlyson e André, não deveria estar atrás do Bahia na classificação. E mais, não me sai da retina a imagem de Dorival sendo mandado e desmandado por Neymar e Ganso no Santos. Portanto, colorados, torçam mais do que nunca pelo Atlético-MG. Já os gremistas, fujam de Roth, quer dizer, do rebaixamento.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pelaipe é Fernandão ou Siegmann?

Foto: Marinho Saldanha (UOL)

O Grêmio não tem mais cara de Grêmio. Todo aquele papo de imortalidade caiu por terra neste ano. Vários insucessos em casa, jogadores sem garra dentro de campo, e alguns outros fatores fizeram os torcedores voltarem no tempo. Mais precisamente a 2004, quando o clube amargou o segundo descenso à Série B. Por aí se explica a chegada de Paulo Pelaipe (foto) para ser o novo diretor técnico de futebol.

Foi com ele no comando do vestiário que o Tricolor saiu vivo da Batalha dos Aflitos. Foi sob seu comando que, em dois anos, o time disputaria uma Libertadores da América, sendo derrotado na final apenas pelo Boca Juniors de Román Riquelme. Enfim, é a cara mais vitoriosa que o torcedor conhece dos anos 2000. Porém, o outro lado deve ser lembrado. O lado explosivo de Pelaipe.

No Internacional, o presidente Giovanni Luigi recorreu a Fernandão, no mesmo cargo diretivo aliás, para devolver o rosto vencedor que o clube teve alguns anos atrás. É uma aposta que ainda não se sabe se dará certo. Entretanto, foi a saída vista como certeira para mudar os rumos do Inter explosivo de Roberto Siegmann. E aí passa a incógnita tricolor: Paulo Pelaipe será como Fernandão, um rejuvenescedor, ou como Siegmann, uma bomba relógio?

Sucessão de erros

Fotos: Grêmio.net e Vipcomm

A derrota gremista para o Flamengo, por 2 a 0, no último sábado, não foi desgraçada por si só. Perder no Rio de Janeiro para a única equipe invicta no Brasileirão não deve ser motivo para lamentações. Mas, do jeito que foi, com erro do goleiro Victor, gol de Ronaldinho e a sucessão de erros no campeonato, minaram ainda mais a confiança do torcedor. Por isso a cabeça do vice-presidente de futebol Antônio Vicente Martins (foto à esquerda) é entregue numa bandeja nesta segunda-feira.

Foram contratações mal feitas, demissões na hora errada, discussões públicas com inimigos, que derrubaram o dirigente. Nada mais pode ser atribuído a esta demissão. O que não se pode fazer, no entanto, é cobrir um erro com outro. Aí a situação fica mais complicada ainda. E, quem diria: graças a Renato Portaluppi e seu Atlético-PR, que venceu o Santos, o Grêmio não encerra a rodada na zona do rebaixamento.

Aliás, alguém já percebeu como Inter e Grêmio vem se repetindo nesta temporada? Demissão dos ídolos, treinadores com experiência nas bases, derrubada de dirigentes, enfim. Mas o Colorado é a prova viva de que a revolução nem sempre dá resultados a curto prazo. Nem mesmo os 300 jogos de Índio (foto à direita), Osmar Loss à beira do campo e Fernandão nos bastidores, o time segue perdendo pontos em casa. Neste domingo, um 0 a 0 horripilante contra o Atlético-GO. Esta é a sucessão de erros que vai custar mais um Brasileirão à torcida colorada.