segunda-feira, 30 de abril de 2012

Azarão de Estadual

Todo ano tem um azarão em um campeonato estadual pelo Brasil. Neste ano, várias foram as zebras. Em Minas Gerais, o América-MG, depois de eliminar o Cruzeiro, terá o Atlético-MG na final. Em São Paulo, o Guarani bateu Palmeiras e Ponte Preta (que por sua vez já havia batido o Corinthians) para chegar à decisão contra o Santos. No Rio de Janeiro, o Botafogo – menos favorito entre os quatro grandes – terá a missão de atrapalhar o Fluminense na finalíssima. E, no Rio Grande do Sul, por sua vez, o Caxias foi o intruso, diante do Internacional.

Cada certame tem sua particularidade, mas não daria para ficar de olho em um azarão destes para buscar reforços? Paulo Pelaipe, diretor executivo do Grêmio, já revelou na Rádio GRENAL (AM 780/ 101.9 FM) que não vê nenhum atleta no Gauchão capaz de desembarcar no Olímpico. Em contrapartida, busca noutros Estados peças de reposição. Do Paulista de Jundiaí parece estar vindo o lateral-esquerdo Reinaldo, enquanto do Vila Nova, de Goiás, a bola da vez é Rondinelly. O meia armador, de 21 anos, é a grande aposta da direção gremista para um futuro bem próximo.

Permito-me analisar a situação para decretar: não é hora de apostar. E os dois jogadores citados acima não passam disso, de apostas. Reinaldo até chegaria para ser o reserva de Julio Cesar, mas Rondinelly... Para onde vão Felipe Nunes e Bertoglio? O Tricolor precisa mesmo é de um camisa 10! Será que não está na hora de encostar de vez em atletas do quilate de Giuliano (Dnipro), Anderson (Manchester United), entre outros? De tanto apostar em azarões de Estaduais, só tenho a decretar que o Grêmio não passará de um azarão no Campeonato Brasileiro 2012.

domingo, 29 de abril de 2012

Luxemburgo perdeu o Gre-Nal

Foto: Cristiano Estrela (Correio do Povo)

O Internacional está na final do Gauchão, onde terá o Caxias pela frente. Com méritos totais, pois foi melhor que o Grêmio em grande parte do clássico 392 realizado neste domingo. O placar especifica: 2 a 1 para os colorados. Agora, se o vitorioso foi o Inter, o derrotado foi o Tricolor, certo? Errado! Foi Vanderlei Luxemburgo quem perdeu o Gre-Nal.

Desde o primeiro minuto que colocou os pés no Beira-Rio, o treinador mostrou estar equivocado. Primeiro porque não quis abrir para o grande público a escalação do time. Ficamos todos sabendo os onze titulares apenas ao visualizar a postagem em campo. A partir de então se percebe que o esquema escolhido é o 4-3-3 que, bastou a bola rolar, se mostrou inoportuno. E, enfim, quando o comandante voltou atrás, recompondo o meio-campo com Marquinhos, chegando ao empate, Luxa roubou os holofotes para si ao brigar com um gandula. Sim, amigos, o treinador gremista – multicampeão e experiente - resolveu trocar tapas com um gandula!

A bronca do técnico era pela reposição rápida no escanteio, que tanto gerou polêmica durante a semana. Luxemburgo foi expulso imediatamente e, a partir de então, o Inter tornou-se senhor da partida. Sem comando, o Tricolor entrou em parafuso até sofrer o segundo gol (curiosamente, em um escanteio sem influência de gandulas). Obviamente, o Colorado tem seus méritos. Jajá, Dátolo, Guiñazu, Sandro Silva e Fabrício foram estupendos. No entanto, é mais evidente que, neste clássico, o perdedor será muito mais lembrado. E este perdedor se chama Vanderlei Luxemburgo.

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Quando passarem as lesões...

