quinta-feira, 30 de junho de 2011

O homem que substituiu Renato e virou ídolo do Grêmio

Foto: Sílvio Ávila (Agência RBS)

Não durou um ano a passagem de Renato Portaluppi como técnico do Grêmio. Maior ídolo da história do clube, o ex-camisa 7 chegou ao Estádio Olímpico para comandar o vestiário em 10 de agosto de 2010. Tirou o time da zona do rebaixamento para classificá-lo a Libertadores. Neste ano, porém, a máquina não engrenou. Nos últimos cinco jogos pelo Brasileirão, por exemplo, conquistou apenas dois pontos. Nesta quarta-feira, um emapte em casa com o lanterna Avaí culminou com o pedido de demissão do treinador.

Já se falam nos nomes que podem substituir Renato no cargo. Cuca, Celso Roth e Adílson Batista foram os primeiros a surgir. Porém, vale lembrar a primeira saída de Portaluppi. Sim, em 1987 o ídolo também abandonou Porto Alegre. Daquela vez foi definitiva. Negociado com o Flamengo, Renato foi para o Rio de Janeiro, para se transformar no Renato Gaúcho e conquistar o Brasileirão daquele ano. Aqui, no Grêmio, foi substituído por um desconhecido Jorge Veras (foto).

Contratado junto ao Criciúma, Veras tinha a dificílima missão de substituir o herói de Tóquio. Aos poucos, dobrou a desconfiança do torcedor para se transformar no "Homem Gre-Nal". O atacante não só estreou em um clássico como fez os gols da vitória por 2 a 1 sobre o rival Inter. Depois, marcaria mais, dando inclusive o título gaúcho daquele ano. Enfim, hoje Jorge Veras é treinador nas categorias de base do Fortaleza (CE). Não é o nome ideal para substituir Renato Portaluppi, mas é o melhor exemplo de que existe vida sem o eterno "camisa 7".

quarta-feira, 29 de junho de 2011

A crise não é aqui

Foto: Cristiano Andujar (Futura Press)

É verdade que, neste Brasileirão, a campanha até aqui da dupla Gre-Nal não é das melhores. Bem que eles poderiam estar melhores postados na tabela, alçando voos maiores. Porém, neste meio de semana, surge uma oportunidade de ouro para se recuperar no campeonato. Até porque, os adversários não são tão ameaçadores - Avaí e Atlético-MG (foto). Aliás, se analisarmos os momentos dos oponentes, dá para dizer que a crise nem está aqui em Porto Alegre.

Veja os avaianos, rivais do Grêmio nesta quarta-feira. O time catarinense simplesmente figura na última posição, com apenas um ponto conquistado e tem a pior defesa, com 18 gols sofridos. Estamos recém na 6ª rodada e já é possível decretar que este é um dos clube que cairá para a Série B. Além do mais, o Tricolor terá os retornos de Leandro e André Lima, podendo até mesmo contar com a estreia de Miralles. É hora de atropelar dentro de casa!

Já o Internacional não pode ser tão otimista assim, pois os colorados encaram os atleticanos em Minas Gerais, na quinta-feira. Mas, veja bem, o mesmo 4 a 1 que alegrou o time vermelho na última rodada contra o Figueirense, foi o placar do jogo entre Flamengo e Atlético-MG. Contudo, a favor dos cariocas. O clube mineiro, que já esteve no topo da tabela, agora experimenta uma queda livre. Fala-se inclusive em uma possível crise entre jogadores e o técnico Dorival Júnior. Momento perfeito para o Colorado fazer a festa na Arena do Jacaré. Quem sabe não está aí a hora da dupla espantar de vez a crise?!

terça-feira, 28 de junho de 2011

Narciso não pode aparecer no Rio Guaíba

Foto: AFP

A queda do River Plate (foto) para a segunda divisão do Campeonato Argentino merece ser olhada com atenção pela dupla Gre-Nal. Não precisa ser tão passional como D'Alessandro, um torcedor de coração que sentiu enormemente o rebaixamento. O ideal seria observar os mínimos detalhes do Rio da Prata e impedir que eles se repitam pelo Guaíba. Pois o River enxergou o reflexo de Narciso no Prata.

Como pode o maior campeão nacional não disputar a elite do futebol argentino? Isso prova que se apoiar sobre a história nem sempre mantém um clube de pé. É necessário vencer no presente. E quando os dirigentes colorados exaltam o título de "Campeão de Tudo" estão caindo na mesma armadilha. Ou quando os gremistas recorrem à imortalidade, por exemplo.

E a torcida "millionária", onde está neste momento? Bom, depois de ter quebrado e saqueado tudo ao redor do Monumental de Nuñez, deve estar em casa envergonhada. Nem o fanatismo salvou o River do fiasco. Portanto, Popular e Geral também não salvarão Inter e Grêmio de más administrações. E ainda ouço o técnico Renato dizendo que a campanha tricolor no Brasileirão é muito boa. Ou que o Beira-Rio tem o melhor plantel do país. Aprendam com o River enquanto há tempo.

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Deu à (falta de) luz

Fotos: Lucas Uebel (Vipcomm) e Agência Lance

A luz foi protagonista na rodada deste final de semana para a dupla Gre-Nal. No caso do Grêmio, a falta dela. Um legítimo apagão deixou o time às escuras, culminando em mais uma derrota no Brasileirão - desta vez de 2 a 1 frente ao Botafogo. No Inter, sobrou iluminação. As ideias de Falcão finalmente deslancharam do papel para a prática e revelaram os 4 a 1 sobre o Figueirense.

Aliás, esta goleada é vista pelos colorados como a arrancada para uma nova fase. É como se o time tivesse dado à luz a um filho. Uma vitória em casa, que neste campeonato ainda não havia aparecido. Até mesmo Ricardo Goulart (foto acima) deixou sua marca nas redes catarinenses. Agora, o primor mesmo ficou por conta da dupla Oscar e D'Alessandro. Não se pode conceber que ambos deixem de atuar juntos por opção do treinador. Isso jamais!

Mas se sobrou luz ao Inter, faltou ao Grêmio. Lins atuou solitário no ataque, tal qual a estrela do escudo botafoguense. Lesão de Marquinhos, expulsão de Fernando (foto à direita), tudo corroborou para que o resultado fosse negativo. E, ainda por cima, ao final do jogo, o técnico Renato resolveu classificar a campanha tricolor como "muito boa". Eu acho que a escuridão atingiu as vistas do treinador gremista.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Entrelinhas

Foto: Fabiano do Amaral (Correio do Povo)

O treino do Grêmio nesta quinta-feira foi o mais vergonhoso a que assisti. Atuando contra uma equipe juvenil, o time profissional suou a camisa, passou dificuldades e chegou a ser vaiado pelos torcedores que apareceram no Estádio Olímpico. O principal alvo dos murmúrios era o atacante Lins (foto). Pois afinal de contas, por que o técnico Renato Portaluppi insiste em manter este jogador em campo? Chegou a testar uma formação em que ele era o único avante! Somente uma percepção explica isso.

Renato vive chorando por "cascudos". Não cansa de somar as idades de seus atacantes e dizer que, ambos, não passam dos 40 anos. Portanto, é simples! O comandante escala o atacante para escancarar a escassez que toma conta do Grêmio. É como se apontasse uma arma para a cabeça da direção tricolor, obrigando-a a apertar o gatilho. Neste final de semana, contra o Botafogo, fora de casa, Lins estará em campo mais uma vez. Até quando o jogador terá de se submeter a este constrangimento?

Aliás, constrangida também está a torcida do Internacional. Há cinco jogos sem vencer dentro de casa, os colorados têm até medo de ir até o Beira-Rio. Neste domingo, contra o Figueirense, terão mais uma prova de fogo. Aliás, por que o Inter não consegue bater ninguém. O problema não pode ser a falta de reforços, pois tem elenco de qualidade. A única justificativa é se os próprios jogadores não querem vencer para mostrar à torcida que nem sempre ídolo pode ser treinador.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

E se Cavenaghi vestisse tricolor?

Foto: Ricardo Duarte (ClicRBS)

Quase cinco meses depois de chegar ao Estádio Beira-Rio, Fernando Cavenaghi (foto) se apresentou ao presidente Giovanni Luigi e pediu demissão. Em sua passagem pelo Internacional, o atacante jogou 15 partidas e anotou somente dois gols. Muito pouco para toda a pompa que recebeu o argentino no Aeroporto Salgado Filho naquele 31 de janeiro. E agora, para onde vai o jogador?

O interessante é que a saída do atleta acontece no mesmo dia em que o vice de futebol do Grêmio, Antônio Vicente Martins, lamenta as dificuldades para contratar. Não seria Cavenaghi uma opção no mercado? À primeira vista, a proposta parece uma piada, mas pior do que Júnior Viçosa e Lins certamente ele não é. Além do mais, poderia formar uma dupla de ataque castelhana com Miralles, como gosta a torcida tricolor.

Resta saber se o técnico Renato Portaluppi aprova a transação. O comandante já revelou que prefere trabalhar com jogadores brasileiros. Mas, como Vicente escancarou nesta quarta-feira que Renato não apita nada, caberá à direção decidir se Cavenaghi vestirá ou não a camisa tricolor. Se não quiser, segue a busca por Paredes, Cañete e outros.

Renovar é questão de saúde

Foto: Vipcomm

Todos os clubes querem ter um grupo de jogadores experientes e campeões em seu elenco. Enquanto o Grêmio corre atrás de atletas com este perfil, o Internacional os tem no vestiário. Muitos no Beira-Rio são campeões, até bicampeões, da Libertadores da América. Isso deveria ser bom, mas está fazendo mal. Por isso eu digo: para o Inter, renovar é uma questão de saúde.

Literalmente de saúde. O zagueiro Rodrigo (foto), que vinha sendo titular ao lado de Bolívar, teve diagnosticada um quadro de embolia pulmonar, e ficará afastado dos gramados por um período de 90 a 180 dias. Com isso, quem assume a titularidade é o jovem Juan. Porém, ele irá se apresentar à Seleção Sub-20 no próximo mês, e o Colorado sequer pensou em pedir dispensa para tê-lo durante o Brasileirão. Isso porque ainda conta com Índio, multicampeão, sentado no banco de reservas. Esta situação, definitivamente, não é salutar.

Claro que é melhor ter jogadores em demasia do que nem tê-los. Mas o que dizer da situação de Muriel, que aguardou dois ou três anos para mostrar seu valor. Agora, com Renan voltando para a Espanha, parece que o jovem goleiro será efetivado como titular. E quando Sobis sair, não existe ninguém nas categorias de base capaz de suprir sua ausência? Amigos, o Inter vai morrer de velho.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Vai levar cascudo

Foto: Agência Estado

Rodada após rodada do Brasileirão, Renato Portaluppi vem aos microfones pedir pelos tais "cascudos" no time do Grêmio. Enquanto isso, Falcão escala no Internacional um meio-campo balzaquiano. Parece que eles não estão vendo o mesmo campeonato que eu. O líder não é o São Paulo de Lucas, Casemiro e Bruno Uvini? E na final da Libertadores, não é Neymar o craque do Santos? De tanto pedirem, os treinadores da dupla merecem mesmo levar uns cascudos!

As últimas atuações do jovem Saimon (foto), no Estádio Olímpico, foram de encher os olhos. Seja do lado direito ou esquerdo da defes, o zagueiro se sai bem. E ainda tem Mário Fernandes e Neuton que, atuando como lateral ou zagueiro, dão mais caldo do que muito jogador experiente. Até mesmo a direção deu o braço a torcer e disse que irá rever o perfil dos contratados. Chega de atleta com grife! As categorias de base estão lotadas de pedras preciosas.

E no Beira-Rio não é diferente. Muriel foi espetacular contra o Coritiba. É verdade que uma única apresentação não serve de parâmetro, mas quem era obrigado a engolir as falhas de Renan está gostando muito de ver o jovem com a camisa 1. Só falta convencer o comandante que Juan e Oscar são titularíssimos do Inter. Experiência por experiência, vale lembrar que este foi o discurso que manteve Alecsandro em campo e Damião no banco durante todo o ano de 2010. É ou não é para levar um cascudo?!

O brilho dos renegados

Foto: Alexandre Lops (Inter) e Mauro Schaefer (Correio do Povo)

O domingo que passou foi feito para os renegados brilharem. Não resta dúvida! Seja em Porto Alegre ou Curitiba, capitais onde a dupla Gre-Nal se apresentou pelo Brasileirão, os jogadores de renome passaram batidos. Deixaram até mesmo a desejar. Foi a vez dos coadjuvantes. Talvez isso reflita nos resultados: dois empates em 1 a 1.

A aposta no brilho dos renegados. Só isso explica a escolha de Falcão por manter Oscar no banco de reservas contra o Coritiba e mandar a campo Glaydson. E não é que o gol de abertura do placar veio justamente dos pés do volante?! Mas quem brilhou ainda mais que ele foi o goleiro Muriel (foto acima). O jovem tomou conta da camisa 1 como há tempos não se via no Internacional. Só não fechou o gol por completo porque não conseguiu pegar o rebote de uma penalidade, pois até mesmo a cobrança ele defendeu.

Já Victor, goleiro da Seleção Brasileira, não alcançou o cruzamento mal feito do meia Bernardo, do Vasco, que morreu no fundo das redes gremistas. Nem Gabriel, com um pênalti a seu favor, conseguiu dar alegria à tarde tricolor. Pois viria da cabeça de Roberson (foto à direita) o empate em pleno Estádio Olímpico. Ele que é simplesmente reserva de Lins e Júnior Viçosa salvou a pele do Grêmio. Foi um alívio, mas ainda muito pouco. Enquanto isso, o São Paulo dispara com 100% de aproveitamento.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Década no vermelho

Há exatos 10 anos o Grêmio conquistava seu último título de expressão. Em 18 de junho de 2001, os comandados de Tite calavam o Pacaembu e o Corinthians com estrondosos 3 a 1, e selavam o tetracampeonato da Copa do Brasil. De lá para cá, vice-campeonatos brasileiro, da Libertadores e, no máximo, uma conquista da Série B ou Gauchão. Enquanto isso, os torcedores gremistas assistiram ao rival Inter se erguer dos escombros e conquistar troféus sul-americanos e mundial.
E veja só que bela equipe tinha o Tricolor dez anos atrás. Danrlei no gol. Anderson Lima e Rubens Cardoso nas alas. A zaga era muito bem guardada por Marinho, Anderson Polga e Roger. No meio, Eduardo Costa, Tinga e Zinho davam dinâmica ao 3-5-2. Na frente, Marcelinho Paraíba e Warley, com Luís Mário (o Papa-Léguas) entrando no segundo tempo. O último grande time que o Olímpico viu jogar! Já se foi uma década. Uma década, literalmente, no vermelho!

Mas o aniversário de 10 anos pode simbolizar a virada desta mesa. Pelo menos é por isso que torcem os tricolores. As recentes rachas do Beira-Rio, as demissões, as invencionices parecem em muito com o final da década gremista. Se os anos 80 e 90 foram azuis, com os 2000 totalmente colorados, o Grêmio espera que a gangorra tenha colocado o outro lado de castigo novamente. Ou então, mais 10 anos de vermelho. Vai saber!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

A peso de chumbo

Foto: Site Inter

A saída do diretor executivo de futebol, com o perdão do trocadilho, atingu o Internacional como se fosse um tiro de chumbinho. Newton Drummond (foto), um dos profissionais mais capacitados do Beira-Rio, abandonou a barca. Não se sabe se por divergências com o atual departamento de futebol ou por proposta do Fluminense. A verdade é que, com a demissão de "Chumbinho", o Inter tem tudo para afundar, ao invés de voar alto.

Até porque esta perda não é solitária. Antes dele, o vitorioso Fernando Carvalho resolveu se ausentar. Também, Joge Macedo, olheiro das categorias de base, Aod Cunha, que vinha gerindo as obras do estádio, resolveram deixar o clube. O que está acontecendo com o Colorado? Será apenas briga política?

Há alguns anos, o Grêmio passou por um processo parecido. Rodrigo Caetano trocou o Estádio Olímpico pelo São Januário. Com ele, o Tricolor saiu da Série B para uma final de Libertadores. E, em pouco tempo de Vasco da Gama, Caetano já comemorou uma Copa do Brasil. Até hoje a diretoria se lamenta por ter deixado tão competente profissional abandonar o clube. Talvez, com o tempo, a consciência dos colorados venha pesar como pesou a dos gremistas. E o pior é que vai pesar como chumbo!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Discurso e teoria demais

Foto: Lucas Uebel (Vipcomm)

As entrevistas coletivas de Falcão estão caindo numa rotina tortuosa. Toda vez que o treinador colorado vê um microfone, procura disparar contra os críticos e defende suas teorias. Tudo isso, claro, sem perder a compostura. Enquanto ele fala, o torcedor até se convence de que a razão está ao seu lado e que os comentaristas de futebol nada sabem realmente. O grande porém é que os números não estão a seu favor. E isso, meu amigo, de nada adianta.

O treinador de futebol só tem uma razão: o sucesso. Se quiser escalar o time mais esdrúxulo e mais cheio de improvisações da face da terra, pode fazê-lo. Desde que traga a vitória. Veja o Barcelona, atuando com dois volantes que saem para o jogo, dois zagueiros que são volantes e um centroavante que é meia. Mesmo assim, vence. Aliás, falando no clube catalão, não era ele o exemplo de Falcão ao assumir o Internacional?

Pois o Beira-Rio está muito longe de ser o Camp Nou. Aquele futebol alegre prometido pelo comandante jamais desembarcou do caderninho de anotações. Muito pelo contrário, ele segue exigindo que seus meias de criação marquem, como pedia seu antecessor. A promessa de rejuvenescer o time era pura balela. Cada dia que Falcão perde a lábia confrontando opiniões, são horas a menos de trabalho. É discurso demais! É teoria demais! Está na hora de fazer e praticar, enfiar o pé na bola (foto). Do contrário, os comentaristas passarão e o Falcão passarinho.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

As particularidades do Olímpico

Foto: Nabor Goulart (Agência Freelancer)

A segunda-feira dos gremistas era para ter sido marcada pelo dia em que Miralles realizou seu primeiro treinamento. No entanto, o que chamou a atenção foi a ausência de Douglas (foto). O meia não se reapresentou ao clube e ligou somente no final da tarde, alegando problemas particulares. Certamente, o jogador irá conversar com o técnico Renato e com a direção e explicar estes problemas. Mas já, de antemão, trato de exclamar: é muita particularidade no Olímpico!

Antes do camisa 10 sumir do mapa, o Tricolor passou por outras situações semelhantes. Somente neste ano foram três! A primeira ainda com o zagueiro Paulão que, segundo os dirigentes, havia sido liberado para resolver estes tais problemas no interior paulista. Um dia depois estourava a bomba de que o atleta estava rumando para o futebol chinês. A história que mais marcou foi a de Carlos Alberto, que desapareceu de Porto Alegre por uma semana com o aval do treinador. Pouco tempo depois, foi desligado do clube. A última ocorreu com Borges, que foi sendo afastado até mesmo do banco de reservas para, enfim, ser negociado com o Santos.

E aí, qual será o destino de Douglas? Não quero assustar os gremistas a ponto de colocá-lo como carta fora do baralho, mas os exemplos anteriormente citados já servem de alerta. Ninguém esquece que o Corinthians sondou o maestro no início deste ano. E as Arábias? E a Rússia? Tem particularidade demais nessa jogada!

Nem gol contra salva mais

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Wander Roberto (Vipcomm)

O período parece de vacas magras no futebol gaúcho. O torcedor da dupla, tão acostumado a comemorar os feitos daqui, agora terão que torcer para jogadores adversários, pelo que parece. Neste final de semana, pelo menos, foi assim. A inoperância é tanta que tanto colorados como gremistas comemoraram gols contra a seu favor e, mesmo assim, não conseguiram vencer suas partidas. O Grêmio perdeu para o São Paulo, fora de casa, enquanto o Inter arrancou um empatezinho contra o Palmeiras, nos últimos minutos do jogo, em pleno Beira-Rio.

Inclusive, o Inter inspirou-se no Dia dos Namorados para retribuir o presente que recebeu. Não bastou o palmeirense Márcio Araújo fazer um golaço a favor dos vermelhos, abrindo o placar. O zagueiro Rodrigo também marcou contra a própria meta e empatou o confronto. Aliás, não se pode falar em inoperância no Internacional. Não fosse Leandro Damião (foto acima) - sempre ele! -, o técnico Falcão amargurava mais uma derrota em casa nesta 4ª rodada. É simplesmente muito pouco para quem abriu o Brasileirão sonhando com título.

