terça-feira, 30 de julho de 2013

Antes, o campeão do mundo

O Grêmio havia vencido o Fluminense e o diretor executivo Rui Costa concedia entrevistas na zona mista da Arena. Eis que um repórter indagou sobre o Gre-Nal. A resposta veio pronta: "Antes do Gre-Nal tem o Corinthians. E o Corinthians é o atual campeão do mundo!" É um ótimo argumento para que o Tricolor não caia na mesma armadilha que puxou o pé colorado no fim de semana diante do Náutico. Mas, pelo jeito, o elenco gremista está vacinado.

Zé Roberto e Kleber entraram em campo pendurados. Podiam muito bem forçar o terceiro cartão amarelo e limpar a barra para aparecer no clássico. Não o fizeram. Nesta terça-feira, quando embarcou rumo a São Paulo, o técnico Renato Portaluppi também poderia ter deixado em Porto Alegre qualquer jogador que se queixasse de uma mínima dor. Com a exceção de Souza - que realmente não reúne condições ideais para ir a campo -, todo o resto viajou. Até porque, no final do Campeonato Brasileiro, os pontos perdidos ou ganhos contra Corinthians ou Internacional serão exatamente os mesmos. Não há bônus em caso de vitória em clássico, há? Existe sim um ânimo maior para o lado do vencedor. Mas para por aí.

E, vale lembrar, é a opinião do preparador físico Paulo Paixão: "Eu sempre vou preferir trabalhar com a corda esticada. Prefiro jogar quarta do que ter uma semana livre antes de Gre-Nal", disse-me ele em entrevista feita no início do ano. Se é da preferência ou não de Alexandre Mendes, novo preparador físico do Grêmio, não sei. Apenas comungo da ideia do diretor Rui Costa de que, antes de pensar no Inter, é necessário encarar o campeão do mundo.

O 'Homem Gre-Nal' sem sua torcida

Foto: Marinho Saldanha (UOL)

Está decidido e dificilmente se voltará atrás: no próximo domingo teremos pela primeira vez na história Gre-Nal com apenas uma torcida. Será também o clássico de estreia da Arena. Sendo assim, na casa gremista, não será possível visualizar torcedores do Internacional no estádio. E aí, é necessário ouvir quem já viu as torcidas lado a lado, buscar uma explicação que ajude a compreender como a sociedade gaúcha conseguiu assinar seu atestado de falência. Então, nada melhor do que consultar alguém que já foi intitulado 'Homem Gre-Nal' devido às suas atuações justamente nestas partidas: o zagueiro Índio.

Chamado para conceder entrevista coletiva no Parque Gigante nesta terça-feira, Índio foi cercado pelos repórteres e logo questionado sobre o clássico de única torcida. Surpreso, como se não soubesse do fato, virou o rosto rapidamente para o repórter: "É lógico que nós queríamos ter nossa torcida no estádio, mas se é uma decisão da polícia temos de acatar", disse. Logo em seguida, questionei-o sobre em que momento da manhã ficou sabendo da decisão da Brigada Militar: "Agora, com vocês. Antes também o pessoal da assessoria me falou no vestiário", completou de maneira desconcertada.

Mas se o torcedor colorado ainda tenta fazer com que a ficha caia, reconhecendo que não poderá ir ao estádio no próximo domingo, pode ter como alento a própria presença de Índio na Arena. Não é à toa que o zagueiro-artilheiro dos grenais recebeu toda esta fama. Atualmente, ele conta com seis gols em clássicos (número igual a de D'Alessandro e Nilmar, por exemplo). Mas, se o ambiente do Gre-Nal mudará a partir deste final de semana, certas coisas jamais mudam. Mesmo tendo treinado nesta terça, Índio não garante publicamente que estará em campo. É o velho mistério em semana de rivalidade: "Estou feliz em ter treinado com o restante do grupo. Mas falta muito tempo ainda, vamos vendo até lá, conversando com os médicos, para ver como vou reagindo", completou. Ainda bem que nem tudo foi engolido pela violenta modernidade.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Um café e depois um abraço

O Gladiador andava cabisbaixo. Com Vanderlei Luxemburgo, sentia que não teria maiores oportunidades - ele mesmo disse. Agora tudo mudou! "Com a chegada do Renato estou tendo uma sequência maior e a tendência é melhorar e criar essa dúvida na cabeça do Renato. (...) A gente sabe quem são os honestos. Nunca trabalhei com Renato, mas sabia que o estilo dele é mais amigo, de unir o grupo. Ele jogou futebol, sabe como funciona. O cara, quando jogou, mas jogou de verdade como foi Renato e Cuca, entende o dia-a-dia do futebol, a cabeça do jogador, e isso ajuda bastante", definiu o próprio Kleber, em nítida alfinetada no antigo comandante. Mas uma cena que poucos viram foi o abraço recebido pelo atacante na entrada do vestiário, após a vitória de 2 a 0 sobre o Fluminense.

Kleber foi o último jogador do Grêmio a deixar o campo. Autor do segundo gol, o atacante ficou concedendo entrevistas no gramado. Enquanto isso, na porta do vestiário, o diretor executivo Rui Costa aguardava, sem conseguir esconder o sorriso. Quando o camisa 30 cruzou, ambos se abraçaram e comemoraram muito, adentrando no corredor como se fossem velhos amigos. "Minha relação com o Kleber é idêntica com todos atletas. Tenho uma relação de transparência, lealdade e cumplicidade. E ele foi um jogador que em vários momentos, especulações de que ele sairia, que a direção não queria ele. O gesto então foi espontâneo pela entrega absoluta, que não adianta o intimidar. Ele nos orgulha, assim como todos os colegas dele", disse Rui.

Mas, embora diga aos microfones que trata Kleber como qualquer outro jogador, Rui Costa deixou transparecer um detalhe que mostra o tamanho de sua confiança no futebol do Gladiador. O fato ocorreu no hotel, horas antes da bola rolar na Arena: "Antes do jogo, estávamos tomando café e falei para ele: vou tomar o café com quem vai fazer o gol". Realmente, assim foi. E agora, como Renato tirará Kleber do time? Te cuida Vargas, te cuida Barcos!

Ninguém consegue ser D'Alessandro

Foto: Alexandre Lops (Inter)

O Internacional é dependente de D'Alessandro. E sabe disso! Ou melhor, deve saber - até porque, fosse o contrário, não buscaria Alex Raphael do Qatar. A derrota humilhante de 3 a 0 para o Náutico (até então lanterna do Brasileirão) escancara esta dependência. Há um mal nisso? Bom, seria pior se nem houvesse um D'Alessandro no elenco. O grande problema é que, até agora, todos os escolhidos para substituir o camisa 10 e capitão não só sucumbiram em campo, como perderam espaço no elenco e até foram repassados adiante.

Na temporada 2013, o Colorado realizou sete partidas sem D'Ale. Foram 1 vitória, 4 empates e 2 derrotas. Um aproveitamento pífio de 33,3% (o mesmo do Fluminense no Brasileirão, clube que abre a zona do rebaixamento nesta 9ª rodada). Mais grave do que isso, enquanto D'Alessandro vive sua 'Lua de Mel' com o torcedor vermelho, os seus substitutos caíram em desgraça. Lucas Lima, que foi emprestado ao Sport Recife-PE, teve a missão de 'ser' o argentino nas duas primeiras rodadas do Gauchão, contra Passo Fundo (1x1) e Cerâmica (vitória por 2x1). Depois, foi a vez de João Paulo, que hoje atua pelo Atlético-GO: derrota para o Lajeadense (1x0) e empate com Cruzeiro-POA (1x1). Dátolo atuou no empate em 0x0 com o São José; Vitor Júnior diante do Santa Cruz-PE, pela Copa do Brasil; e neste domingo foi a vez de Alan Patrick.