Neste domingo teremos um Gre-Nal bem desfalcado, seja por parte do Grêmio como do Internacional. Do lado tricolor, simplesmente Kleber Gladiador – responsável pela última vitória em clássicos -, é a ausência mais sentida, ao lado de Julio Cesar e Léo Gago. Para os colorados, além do maestro D’Alessandro, aparecem Nei, Kleber, Oscar e Dagoberto na lista de desfalques. Perde consideravelmente a decisão da Taça Farroupilha. Agora, quando todos voltarem, escale as duas equipes e veja a beleza de duelo que seria!

Porém, atrevo-me a dizer que o lesionado que mais faz falta neste momento sequer consta no plantel dos clubes. Carlos Eduardo, que se recupera, no próprio estádio Olímpico, de uma cirurgia no joelho, será a grande peça de reposição para o segundo semestre. Nesta quinta-feira, o empresário Jorge Machado concedeu entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) e negou a informação de que o jogador estivesse interessado em pagar a multa rescisória junto ao Rubin Kazan (RUS). Mesmo assim, afirmou que tanto a direção gremista como o atleta nutrem o desejo de assinar um contrato para a metade final do ano. Seria o camisa 10 de Luxemburgo.

Mas e verba para tirar Carlos Eduardo da Europa? É certo que os russos pedirão alguma boa quantia pela manutenção do meia-atacante em Porto Alegre. No entanto, no mesmo bate-papo, Machado confirmou outro negócio do Grêmio: a venda de Mário Fernandes ao CSKA Moscou. Neste trâmite, cairão nos cofres azuis cerca de 7 milhões de euros. Já poderia contribuir no repatriamento de Carlos Eduardo, não? Literalmente, é pagar para ver.

Pênalti não é loteria

Foto: Ricardo Duarte (ZH Esportes)

Há quem diga que o 0 a 0 não foi um mau negócio para o Internacional. Eu prefiro ficar no grupo dos que lamentam um empate em casa. Acho sempre que, apesar de sofrer um gol em casa, é necessário vencer. Ainda mais tendo em vista que o time gaúcho teve a chance de vencer o Fluminense nesta quarta-feira no Beira-Rio. Bastava Dátolo ter convertido a penalidade que teve a seu favor, mas não soube fazê-lo.

Há quem diga também que pênalti é loteria. Mais uma vez, discordo. Quando a bola está na marca da cal, os competentes brilham. Não se pode, por exemplo, crucificar o argentino por ter desperdiçado uma grande chance, mas sim exaltar o goleiro dos cariocas, Diego Cavalieri. Não viu o que aconteceu na semifinal da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Bayern de Munique? Cristiano Ronaldo e Kaká fizeram cobranças muito parecidas com a de Dátolo, mas brilhou a estrela de Neuer. Méritos totais dos alemães.

Agora, o erro de Dátolo estava desenhado. Fui só eu quem viu o meia se benzendo antes de partir para a cobrança? Ele estava aterrorizado! Talvez tenha vindo em sua memória a lembrança daquela cobrança contra o São Luiz, pelo Gauchão, onde atirou a redonda na placa de publicidade. Foi uma triste coincidência Edinho ter derrubado Leandro Damião justamente no momento em que D’Alessandro e Kleber (cobradores oficiais) não estavam em campo. Enfim, volto a dizer: pênalti não é loteria. A perda estava desenhada na cara de Dátolo. Mas o 0 a 0 não é o fim do mundo, dá para dizer que, dos males, é o menor.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Troca-se a rivalidade por um camisa 10

Certa vez, o atacante Kleber foi perguntado no estádio Olímpico sobre o melhor camisa 10 com quem jogou. De pronto, o Gladiador respondeu que foi Wagner, ex-companheiro de Cruzeiro. Pois parece que a direção gremista ouviu o recado e pode ter sondado a situação do atleta, hoje reserva no Fluminense. No entanto, a informação foi rechaçada pelo diretor do clube carioca, Rodrigo Caetano. Conforme o repórter da Rádio GRENAL (AM 780 / 101.9 FM), Henrique Pereira, o dirigente afirmou que neste momento o Flu se nega de abrir mão de Wagner. Até porque está em meio a uma Libertadores da América. Mas, e depois?

