domingo, 10 de maio de 2009

Tropeço inicial

Maxi nao conseguiu furar o bloqueio adversário hoje - Foto: Jefferson Bottega
O Grêmio entrou em campo para calar os críticos. Para demonstrar que não venceu Boyacá, Aurora e San Martin por acaso. Para vencer o Santos e provar que pode bater em alguém do seu tamanho também. No entanto, não conseguiu seu objetivo. Estreiou com o 1 a 1. Portanto, tropeçou.

Não se pode dizer que o Grêmio jogou mal. Também não se dirá o contrário. O Imortal até merecia a vitória, mas a falta de objetividade e imprecisão atrapalhou. O gol de Rever - belo gol, diga-se de passagem - até criou expectativas de que a quinta vitória consecutiva viria. O Olímpico inteiro já se preparava para comemorar o resultado final. Só não contava com a astúcia de Molina. O colombiano acertou um pataço do meio da rua, que penetrou a gaveta esquerda de Victor. Sem chances de nada. O cronômetro já passava dos 40 minutos do segundo tempo. Nada mais pôde ser feito.

A verdade que resta de hoje é a inexperiência do atual treinador gremista. Marcelo Rospide sofreu da síndrome de Roth nesta noite. Quando precisava marcar gol, tirou seu centroavante de campo. Máxi Lopez vinha trazendo preocupações aos santistas e foi sacado. Não precisou muito para os tricolores lembrarem das lambanças de Roth. Alguém dirá que tudo foi feito para preservar o argentino para a Libertadores. Então, esperemos pela Libertadores. Afinal de contas, o grande objetivo do ano para o Grêmio é copar a América.

Abertos os trabalhos

O Inter dispara na frente dos demais - Foto: Tom Dib
O Inter largou correndo na frente de seus adversários neste Brasileirão. Antes mesmo da estreia já era apontado como favoritaço ao título. E agora, o que dirá a imprensa do centro do país? Resta, para aqueles críticos de plantão, afirmar que o Colorado bateu nos reservas do Corinthians. No entanto, há 26 jogos o Timão não perdia no Pacaembu, sendo que neste ano contabiliza apenas uma derrota (3 a 2, para o Atlético Paranaense, em Curitiba). Então, qualquer desmerecimento ou desvalorização da vitória rubra, é a dorzinha de cotovelo alheio que se manifesta. A verdade nua e crua é que o Rolo Compressor iniciou as atividades em âmbito nacional.

Não se comentará outro fato - pelo menos até quarta-feira - senão o golaço de Nilmar. Ele enfileira seis corintianos e carimba as redes paulistas com uma facilidade sem tamanho. Como se ainda estivesse jogando o Gauchão, como se fosse um treino. É bem verdade que no segundo tempo o Corinthians amassou o Inter. Mas tudo dentro dos conformes, né? Ou você esperava que um clube de expressão, como o alvinegro paulista, se acomodasse no 1 a 0? Mas não bastou o esforço. Deu Inter mesmo.
Entretanto, a cada jogo ganho pelo Colorado, a responsabilidade aumenta. À medida que avança, o Rolo tem que provar mais e mais que não é apenas um favorito. Fica a expectativa pelo resto do ano. Que venha Copa do Brasil e Brasileirão, então!

sábado, 9 de maio de 2009

Aqui jaz um favorito

Na Terra do Churrasco, quem manda somos nós

Iniciou neste sábado o sepulcro da soberba: o 28º Campeonato Brasileiro da história do futebol tupiniquim. E a dupla gaúcha entra mais do que nunca entre os favoritos. Inter esbanjando bom toque de bola e velocidade, e Grêmio brigador e valente como sempre. Até que enfim a política do café com leite aprendeu que a Terra do Churrasco produz algo mais além do que belas misses.