Agora, com Alex de volta ao Beira-Rio, a expectativa é de que as ausências de D'Alessandro sejam menos sentidas. Mas, até ter condições físicas ideais de estrear, Alex deixará o torcedor colorado apreensivo com a presença do 'Cabezón' em campo.

- Jogos do Inter sem D'Alessandro em 2013:

1x1 Passo Fundo - Lucas Lima
2x1 Cerâmica - Lucas Lima
0x1 Lajeadense - João Paulo
1x1 Cruzeiro - João Paulo
0x0 São José - Dátolo
0x0 Santa Cruz-PE - Vitor Júnior
0x3 Náutico - Alan Patrick

sexta-feira, 26 de julho de 2013

O temor do erro

O temor de errar causa o erro. Não sei quem fez esta frase, mas ela expressa exatamente o que aconteceu nesta quinta-feira. O site oficial do Internacional noticiou que o zagueiro Índio, acompanhado do garoto Mike, embarcariam para São Paulo, onde integrariam a delegação que se prepara para enfrentar o Náutico no fim de semana. No entanto, a informação não procedia. O jogador enviado foi Romário, e não Índio. "Não sei quem colocou essa notícia. Não posso dizer nada. O Índio vai ficar trabalhando em Porto Alegre. Eu cuido de dentro do campo. Quando eu falar que o Índio vai vir, vai vir. Quando eu falar que não, é não. E vocês acreditem em quem quiserem", esbravejou Dunga ao ser indagado sobre o caso.

Alguém errou. Nada tão espetacular que vá afetar o andamento da partida, mas errou. E por que errou? Certamente pelo medo de errar. Sei bem disso, também sou assim. A figura de Dunga por si só, cobrando para que tudo saia nos mínimos detalhes, faz com que os profissionais que aparecem na folha de pagamento do clube tremam diante dos afazeres comuns. Só assim consigo explicar os inúmeros equívocos que permeiam a temporada do Inter - seja no departamento de futebol, jurídico ou de comunicação.

Mas um fato já pode ser publicado tranquilamente no site colorado: Alex e Scocco estão em Porto Alegre e com condições legais de jogar. Só não inventem de entrar nos assuntos referentes às quatro linhas. Estes pertencem ao Dunga. E, enquanto se atém a isso, o Inter vai muito bem, obrigado.

Douglas Gladiador

Foto: Roberto Vinícius (Gazeta Press)

Surgiu na última quinta-feira um 'zum-zum-zum' em Porto Alegre de que o meia Douglas poderia retornar ao Grêmio. O pedido teria sido feito pelo próprio técnico Renato Portaluppi, que diagnosticou a falta de um articulador na equipe e, relembrando o bom momento vivido com este jogador em 2010, citou o nome em reunião com a diretoria tricolor. O fato, no entanto, não passou 24 horas sem ser desmentido. Primeiro pelo diretor executivo Rui Costa; depois pelo empresário Bruno Paiva e, nesta sexta pela manhã, pelo próprio treinador: "Todo mundo sabe da admiração que tenho pelo Douglas, mas não tem nada. O Grêmio está bem servido na posição e não sei de onde saiu esta notícia. É mentira!"

Mas se o Grêmio não busca Douglas, vai atrás de um outro atleta que já foi seu: Kleber Gladiador. Não estou louco, não! A aposta é que Renato repita o que fez com Douglas, há três anos, quando encontrou um camisa 10 desanimado e um time na zona do rebaixamento: "O jogador triste não rende. E se nota que o Kleber está trabalhando, correndo atrás do espaço dele, está feliz. Em 2010, quando chegeui aqui, peguei vários jogadores desanimados. E, de repente, começaram a decolar. É assim que temos de trabalhar agora também", declarou Portaluppi. A manifestação se deve ao fato de Kleber ter dito há algumas semanas que estava desanimado quando Vanderlei Luxemburgo era o comandante gremista.

De acordo com uma fonte que vivenciou o vestiário em 2010, Douglas nem foi o maior problema de Renato - como se imaginou à época. O atacante Jonas foi um dos que mais tardou a abraçar a ideia do técnico. Porém, a histórica camisa 7 aproximou ambos, algumas dicas foram dadas e Jonas disparou na tábua de artilharia. Agora, o Gladiador será o foco. O número desta vez é o 30, mas a terapia será a mesma. Até porque, como Renato gosta de falar, "o psicólogo dos jogadores sou eu".

quinta-feira, 25 de julho de 2013

Tudo está no seu lugar

Foto: Levi Bianco (Agência Estado)

Coincidência ou não, bastou Dunga começar a repetir nas entrevistas seu novo mantra, para que o time se ajustasse e, com uma vitória sobre o São Paulo em pleno Morumbi, alcançasse a liderança do Brasileirão: "Quando cheguei aqui, me avisaram que eu me metia em coisas que não eram da minha área. Eu disse 'Basta! Agora vou cuidar só do time", falou mais uma vez, agora após o 1 a 0 na capital paulista.

Não há uma crítica negativa aqui. Dunga está corretíssimo em focar apenas dentro das quatro linhas. Na Europa, a figura do 'manager' até faz sucesso. Por aqui, é apenas um treinador. A comunicação cabe à assessoria de imprensa, as contratações e crises políticas aos dirigentes, o time ao técnico. E, com cada um em seu lugar, o Inter decola. Desde que o comandante se atém à equipe, o time parou de sofrer gols e engoliu as críticas de que não vencia um clube grande - agora já são três: Fluminense, Flamengo e São Paulo.

Os colorados serão tetracampeões em 2013? Calma! Dunga está ensinando que é preciso dar um passo de cada vez. A próxima missão é acomodar as contratações (Alex e Scocco) sem desajustar o esquema que vem dando certo. "Tenho q aproveitar a oportunidade. O elenco está cheio, chegou mais um atacante agora", refletiu o autor do gol desta quarta-feira, Leandro Damião. E ele tem razão. Aí está a próxima bomba nas mãos de Dunga, que não é escravo mas apenas um treinador de futebol.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Reforços, só de ocasião

Enquanto aguarda a aparição do nome de Rhodolfo no BID da CBF, a direção do Grêmio observa o mercado interno. Com a janela de transferências europeia encerrada, só restam transações nacionais. Mesmo assim, vale ressaltar, o Tricolor não está desesperado por contratar, mas também não descarta um negócio de ocasião. Como foi o próprio Rhodolfo, por exemplo. Em baixa no São Paulo, oferecido ao clube gaúcho e trazido por empréstimo. Simples assim! Como ocorreu com Éder Luís.

Sim, o atacante Éder Luís, do Vasco, foi oferecido ao Grêmio recentemente. Recebi esta informação na manhã desta quarta-feira e confirmei com um dirigente gremista, que logo em seguida completou: "Foi oferecido, mas dissemos que não temos interesse agora." Curiosamente, com a chegada de Dorival Júnior em São Januário, aos poucos, o jogador começa a retomar espaço no clube carioca - atualmente disputa posição com Carlos Tenório.