Wagner seria o homem para chegar em Porto Alegre e vestir a camisa 10 do Grêmio, que ainda está sem dono desde a saída de Douglas. No Rio de Janeiro - onde tem contrato por mais 4 anos -, o meia padece no banco, assistindo aos titulares Deco e Thiago Neves. Podia seguir o exemplo do lateral Julio Cesar, que buscou no Olímpico a tão desejada titularidade que não apareceu pelas Laranjeiras. Contudo, uma liberação só acontecerá com uma possível eliminação no certame continental.

Mas o torcedor gremista não precisa perder as esperanças. A Libertadores pode acabar para o Fluminense daqui a pouco, já no dia 10 de maio. Para isso, porém, precisa ser eliminado pelo Internacional nas oitavas de final. Será que o Tricolor gaúcho está preparado para torcer pelo maior rival só para ver o camisa 10 desembarcando de uma vez? É uma resposta que deve ser dada com toda a reflexão do mundo. Mas lembre: Wagner já atuou com Kleber e Marcelo Moreno. Seria o trio dos sonhos!

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Quem tiver menos medo, ganha

O futebol é simples: quem colocar a bola o maior número de vezes dentro da meta adversária, vence o jogo. No entanto, este confronto entre Internacional e Fluminense, pelas oitavas de final da Libertadores da América, parece que beneficiará o time que mais temer o rival. Sim, pois já ultrapassou o limite do respeito. Virou medo mesmo!

No desembarque em Porto Alegre, o volante Edinho (ex-colorado), em entrevista aos repórteres, só reforçou o discurso do clube carioca. Ainda na manhã desta segunda-feira, na Rádio GRENAL (AM 780 / 101.9 FM) pude conversar com o vice-presidente de futebol tricolor Sandro Lima, que lamentou mais de uma vez o cruzamento com os gaúchos já nesta fase da competição. Estas mesmas palavras foram ouvidas da boca de Abel Braga, ainda no Rio de Janeiro. Parece-me que o Flu está todo borrado – com Deco, Fred e tudo o mais!

Porém, quem pensa que do lado de cá parte um Inter confiante, se engana. A nova lesão de D’Alessandro ajudou a desmoronar o ego colorado, que não sabe se pensa nos cariocas ou no Gre-Nal de domingo. Mas não tem jeito, meu amigo! É aquela velha história: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come. Seja para um, seja para o outro.

domingo, 22 de abril de 2012

Um Gre-Nal de mágoas

Como todo o Rio Grande do Sul previa, teremos um Gre-Nal na decisão da Taça Farroupilha. Quem passar, encara o Caxias pelo título estadual – já que este foi o campeão do primeiro turno. Agora, surpreende a maneira como a dupla chega nesta reta final. Ambos com um nó no peito e pura mágoa.

Primeiro veio o Grêmio, que ainda no sábado bateu o Canoas por 1 a 0. Na coletiva de imprensa, o técnico Vanderlei Luxemburgo reclamou da atuação da equipe, do gols perdidos, dos cartões amarelos e até mesmo da demora do médico em atender os atletas em campo. Escutar a entrevista do comandante tem sido uma experiência de paciência. Mas a situação não se prende somente ao estádio Olímpico.

No Beira-Rio, neste domingo, Dorival Júnior, que costumeiramente é cordial e produz um bom bate-papo, não abriu a guarda para os repórteres. Além de escancarar sua inconformidade com as críticas, revelou que não mais dará a escalação antes das partidas (como sempre fez). E olha que os colorados tinham acabado de eliminar o Veranópolis com uma goleada de 4 a 0. O que dizer? É claro, eles têm razão em mostrar as garras, o semestre está chegando em uma fase decisiva e as equipes não estão correspondendo à altura. Na quarta-feira, o Inter pode complicar de vez sua ida na Libertadores. Já o Gauchão, só um sobreviverá. Mas isso é pro domingo que vem e já aviso de antemão: só o melhor ganhará e não o mais magoado!