Quem está disposto mesmo a ser campeão é o São Paulo - para azar do Grêmio. No duelo dos Tricolores, no Morumbi, melhor para os donos da casa, que venceram por 3 a 1. E o pior é que o único gol azul veio de um são-paulino. O mesmo Casemiro (foto à direita), que havia aberto o placar a favor dos anfitriões, empatou com um gol contra para os gremistas. Mas os gaúchos não tiraram proveito. Assim, um figura na 12ª posição, enquanto o outro está em 8º. Pelo jeito, nem gol contra salva mais a dupla.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Para não virar cinzas

Foto: Sérgio Barzaghi (Gazeta Press)

A 4ª rodada do Brasileirão coloca Grêmio e São Paulo, no Morumbi, para este sábado. Um dia depois, no Beira-Rio, o Inter recebe o Palmeiras. Promessa de grandes jogos, mas podem ficar só no papel por enquanto. Isso porque o tal do vulcão chileno resolveu esparramar suas cinzas pelos céus do Rio Grande do Sul. Assim, ninguém chega ou sai de Porto Alegre pelo aeroporto. Já se fala até mesmo em adiamento destas partidas. Será? Bom, isso eu não sei, mas tenho certeza que, seja neste final de semana ou na próxima quarta-feira, quem tem que se cuidar para não virar cinza é a dupla Gre-Nal.

Há um bom tempo, paulistas e cariocas vêm se revezando na conquista do Brasileirão. Somente o São Paulo, adversário gremista, venceu três campeonatos consecutivos na década passada. Então, é melhor o time de Renato abrir o olho e encarar a rodada como decisiva para o futuro. Até mesmo um empate fora de casa valeria ouro, considerando que o Tricolor paulista é o atual líder da tabela. Enfim, não se pode relaxar contra Paulo César Carpegiani e sua garotada.

Já o Inter passou da hora de vencer em casa. Contra os palmeirenses, o Colorado terá nova chance. E vale a mesma dica para Falcão: abrir o olho. Até porque, a fama de vencedor de Luiz Felipe Scolari é muito bem conhecida pelas bandas vermelhas. Se tiver novo tropeço diante do próprio torcedor, o Inter ficará como a cinza do vulcão: voando à toa pelo céu, enquanto Felipão e Carpegiani (foto) brigam pelo título no centro do país.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Acomodando a garotada

Foto: Agência Lance

Um treinador de futebol sempre tem o compromisso de escalar o que existe de melhor em seu elenco. Claro, desde que não invente demais, a ponto de escalar atletas muito além de suas posições de origem. Mas, também não pode deixar de mandar a campo suas pérolas, em detrimento do sistema tático preferido. Fosse assim, o Santos não teria encantado o país com sua garotada, ou o trio Ronaldinho, Rivaldo e Ronaldo não jogaria a Copa de 2002. Pois este dilema agora recai sobre os técnicos da dupla Gre-Nal.

Mário Fernandes (foto) voltou a jogar a bola que tanto animou os gremistas no ano passado. Seja como lateral ou zagueiro, o jovem é titularíssimo do Grêmio. Mesmo assim, Renato Portaluppi não pode deixar Gabriel no banco de reservas enquanto Lins vai a campo. Algo deve ser feito. Desmanchar o losango e apelar para um novo esquema pode ser uma opção. Tudo é válido, desde que os melhores joguem sempre!

No Beira-Rio, o mesmo vale para Paulo Roberto Falcão. Não existe a mínima possibilidade de escalar três volantes e deixar Oscar sentado na casamata. Se isso ocorrer, o ídolo estará imitando Celso Roth - que todo mundo viu aonde foi parar. Oscar merece jogar, e sem invencionices! Nada de mandar o guri marcar como um Guiñazu, ou atacar como um Damião. As abóboras estão todas maduras, só falta acomodá-las na carroça.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

O que eles têm que a dupla não tem?

Foto: Ricardo Stuckert (CBF)

Mano Menezes é gaúcho de Passo do Sobrado, mas parece ter sido picado por um mosquito paulista, enquanto esteve dirigindo o Corinthians. Na convocação dos jogadores que irão à Copa América, em julho, o técnico da Seleção Brasileira cometeu algumas barbaridades. Quase uma afronta à sanidade mental futebolística. Ou será que somos bairristas demais?

Levar Fred, do Fluminense, e deixar Leandro Damião em Porto Alegre é demais (foto)! Além de ir na contramão da tal renovação que se propôs, Mano mostra que não teve critério na avaliação. Ok, Fred balançou a rede na vitória contra a Romênia. Mas, convenhamos, aquele gol até o Ronaldo, completamente fora de forma, faria. Mas se defender Damião é ousadia, me apego então a Nilmar. Ele é pior que Fred? Eu acho que não.

E o que dizer de Elias e Jadson? Por que Anderson não foi chamado? Lembrei do garoto sentado no banco de reservas lá em Recife, ao lado de Mano, enquanto o Grêmio suava na Batalha dos Aflitos. Só faltava Thiago Neves ser convocado! Afinal de contas, o que eles têm que a dupla não tem? Restará a Lucas Leiva, Sandro e Victor, naturalizados gaúchos, representarem a pátria rio-grandense na Copa América.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Torcer ou secar

Foto: Mowa Press

Nesta terça-feira, os amantes do futebol pararão para assistir a despedida definitiva do atacante Ronaldo Nazário dos gramados. O Fenômeno disputará os 15 minutos finais do primeiro tempo, no amistoso contra a Romênia, em São Paulo. Porém, enquanto o resto do país torce pela seleção canarinho, o Rio Grande do Sul vai dar uma secadinha básica. Isso porque este é o teste final para os jogadores que pretendem ir à Copa América em julho.

Com a dispensa de Júlio César, Victor (foto) será o dono da camisa 1 diante dos romenos. Com isso, já se pode garantir que o goleiro gremista estará na Argentina daqui um mês. Ou seja, desfalcará o Tricolor na disputa do Brasileirão. Bem que Marcelo Grohe não vem decepcionando o torcedor, mas ninguém quer ficar sem a muralha do Estádio Olímpico. Por maior que seja o orgulho de ver Victor na Seleção, certamente alguns gremistas irão secar o arqueiro, para que ele seja cortado da lista. Só não pode voltar para Porto Alegre deprimido, como aconteceu após ficar de fora da Copa do Mundo, no ano passado.

Da mesma maneira, os colorados sentarão em frente à TV de coração partido. No entanto, a missão de Leandro Damião é mais difícil. O centroavante do Inter precisa barrar o experiente Fred, digladiar com Nilmar e, quem sabe, pegar a reserva de Pato, que está voltando de lesão. Tudo indica que ele entrará na etapa final do amistoso. Se deixar sua marca nas redes, como tem feito no Beira-Rio, o assédio europeu ficará insuportável. Dilema terrível vivem os torcedores gaúchos: torcer ou secar seus ídolos?

domingo, 5 de junho de 2011

Quero ser grande!

Fotos: Alexandre Lops (Inter) e Neco Varela (Agência Freelancer)

Inter e Grêmio comemoraram boas vitórias neste domingo. Os colorados se sentiram em casa, apesar de estarem atuando no Mato Grosso do Sul, e golearam o América-MG por 4 a 2. Já os gremistas, no Olímpico, impuseram 2 a 0 sobre o Bahia. Os resultados parecem ter oficializado a entrada da dupla na disputa do Brasileirão e, ainda por cima, mostraram a voz ativa de dois meninos que ousaram gritar: "Quero ser grande, quero ser titular!".

No lado vermelho, Oscar (foto acima) mostrou mais uma vez que não pode ficar sentado no banco de reservas. Não importa o esquema tático que Falcão escolher, o meia deve iniciar jogando sempre! Dos quatro gols marcados, o jovem simplesmente fez dois, comandando a goleada sobre os mineiros. Nem mesmo D'Alessandro e Cavenaghi, ao balançar as redes, conseguiram chamar tanta a atenção. Chega de falar sobre a falta de físico de Oscar. O que interessa é a habilidade apresentada.

Pois enquanto a torcida colorada exige a escalação de Oscar, a gremista olha com desconfiança o crescimento de Júnior Viçosa. O centroavante (foto à direita) simplesmente fez os dois gols que colocaram o Tricolor em quinto na tabela de classificação. Neste caso, a habilidade ainda está longe do que se espera, mas Miralles e André Lima ainda vão ter de suar para tirá-lo do time de Renato. E ainda cabem elogios aos garotos da defesa - Mário, Saimon e Neuton -, que prometem travar uma boa briga com os "cascudos" pela titularidade.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Fogo amigo

Foto: Edson Ruiz (Fotopress)

Este final de semana resguardou boas surpresas à dupla Gre-Nal. Em uma rodada que, para ambos, é obrigatório vencer, o estouro da pólvora pode vir de onde menos se espera. Os adversários são clubes ressurgidos da Série B e que, aliás, há tempos não participavam da elite do futebol brasileiro. Somente este fator serviria como facilitador. Entretanto, há mais itens que, à primeira vista, parecem contribuir com uma vitória. Mas vale lembrar: tanto Grêmio como Inter terão fogo amigo pela frente.