Entretanto, é justamente este clima de superioridade que me preocupa. Lembro do ano passado, quando os colorados eram favoritaços ao título e não levaram nem a vaga pra Libertadores. Os azuis, por outro lado, eram candidatos ao rebaixamento e por pouco não "coparam" o Brasil. E em 2005, quando o Inter por pouco não trouxe a taça, não fosse o caso Zveiter? Também, daquela feita, sequer cogitavam o time, até então do treinador Muricy Ramalho, entre os melhores. É sempre assim... O histórico de medalhas dos gaúchos sempre presenteou os desacreditados. Do Tricolor de Felipão ao Colorado de Gabirú, nenhum foi favorito. Nem o Portaluppi mereceu atenção maior em 1983! Assim como Falcão e Cia. eram esquecidos pela imprensa carioca nos anos 70.



Por isso, cada vez que ouço a mídia chamar pelo Imortal ou pelo Rolo, tremo as bases. Não gosto de altar, tenho medo do salto alto... Temo pelo pior sempre! Então, você, torcedor sul-riograndense, seja azul ou vermelho, ore antes de dormir. Peça para que o Globo Esporte siga falando do Corinthians, do gordo Ronaldo e da torcida do Flamengo. Reze para que o Milton Neves exalte o Palmeiras de Keirrison e o São Paulo do birrento Muricy. Por favor, pelo bem
do futebol sulista! No fim, seremos os melhores novamente.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A novela do dia seguinte

O próximo pode ser você

Cada vez mais odeio novelas. Não por ser um recalcado a mais na sociedade intelectualóide, mas simplesmente pelo fato de elas - as teledramaturgias brasileiras - serem responsáveis pelo atraso no horário dos jogos. Por que diabos uma partida de futebol é disputada às 10 da noite?! O jogo sempre termina lá pela meia-noite, sem falar nos duelos que vão para prorrogações e penaltis. Aí temos que ficar nós, os fanáticos pelo esporte bretão, esperando pelo apito final até pousar a cabeça sob o travesseiro.


Acontece que a rodada das 22h teoricamente acaba por volta das 24h. Teoricamente, pois na prática vamos deitar relembrando os últimos lances. Eufóricos com os gols ou detonados por uma derrota. Então, não há madrugada que sustente a insônia que prossegue de um jogo das 22 horas. Tudo por quê? Por causa de uma maldita novela! Por causa de um bando de velhinhas (não tenho nada contra elas, acredite) que zapeam um dia inteiro atrás de uma cena de beijo romântico. E os meus direitos?! E as minhas horas de sono perdidas? E as minhas olheiras no dia seguinte?! Quem paga?! Não vai ser um salário de aposentadoria a sustentar o meu repouso.


Muito pelo contrário! São milhões de granas investidos, por empresas como a TV Globo, na transmissão dos confrontos futebolísticos e na minha insônia. E ainda tem os jogos de domingo, em que atletas são obrigados a correr no olho do Sol só para aparecer 90 minutos na televisão. Ora bolas, imagina quantas insolações podiam ser evitadas! Tudo bem, mas isso é assunto para outro dia. Por enquanto, a minha revolta é com as novelas... Pro inferno com elas!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Dentro dos conformes

Taison está voando - Foto: Alexandre LopsO cronômetro apontava 8 minutos de jogo e o Inter já havia liquidado a fatura. Taison e D'Alessandro já haviam decretado a ruína do Náutico. Se bem que as maiores rachaduras já vinham desde Recife. Hoje foi só o golpe de misericórdia. Alguém já disse isso alguma vez, eu repetirei: "o melhor jeito de respeitar a fraqueza de um adversário, é jogar sério e goleá-lo". Foi o que fizeram os rubros - no saldo total, 5 a 0 nos pernambucanos.


Máxi se sobressai a cada jogo - Foto: Martin Mejia Fora do país, mais precisamente no Peru, o Grêmio também cumpriu sua missão lealmente. Respeitou seu inimigo e não deu sorte pro azar. Bem que o San Martín se assanhou, mas Souza e Máxi Lopez (duas vezes) puseram as coisas em seu lugar. Grêmio 3 a 1. No entanto, dentre todos os jogos da noite, a atuação de um atleta merece ser destacada mais que qualquer outra. Na verdade, não é bem uma apresentação (até porque ele nem mostrou tanto serviço assim), mas uma jogada em especial. E por esta simples demonstração de habilidade, já merece - ao menos - integrar a Seleção do seu país.