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Os amigos do Rei

Foto: Gustavo Tilio (Globoesporte.com)

Encerrada a transmissão da Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM), eu, como comentarista, fui chamado à responsabilidade de escolher o melhor em campo na partida entre Juan Aurich x Internacional. Com a derrota colorada e a fragilidade demonstrada em campo, perguntei se não poderia apontar Allan Kardec, do Santos, como o melhor em campo. Sim, foi ele o responsável pela classificação gaúcha às oitavas de final da Libertadores da América.

Veja como é o futebol! Allan Kardec, autor do primeiro gol santista diante do The Strongest (que tranquilizou os colorados), foi o carrasco do Inter no Beira-Rio. Até meados do segundo tempo, Nei dava três pontos ao time de Dorival, mas o centroavante decidiu empatar tudo no 1 a 1. E Neymar, que infernizou a zaga vermelha em Santos, nesta quinta-feira deu o golpe de misericórdia nos bolivianos, para a alegria geral da Nação. É assim mesmo: quem era inimigo antes, agora virou o melhor amigo.

Mas a fórmula também é inversa – os antigos amigos do peito podem se transformar em vilões. O Internacional, por exemplo, passou de fase, é verdade. Porém, na etapa seguinte terá pela frente Edinho, Rafael Sobis e Abel Braga – heróis do primeiro título da América dos colorados. Que situação! Não vejo como missão impossível eliminar o Fluminense nas oitavas, mas para isso a equipe terá de melhorar babilônias. Se jogar como jogou em Chiclayo, o Colorado está fadado a morrer de novo na praia.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Grama sintética custa caro

O jogo desta quinta-feira pode ser encarado por alguns como simples cumprimento de tabela, menos pelo Internacional. Tendo em vista a fragilidade do Juan Aurich, os colorados podem temer muito mais as dificuldades do campo (grama sintética). Eu diria que este é o principal adversário, mas já para a próxima fase da Libertadores. Sim, o Inter está nas oitavas de final. Ou alguém acredita que o The Strongest possa fazer o crime no Santos em plena Vila Belmiro?

Agora, o estádio Elías Aguirre promete atrapalhar a vida vermelha. A maior preocupação do departamento médico do clube gaúcho é voltar do Peru com lesionados. Já no treinamento na PUCRS, em Porto Alegre, alguns jogadores queixaram-se de dores nas costas. A situação foi relatada pelo coordenador de preparação física Élio Carravetta, em entrevista à Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM). Segundo ele, só por isso pode se explicar a situação de reserva para Guiñazu, pois o gringo está clinicamente curado! E Dagoberto, mesmo não tendo 100% de condições, poderia ao menos entrar no segundo tempo. Mas, para isso, o jogo deveria ser em um gramado melhor, como no Beira-Rio, por exemplo.

O problema é que, apesar do caráter decisivo que gira em torno do confronto contra os peruanos, a Libertadores continuará para os colorados. Aliás, dá para imaginar as dificuldades imensas que a tabela desenha para o time de Dorival Júnior. Cometi o sacrilégio do repórter que é palpitar sobre o futuro, e previ os seguintes cruzamentos: em caso de vitória, Inter enfrentaria o Vélez (ARG); se empatar, o adversário seria o Corinthians; e com derrota, viria o Fluminense. Alguém gostaria de perder Guiñazu ou Dagoberto para estes confrontos? Então, Carravetta está certo.

Ouça a entrevista de Élio Carravetta à Rádio GRENAL
 

terça-feira, 17 de abril de 2012

E o Mário quer a Rússia?

Manifestações de bastidores dão conta de que a qualquer momento o martelo pode ser batido e Mário Fernandes ser vendido pelo Grêmio. O destino seria o CSKA Moscou. Nesta terça-feira, na Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM), tive a oportunidade de conversar com seu empresário, Jorge Machado, que revelou a existência sim desta proposta, mas que ainda não foi aceita realmente pelo presidente Paulo Odone. Mas, indagado sobre a pretensão do atleta, se ele realmente gostaria de jogar na Rússia, Machado foi direto: “O Mário Fernandes não quer nada. Ele tem contrato de 4 anos com o Grêmio. Essa é a realidade.”

Mesmo assim, retorno a pergunta ao grande público: e se Mário não quiser viajar ao Leste Europeu? Conhecendo a fama do lateral/zagueiro, é até temeroso dizer com segurança que ele defenderá qualquer clube indicado por seu procurador. Além da negativa para a Seleção Brasileira, vamos lembrar a sua chegada do São Caetano para o Grêmio, quando Fernandes desapareceu, até ser encontrado aos prantos na casa de um parente. Para quem chorou ao pisar em Porto Alegre, morar abaixo de zero na Rússia deve ser uma dificuldade enorme.

Vejo que esta venda, se efetivada, será uma boa para o Tricolor (financeiramente falando). Mas alguém perguntou ao Mário se ele quer? Atualmente, estamos presenciando o ‘caso Oscar’, que não é nem de perto semelhante, mas é visível o sofrimento do rapaz ao ser coagido pelos são-paulinos para retornar ao Morumbi e abandonar o Internacional. Infelizmente, esta garotada, muitas vezes, acaba sendo tratada como gado, repassada adiante em troca de moedas, pelos dirigentes. Tomara que não aconteça isso com Mário, um menino para lá de gente fina!

Ouça a entrevista de Jorge Machado à Rádio GRENAL

   

segunda-feira, 16 de abril de 2012

PUCRS poderia dar aulas ao Juan Aurich

O gramado do estádio da PUCRS, onde o Inter treina nesta segunda-feira à tarde, é melhor do que o do Juan Aurich, onde os colorados jogarão na próxima quinta. Isso não é um slogan de publicidade para a universidade porto-alegrense, mas uma afirmação do responsável pela manutenção do local. Foi exatamente isso o que manifestou o coordenador do Parque Esportivo da PUC gaúcha, Márcio Müller, em entrevista à Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM). Portanto, o Internacional procurou o campo que mais se aproximava das péssimas condições de Chiclayo, no Peru, e mesmo assim não conseguiu superá-lo.

Agora, veja bem: a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul não sediará jogos da Libertadores da América. Quem mais utiliza o estádio são estudantes do curso de Educação Física, portanto não há como se criticar a instalação de um gramado sintético no local. No entanto, não há como entender que se permita uma partida oficial de futebol acontecer nestas condições. Aliás, para quem não sabe, o estádio Elías Aguirre perdeu a chancela da Fifa em 2009, pela precariedade do piso. Mas coerência não parece o forte da Conmebol.

Em 2005, o Atlético-PR foi impedido de atuar na sua belíssima Arena da Baixada, porque o local não tinha capacidade de 40 mil pessoas, exigido para uma final de Libertadores. Assim, o duelo contra o São Paulo teve de ser realizado no Beira-Rio. O mesmo aconteceu com o Santos, em 2011, que foi parar no Pacaembu. Ano passado também, o Grêmio teve de fazer uma ‘operação militar’ para chegar à longínqua Huánaco, no Peru, para jogar contra o León. Tudo porque a cidade não tinha um aeroporto capacitado para receber aviões de grande porte. Agora, jogar futebol em um carpete pode? É, Conmebol, está na hora da senhora rever seus conceitos!

Ouça a entrevista do coordenador da PUCRS à Rádio GRENAL

 

domingo, 15 de abril de 2012

As ovelhinhas do Caxias

No mesmo final de semana em que a dupla Gre-Nal patrolou seus adversários (Inter venceu Cerâmica por 3 a 0 e Grêmio enfiou 4 no Ypiranga), o Caxias escolheu o comandante para a final do Gauchão. A equipe grená é a única já garantida na final, o inimigo sairá da decisão da Taça Farroupilha que, convenhamos, terá os maiores da Capital em campo. