segunda-feira, 29 de abril de 2013

Contra tudo e contra todos

A pesada punição imposta pela Conmebol ao técnico Vanderlei Luxemburgo surpreendeu a todos. Enquanto os jogadores e comissão técnica do Huachipato, que correram atrás dos gremistas, pegaram de 1 a 5 jogos de suspensão; os tricolores que se defenderam, pegaram de 5 a 8. Mesmo que tenha ocorrido provocação por parte de Luxa (fato que ele nega), não se pode punir com 6 jogos e U$ 25 mil alguém que apenas disse: "Boas férias". Isso é tão ofensivo assim? Mas, se alguém acha que a punição vai colocar o Grêmio para baixo, errou. Pelo menos é o que prometem os membros da direção.

O próprio Vanderlei, subindo do vestiário para o gramado do estádio Olímpico, ao saber da suspensão, teria declarado que a situação só o motiva ainda mais. A situação foi repetida pelo assessor de futebol Marcos Chitolina e até mesmo pelo coordenador do Departamento Jurídico gremista, Tiago Brunetto: "É nesses momentos que o Grêmio cresce, contra tudo e contra todos", disse ele, em entrevista à Rádio GUAÍBA. Aliás, o clube irá recorrer da decisão, mas de antemão atesto que de nada adiantará fazer um esforço desnecessário, se o time não corresponder.

Veja o caso do jogo de volta, por exemplo. A direção tricolor despendeu de uma influência gigantesca para modificar a data do jogo na Colômbia - do dia 7, para 16. Tudo para não ter de disputar uma final de returno do Gauchão e dois dias depois ter de entrar em campo por uma decisão de Libertadores. Porém, em campo, o Grêmio foi eliminado pelo Juventude. Antes da partida, aliás, o presidente Fábio Koff declarou à GUAÍBA: "Fora de campo estamos fazendo de tudo, mas dentro de campo o time não está correspondendo." Pura verdade! E agora, será que Luxemburgo dará valor à briga que os dirigentes irão comprar, sendo capaz de levar o Tricolor ao título?

Não se mexe com quem está quieto

Foto: Divulgação Inter

Antes do jogo contra o Veranópolis, ainda no sábado, no hotel onde o Internacional estava concentrado em Caxias do Sul, perguntei informalmente a um membro da comissão técnica colorada se, passando à final da Taça Farroupilha, o Colorado mandaria a partida diante do Juventude em Caxias do Sul. Ouvi a resposta: "Acho que não, né? Não pegaria bem." A definição tinha fundamento, já que o mandante da cidade seria o rival. Porém, após o duelo, fiz a mesma indagação ao diretor de administração Régis Shiba: "Sem chance de sair daqui", me respondeu. A resposta também tem fundamento. Não à toa, quem entra em Caxias logo dá de cara com um outdoor que apresenta o símbolo do Inter e os dizeres: "Bem-vindo à terra do Clube do Povo".

A sede dos vermelhos é, sem dúvidas, Porto Alegre. Mas, enquanto o Beira-Rio não se apronta para receber a Copa do Mundo, o Centenário e Caxias do Sul foram adotados. Por que mexer no vespeiro? Aliás, no último domingo, o torcedor mostrou finalmente que a ideia foi comprada. Na vitória sobre o VEC, 16 mil colorados foram ao estádio - batendo o recorde de 11 mil presentes no Gre-Nal do primeiro turno. E agora, se tudo fosse modificado, poderia se quebrar a química que pode começar a dar certo. Assim, a direção tratou de bater o martelo: domingo que vem, contra o Juventude, o mando de campo continuará sendo na Serra.

Nada de Novo Hamburgo, Lajeado ou Erechim. Nem mesmo as reuniões que foram feitas nas últimas semanas, com oferecimentos para recepcionar o Inter em jogos menores do Campeonato Brasileiro, devem ser levadas a sério. Primeiro porque não há estrutura para aconchegar 15 mil lugares, e segundo por não haver dinheiro que possibilite reformas de ampliação. Portanto, não se fala mais nisso!

PRELEÇÃO: Julinho Camargo

O programa PRELEÇÃO deste domingo (28) se ateve à carreira de Julinho Camargo - semifinalista da Taça Farroupilha com o Veranópolis. Foram ouvidos Paulo César Carpegiani, o primeiro a oferecer a oportunidade de treinador ao profissional, e Mithyuê, meia-atacante tirado do futsal pelo próprio Julinho. Além disso, foram utilizados depoimentos de Paulo Odone, Paulo Roberto Falcão e Dunga. Confira!

O PRELEÇÃO VAI AO AR NA RÁDIO GUAÍBA TODOS OS DOMINGOS, ÀS 13H, ATRAVÉS DO AM 720 / FM 101.3 E WWW.RADIOGUAIBA.COM.BR


O brigadiano e o treinador


Foto: Marinho Saldanha (UOL)

Luxemburgo sorri, Dunga fecha o rosto. Assim, encaram a pressão de ser um treinador de futebol os atuais comandantes da dupla Gre-Nal. Em momentos como no sábado - quando eliminado do Gauchão 2013 -, Vanderlei não se entrega, não admite erros e ironiza as perguntas dos repórteres. No entanto, poucas vezes falta com o respeito aos profissionais da imprensa. E, quando o faz, logo de cara emenda uma piada sobre vinho, azedume ou 'bundas sendo encoxadas'. É o famoso media trainning aplicado pelo treinador gremista. Já o comandante colorado reage de maneira adversa.

Ao contrário do colega de profissão, Dunga venceu a semifinal, passou à decisão e poderá ser campeão estadual com antecedência. Mesmo assim, ele costuma partir para as coletivas de imprensa com a mesma raiva apresentada na África do Sul ou nos Estados Unidos, ao levantar a taça da Copa. Quando questionado, como foi pelo repórter Flávio Dal Pizzol, da Rádio GUAÍBA, indagando porque demorou para mexer no time, vai para o combate: "Fiz isso porque ganhei! O time estava encaixado, por que eu iria mexer? Quem mexe é professor Pardal e de professor Pardal está cheio por aí!". Ou seja, completamente sem necessidade. Seria muito mais prudente ele apenas responder. Sem ataques.

Porém, uma definição de Dunga na coletiva deste domingo define bem a profissão de técnico de futebol: "Treinador é como brigadiano. Quando o brigadiano age, as pessoas criticam. Quando não faz nada, as pessoas criticam também." Concordo em partes - na parte em que o pepino está na mão deles, e não na mão dos críticos. A cada dia, há um leão. Por exemplo: digamos que na quarta-feira o Inter perca para o Santa Cruz em Pernambuco, e o Grêmio goleie o Independiente Santa Fé na Arena. Os elogios que hoje são direcionados ao colorado, migrarão ao gremista. E a pressão que recai sobre os ombros de Luxemburgo, partirão para cima de Dunga.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Com a lista na mão

Foto: Lucas Uebel (Gremio.net)

O Grêmio ainda não apresentou a lista de inscritos para a fase de oitavas-de-final da Libertadores da América. Tem até segunda-feira para fazê-lo, até porque são 48 horas antes do compromisso diante do Independiente Santa Fé-COL. Ou, se estiver disposto a pagar multa, pode esperar mais um dia. Entretanto, se nenhum negócio de ocasião aparecer na frente dos diretores, as substituições estão prontas na mão, é só enviar à Conmebol. A apresentação do zagueiro Gabriel, nesta sexta-feira, escancarou isso.

Vindo do Lajeadense, o jovem defensor herdou a camisa 22, que estava com Léo Gago (hoje no Palmeiras). Além do volante, outros dois atletas que já não estão mais no clube tiveram suas numerações entregues a outros. A 23 de Leandro caiu às costas de Fábio Aurélio, enquanto a 16 de André Lima ficará a cargo de Guilherme Biteco. Assim, quem dançou nesta foi o irmão mais novo: Matheus Biteco. Assim sendo, entrarão: zagueiro, lateral-esquerdo e meio-campista.