O Bahia que chega ao Estádio Olímpico, mesmo revestido de ex-colorados, como os zagueiros Danny Morais e Titi e o centroavante Souza, está saudoso. Isso porque reside em Porto Alegre o técnico Renato Portaluppi - ou Renato Gaúcho, para os baianos (foto) -, que comandou a equipe do nordeste no início da Segunda Divisão e deu a guinada rumo ao acesso à Série A. Por isso, toda a cartolagem e a torcida do Bahia ainda têm muito carinho pelo treinador. Não deveriam estragar a festa dos gremistas, mas sabe como é: amigos, amigos. Negóios à parte.

O Inter que o diga! Na última rodada, sofreu pelas mãos do ídolo Iarley. Agora, diante do América-MG, não terá nenhum enfrentamento nostálgico. Porém, o local do jogo é curioso. Os times se enfrentarão no Estádio Morenão, em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Sabidamente, o Estado é uma colônia gaúcha, então os jogadores colorados atuarão diante do próprio torcedor, mesmo que o mando de campo seja do rival. Mas quem pensa em comemorar antes do tempo, vale lembrar: jogar em casa não tem ajudado muito o Internacional. Se a equipe não ajudar, o feitiço pode se virar contra o feiticeiro.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O verdadeiro libertador

Foto: Marinho Saldanha (UOL)

Gilberto Silva (foto) nunca ganhou uma Libertadores. Não por falta de qualidade, pois já venceu uma Copa do Mundo com o Brasil, além de campeonatos inglês e grego em sua passagem pela Europa. Entretanto, somente a chegada do volante ao Estádio Olímpico serve para enxergar nele a figura do verdadeiro libertador. Não é um Simon Bolívar ou San Martin, mas é quase um caudilho.

Ao posicionar Gilberto na entrada da área gremista, Renato Portaluppi finalmente liberará Rochemback para chegar à frente com mais naturalidade. Gabriel e Lúcio poderão apoiar pelas laterais incessantemente. É claro, tudo isso se o atleta tiver o mesmo vigor físico apresentado nos tempos de Seleção Brasileira. E, principalmente, o jogador será um reforço e tanto na bola aérea defensiva, que tanto amedrontou o Tricolor neste primeiro semestre.

Mas se Gilberto assume a função de libertador no Grêmio, o mesmo não acontece com o volante do Internacional. Bolatti não foi convocado para representar a Seleção Argentina na Copa América, como esperava a cartolagem colorada. Assim, o conterrâneo Cavenaghi continuará barrado pelo limite de estrangeiros. A não ser que faça quatro gols na partida contra o América-MG, e convença de vez o técnico Falcão de que Bolatti é quem deve ser renegado ao banco. Mas convenhamos, é mais fácil Simon Bolivar voltar da tumba e reiniciar a batalha contra os espanhóis na América do Sul.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Egos dos ídolos

Foto: Lucas Uebel (Vipcomm)

A semana no Beira-Rio não iniciou muito bem. Depois de Falcão, maior ídolo do clube, ir aos microfones para criticar seu atual elenco, o vestiário colorado entrou em rota de colisão. Para os torcedores mais antigos, o atual treinador do Inter foi o símbolo vitorioso dos anos 70. Para quem não o viu jogar, ele é simplesmente um técnico que está deixando a desejar. São estas as opiniões contrárias que se chocam.

E o que dizer quando este mesmo Falcão decide que um plantel recheado de campeões sul-americanos e mundiais - ou seja, ídolos do presente - são insuficientes para um título nacinoal (foto)? Ocorre é um duelo de egos dos ídolos. Bolívar e D'Alessandro, líderes do time colorado, parecem não ter engolido os atos do novo comandante. Vale lembrar que outros treinadores sucumbiram neste vestiário: Tite e Fossati, por exemplo. Enquanto o técnico critica publicamente seus jogadores, os comandados encontram outras maneiras de dar uma resposta.

Mas por que isso não acontece no Estádio Olímpico? Ora, para os gremistas, Renato Portaluppi é tão ou mais ídolo que Falcão. Acontece que no Grêmio não existe um plantel com ídolos do mesmo tamanho de Renato. Victor, Rochemback e Douglas são apenas projeções de um futuro próspero. O único que ruge no vestiário ainda é o treinador. Já do lado vermelho, parece que a presa é bem maior do que as garras do falcão podem agarrar.