Em 2010 (ainda com Silas no comando técnico e Luís Onofre Meira na direção), Éder Luís esteve a um fio de acertar com o Grêmio. Preferiu a Cruz de Malta. Agora, pelo visto, quem não quer é o Tricolor. Pelo menos por agora.

Falso lento

Enquanto Gerardo Martino, técnico do Newell's Old Boys, assume o Barcelona-ESP; seu artilheiro Ignacio Scocco desembarca em Porto Alegre para vestir a camisa colorada.  O primeiro terá de conviver com Lionel Messi, o 'falso centroavante'. Aquele que, no desenho tático do papel, se posta entre os zagueiros adversários; mas na verdade roda o campo inteiro. O segundo, por sua vez, encontrará Giovanni Luigi, o 'falso lento'.

Cheguei a esta definição ouvindo Roberto Melo, assessor de futebol do Inter, convidado do programa Cadeira Cativa, da TV Ulbra, nesta terça-feira. Ao perguntar sobre o apelido jocoso que foi imposto ao presidente colorado, o dirigente foi esboçando um sorriso para, logo em seguida, enfileirar as conquistas do mandatário: queda de braço com Andrade Gutierrez e reforma do estádio Beira-Rio, briga com São Paulo e venda do Oscar, manutenção de D'Alessandro apesar da proposta chinesa, contratações de Forlán e Scocco (dois estrangeiros de grife) e permanência de Leandro Damião. "O presidente talvez nunca tenha falado isso pela sua modéstia, mas foi ele quem segurou o Damião lá no início e o colocou a trabalhar com o Ortiz. Não digo que ele seria dispensado, mas talvez não fosse aproveitado tão bem", relata Melo.

Recentemente, enquanto o Inter buscava reforços na janela de transferências, a aparente calma de Luigi gerou um certo desconforto interno na direção. Inclusive, o diretor Luis César Souto de Moura pediu para expor via Twitter as negociações, para aplacar as cobranças que se faziam. Ele, Giovanni, permaneceu inerte a tudo. "Não sei como o pai consegue apanhar quieto assim. Eu não teria esta paciência toda", disse-me Giovanni Luigi Júnior, seu filho, pouco antes do presidente alcançar a reeleição junto ao Conselho Deliberativo. Talvez falte agora ao mandatário uma grande conquista no campo, porque fora dele já provou que a pressa (muitas vezes) é inimiga da perfeição.

domingo, 21 de julho de 2013

Difícil não criticar

Foto: Fernando Ribeiro (Futura Press)

Matheus Biteco e Eduardo Vargas erraram. A derrota do Grêmio para o Criciúma neste sábado, por 2 a 1, passa exatamente pela expulsão dos dois, que deixaram a equipe tricolor com 9 jogadores em campo. Até aceito o argumento de alguns torcedores de que pelo menos um atleta dos catarinenses deveria ter levado cartão vermelho também. Mas, mesmo assim, é difícil não criticar. O próprio técnico Renato Portaluppi admitiu: "O garoto (Biteco) foi infantil na jogada, foi na minha frente, eu vi tudo. Mas o Vargas é mais experiente, não podia ter acontecido. Ele não é mais garoto e foi um erro infantil", declarou. Mas não para por aí.

Renato também errou. Sei que é fácil falar agora, depois que vimos o que aconteceu. No início, eu compartilhava da ideia do treinador, de que Maximiliano Rodriguez seria melhor utilizado no estádio Heriberto Hülse. Cálculo mal feito! Estivesse em Criciúma, o volante paraguaio Riveros poderia ter ajudado a fechar ainda mais a equipe na hora que os anfitriões partiam para cima em busca da vitória. Portaluppi não admitiu o erro, mas se a direção quiser chamar sua atenção, está livra para fazer. Acontece que talvez não se tenha clima para isso.

A direção também errou. Não passa exclusivamente por Rui Costa ou Marcos Chitolina, tampouco pelo departamento de futebol - mas pelo supervior Renato Schmitt. "É inadmissível você levar a delegação a uma cidade a 1 hora do jogo", reclamou Renato, em relação à concentração feita em Orleans, a 35km do local da partida. Para piorar a situação, um acidente trancou o trânsito e o ônibus gremista teve de fazer um desvio de última hora. Sendo assim, praticamente tudo deu errado no Tricolor neste sábado. É melhor esquecer o que aconteceu e não repetir os erros. Se caçarem as bruxas, pode ser pior.

sábado, 20 de julho de 2013

Alex é a grande contratação

Alex Raphael Meschini, ou simplesmente Alex, é a grande contratação do Internacional para a temporada 2013. A torcida que, ainda sonha em ver um final feliz com Ignacio Scocco, tem de se dar por satisfeita com Alex. Afinal de contas, não era um meia que a direção tanto queria para dividir as atenções com D'Alessandro? Sobre este atacante do Newell's Old Boys, sinceramente, eu confesso que ainda vejo com um certo descrédito. Agora, o meia canhoto de uma perna para lá de potente, este sim pode agregar e muito ao time de Dunga.

Foi camisa 10 e maestro em uma das melhores formações que o Beira-Rio já viu nos últimos anos. Falo da conquista da Copa Sul-Americana de 2008, que tinha D'Alessandro, Alex e Nilmar como trio ofensivo e patrolou os adversários. Venceu o Boca Juniors-ARG na Bombonera, goleou o Chivas Guadalajara-MEX e vergou o Estudiantes-ARG que seria campeão da América um ano depois. O meia ainda fez parte do elenco campeão mundial com o próprio Inter, em 2006, e de grande contribuição nos títulos brasileiro e da Libertadores com o Corinthians, em 2011 e 2012. Ou seja, provou para quem quiser ver que tem competência de sobra.

No Qatar, Alex tinha mais dois anos de contrato com o Al-Gharafa e era vizinho de prédio do atacante Nilmar (outro sonho de consumo colorado). Porém, tinha uma grande diferença em relação ao seu parceiro - não tinha o mesmo carisma do xeique que comanda o clube. "Lá é assim. Se o jogador não marca gols, não serve para eles", atestou Eduardo Guimarães, sogro de Nilmar, em entrevista à Rádio GUAÍBA neste sábado. A primeira batalha com os árabes foi vencida. Alex é do Inter. Agora falta Scocco. Ou melhor, será que falta mesmo?

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Até dezembro!

Hernán Barcos concedeu uma entrevista coletiva bem interessante nesta quinta-feira no estádio Olímpico. Logicamente, as questões sobre atuar dentro ou fora da área foram feitas mais uma vez. Mas, a pergunta mais interessante foi feita pelo repórter Bruno Ravazzolli, da Rádio Bandeirantes. Ele quis saber se o 'Pirata' manteria a promessa feita em sua chegada a Porto Alegre, de que encerraria a temporada com 28 gols - o mesmo número de sua camisa. A resposta do centroavante argentino foi: "Nos falamos em dezembro!"

A pauta tem fundamento. Até agora, entre Gauchão, Brasileirão e Libertadores, Barcos marcou apenas 6 gols. Para se ter uma noção, Marcelo Moreno, antigo concorrente de vaga no Grêmio, já tem 5 desde que chegou ao Flamengo (há 2 meses). Quem terminará com mais gols em dezembro? O boliviano, enquanto ainda estava em Porto Alegre, chegou a desafiar os companheiros para ver quem bateria sua marca de 2012, quando balançou as redes adversárias em 22 oportunidades. E aí?

Barcos pode até acabar ficando atrás de Moreno, mas quer mesmo é alcançar sua própria meta. Tempo há - restam ainda 30 rodadas do Campeonato Brasileiro e a partir das oitavas de final da Copa do Brasil, o Tricolor começa a participar. Então, esperemos. Que só se volte a falar disso e de outros assuntos que aborrecem o 'Pirata' somente em dezembro. Até lá, o deixem trabalhar. Ou melhor, navegar.

Jonas argentino

A negociação com o argentino Ignacio Scocco me fez pensar: 'Ah, se fosse com um jornalista...' Não é uma crítica ao diretor colorado Luis César Souto de Moura, mas apenas um breve comentário para que o torcedor entenda como o futebol se movimenta rápido, e a verdade de ontem pode ser mentira amanhã. Através do Twitter, o dirigente anunciou que o clube ultimava as contratações de Nilmar ou Saviola. Um ficou no Qatar, enquanto o outro acabou assediado pela China. Fosse informação de um repórter, chamariam de 'barrigada'. Mas o mercado age desta forma. E, assim, o Internacional parte para outro alvo. E, mesmo assim, por entraves com o Al-Ain (dos Emirados Árabes) é impossível decretar um desfecho feliz.

Pois nesta quinta-feira, os repórteres Gutiéri Sanchez e Cristiano Silva, da Rádio GUAÍBA, foram os únicos a acompanhar de perto a reunião entre dirigentes colorados, do Newell's Old Boys e empresário do atleta. Após o encontro, ocorrido em um hotel do centro de Porto Alegre, o presidente Giovanni Luigi definiu sem definir: "O negócio não involuiu, mas também não evoluiu." O maior entrave é a quantia que o clube de Córdoba ainda deve aos árabes. Apreensivo, o Inter tenta definir tudo o mais rápido possível.

Por Scocco, o Colorado pode investir 6,5 milhões de euros. Uma quantia considerável por quem divide a artilharia da Libertadores com Jô e Diego Tardelli, do Atlético-MG, com 6 gols. Será que vale tudo isso? Buscando uma definição sobre o atacante castelhano, encontrei-a em conversa com um amigo: 'Ele é o Jonas da Argentina.' É uma boa perspectiva! Define bem de fora da área, se movimenta bem, atua nas duas posições do ataque e estourou já com uma idade avançada. Boa ótica!

Doble chapa

Fazia a leitura matinal de sites e jornais pelo mundo quando me deparei com uma notícia sobre o Peñarol, que envolve o Grêmio. Segundo o jornal 'El Observador', o lateral-direito Matías Aguirregaray está de saída do clube carbonero e estaria sendo disputado por três: Vélez Sarsfield e Racing, ambos da Argentina, e o próprio Grêmio Porto-Alegrense. Lembrei de um diálogo que tive com o assessor de futebol Marcos Chitolina, onde me garantiu que a direção não mais contrataria estrangeiros. Porém, um detalhe interessante pode ajudar: Matías é filho de Óscar - o velho Aguirregaray, que atuou no Inter no final dos anos 80. E, por isso, o atleta nasceu no Rio Grande do Sul; consequentemente no Brasil. Sendo assim, com dupla cidadania, não ocuparia a vaga de um estrangeiro no Olímpico/Arena. Um dople chapa legítimo, daqueles que se vê na fronteira entre Santana do Livramento e Rivera!

Em contato com a Rádio GUAÍBA, o diretor executivo Rui Costa assegura que tudo não passou de um oferecimento: "Ele até foi oferecido ao clube, é muito bom jogador. Ele é brasileiro, inclusive. Mas não estamos negociando com este jogador", disse. Matías Aguirregaray tem 24 anos e passou por Terrassa-ESP, Montevideo Wanderers-URU, Palermo-ITA e Cluj-ROM. Além disso, fez parte da Seleção Uruguaia na conquista da Copa América em 2011 e na disputa da Copa das Confederações, recentemente, no Brasil.

Atualmente, Renato Portaluppi conta com apenas dois laterais no elenco: Pará e o jovem Moisés, vindo do Juventude. Tinga, das categorias de base, se recupera de uma fratura no pé (ocorrida no Torneio de Toulón, com a Seleção Brasileira) e Tony foi emprestado ao Criciúma. Sendo assim, minha opinião: não seria de todo o mal investir em Matías.

O argentino que decide

Independente de quem chegar ao Internacional nesta semana, saberá que - até o presente momento - o único gringo que decide chama-se D'Alessandro. Javier Saviola, como se viu, acabou ficando em segundo plano. Nesta quinta-feira, conforme noticiou a imprensa argentina, dirigentes do Newell's Old Boys (acompanhados do empresário Fabian Soldini) se reúnem com o presidente Giovanni Luigi. Na mesa, uma proposta de US$ 6 ou 7 milhões por Ignacio Scocco. A todos estes uma única afirmação: o único gringo que decide é D'Ale.

Foi assim mais uma vez contra o América-MG, em Belo Horizonte. Depois de sair atrás do placar e até se assustar, o camisa 10 e capitão foi o responsável pelo gol do empate, tranquilidade e classificação à próxima fase da Copa do Brasil. Ao final da partida, ainda no gramado do Independência, D'Alessandro foi perguntado pelo repórter Ernani Campelo, da Rádio GUAÍBA, sobre o reforço estrangeiro: "Já está certo? Ah, pode ser brasileiro, argentino, pode ser quem for. Tem que vir para ajudar o grupo do Inter."

Eu confesso, não entendo porque sempre se recorre aos países vizinhos na hora de buscar contratações. Nem sempre os castelhanos chegam com a qualidade equivalente à festa que se faz. Pensando rápido: Schiavi, Abbondanzieri, Cavenaghi, Miralles... Poderíamos citar inúmeros que foram embora sem deixar boas lembranças e, mesmo assim, conseguiram deixar saudades. Por quê? Que Scocco quebre este tabu que, por enquanto, só foi derrubado por D'Alessandro.

terça-feira, 16 de julho de 2013

O acidente de Eduardo Vargas

No dia 17 de junho (ou seja, exatamente há um mês), estava na redação da Rádio GUAÍBA quando recebi a informação de que o atacante do Grêmio, Eduardo Vargas, havia se acidentado de carro na Serra Gaúcha durante o fim de semana. Repassei o que sabia ao repórter Flávio Dal Pizzol, que prontamente conversou com o diretor Rui Costa por telefone. A notícia, naquele momento, foi dada. Era um fato jornalístico. Afinal de contas, o atleta do clube - um dos mais valorizados do elenco - correu sério risco de morte. Dias depois passaram-me novas informações, que mexiam com a integridade do cidadão, e não mais com o atleta. Preferi não levar adiante. Hoje, parte do que me foi dito, estampou uma página do jornal Zero Hora. Nada contra a matéria, respeito (e muito) o profissional que a fez. Eu preferi não fazer.

Eis que, por conta desta matéria, Rui Costa quis se manifestar. Negou que Vargas será intimado a pagar R$ 300 mil pelo carro alugado, que ficou totalmente destruído. Negou também que o clube, através de seu advogado, tenha feito proposta de R$ 50 mil para fechar acordo amigável com o empresário Marcelo Castro, da empresa Hummer Motors. "Lamento que este fato esteja sendo discutido logo após o jogo contra o Botafogo, onde o Vargas jogou bem, fez dois gols. E o Grêmio jogou bem", disse Rui, para logo depois acrescentar que o veículo não tinha seguro e também pneus 'carecas', que causaram a aquaplanagem. Trata-se de um assunto muito delicado!
O assunto transgrede a editoria desportiva e, por isso, exige muita cautela em qualquer pré-conceito. Não estamos avaliando a atuação do chileno dentro das quatro linhas, discutindo se ele joga melhor pela esquerda ou direita. É um caso policial! Aí alguém perguntará: e quantas vezes a polícia invadiu o esporte? É verdade, o próprio Grêmio se viu envolvido com delegacias quando do episódio do atacante Leandro (hoje no Palmeiras), dirigindo sem carteira de motorista. Mas até mesmo naquela oportunidade, havia um fato consumado, um jogador detido. Por ora, com Vargas, nada neste sentido. Quando assim for, certamente se falará mais. Com cautela também, diga-se de passagem. O que se espera é que esta discussão toda não atrapalhe o chileno que, finalmente parece ter se adaptado a Porto Alegre. Até a camisa 17 lhe caiu melhor às costas.

Que surja um novo Nilmar

Depois de sonhar, o Internacional pode voltar à realidade. Foram duas propostas apresentadas ao Al-Rayyan, algumas reuniões com representantes árabes e o clube anunciou em seu site oficial que não aceitará vender Nilmar. Ou seja, a direção colorada terá de se voltar para outro lado, se quiser reforçar o ataque. Porém, mais do que isso, terá de se preocupar em não se desfazer do que já tem. E a frase do diretor Luis César Souto de Moura, na Rádio GUAÍBA, é um alento à torcida: "Se o Al-Rayyan pode segurar o Nilmar, nós podemos segurar o Damião."

Sinceramente, não vejo como positiva essa mania do Inter em olhar para trás. Se precisa de um avante, pensa em Nilmar. Se quer um meio-campista, sonda Alex Raphael. Se precisa de treinador, chama um ídolo - Falcão, Fernandão, Dunga. Nesta onda de saudosismo, já voltaram à casa Renan, Bolívar, Fabiano Eller, Tinga e Daniel Carvalho. É bem verdade que, naquele momento inicial, a maioria dos retornos foi brindada com um bicampeonato da Libertadores. Mas geralmente não é saudável recuperar o passado tentando viver o presente.

O alicerce do bom momento financeiro e futebolístico do Colorado está aí, diante dos olhos: Leandro Damião, Fred, Oscar, Taison, Alexandre Pato. Ou seja, investindo na sua  própria base e/ou em atletas jovens de outros clubes é que a atual direção poderá devolver o Beira-Rio às grandes conquistas. Se o fez até agora, poderá continuar fazendo daqui por diante.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Hora de acionar D'Alessandro

Tão logo surgiu o interesse do Internacional em Javier Saviola, lembrei de uma entrevista de D'Alessandro à Revista Placar no ano passado. Questionado sobre qual jogador gostaria de indicar ao presidente Giovanni Luigi, 'el Cabezón' não teve dúvidas. Do lado brasileiro, citou Neymar. Mas, partindo para sua nacionalidade, lembrou a amizade com o atacante que subiu com ele das categorias de base do River Plate. Além disso, dia desses, D'Ale comentou que, se necessário fosse, faria lobby para que o 'Conejo' venha para o Beira-Rio. Pois este contato se faz mais do que necessário agora.

À Rádio Bandeirantes de Porto Alegre, o diretor Luis César Souto de Moura disse que foi informado pelo empresário de Saviola (Diego Queiruga) de que, além do interesse colorado, há também uma proposta chinesa. Convenhamos, é difícil competir com o Gigante Asiático. Pois aí entraria D'Alessandro. O próprio camisa 10 foi alvo de uma oferta milionária do Shanghai Shenhua-CHI. Naquele momento, porém, decidiu preservar a idolatria que conquistou no Rio Grande do Sul, além da proximidade com Buenos Aires - sua casa natal.

Ou seja, D'Alessandro é o único capaz de convencer Saviola a colocar na balança o que vale mais. Mas eu pergunto: o Inter precisa tanto assim de Saviola? Melhor ataque do Campeonato Brasileiro (com 16 gols), o time de Dunga vem sofrendo é na defesa - tem a 5ª mais vazada do certame (12 gols sofridos). Então, aonde entra Saviola nesta conversa toda?

Vai ser bom para todo mundo

Depois de ter vencido o até então líder do Brasileirão, Botafogo por 2 a 1 neste domingo, o Grêmio se volta ao mercado. As conversas com o zagueiro Rhodolfo estão para lá de avançadas. Prova disso é que o atleta, que estava relacionado para enfrentar o Vitória em Salvador, foi deixado de fora do time do São Paulo, na estreia de Paulo Autuori. Ou seja, a própria direção paulista sabe que o interesse dele é sair e, concorda com sua partida - pelo jeito. Seria um negócio bom para todas as partes.

O Grêmio precisa de um zagueiro. Não que Bressan e Werley não sejam bons jogadores. São sim! Mas seria melhor ter alguém com maior experiência. Cris seria esta pessoa, mas ficou evidente que o clima não é dos melhores. Quando chamado do banco de reservas diante do Botafogo, o ídolo francês recebeu muitas vaias na Arena. O fato motivou o técnico Renato Portaluppi a se voltar para as arquibancadas com o dedo em frente à boca, pedindo o fim dos apupos. 

Não há garantia alguma que no Grêmio, Rhodolfo será titular. Porém, não se pode ignorar sua utilidade à equipe gremista. O próprio Renato fez o alerta à direção de que, com os atuais defensores que dispõe no plantel, a sequência de jogos do Brasileirão e Copa do Brasil cobraria seu preço. Por isso, quando Rhodolfo foi oferecido ao Grêmio, há cerca de duas semanas, os dirigentes não afastaram a possibilidade de acerto.

sábado, 13 de julho de 2013

Dunga tem razão em ficar irritado

Dunga costuma perder a paciência muito facilmente. Mas, desta vez, nenhum dirigente colorado poderá repreendê-lo. A razão está do lado do treinador. Não explicação plausível que acalme a fera. O fato de Willians não poder enfrentar o Fluminense neste sábado, é surpreendentemente irritante. Depois de ter falhado na hora de renovar o contrato com o volante, o Internacional vê seu camisa 8 cumprir a segunda suspensão - tudo porque na primeira vez, contra o Vasco, ele não tinha contrato em vigor. No primeiro ato, os culpados foram os italianos da Udinese, que demoraram em enviar a documentação do jogador. E agora?

Conforme o diretor de futebol Luis César Souto de Moura, em entrevista à Rádio GUAÍBA, o clube já sabia que não poderia com Willians em Macaé-RJ. Porém, quando perguntado sobre isso, o técnico Dunga soltou rapidamente: "Se eu soubesse que ele não poderia jogar, não teria o trazido para o Rio de Janeiro." Dunga tem toda a razão. Se os dirigentes sabiam disso tudo, por que o treinador só foi avisado às 13h de sexta-feira (somente duas horas antes do último treino)?

A pauta, na verdade, foi levantada no programa GANHANDO O JOGO da Rádio Guaíba pelo apresentador Luiz Carlos Reche. Como eu estava no setor do Inter, ele me questionou se Willians teria condições legais de entrar em campo. Como seu nome estava no BID e todo imbróglio com a Udinese havia sido resolvido, diziam os dirigentes ainda em Caxias do Sul, não vi problemas. Mesmo assim, ouvimos o vice-presidente jurídico Mário Chaves. Sua resposta foi: "Eu ACHO que ele pode ser escalado..." Ali a reportagem correu para todos os lados, ouvindo as variadas fontes existentes no clube, até chegar à resposta definitiva - Willians não poderia jogar! Aí eu me pergunto: será que alguém avisaria a comissão técnica se a questão não tivesse sido levantada pelos colegas jornalistas? Temo por mais esta resposta. E, pelo tamanho da irritação de Dunga, é melhor nem esperar por ela.

Enfim, a novela de Kleber acabará

Não foi apenas uma ou duas vezes que me passaram a informação de que Kleber Gladiador estaria saindo do Grêmio. No início do Campeonato Brasileiro, inclusive, dei a notícia de que seu empresário, Giuseppe Dioguardi, havia se reunido com a direção tricolor no estádio Olímpico, para tratar da insatisfação do atacante em permanecer sentado no banco de reservas de Vanderlei Luxemburgo. E, em continuando assim, queria saber da viabilidade de enviá-lo a outro clube (até então o Flamengo, de Paulo Pelaipe). Dias depois, todos negaram - dirigente, jogador e empresário. Calei-me. Agora vejo as notícias voltarem à tona, desta vez envolvendo o Santos. As notícias não saem do nada, alguém as espalha aos repórteres.

Porém, ao que tudo indica, Kleber concentra para o duelo contra o Botafogo, neste domingo. E mais: se entrar em campo, completará sua sétima partida com a camisa gremista e, desta maneira, não poderá defender outra agremiação neste Brasileirão. Ou seja, acabará a novela! Como Barcos deixou o treino deste sábado com uma bolsa de gelo na coxa, é bem possível que o centroavante seja desfalque de última hora. E, analisando o contexto, são gigantescas as chances do ataque ser formado por Eduardo Vargas e Kleber.

Não é informação, mas apenas observação: penso que Gladiador encerrará o ano como titular do Grêmio. Ele é o tipo de jogador que cai nas graças de Renato Portaluppi. Inclusive, em uma das atividades da semana, o novo comandante gremista chegou a observar um ataque com Kleber e Barcos, recuando Vargas para o meio-campo. Enfim, parece que Renato busca uma maneira de encaixá-lo na equipe. Confirmando uma lesão e a ausência do 'Pirata', Kleber pode estar ganhando a tão sonhada vaga como titular. E, finalmente, os boatos de sua saída irão encerrar.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Jogar para a torcida ou jogar para ganhar

Foto: Alexandre Lops (Divulgação Inter)

Por muitas vezes o futebolista se pega a perguntar o que é melhor: jogar bonito (para a torcida) ou jogar para ganhar? O próprio Dunga viu sua carreira envolvida neste questionamento. A Copa de 82 marcou pelo bom futebol da Seleção Brasileira, mas foi o time pragmático de 94 quem levantou a taça. Pois agora ele repete a tese no Internacional. Mesmo sem apresentar atuações vistosas, sua equipe vai cumprindo as tarefas. Nesta quarta-feira, por exemplo, virou um jogo encardido contra o América-MG. Ao vencer por 3 a 1 em Caxias do Sul, na base da raça, pode ter encaminhado a vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Dunga escolheu seu estilo de jogo - entra para ganhar, não importa como. E a direção, vai escolher qual via?

Como tornou público o diretor Luis César Souto de Moura, dois atacantes estão na pauta: Nilmar e Javier Saviola. Apenas um será contratado. E aí, quem você escolheria? É lógico que, se dependesse apenas da vontade dos colorados, seria o primeiro a desembarcar. Mas o sonho, como já dissemos por aqui, esbarra nas vontades do xeique dono do Al-Rayyan. Então, não há mentira alguma em sacramentar que hoje o negócio mais fácil e viável é o argentino. Por que não optar por este então? Até porque ele é amigo íntimo de D'Alessandro, está livre no mercado (o contrato com o Málaga já encerrou) e disposto a atuar em Porto Alegre.

Segundo o repórter Flávio Dal Pizzol informou na Rádio GUAÍBA, nesta sexta-feira, o representante de Saviola chegará ao Rio Grande do Sul para conversar pessoalmente com o presidente Giovanni Luigi. O mandatário colorado, aliás, sequer viajou à Serra nesta quarta. Permaneceu na Capital, dando os últimos nós nesta contratação. Ou seja, assinar com Saviola, hoje, é jogar para ganhar. É optar pelo alvo mais fácil. Insistir no acerto com Nilmar é jogar para a torcida, tentar fazer o difícil. É claro que, se este último vier, será um golaço. Mas e se ele disser não? Como diz Dunga, a frustração será enorme. Dunga já fez sua escolha.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Mil e uma noites de sonhos

"Quando um nome vaza, atrapalha a negociação. E aí o torcedor não aceita outro nome que não alguém do nível do Nilmar", disse-me, certa feita, um dirigente do Internacional. Mas é isso aí. Listas e mais listas são feitas, trativas são iniciadas. Porém, o grande sonho dos colorados é repatriar o atacante Nilmar. Por isso, enquanto ele passava 15 dias de férias em Porto Alegre, foi impossível fazer com que os diretores do Inter não sonhassem. Ou, pelo menos, não sondassem.

Nesta terça-feira, Nilmar retornou ao Qatar. Lá, ele tem contrato até 2016 com o Al-Rayyan, onde é o grande ídolo da equipe. Mesmo assim, não se furtou de sentar à mesa com o presidente Giovanni Luigi e o diretor-executivo Newton Drummond (Chumbinho), com quem tem grande relacionamento. Em uma churrascaria, recebeu o convite para voltar. Disse que, inclusive, aceitaria reduzir seu salário para vestir a camisa vermelha novamente. Entretanto, em um primeiro contato com o xeique árabe (dono do clube), a resposta foi negativa. O presidente não aceita vender, tampouco emprestar. Oferece até mais do que Nilmar recebe, para que ele volte e cumpra sua estadia em Doha. O atleta, que não está infeliz no Oriente Médio, também não forçará o contrário. Nem mesmo a gravidez da esposa irá dobrá-lo.

O problema é que a venda de Leandro Damião, se não acontecer agora, está cada vez mais próxima. As saídas de Fred e Rodrigo Moledo ajudaram o Inter a exigir um preço alto pelo centroavante. Acontece que o empresário Vinícius Prates, ao desembarcar em Porto Alegre na última semana, não escondeu dos repórteres que uma nova proposta chegará. Zenit, Nápoli, Southampton, Tottenham, Olympique Marselha... Os interessados pipocam no noticiário europeu. No Beira-Rio, nenhum deles é admitido. Mas e se algum dia acontecer, como aconteceram Fred e Moledo: quem será o substituto de Damião? Momentaneamente, Nilmar segue sendo apenas um sonho.

domingo, 7 de julho de 2013

Renato, de onde parou

Foto: Mauro Vieira (Agência RBS)

A reestreia de Renato Portaluppi no comando técnico do Grêmio não foi a melhor de todas. O melhor, sempre, é vencer. Porém, pelo menos não perdeu - e chegou a estar atrás do placar. Graças ao gol de Barcos (sim, ele voltou a marcar!), empatou em 1 a 1 com o Atlético-PR, em Curitiba. Pois bem, alguém lembra como o Grêmio de Renato deu a volta por cima em 2010? Justamente no Paraná, contra este mesmo Atlético.