Para contratações de renome, a direção acabou esbarrando nas dificuldades financeiras, além do fechamento da janela de transferências. Tanto que, Ibson e Alex Silva, que estão no pincel do Flamengo, não entraram nos planos gremistas – conforme notificou o assessor de futebol Marcos Chitolina. Andrezinho, que chegou a ser cogitado, é colocado em descrédito por conta de uma lesão no púbis. Então, a saída vai ser apostar em quem já está em casa – ou volta a ela, como é o caso de Gabriel.

Argentinos em desgraça

Foto: Diego Guichard (Globoesporte.com)

A dependência do Internacional por D'Alessandro faz o torcedor colorado comemorar demais a ação do departamento jurídico, que diminui de dois para apenas um jogo de suspensão a ser cumprido pela Copa do Brasil. O sucesso do 'Cabezón' foi tamanho que o clube foi buscar outros três argentinos. Porém, até agora, nenhum vingou. Fernando Cavenaghi já se foi, Mário Bolatti (após um bom início) também, e é bom que Jesús Dátolo se cuide. Dunga não aprovou suas atuações iniciais nesta temporada.

Aliás, sobre Bolatti: nesta sexta-feira, o jornal 'La Mañana', de Córdoba, publicou que o clube formador do volante irá ingressar na FIFA cobrando uma dívida do Inter, ainda datada da compra do atleta junto à Fiorentina-ITA - declarou o vice-presidente do Belgrano-ARG, Jorge Franceschi. Em entrevista à Rádio GUAÍBA nesta tarde, o diretor de futebol do Inter, Luis César Souto de Moura, revelou que o pagamento foi feito, mas a conta-corrente citada pelo clube argentino não aceitou a transferência, que voltou: “Era bom eles vasculharem a caixa de e-mail deles para encontrar o e-mail que o dr Daniel Cravo (advogado) mandou, pedindo uma nova conta-corrente.

Por fim, julho está chegando e, quem sabe, Bolatti baterá à porta do Beira-Rio. Emprestado ao Racing-ARG até julho, o volante não está nos planos do Colorado para esta temporada e depende de um acerto financeiro com os argentinos para permanecer. “Gostaria de ficar, fazer com que o Racing conquiste um título. Mas sei que não depende só de mim, mas também do Inter”, declarou ele à Rádio Del Plata. Na verdade, depende das duas partes: do Racing pagar o salário, que para os padrões platinos, está deveras alto. Hoje, o Inter ajuda com metade das despesas. No último fim de semana, Mário foi expulso (ao lado do experiente Camoranesi) e contribuiu para a eliminação de seu time frente ao modesto Tristán Suárez na Copa Argentina.

quinta-feira, 25 de abril de 2013

Zagueiro de casa, mas forjado fora


Foto: Juan Barbosa (Agência RBS)

Muito interessante a contração que o Grêmio pode efetuar na próxima segunda-feira. As informações que recebi são que o zagueiro Gabriel (24 anos), do Lajeadense, vem para Porto Alegre ainda neste domingo. No dia seguinte, realiza exames médicos e, se aprovado, assina contrato de empréstimo com o Tricolor por 8 meses - com opção de compra ao final deste período. É óbvio que toda esta história não foi inventada por mim, mas ouvida de um dirigente do clube de Lajeado que pediu sigilo: "É 99,9% certo que ele assinará com o Grêmio. É só ser aprovado nos exames", disse-me o cartola.

No entanto, ouvi os outros lados. O empresário de Gabriel, Ricardo Melo, revela que muitas sondagens foram feitas - principalmente após o gol marcado contra o Inter, no domingo -, mas apenas uma proposta oficial (do Criciúma). "Se o Grêmio procurou, foi direto ao presidente. Ninguém falou comigo", revelou Melo à Rádio GUAÍBA. Já o presidente do Lajeadense, Mário Dutra, mantém o discurso de que não foi procurado também e ressalta que o atleta tem vínculo com o clube até o fim do ano e uma multa rescisória de R$ 2 milhões. No Grêmio, porém, a história é um pouco diferente. Conforme o assessor de futebol Marcos Chitolina, contatos iniciais já foram feitos sim!

Mas o mais interessante de tudo é o ponto de vista de Gabriel. Ao invés de mudar de ares, a vida do zagueiro irá retroceder. Sim! Falo em retrocesso porque Gabriel é cria das categorias de base do próprio Olímpico. Saiu de Porto Alegre muito cedo, rodou por Paraná e Acre até voltar ao pago. E por que só agora o Tricolor se interessou? "O zagueiro demora mais para evoluir. Não é como um meia, que você solta no campo e sai driblando. Zagueiro precisa de maturidade, e o Gabriel ganhou isso. O Grêmio viveu isso com o William, que veio do Ipatinga e só foi estourar com 30 anos", conclui Chitolina. E com este pensamento, Gabriel deve ser oficializado muito em breve.

Presidente com cadeira cativa


Foto: João Vitor Ferreira

Na última segunda-feira, participei do programa Cadeira Cativa, da Ulbra TV, ao lado de Fernando Carvalho, ex-presidente colorado. Resolvi utilizar o blog para transcrever um pouco do que foi debatido em uma hora de entrevista falando de Internacional e futebol em si. Antes de mais nada, Carvalho já anuncia que vive um outro momento, trabalhando com um grupo de empresários e agenciando carreira de atletas, não pretendendo se relacionar com a dupla Gre-Nal. Aliás, sobre um possível retorno ao Beira-Rio: "Um dia eu volto. Daqui uns 5 anos, quem sabe." Porém, repete o velho mantra de que está disponível para ser consultado, quando a atual direção achar necessário.

- Venderia Leandro Damião?
"O Inter adotou esta postura em 2002 e todo o ano realiza uma grande venda. O Giovanni (Luigi) já vendeu Giuliano e Oscar. Parece-me que é a vez do Damião. Ele só não foi antes porque não apareceu nada oficial, me disse o Giovanni. (...) Hoje ele renderia de € 18 a € 20 milhões."

- Contrataria Vágner Love?
"É um bom jogador, tem que ver o custo-benefício. É um negócio, precisa ser lucrativo. Eu nunca fiz um grande investimento para contratar, sempre preferi jogadores mais desconhecidos. Aliás, o único jogador que fizemos um grande investimento foi o D'Alessandro."

- O que acha do trabalho de Dunga?
"Muito bom. O maior exemplo é o último jogo (contra o Lajeadense), quando ele fez o que poucos treinadores fazem. Voltou do intervalo, perdendo e sem mexer na equipe. Fez certo! Gosto da maneira como o time está jogando, com dois volantes que sabem jogar - Willians muito bom jogador. O Fred fazendo o terceiro homem do meio-campo, dá o equilíbrio ao nosso time, é o Tinga de hoje, mas jogando pelo lado esquerdo; e o D'Alessandro à frente. Está muito bem."

- Precisa de um reserva para D'Alessandro?
"O Inter já tem um reserva. Hoje, da maneira como está jogando, o Dátolo é o reserva de D'Alessandro. Não precisa contratar."

- Você impediu a vinda de Giuliano para o Grêmio?
"Não, eu encontrei com ele no Aeroporto de Curitiba e disse: 'Não acredito que você está indo para Porto Alegre para jogar em outro clube que não é o Inter!'. Tu achas que isso impediu a vinda dele? (Risos)"

- Você esteve no show do Roberto Carlos na Arena. O que achou do estádio?
"Muito bonito o estádio. Aliás, virei alvo de piada dos gremistas, mas muitos vieram tirar foto comigo. Eu disse para eles que fui inspecionar o nosso novo salão de festas. (Risos)"

*Espero ter lembrado, senão de todos, mas dos detalhes mais interessantes da conversa.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Quem pode mais?

Quem tem mais influência política: Fábio Koff ou César Pastrana? A favor do mandatário gremista estão os dois títulos de Libertadores, um Mundial e tantos anos à frente do Clube dos 13. E a favor do presidente do Independiente Santa Fé, o que conta? É o que será medido a partir de agora. Koff segue irredutível e tem a palavra dos manda-chuvas da Conmebol prometendo que o jogo de volta das oitavas de final da Libertadores acontecerão no dia 16 de maio. Os colombianos querem o dia 7, e abanam com um ofício timbrado e assinado pela entidade.

Aliás, para Santa Fé é uma questão de birra. Em entrevista à Rádio GUAÍBA nesta tarde, Pastrana revelou que não terá perdas caso tenha de mandar a equipe a campo uma semana depois do programado: "Penso que não nos afetaria, pois estamos liderando o torneio colombiano e neste final de semana podemos disparar ainda mais, o que pode indicar uma classificação antecipada. (...) Não nos afeta, mas é de se admirar que Grêmio seria beneficiado por pensar no seu torneio local", disse. Tudo não passa de estratégia. Para os colombianos é mais favorável ver um Grêmio cansado por ter jogado outra decisão dois dias antes - ou ainda, destroçado por ter perdido uma final, seja ela com o time B ou C.

A indefinição não é nem um pouco amenizada pela Conmebol, que através de sua secretária reservou-se a dizer apenas: "a data da partida está na página oficial". Mas lá tem duas datas!! A verdade é que, mesmo antes de fardarem os calções, Grêmio e Independiente Santa Fé travam uma batalha fora dos gramados. Os telefones paraguaios da Conmebol não param de tocar com números de Porto Alegre e Bogotá. Virou um cabo de guerra. Vencerá o único invicto da Libertadores ou o que foi mais vezes campeão? Aguardemos pelos próximos capítulos.

A força de Koff não é correspondida pelo time


Minutos depois de Rui Costa, diretor executivo do Grêmio, conceder entrevista à Rádio GUAÍBA na tarde de segunda-feira, comentando que o clube se submeteria às datas impostas pela Conmebol, veio a notícia. No próprio site da entidade, foi publicado que o jogo de volta das oitavas-de-final da Libertadores, contra o Independiente Santa Fé-COL, passava para o dia 16 de maio (e não mais no dia 7), como ensejavam os dirigentes nos bastidores. Indagando um e outro, questionando sobre a mudança, vinha a conclusão: "Aconteceu graças ao velho. O Koff é fod*!". Uma breve definição do poder e influência política que tem o atual presidente gremista Fábio Koff.

Atuando somente no dia 16, o time não precisará jogar no dia 5 a final da Taça Farroupilha (se chegar lá, claro), e dois dias depois voltar a campo em Bogotá. Muitos torcedores reivindicaram uma modificação no calendário do Gauchão, pela FGF. Não é uma questão de colocar o Gauchão acima da Libertadores, mas convenhamos que desta vez era mais fácil adiar uma disputa de oitavas do que uma decisão de turno. Direitos da televisão - principal patrocinadora do certame - impediam o fato. Koff sabia disso e sequer cogitou uma conversa com Francisco Noveletto. Foi direto a Nicolás Leoz.

Porém, de nada adianta o mandatário tricolor se fazer influente, se a equipe não se ajudar. Nesta segunda mesmo, dentro de campo, os jogadores mostraram contra o São Luiz, dentro da Arena, que as dificuldades são maiores do que se imaginava. O técnico Vanderlei Luxemburgo não vem conseguindo imprimir o futebol que todos os grandes nomes colocados à sua disposição o impõem. Ou alguém imaginava que o clube de Ijuí seria vergado nos pênaltis? Para se ter uma ideia, o resultado levou a semifinal, contra o Juventude, para Caxias do Sul. Ganhasse no tempo normal, o jogo seria em Porto Alegre. Pode parecer pouco, mas basta analisar o simples: o presidente consegue mudar uma partida de Libertadores, mas o time não consegue mandar uma partida de Gauchão. Ou seja, de nada vale ter força na presidência se os jogadores não corresponderem em campo.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Moledo pode parar Damião

Para a saúde financeira do clube, o Internacional realizará uma venda na metade deste ano. É assim que as direções vem agindo desde 2002, e em 2013 não será diferente. No entanto, resta saber qual será o jogador repassado à Europa. A ideia de que Leandro Damião seria a bola da vez começa a cair por terra. A convocação de Rodrigo Moledo para o amistoso entre Brasil e Chile, nesta quarta-feira, em Belo Horizonte, é o principal causador desta mudança de pensamento.

No ano passado, o Galatasaray-TUR chegou a mostrar interesse na contratação do defensor. Porém, nenhuma proposta oficial chegou a Porto Alegre, alega o presidente Giovanni Luigi. Mesmo assim, a cada vez que se perguntava o valor de mercado de Moledo, a resposta vinha em tom repreensivo: "No mínimo 10 milhões de euros." Hoje, ninguém mais fala quanto ele vale, mas basta uma mala com 6 ou 7 milhões dobrar a esquina da Avenida Padre Cacique, para o zagueiro tomar novos rumos. Vale lembrar, o Inter detém 70% dos direitos econômicos - os outros 30 pertencem ao empresário Sandro Zardo. "Estamos abertos a propostas. Se chegar algo que nos agrade, o Moledo pode sair. Assim como o Damião", declarou Luigi em entrevista à Rádio GUAÍBA neste domingo.

E o que mais espanta é que, antes de fardar no Beira-Rio, Rodrigo Moledo realizou testes no Grêmio e Santos - neste último, ao lado de Paulo Henrique Ganso. Em ambos, acabou sendo reprovado. No Inter, depois de muita insistência, acabou recebendo maiores oportunidades, após longos meses de férias forçadas em casa. Poucos lembravam que era ele o tal 'Rodrigão' que formou dupla de zaga com Odvan e, por pouco, não brecou Taison e Nilmar na primeira fase da Copa do Brasil de 2009. Graças à lembrança de Fernando Carvalho, foi aprovado e aí está. Agora pode ser ele a salvação dos cofres vermelhos, e uma promessa (quem sabe) de permanência de Leandro Damião.

A contratação barata que saiu cara


Nesta segunda-feira, diante do São Luiz, o torcedor do Grêmio terá a chance de ver mais uma vez em campo Zé Roberto. Um jogador moderno, apesar da idade avançada, que atua em todas áreas do campo e sabe muito bem utilizar a camisa 10 que veste. Porém, no dia 1º de maio, contra o Independiente Santa Fé-COL, pela Libertadores, o meia cumprirá suspensão automática e não se fará presente. Qual será o comportamento do time sem o capitão e maestro? Quem será o susbtituto? Guilherme Biteco, Fábio Aurélio, Marco Antônio? O último você pode riscar da lista.

Convidado do programa 'Ganhando o Jogo' da Rádio GUAÍBA, o assessor de futebol Marcos Chitolina comentou o papel de Marco Antônio na equipe: "Ele nunca foi o camisa 10. Ele é um segundo volante." A declaração não é nenhuma novidade. Até mesmo Vanderlei Luxemburgo chegou a esta conclusão e explanou em uma entrevista coletiva na Arena há poucas semanas. Assim, chego à conclusão que Paulo Pelaipe, responsável pela contratação do atleta em dezembro de 2011, não o conhecia tão bem assim. Ou ele mesmo enganou a todos, já que (apelidado por Marco 'Xavi' Antônio nos tempos de Portuguesa) se apresentou no Olímpico como jogador de "visão de jogo e chegada ao ataque para finalizar ou servir".

Enfim, o não aproveitamento de Marco Antônio escancara o problema que o Grêmio tem no banco de reservas. Com pouco tempo e dinheiro, o Tricolor até busca um armador substituo no mercado, mas deve mesmo é apostar nos jovens da casa. Inscrito na Libertadores aparece Jean Deretti, e os próximos podem ser os irmãos Biteco. Estes, por sua vez, são bem promissores, mas convenhamos, ainda há um oceano que separa Zé Roberto do resto. Ou melhor, apenas duas funções do meio-campo: um é segundo volante, o outro o camisa 10.

domingo, 21 de abril de 2013

Amor para dar e comprar


O principal objetivo do Internacional neste primeiro semestre é vencer o Gauchão sem a necessidade de uma finalíssima - ou seja, conquistando os dois turnos do certame. Para isso, precisa passar pelo Lajeadense neste domingo. No entanto, ao mesmo tempo em que pensa na bola, olha o mercado. Nesta semana, em reunião entre a comissão técnica e o departamento de futebol, a provável saída de Leandro Damião foi pauta. E, assim, nomes de centroavantes foram colocados em cima mesa. Entre eles, Vágner Love.

Quem confirmou foi o assessor de futebol Eduardo Hausen, em entrevista à Rádio GUAÍBA na manhã deste domingo: "Foram apresentados vários nomes, o Vágner Love é um deles." Há uma semana, quando soube do interesse, entrei em contato com o empresário do atleta, Evandro Ferreira. Ele me disse que, por conta do retorno do atacante à Rússia recentemente (quando foi devolvido pelo Flamengo), não será fácil um empréstimo. Tudo é uma questão de conversa e interesse - que o Inter ainda não oficializou. Mas, se não der Love, outro virá. Quem? Bom, vários nomes são tratados, menos um: Braian Rodríguez. Sobre o uruguaio do Huachipato, a direção colorada nega que algum dia tenha se interessado por ele. Acontece que o agente que intermedeia negociações entre chilenos e brasileiros foi ao Beira-Rio e ao Olímpico para 'oferecer os serviços' do centroavante. Fato comum e corriqueiro no mundo do futebol.

A verdade é que, com o aval de Dunga, Vágner Love é o ficha 1. Vale lembrar, o atacante esteve na Seleção Brasileira logo em que o atual treinador do Inter assumiu na CBF, em 2006. Não tem as mesmas características de Damião, mas não deixa de ser um bom jogador. E, para quem teme as confusões extracampo, basta lembrar que Dunga estará puxando os freios ao lado, com todo amor do mundo. Mas como somente amor não põe pão na mesa, para ter Love o Inter terá de abrir os cofres. Os russos assim exigem.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Uma flecha, dois negócios

A janela fechou, os negócios estão cada vez mais escassos e o diretor executivo do Grêmio, Rui Costa, sabe disso. Porém, o Tricolor precisa se reforçar para a fase de mata-mata da Libertadores da América. Duas conversas foram encaminhadas: por um zagueiro e por um meia? Marcelo Moreno é o grande trunfo gremista, mas é apenas um. Ou seja, somente um negócio será concluído.

De Minas Gerais vem a informação de que o Cruzeiro, que acaba de contratar Dedé do Vasco, estaria disposto a liberar o zagueiro Léo (ou ainda Victorino), mais os 50% dos direitos econômicos que detém sobre Kleber Gladiador. Em troca, pede o centroavante boliviano. Tudo certo, não fosse a necessidade imediata do Grêmio em ter um meio-campista. Neste sentido, aparece o Rio de Janeiro. O próprio empresário de Andrezinho (Jorge Moraes) admite que o Botafogo procurou a direção gremista oferecendo o armador, em troca do camisa 9. No entanto, as tratativas encerraram no dia 3 de março, quando Andrezinho se lesionou pelo Campeonato Carioca. Contudo, nesta sexta-feira o atleta voltou a treinar no Caio Martins. E agora, será que as conversas serão reiniciadas?

É uma sinuca de bico. Ao optar por Andrezinho, Fábio Koff e Cia. estarão colocando uma grande peça de reposição para as eventuais ausências de Zé Roberto e Elano. No entanto, na defesa, terá de apostar todas as fichas no criticado Cris (já que Luxemburgo não deve promover Bressan à titularidade). Ter de volta Léo - ou adquirir Victorino -, além de adquirir os 100% do Gladiador é um projeto a longo prazo. Também seria boa escolha. Mas, enfim, só uma alternativa resta. Cruzeiro ou Botafogo: com quem o Grêmio gastará a única flecha de Marcelo Moreno?

Que venha o próximo

Foto: Lucas Uebel (Grêmio.net)

O Huachipato é passado na vida do Grêmio. Após um empate dramático em 1 a 1 no Chile, o Tricolor gaúcho classificou-se para a próxima fase da Libertadores da América. O adversário das oitavas de final será o Independiente Santa Fé, da Colômbia. Se bem que o maior inimigo será outro: a escassez do grupo. Com a vaga garantida, Vanderlei Luxemburgo poderá inscrever mais 3 atletas, nas vagas de Leandro, Léo Gago e André Lima, que já não fazem mais parte do elenco. Fábio Aurélio, Bertoglio e os irmãos Biteco pintam como prováveis alternativas. No entanto, ainda no estádio CAP, em Talcahuano, o presidente Fábio Koff confidenciava ao repórter Cristiano Silva, da Rádio GUAÍBA, que reforços seriam discutidos durante o jantar, antes mesmo do retorno ao Brasil.

O problema é que a lista de busca fica cada vez menor. Com o fechamento da janela de transferências, nenhum jogador pode vir da Europa. Também, dos eliminados na Libertadores, nenhum poderia se transformar em retorno - como por exemplo o meia Rómulo Otero, do Caracas, especulado pela imprensa venezuelana. A saída será vasculhar o mercado nacional e, convenhamos, Marcelo Moreno deve ser uma bela moeda de troca neste momento. O meio-campo é o setor a ser reforçado, até porque, para o primeiro jogo contra os colombianos, Luxa terá problemas imediatos: Zé Roberto recebeu o terceiro cartão amarelo, Elano luta para se recuperar de uma lesão no joelho, Adriano sofreu lesão no Chile (fato que se repetiu com o zagueiro Werley). E agora?

No vestiário, o assessor de futebol Marcos Chitolina confirmou que Andrezinho, ex-Inter, chegou a ser oferecido há algumas semanas. As conversas até avançaram, mas o meia acabou se lesionando no Botafogo e o negócio escorreu pelo ralo. Enfim, o Grêmio já sabe o que quer. E, digo mais: além de um meia, vejo necessidade de buscar um bom zagueiro. Só assim o Grêmio não precisará passar por apuros semelhantes ao que se viram diante do Huachipato.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Sem Messi ou Cristiano Ronaldo em Recife

Foto: Alexandre Lops (Internacional)

Dia desses, em uma coletiva de imprensa no CT Parque Gigante, resolvi indagar Dunga sobre a necessidade de se contratar um substituto para D'Alessandro, caso este não pudesse estar em campo. O treinador colorado ironizou, e perguntou quem era o substituto para Lionel Messi no Barcelona, ou para Cristiano Ronaldo no Real Madrid. Entendi o recado. O camisa 10, e capitão do Inter, realmente é um jogador diferenciado. Porém, quando ele não atua, o clube não dispõe de outro atleta com as mesmas características. Dátolo não vem conseguindo repetir os feitos do compatriota, Fred tem características mais de terceiro homem, e Vitor Júnior, por sua vez, tem mais velocidade do que habilidade. Agora repito a pergunta: quem será o substituto de D'Alessandro em Recife?

Isso porque, com a suspensão por 2 jogos aplicada pelo STJD (por conta da expulsão diante do Rio Branco-AC), o Colorado terá de enfrentar o Santa Cruz-PE, pela Copa do Brasil, sem o maestro do time. De que forma Dunga pensará sua equipe? Já não bastava a ausência de Leandro Damião, que cumpre pena da última rodada do Brasileirão. Agora serão dois grandes desfalques: o Messi e o David Villa; ou o Cristiano Ronaldo e o Benzema.

Não vejo facilidades no enfrentamento em Pernambuco, pela segunda fase da Copa do Brasil. E, se mesmo assim, o Inter me queimar a língua e eliminar o Santa Cruz já no embate inicial, a suspensão do argentino se estenderá para adiante. E aí virão Avaí, América-MG ou Volta Redonda. Está mais do que na hora da direção colorada frear o temperamento de D'Ale. Pode até não ter um substituto para ele neste momento, mas você já viu Messi ou Cristiano Ronaldo sendo expulsos e ficando suspensos por conta de briga com o Testinha?

É melhor empatar do que vencer


Foto: Lucas Uebel (Grêmio.net)

Que falta lógica a este grupo 8 da Libertadores, todos já perceberam. Até a penúltima rodada se destacava que, de nada adiantaria ao Grêmio vencer o Fluminense se perdesse para o Huachipato. Era melhor marcar dois pontos, do que três. E ainda é! Ou melhor, para os gremistas será melhor empatar em Talcahuano, no Chile, do que vencer. Como assim? A lógica, meu amigo, atire no lixo!

Se der o esperado, e o Fluminense vencer o Caracas no Rio de Janeiro, o Grêmio pode reaparecer no caminho carioca. Para isso, basta o time de Vanderlei Luxemburgo vencer. Isso mesmo! Se o Tricolor conquistar três pontos, terá Abel Braga e Cia mais uma vez em Porto Alegre. Do contrário, se vier apenas um ponto, o adversário seria o Santa Fé, da Colômbia. Porém, se o Flu tropeçar diante do Caracas e o Grêmio vencer, virá o Real Garcilaso, do Peru. Isso, claro, considerando que nos outros dois jogos da noite os mandantes saiam vitoriosos. Porém, quando se fala em Grupo 8, nada pode ser apostado. Palmeiras, Libertad e Emelec ainda podem ser os futuros inimigos.

Enfim, antes disso tudo é necessário classificar. E, convenhamos, ninguém mais é capaz de apostar que o Huachipato será presa fácil. Depois de ter vindo à Arena e vencido na abertura da fase de grupos, os chilenos passaram a ser mais respeitados. É bem verdade que, dentro da própria casa, eles não conquistaram sequer um ponto. Mesmo assim, é preciso esperar pelo imponderável. E agora, o que virá? Quinta-feira de ansiedade essa.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Amistoso estrangeiro de intertemporada

Nesta terça-feira, divulgou-se na imprensa espanhola que Lionel Messi pretende convidar Dunga e Diego Forlán para um amistoso beneficente em Medellín, na Colômbia, para o dia 29 de junho, chamado 'A Batalha das Estrelas'. Para os dirigentes colorados, seria uma honra ver o treinador e um dos principais atletas levando o nome do clube tão próximo do melhor jogador do planeta. Porém, eles podem ser impedidos de se apresentar por lá. O fato ainda não foi discutido, mas o que pode barrar a viagem é o planejamento de uma intertemporada - quando o calendário brasileiro será interrompido para a disputa da Copa das Confederações.

Conforme o diretor de futebol Luis César Souto de Moura, em entrevista à Rádio GUAÍBA, o departamento de futebol já estuda o local onde permanecerá treinando, para dar o sprint final no Campeonato Brasileiro. "Vamos ficar na Região Metropolitana de Porto Alegre porque a Serra é mais complicado pelas condições climáticas, e a intenção é fazer um amistoso que nos permita colocar os atletas em ritmo de jogo", declarou Luis César. Aliás, conforme o diretor, o adversário pode ser estrangeiro. Um convite já foi feito por um clube do México, porém, a questão da logísticia inviabiliza a realização da partida. Portanto, outras alternativas devem ser estudadas. Um clube uruguaio, argentino, chileno... Quem sabe.

O que chama a atenção é o convite mexicano. Vale lembrar que desde a final da Libertadores de 2010, quando o Colorado bateu o Chivas em Guadalajara, os holofotes do México se voltaram para Porto Alegre. Em 2011, por exemplo, o presidente Giovanni Luigi assinou parceria com o América-MEX, além de Atlético de Madrid-ESP e Chicago Fire-EUA. Desde a Copa de 1970, se sabe que os mexicanos adoram os brasileiros. Agora, pelo visto, a admiração é pelos gaúchos. E é mútua! Não fosse assim, Carlos Villagrán (o Kiko, do Chaves) não seria o embaixador da Copa do Mundo na capital sul-riograndense.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

À altura do Inter

Adepto da política de fazer mais com menos, o Internacional acionou seus observadores. Entre eles, aparecem os ex-jogadores Pinga e Dorinho. Assim, eles viajam pelo Brasil com a missão de ver 'in loco' algumas joias a serem lapidadas em Porto Alegre. Tudo isso porque contratar um jogador de renome está cada vez mais difícil. Nestes primeiros meses de 2013, a Rádio GUAÍBA conseguiu descobrir dois jogadores que os enviados colorados foram visitar: Bismarck, do Campinense-PB; e Giancarlo, do Ferroviário-CE. Isso sem contar os atletas que se destacaram no Gauchão, como Filipinho, do Pelotas; Renan Oliviera, do Lajeadense; e Soares, do Cerâmica. Porém, não foi visto o esperado. Mais especificamente sobre o centroavante que despontou no Campeonato Cearense, a definição do observador foi a seguinte: "O Giancarlo faz gols e tal, mas não está à altura do Internacional". O mesmo certamente foi dito sobre Bismarck.

Pinga e Dorinho apenas repetem a missão que já foi de Guto Ferreira (hoje técnico da Ponte Preta), por exemplo. O diretor-executivo Newton Drummond, o Chumbinho, os aciona via telefone e pede observem uma função em específico. Na maioria das vezes, chega a citar o nome e o clube em questão. Os profissionais rumam para aquela cidade, se apresentam aos dirigentes locais e apresentam no dia seguinte um relatório. Até agora, nenhuma resposta fez com que o presidente Giovanni Luigi abrisse os cofres. Nem mesmo Filipinho, destaque do Pelotas, foi aprovado. Tudo porque, conforme informam os dirigentes colorados, o clube da zona sul do Estado pede uma quantia exorbitante. Ou seja, a não ser que o Pelotas diminua o pedido, a aposta não será feita.

Enquanto não se descobre um jogador à altura do Inter, observações maiores são feitas. Os diretores não falam em nomes ou posições. Mas, se sabe que o foco está em um meia (para dividir as atenções com D'Alessandro) e em um centroavante (capaz de suprir a saída de Leandro Damião). Sobre a lateral direita, o Inter aguardará por uma melhor resposta de Helder. Se tem a convicção de que, pelos 4 anos que passou na França, o atleta necessite de uma readaptação ao Brasil. Se ele não der certo, Cláudio Winck será acionado para a reserva de Gabriel. Nada muito diferente disso será efetuado.

A juventude gremista


A partir desta segunda-feira poderá se encaminhar a oitava contratação do Grêmio vinda das categorias de base do Juventude. Depois de Follmann, Bressan, Alex Telles, Ramiro, Paulinho, Mossoró e Cassiano; será a vez de Dedê. Quem revelou foi o próprio presidente alviverde, Raimundo Demore, em entrevísta à Rádio GUAÍBA neste domingo. O jogador é meia-atacante, tem 19 anos e está na base do clube caxiense há dois anos - também defendeu o Goiás e o Dínamo Bucaresti, da Romênia.

E, apesar de reconhecer que Dedê é um bom jogador, Demore fala com uma certa amargura de seu atleta. Tudo porque, segundo ele, foi oferecida uma proposta de renovação de contrato, já que o vínculo se encerra ao fim deste ano. Até mesmo o técnico Lisca chamou o jovem para uma conversa separado, apresentando-lhe o projeto de carreira. Nada demove o garoto de ir embora de Caxias do Sul. "Isso é culpa do empresário dele", afirmou o presidente, que não quis revelar o nome do agente.

Além do Grêmio, Demore confirma que foi procurado pelo ex-zagueiro Scheidt (que atuava em nome do Corinthians). O interessante é que, quando o atleta foi separado do grupo, o técnico Lisca deu como justificativa propostas de Internacional e Fluminense. Por parte do Colorado, os dirigentes negam qualquer contato ou conhecimento sobre Dedê - e o próprio Raimundo Demore nega que tenha sido procurado por colorados ou cariocas. Ou seja, pelo visto, está se encaminhando um oitavo reforço para a juventude gremista.

PRELEÇÃO: Juventude - Gauchão 1998

Neste domingo, dia 14 de abril, o 'Preleção' se ateve no confronto entre Internacional e Juventude, para relembrar uma das maiores conquistas da história do clube caxiense, quando o time comandado por Lori Sandri vergou o Colorado de Celso Roth. Além do treinador, foi ouvido o meia Lauro, pivô de uma discussão jurídica que por pouco não tirou o título juventudista no 'tapetão'.

O 'Preleção' da RÁDIO GUAÍBA vai ao ar todos os domingos, às 13h, no AM 720 / FM 101.3 e no www.radioguaiba.com.br.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Inter quer Novo Hamburgo, mas Novo Hamburgo quer o Inter?

Foto: Ricardo Duarte

Cada vez mais Novo Hamburgo ganha força para receber os jogos do Internacional na segunda metade do ano também. Depois de sediar algumas partidas do Colorado pelo Gauchão, o Estádio do Vale caiu nas graças dos atletas. Não porque o gramado é melhor do que o do estádio Centenário, em Caxias do Sul. Pura e simplesmente porque fica mais próximo de casa, mais perto de Porto Alegre. O discurso foi endossado nesta quinta-feira pelo atacante Diego Forlán: "Imagina vir do Recife, descer aqui, treina, pega o ônibus e leva duas horas para chegar em Caxias. Depois, tem o inverno que tem frio e neblina. (...) Se nós tivéssemos um campo aqui perto, estaria mais lotado aqui que lá em Caxias." Mas não basta a vontade de Forlán e dos outros jogadores. Falta algo a mais.

Por parte da direção colorada, nenhum centavo será investido para aumentar a capacidade do estádio do Vale para 15 mil pessoas, a fim de receber jogos pelo Campeonato Brasileiro. Sendo assim, o Esporte Clube Novo Hamburgo, principal interessado nisso, irá pedir ajuda à prefeitura para que se adeque às exigências da CBF: "Tudo é possível. Com a prefeitura se comprometendo com o entorno, creio que Inter e Novo Hamburgo irão se acertar", afirmou o presidente Carlos Duarte em entrevista à RÁDIO GUAÍBA.

Nos últimos dias, o Cerâmica também se aproximou da direção colorada, oferecendo o Vieirão como possível casa, enquanto as obras do Beira-Rio não ficam prontas. "O presidente já fez até o orçamento, resta o Inter dar o aval", disse-me um dirigente do clube de Gravataí. O grande problema, neste aspecto, é o pequeno espaço existente para ampliação das arquibancadas - fato que não ocorre em Novo Hamburgo. Enfim, Duarte promete reunião com a prefeitura para a próxima semana. Até lá, Forlán e Cia. vão ter de se acostumar a viajar para Caxias do Sul a cada jogo de maior expressão.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Barcos combalido

Foto: Lucas Uebel

Hernán Barcos está de aniversário nesta quinta-feira. Completa 29 anos de vida. Mas não tem muitos motivos para comemorar. Até porque não vem conseguindo repetir nas últimas partidas as atuações que conquistaram o torcedor gremista, fazendo a alegoria de pirata virar mania na Arena. Porém, antes do oportunista gritar, o argentino aponta o motivo do mau rendimento: a velha dor nas costelas, ocasionada desde um choque com um atleta na derrota para o Cruzeiro, pelo Gauchão. Não há fissura ou fratura, apenas dor. E no departamento médico do Grêmio há uma ordem: com dor, não joga. Mas a emergência chama Barcos a campo.

Entretanto, jogar com dor não vem agradando Barcos - que já teria demonstrado sua insatisfação. Nesta quarta, após o empate diante do Fluminense e mais uma atuação apagada, o centroavante declarou: "Vou falar com o técnico e corpo médico. Minha ideia é jogar 100% cada jogo e não estou rendendo o que eu quero." A declaração foi dada horas depois do camisa 28 ter sido submetido a uma injeção de analgésico para que pudesse aguentar os trancos dos zagueiros cariocas. Nem assim conseguiu. Até quando ele vai levar?

Neste domingo, contra o Novo Hamburgo, Vanderlei Luxemburgo deve deixar preservar o 'Pirata'. Pensando no lado do ser humano, o mais preciso seria deixá-lo inclusive de fora da viagem ao Chile. Porém, como se trata de uma decisão, o atleta certamente vai ser levado no sacrifício. Ao contrário do que deve ocorrer com Marco Antônio, diagnosticado com lesão muscular na coxa direita. São duas semanas longe dos gramados. Ocorre que sem Marco Antônio o Grêmio sobrevive. Sem Barcos, sem Marcelo Moreno e sem um centroavante, não.

Fora de foco


Foto: Lucas Uebel (Grêmio)

Encerrada a partida, as coletivas de imprensa e falavam os últimos jogadores na zona mista da Arena, quando Vanderlei Luxemburgo armou um verdadeiro circo. Saiu caçando aqueles que, segundo ele, ficaram caçoando de sua cara durante a partida. Pessoas, com certeza, sem identificação para estarem onde estavam. Quem eram? Ainda não se sabe. Ora, se até Fábio Koff teve de se identificar para adentrar o estádio, como aqueles cidadãos chegaram lá?! Enfim, mas não foi por aí que passou o insucesso gremista diante do Fluminense. E, convenhamos, é isso que Luxemburgo quer.

Para quê falar do 0 a 0 no placar? Para quê falar da expulsão de Cris? Nesta quinta-feira, alguns ainda estarão ávidos a buscar quem eram aqueles que teriam 'debochado' do treinador. Eu não farei isso! Já discuti gandulas, já perguntei sobre a entrada em campo para empurrar Anderson Pico em um Gre-Nal, e até acreditei que o gramado da Arena havia atrapalhado o futebol contra o Huachipato. Mas, desta vez, não vou engolir mais essa! A verdade é que, sem oito importantes jogadores (entre eles Fred, Wellington Nem, Deco e Thiago Neves), o Fluminense deveria ter sido derrotado pelo Grêmio e não foi.

Luxemburgo é esperto ou é o inconsciente que age nessas horas? Acho cruel demais dizer que ele faz isso de maneira proposital apenas para tirar o foco da partida. Talvez, realmente irritado com seu time, o treinador foi tomado pela raiva em uma situação que fugiria facilmente se saísse vitorioso. Quer um exemplo: por que na goleada contra o Caracas não teve nada disso? O que não pode é o Grêmio perder o foco nesta última rodada no Chile. Ainda acho que o Tricolor vai passar, mas a intranquilidade pode atrapalhar.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pelas mãos de Clemer

Foto: Guilherme Araújo (TXT Assessoria)

Ao demitir André Jardine e efetivar Osmar Loss no time sub-20, muitos encararam como uma afronta a Clemer, que vem fazendo um belo trabalho no time sub-17 do Internacional. Mas é exatamente o contrário que garante o diretor do clube, Roberto Melo: "Clemer faz um grande trabalho. Além disso, entendo que a categoria sub-17 é a mais importante da base, onde os jogadores estão refinando a sua qualidade e o Clemer tem se mostrado um maestro", disse à Rádio GUAÍBA. Depois desta declaração, lembrei de uma entrevista que fiz com o ex-goleiro, quando sua equipe conquistou o Gauchão juvenil em 2012 no estádio Passo D'Areia. Na ocasião, perguntei qual jogador poderia subir aos profissionais. Ele respondeu prontamente: "O camisa 7, o Otávio".

Pois não é que a admiração, que antes era de Clemer, está contagiando Dunga? No último domingo, quando o caldo engrossou em Veranópolis, o treinador chamou Otávio do banco de reservas. Já havia feito o mesmo em Rio Branco, no Acre. E nada disso teria acontecido se não fosse por Clemer. Nesta terça-feira, em coletiva de imprensa, o garoto revelou que chegou ao Beira-Rio como lateral-esquerdo, e acabou sendo avançado ao meio-campo pelo ex-camisa 1. Como disse Roberto Melo, neste caso, Clemer soube ser um "maestro". Mas até quando ele vai aguentar isso?

Vejo que a direção colorada tem um prestígio pelo trabalho do profissional na base, mas ninguém quer permanecer por lá permanentemente. Caso não alce vôos maiores, Clemer não poderá ser crucificado se buscar um clube onde possa ser o comandante dos profissionais. O mais prudente seria subir Clemer conforme seus atletas avançam nas categorias de base. Assim, quando a maioria deles desabrochar entre os profissionais, encontrarão o velho treinador. Algo semelhante ao realizado pelo Barcelona, com Pep Guardiola. Mas, antes de subir de modalidade, Clemer deixa a dica a quem vem de cima: Fernando Baiano, Lucas Severo, Yan... estes podem ser os novos Otávios.

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Moreno entre os titulares

Foto: Aizar Raldes (AFP)

PAra quem acompanhou o treino do Grêmio nesta segunda-feira na Arena, uma nobre surpresa: Marcelo Moreno treinando com os titulares. Não quer dizer que o centroavante está voltando ao time de Vanderlei Luxemburgo - tampouco que será relacionado para o banco de reservas no compromisso diante do Fluminense, pela Libertadores. A situação foi facilmente explicada: assim como os principais atletas do grupo, Moreno atuou no sábado, quando a Seleção Boliviana perdeu amistoso para o Brasil, em Santa Cruz de la Sierra. Assim, enquanto os suplentes realizavam o famoso rachão, o camisa 9 aparecia entre os titulares. Só assim mesmo!

Moreno tem pouquíssimas chances de reaparecer com a camisa tricolor - e ele sabe disso. Tanto que já tratou de desmenti qualquer mal-entendido gerado pelo seu pai, de que o Palmeiras não estava à sua altura. Sim, o Palmeiras ainda aparece nos planos. Neste final de semana, por exemplo, em entrevista à TV Gazeta, o presidente alviverde Paulo Nobre, ao comentar o interesse em adquirir por definitivo o atacante Leandro, revelou que aguarda por um 5º atleta que viria por empréstimo do Grêmio - complementando, assim, o negócio que envolveu a vinda de Barcos a Porto Alegre.

Contudo, da parte tricolor, as tratativas foram encerradas há tempos. O diretor gremista Rui Costa chegou a revelar que conversou na semana passada com José Carlos Brunoro, dirigente palmeirense, mas não pensa em repassar um novo jogador a São Paulo. Se assim o quiser, o Palmeiras terá de começar uma nova negociação. A partir daí, o Grêmio aceitaria dinheiro ou até mesmo um atleta (o zagueiro Henrique, por exmeplo, foi sondado no final do ano passado). Ou seja, se os paulistas quiserem Moreno para a Série B, e ele aceitar ir, tudo poderá ser resolvido com uma nova reunião. Mas o assunto Barcos já foi encerrado.

Preleção: Inter - Copa do Brasil 1992

Neste domingo, dia 7 de abril, o 'Preleção' homenageou o aniversário de 104 anos do Sport Club Internacional e, pela estreia na Copa do Brasil na última quarta-feira, relembrou a conquista do clube na competição em 1992. Comandado pelo 'delegado' Antônio Lopes, o Colorado fez uma campanha incrível, vencendo Corinthians e Palmeiras em São Paulo, passando em disputa por pênaltis pelo rival Grêmio nas quartas-de-final e, enfim, culminando com o gol do título de Célio Silva, diante do Fluminense. Tudo isso em um ano onde o capitão e artilheiro Gérson havia descoberto que portava o vírus HIV (Aids).

O 'Preleção' da RÁDIO GUAÍBA vai ao ar todos os domingos, às 13h, no AM 720 / FM 101.3 e no www.radioguaiba.com.br.

Se sabem, por que fazem?


Foto: Alexandre Lops (Inter)

O Internacional perdeu na bola para o Veranópolis. Julinho Camargo segurou Dunga. Quem diria! Não passa pela arbitragem a derrota colorada. O próprio diretor Luis César Souto de Moura concordou com isso, mas viu problemas no ato de Fabrício Neves Corrêa, que tirou D'Alessandro de um bate-boca. Repito aqui o que disse na coletiva de imprensa: "O fato do árbitro apartar D'Ale da briga não beneficiou o Inter, já que o argentino poderia ser expulso?"

Aliás, a entrevista de D'Alessandro também é para lá de curiosa. O camisa 10 confrontou os repórteres, dizendo que não vai mudar seu jeito de ser. E foi mais além ao declarar que, no Acre, sabia que os jogadores do Rio Branco o provocariam até a expulsão. Espera aí, esse filme eu já assisti! A frase foi dita há algumas semanas pelo técnico Dunga, quando revelou conhecimento sobre uma reunião dos árbitros para tirá-lo de campo após qualquer reclamação. A minha pergunta é: se sabiam, por que fizeram mesmo assim?

Dunga, neste caso, não tem moral para repreender D'Ale. Mas alguém precisa fazer! Ou então, caso os árbitros não apartem o castelhano das próximas confusões, novos cartões vermelhos aparecerão. Até quando a direção vai ser conivente com o comportamento 'bad boy' de seu capitão?

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Opção caseira

Recebi a informação de que o Internaiconal estava contratando o meia-atacante Filipinho, do Pelotas, na noite de quinta-feira. Como nesta profissão se ouve tanta coisa que não é confirmada, preferi checar melhor e acabei confirmando somente no dia seguinte. Mas logo lembrei de um breve encontro que presenciei em Novo Hamburgo, quando o Colorado venceu o Pelotas por 3 a 0.

Entrevistava o próprio Filipinho à beira do campo, após o jogo, quando o diretor-executivo Newton Drummond (Chumbinho) se aproximou e apertou a mão do garoto, perguntando imediatamente: "Quantos anos tu tens?". A resposta - 21 anos - foi recebida com um leve balançar positivo de cabeça por parte do dirigente, que se retirou. Então, comentei com o guri: "Nos reencontraremos em Porto Alegre pelo jeito." Ele sorriu, mas ali nascia realmente o interesse. Os próximos contatos foram feitos diretamente entre as duas direções - e devem ser selados na próxima segunda-feira.

Filipnho (22 anos a completar no dia 24 de maio) chegou ao Pelotas por indicação do jogador Maicon Sapucaia, com quem atuou no Sapucaiense (clube de sua cidade natal). Na Boca do Lobo, chegou a ter o nome gritado das arquibancadas, quando o então técnico Carlos Moraes o deixava no banco de reservas, apesar de ser o artilheiro do time: "É uma boa opção de velocidade para o segundo tempo", argumentava o treinador. De opção para o segundo tempo do Pelotas, Filipe Medeiros vira agora opção para o Inter, que não conseguiu trazer ninguém de renome até que a janela de transferências da Europa se fechasse nesta sexta. Quem sabe não foi melhor assim?

Não preveniu, agora terá de remediar


Esta sexta-feira trouxe a notícia que o Grêmio mais temia: terá de sobreviver sem Elano. Com uma ruptura parcial dos ligamentos do joelho direito, o camisa 7 ficará um mês de molho, perdendo assim os compromissos decisivos diante de Fluminense e Huachipato - que podem sacramentar a classificação à próxima fase da Libertadores. E o que mais espanta é que, desde o final do ano passado, o Tricolor sabia que poderia ficar sem ele, e não se precaviu. E agora, quem será o seu substituto?

No final de 2012, os advogados gremistas corriam como loucos, temendo que o meia fosse suspenso pela Conmebol, pelo pontapé no bandeirinha, quando da eliminação para o Millonários na Copa Sul-Americana. Eis que a entidade decidiu aliviar, e Elano se fez presente nos duelos contra a LDU. Aliás, foi dele o gol que levou a decisão para os pênaltis, na Arena. Mas aqui deixo a pergunta: se os dirigentes sentiram aflição somente em imaginar que Elano ficaria de fora, por que não buscaram um substituto imediato tanto para ele como para Zé Roberto? Pois não o fizeram. Não se preveniram, agora terão de remediar.

Marco Antônio, titular no primeiro semestre do ano passado, é a opção inicial. Aliás, foi assim que o técnico Vanderlei Luxemburgo desenhou o time no último treino, uma vez que Elano aparecia suspenso para enfrentar o Fluminense. Porém, Luxa já havia pensado em escalar três atacantes. Guilherme ou Matheus Biteco, que poderiam ser utilizados, não foram inscritos na Libertadores. De meio-campista, só aparece Jean Deretti - que não deve ser ao menos cogitado. Enfim, o que eu faria: trio de volantes. Por que não formar um meio-campo com Adriano, Souza, Fernando e Zé Roberto? E depois, se sobreviver a cariocas e chilenos, que o Grêmio enfim traga alguém que possa deixar Elano e Zé Roberto sofrerem lesões e suspensões à vontade. É melhor prevenir...

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Caio do céu


Foto: Alexandre Lops (Inter)

O futebol do Internacional ficou longe do melhor, que já foi apresentado nesta temporada. Não deve ter chegado a tempo no Acre. Pode ter ficado em algum ponto da ponte aérea entre Porto Alegre e Rio Branco. Mas, bastou Dunga mexer no banco de reservas para que o 'diferente' aparecesse na Arena da Floresta. Depois de um primeiro tempo de sustos, dá para dizer que a vitória de 2 a 0 (acompanhada da vaga antecipada) caiu do céu. Ou melhor, 'Caio' do céu.

O guri da camisa 17 entrou em campo para mudar os rumos da partida. Além de marcar o primeiro gol, ainda sofreu o pênalti que, nos acréscimos, foi convertido por Forlán. Justamente quando a direção fala em buscar reforços para o ataque, está na hora de olhar com mais carinho para Caio. Não que uma contratação não seja bem-vinda, mas o novo 'talismã' colorado está pedindo passagem. Agora, no meu ponto de vista, existe um ponto negativo na classificação do Inter.

Na próxima fase, contra Guarany-CE ou Santa Cruz-PE, Dunga ainda vai seguir sem Leandro Damião (que tem mais um jogo de suspensão a cumprir) e, agora, sem D'Alessandro - expulso após briga com Testinha. Pensando sob esta ótica, seria melhor ter um jogo contra o mesmo Rio Branco no Rio Grande do Sul. Enfim, sem ambos, já para pensar na permanência de Caio entre os titulares.

terça-feira, 2 de abril de 2013

Fernando é maior que Vargas

Foto: Lucas Uebel (Grêmio)


Fernando vale mais que Eduardo Vargas. Esta frase não foi dita e nem será. Mas é a mensagem que será repassada ao Napoli, caso a proposta veiculada pela imprensa italiana se concretize. Emprestado ao Grêmio até dezembro (com possibilidade de retorno à Itália em agosto), o atacante chileno pode ter sua permanência definitiva em Porto Alegre caso o volante embarque para Nápoles. É exatamente isso que se fala por lá. Logo que a notícia caiu nos ouvidos do empresário de Fernando, Jorge Machado, a resposta ouvida foi: "Impossível de acontecer!". Porém, não o impediu de bater à porta do presidente Fábio Koff e pedir uma reunião para falar sobre negócios. O que o Grêmio pretende com seu camisa 17?
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Em entrevista à Rádio GUAÍBA nesta terça-feira, Machado confirma: "Existe uma prioridade do Nápoli, mas nenhuma proposta oficial". Acontece que o valor estipulado por Vargas é de 8 milhões de euros. Fernando vale mais que isso? “Sobre o Vargas eu não sei porque não fui eu quem fez este negócio. Mas o valor do Fernando eu sei, eu participo desta situação, mas é muito difícil envolver o Fernando em uma troca com qualquer jogador, inclusive o Vargas”, disse o empresário. Pode ser que a conversa com os italianos comece por aí, e a partir de então vá evoluindo valores acima. A verdade é que o Grêmio tem planos gigantescos para seu meio-campista.

Prova disso é que, apesar de ter ótimo relacionamento com o mercado russo - levou Rafael Carioca e Mário Fernandes para lá -, Machado analisa que o volante pode vestir uma camisa mais valiosa. Clubes da Inglaterra, Portugal (Benfica e Porto) e Itália (Nápoli, entre outros) foram os citados. Não tiro os méritos do Grêmio, ou do agente, em pedir mais por Fernando. Mas também não posso crer que o Napoli pede 'só' 8 milhões por Vargas. Na minha opinião, este vale mais que Fernando. Ou não?

Gabiru no Japão e Muriel no Acre

À primeira vista, o Rio Branco é um adversário indefeso para o Internacional, pela estreia da Copa do Brasil. Os dirigentes colorados chegaram até mesmo a citar o Mazembe, para elucidar o fato de que surpresas acontecem no futebol. Enfim, é difícil acreditar que o time de Dunga possa ser derrotado no Acre. Porém, um dos jogadores, mais precisamente o goleiro Muriel, tem motivos para pisar no freio e manter a cautela. Foi ele quem sofreu o primeiro gol da Arena da Floresta - palco da partida desta quarta-feira. Aliás, não só levou um, como dois gols, e acabou sendo derrotado por este mesmo Rio Branco. Você lembra disso? O fato foi trazido aos microfones da Rádio GUAÍBA nesta terça pelo repórter Ernani Campelo.

Para o colorado, é bem difícil lembrar. O jogo em questão aconteceu no dia 17 de dezembro de 2006, horas depois de Adriano Gabiru balançar as redes do Barcelona em Yokohama, dando o título mundial ao Inter. Em Rio Branco, Muriel entrava em campo com a Seleção Brasileira Sub-20, comandada por Nélson Rodrigues, em um dos últimos testes para encarar o Sul-Americano da categoria, que viria no ano seguinte. Pois logo com 15 minutos, Rogério Tarauacá foi responsável por abrir o marcador a favor dos donos da casa. Em seguida, o zagueiro Thiago Heleno conseguiu empatar de cabeça, através de bola parada. Até que, no segundo tempo, o arqueiro colorado foi driblado por Luiz Rômulo e viu o placar ser encerrado. O Brasil entrou em campo naquele dia com: Muriel, Amaral, Eliezio, Thiago Heleno e Carlinhos; Roberto, Lucas Leiva, Leandro Lima e Willian; Edgar e Fabiano Oliveira.

Meses depois, esta mesma seleção conseguiu ser campeã do Campeonato Sul-Americano, no Paraguai. É bem verdade que a equipe ainda foi reforçada por jogadores como Alexandre Pato e Luiz Adriano (destaques do Mundial de 2006). Enquanto isso, no gol, Muriel acabou perdendo a vaga para Cássio, então no Grêmio. Mas, voltando ao Acre, será que Muriel repetirá o feito de perder para o Rio Branco? Pouco provável, mas não impossível.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Grêmio ou Seleção Brasileira?

Foto: Tadeu Vilani (Zero Hora)

Presente na última convocação da Seleção Brasileira, que contou com todos os jogadores disponíveis pelo mundo, o volante Fernando é praticamente certo na lista de Felipão que será apresentada nesta terça-feira, para o jogo contra a Bolívia, no próximo sábado. Porém, não se sabe ainda se embarcará rumo a Santa Cruz de la Sierra. Foi isso o que ele próprio afirmou, em entrevista exclusiva à Rádio GUAÍBA nesta segunda.

O meia teme que sua ida à Bolívia atrapalhe sua concentração para a 'decisão' do dia 10, diante do Fluminense, pela Libertadores da América e que o próprio Grêmio peça sua liberação junto à CBF: "Talvez tenha uma dificuldade pelo jogo do dia 10, porque ficaria muito próximo. A gente sabe que é complicado, passei por isso nas categorias de base. Não me passaram nada ainda, mas vamos esperar", disse. Mas e se tiver de escolher entre Grêmio e Seleção, Fernando? "No Grêmio é um jogo decisivo e pela Seleção, por mais que seja mais uma chance, é só um jogo. Então, eu escolheria pelo Grêmio", conclui o volante.

Aliás, a cada convocação, Fernando chama mais a atenção do mercado europeu. Na última semana, seu nome foi citado como possível contratação do Real Madrid, que pode perder Xabi Alonso ao fim da temporada. "Recebo da melhor maneira possível. É um prazer imenso, mas é importante eu manter os pés no chão e saber que tenho de matar um leão por dia.", comentou Fernando, que ainda teve o nome especulado por sites italianos, estando na mira de Napoli, Juventus e outros. Ainda por cima, seu empresário Jorge Machado tem ótimo trânsito naquele país. Por isso faz bem Fernando em querer atuar pelo Grêmio por ora. Sabe-se lá quando será sua última apresentação.