Não, não falo de Taison. Sequer de Souza. Também não almejo ver D'Alessandro ou Maxi na próxima Copa do Mundo pela Argentina. Por favor, nem pense no Ronaldo. Quero chamar a atenção de Dunga para o goleiro Victor. Desde o ano passado ele coleciona boas defesas, mas agora é quase um sacrilégio não convocá-lo. Eurico Lara deve sorrir tranquilo no céu - enfim, o torcedor gremista pode confiar plenamente em um arqueiro.

sábado, 2 de maio de 2009

Reprovados!

Nem Sorondo escapou - Foto: Ricardo Duarte
Se a partida deste sábado, contra o Figueirense, valia como um teste para o time reserva do Inter, estão todos reprovados. Alguém dirá que a partida não tem valor algum. No entanto, qualquer amistoso serve para avaliações, e por este lado a atuação colorada foi desanimadora ao extremo. 3 a 1 para o Figueira.

A crítica começa pela defesa, já que o uruguaio Sorondo era a grande atração da tarde. O zagueiro não teve a mesma apresentação de outras épocas e mostrou a falta de ritmo que lhe seria natural (analisando o fato de que ele volta de cirurgia no joelho), mas não comum para quem admira seu futebol. A sua dupla, Danny Morais, apontado por muitos como o sucessor de Índio, pecou totalmente. Não à toa, os 3 gols catarinas foram de cabeça. No meio, Maycon e Paulinho ainda parecem jogadores de categoria de base, e Andrezinho e Giuliano, por mais que se esforcem, não fazem nem sombra para Guiñazu e D'Alessandro. Nas laterais, Arilton saiu lesionado, e na esquerda Marcelo Cordeiro apoia muito bem, mas deixa um corredor em suas costas - os tentos vieram de três cruzamentos nas suas costas. Sequer Leandrão, autor do gol vermelho, se salva desta análise. Na minha concepção, ele é jogador para a Série B do Gauchão!

Pode surgir uma voz em meio ao nada que grite: "O Walter jogou bem!". Então tá - eu retruco -, e o Tite vai tirar quem do time titular, Taison ou Nilmar? Ou ainda, Alecsandro deve levantar do banco de reservas para dar lugar a Walter? Pois é, talvez noutra vida. Por enquanto, estão todos reprovados!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Xodózinho ou Chororô

Não vem chorar aqui, rapaz!
Não, o título de hoje não faz referência a qualquer dupla sertaneja. Vim debater a mais nova contratação gremista. Sim, o volante Túlio vai ser o meu assunto de hoje. E por uma boa causa, irei divagar a respeito do aproveitamento deste atleta que pode ter "duas caras". Resta saber que Túlio é esse que desembarcou no Grêmio nesta sexta-feira: o xodó da torcida ou mais um motivo para choro.

No Botafogo, Tulio era ídolo incontestável. Era o símbolo da garra e da vontade de vencer carioca. E, se for por esse lado, ele já veste o manto tricolor com folga. Afinal de contas, é disso que a massa gremista gosta. Se ele der carrinho até no escanteio, desarmar incansávelmente e beijar o escudo, ah, meu amigo, aí a Azenha inteira faz uma avalanche só pra ele. Por outro lado, se o Olímpico assistir ao Túlio que desembarcou no Corinthians no início deste ano, preparem as cornetas! Até porque, de volante nulo já basta o Orteman.

Agora, se quiseres o meu palpite, acho que Túlio tem tudo para dar certo no Grêmio. Basta a torcida incentivar e ele sentir a Geral cantar alto, que doará o próprio sangue pelo tri da América. Assim como fez no Rio de Janeiro. No entanto, se ele inventar de chorar por causa de alguma desclassificação, aí ninguém vai perdoar. No Sul, homem não chora!