Há 3 anos, após estrear com a eliminação para o Goiás na Sul-Americana, o Tricolor perdeu dois jogos seguidos, para Ceará e Santos. A sombra do rebaixamento era gigantesca quando o Grêmio conseguiu arrancar um empate com o Atlético-PR na Arena da Baixada. Naquela oportunidade o tento de empate veio através do zagueiro Vilson (hoje no Palmeiras). A partir dali, a história que todos sabem. O Grêmio passou a colecionar bons resultados dentro e fora de casa. Em 22 jogos, foram 14 vitórias. Ou seja, dos 66 pontos disputados, 48 foram conquistados. Um aproveitamento assombroso de 72,7%. Da zona do rebaixamento à classificação para a Libertadores 2011.

Agora, como disse Renato em sua apresentação na Arena, são muito mais rodadas pela frente. Se conseguir repetir o feito dos 72% de aproveitamento, certamente Portaluppi fará dos gremistas campeões brasileiros. Será que conseguirá repetir o feito? Curiosamente, o capítulo inicial é exatamente o mesmo: 1 a 1 com o Atlético-PR.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

Presente de Dunga

Eu podia estar matando e roubando, mas estou trabalhando. O repórter Rodrigo Oliveira, da Rádio Gaúcha, poderia estar recebendo presentes, mas não o faz. Embora o técnico Dunga tenha insinuado isso (não foi a primeira vez). Se alguém ainda não sabe, insisto em declarar: a função do repórter é perguntar. O questionamento sobre a ausência de Dátolo e a improvisação de Fabrício no meio-campo era para lá de pertinente. Se algum jornalista recebe presentes para elogiar este ou aquele jogador (e não duvido que exista), não quer dizer que todos são adeptos desta ideia. Fosse assim, todo político seria corrupto, todo médico um preguiçoso, todo advogado mentiroso e todo professor incompetente. Não devemos generalizar e nem acusar sem provas!

Eu, inclusive, vejo em Dunga muitas qualidades para um bom técnico de futebol. Conquista rapidamente o vestiário, sabe armar bem a equipe e consegue tirar o máximo de seus atletas. Foi assim na Seleção Brasileira e vem sendo assim no Internacional. Porém, aqui no Beira-Rio também repete os mesmos erros que guilhotinaram sua passagem pela CBF. Até a briga com o assessor de imprensa (Rodrigo Paiva e Nobrinho) foi repetida. Durante toda a Copa América, Eliminatórias e Copa das Confederações não cansou de repetir que os jornalistas pediam a convocação de alguns jogadores porque levavam dinheiro por baixo dos panos. Repito: se um levava, não quer dizer que todos levavam. Ou as crianças que queriam ver Neymar na Copa da África do Sul ganhavam presentes do empresário do atacante santista também?

Quem ganha presente é o dirigente que contrata Dunga. Um presente de grego! Publicamente, é possível ver um time competente e brigador. Ao mesmo tempo, se recebe em conjunto as confusões, as discussões e as brigas por ele compradas. Ou seja, basta o dirigente cochilar, para que a guerra esteja instaurada dentro de seu próprio território. É uma pena, mas são fatores negativos que acabam inclusive superando a imagem do bom profissional e ser humano que é Carlos Caetano Bledorn Verri. E aí, ao invés de falarmos sobre Novo Hamburgo, Alan Patrick ou qualquer outra pauta positiva, temos de ressaltar o lado zangado de Dunga.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

Nilmar é sonho, Lucas Barrios é a realidade

A frase que dá título a este post foi dita pelo repórter Rafael Pfeiffer na tarde desta quarta-feira no programa Repórter Esportivo da Rádio GUAÍBA. Isso porque, como revela o diretor colorado Luis César Souto de Moura, o Internacional conversa com dois atacantes. No entanto, apenas um será contratado. Um deles seria o argentino (naturalizado paraguaio) Lucas Barrios, de 28 anos. "Tudo que a gente descuidar, pode resultar em insucesso. Por isso, não vou comentar sobre este nome ou qualquer outro", disse Souto de Moura. O que se sabe é que Nilmar, por mais que se queira, não deve deixar o Qatar agora. Lá é ídolo e recebe bem e em dia - que não é o caso do outro.

Barrios tem vínculo com o Guangzhou Evergrande, da China, onde joga com Conca, Muriqui e Elkeson. Porém, está insatisfeito com o atraso salarial e avisa ao mundo que está disposto a deixar a Ásia. "Não tem nada disso. Ele tem contrato com o clube e vai ter de voltar para lá", comentou o empresário do atacante, Joseph Lee (mesmo do lateral Nei, que passou pelo Inter recentemente). Acontece que as conversas não teriam sido iniciadas por Lee, e sim por um empresário gaúcho de grande trânsito na Alemanha - onde Lucas Barrios fez sucesso com a camisa do Borussia Dortmund.

No início, o São Paulo chegou a mostrar interesse pelo atacante. Hoje, não aparece mais no páreo. O River Plate-ARG é outro que está atento à situação. Mas o Inter aparece como possível destino. Nos próximos dias, uma reunião deve acontecer, entre os representantes do atleta, em Buenos Aires. Talvez não se tenha a presença de dirgentes colorados. Mas, eles estão sabendo de todos os passos do atacante. Seria ele o responsável por substituir Leandro Damião, caso este seja vendido ainda nesta janela de transferências? Sim, a direção colorada nega, mas o empresário Jorge Machado entregou a Vinícius Prates e Giovanni Luigi uma proposta pelo atual camisa 9 colorado. A quantia não alcançou o valor desejado. Mas as conversas continuam.

Tudo está voltando ao seu lugar

Foto: Lucas Uebel (Divulgação)

Muitos torcedores pediam a demissão de Vanderlei Luxemburgo argumentando que ele não tinha o estilo do Grêmio. Embora pareça uma ideia pouco vaga, a quarta-feira tratou de apresentar bons argumentos para pensar que não havia outra saída que não a rescisão do contrato. O presidente Fábio Koff disse que, ao trazer Renato Portaluppi, vinha com ele a coragem e a raça que pertencem à história do clube. No entanto, trouxe outras coisas consigo: a volta dos gols de Hernán Barcos. No jogo-treino com o São Paulo de Rio Grande, o argentino marcou o gol da equipe titular na primeira etapa. O outro, da vitória por 2 a 0, foi de Kleber Gladiador.

O 'Pirata', que chegou a Porto Alegre prometendo 28 gols na temporada, não balança as redes por partidas oficiais desde 27 de abril, quando anotou no empate em 1 a 1 com o Juventude, quando o Tricolor foi eliminado do Gauchão. De lá para cá, passou em branco contra Santa Fé-COL, Náutico, Santos, Vitória, Atlético-MG e São Paulo. E, antes de deixar sua marca em Caxias do Sul, já vinha de um jejum de 38 dias (penúltimo tento foi sobre o Pelotas).

Se fala muito que Barcos foi um dos desafetos de Luxemburgo em Porto Alegre. Ambos trataram de desmentir o fato. Até mesmo o Twitter de Gabriel (irmão de Hernán) foi usado para comprovar que a fumaça existia. Agora, que é estranho, é. Bastou Luxa sair e Renato chegar, para que Barcos voltasse a marcar. Agora é aguardar pela partida oficial - sábado, contra o Atlético-PR. Aos poucos, os fantasmas vão indo embora do Grêmio. Welliton e Fábio Aurélio, por exemplo, já foram afastados. Ou tudo não passa de uma grande coincidência com a saída de Vanderlei?

terça-feira, 2 de julho de 2013

Wikipédia só depois do exame médico

O não acerto com Adriano deixou um mal estar no Internacional. Mesmo que o negócio tenha dividido opiniões na direção, o desfecho infeliz deixou um descrédito com a torcida. Até mesmo o pré-contrato estava assinado. Mas na hora H, o exame médico barrou a vinda do Imperador para Porto Alegre. Ou pelo menos assim entrou para a história, porque na verdade Adriano foi aprovado sim nos exames do tendão de Aquiles. O que o barrou foi o condicionamento físico, que deixou os médicos colorados com um pé atrás. Enfim, página virada (mas não esquecida). Agora, os dirigentes que se escondiam para comentar possíveis contratações, fogem ainda mais desta 'cruz'.

Nesta terça-feira, em Viamão (onde o Colorado realiza intertemporada), o diretor Luis César Souto de Moura comentou a especulação sobre o nome do meia Alan Patrick, do Shakhtar Donetsk. "Fiquei sabendo disso pelo Wikipédia, que no dia 1º de julho colocava ele como jogador do Internacional. (...) Nós adotamos a postura de só oficializar contratações depois do atleta passar nos exames médicos." Então, o repórter Cristiano Silva indagou quando aconteceriam os exames: "Vou ter que perguntar ao Wikipédia", ironizou.

O que se sabe é que a negociação foi encaminhada pelo próprio presidente Giovanni Luigi que, ao vender Fred para os ucranianos, voltou a pedir informações do meia que já interessava no início do ano. Desta vez, o Shakhtar estaria disposto a repassá-lo por empréstimo de 6 meses. Alan Patrick teria, inclusive, pedido referências aos companheiros Luiz Adriano e Taison - revelados na base do Beira-Rio. Não dá para sacramentar que ele vestirá a camisa do Inter, tampouco inscrevê-lo no Wikipédia como atleta do clube gaúcho. Como disse Souto de Moura, é melhor esperar pelos exames médicos.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Exatos 2 anos depois, volta Renato

Dois anos e um dia. Foi exatamente o período que Renato Portaluppi permaneceu longe do Grêmio desde sua última passagem como treinador pelo clube. No dia 30 de junho de 2011, a direção (chefiada por Paulo Odone e Antônio Vicente Martins) decidia encerrar o contrato do ex-camisa 7. Pois nesta segunda-feira, a agremiação (agora presidida por Fábio Koff) opta por trazê-lo de volta. De lá para cá, Renato só treinou um time: o Atlético-PR, e por 2 meses. Desde setembro de 2011 não treina uma equipe. Isso atrapalha? "Não questionamos a capacidade do Tite, e ele ficou um tempo parado. O Renato ficou parado por opção própria, teve alguns convites, mas preferiu esperar", comentou o diretor-executivo gremista Rui Costa à Rádio GUAÍBA.

Pois Rui será a grande âncora que Renato encontrará no Grêmio nesta sua segunda passagem. Para se ter uma noção, o time-base utilizado com sucesso na reta final do Brasileirão 2010 tinha: Victor; Gabriel, Paulão, Rafael Marques e Fábio Santos; Rochemback, Adílson, Lúcio e Douglas; Jonas e André Lima. Ou seja, nenhum deles permanece nos dias atuais. Nem mesmo o estádio é o mesmo (o Olímpico deu lugar à Arena). Mas Rui Costa era seu homem do vestiário. Assessor de Alberto Guerra, o atual diretor tricolor foi um dos responsáveis pelas contratações de Gilson, Diego Clementino e Júnior Viçosa, que se transformaram em talismãs da campanha que tirou o Grêmio do rebaixamento para a Libertadores.

No entanto, a passagem de Renato por Porto Alegre (como treinador) não foi feita só de flores. No ano seguinte, o time não engrenou na Libertadores, sendo eliminado nas oitavas de final pelo Universidad Católica-CHI - além de perder o Gauchão em casa para o Inter de Falcão. Mas aí mora a maior esperança dos gremistas. Desta vez, não será Paulo Odone que irá despachar na sala da presidência. Não será preciso conviver com esta rixa. Muito pelo contrário. Agora, Renato reencontrará Fábio Koff. Justamente o mesmo presidente que o levou (então como atleta) à conquista do Mundial de 1983. "Ele é um pai pra mim, É meu criador", disse Renato à GUAÍBA. Será possível repetir a dose? É este o pensamento dos inúmeros torcedores que irão comparecer no Aeroporto Salgado Filho nesta terça-feira, sem dúvidas.

Málaga hoje

Foto: Divulgação Málaga

O Málaga-ESP irá mudar totalmente seu quadro para a próxima temporada. Já nesta segunda-feira, os argentinos Saviola e Demichelis aparecem livres no mercado. Com seus contratos chegando ao final, não houve a renovação, e a América do Sul se mostra de portas abertas pelos retornos - o primeiro chegou a ser oferecido ao Internacional, que não vê a necessidade de contratar mais um atacante (Damião deve permanecer mais uma janela). O que os cartolas querem mesmo é um meio-campista. E o namoro é justamente com o camisa 10 do tal clube espanhol. Trata-se do já conhecido Júlio Baptista. Acontece que sua situação não é nem um pouco semelhante a dos colegas argentinos.

Júlio Baptista ainda tem contrato em vigor com o Málaga por mais um ano. Na sua recente passagem pelo Brasil, de férias, ouviu uma proposta do Inter. Porém, pediu valores altíssimos (quase R$ 1 milhão). Especula-se que, na Espanha, o meia receba por volta de R$ 550 mil mensais. Ouviu da direção colorada: "Aqui no Brasil você não conseguirá ganhar isso. Se algum clube te prometer esta quantia, duvide. Não vão te pagar." Mesmo assim, Baptista se mantém recuado. Voltou à Málaga e vai conversar com seu clube, saber quais são as expectativas para a próxima temporada, em que estão impossibilitados de disputar qualquer competição da UEFA (punição por conta de dívida).

Nesta segunda, o jornal Málaga Hoy publica uma entrevista com o atleta. Nela, 'La Bestia' nega qualquer pedido por rescisão amigável de contrato: "Não estou sabendo nada. A única razão que tenho para voltar é para fazer a apresentação, a pré-temporada e passar nos exames médicos. Tem que ver quem é a pessoa que disse que vou rescindir." Enfim, Júlio Baptista tem todos os motivos para esconder o jogo. Agora, negar que tenha se reunido com alguém, é dose. Se desembarcar no Brasil daqui a alguns dias (seja para defender o Inter ou qualquer outro clube), não será o primeiro e nem o último a dizer que iria cumprir seu contrato com o atual clube para, horas depois, beijar um novo escudo. Mas, por enquanto, hoje, está no Málaga.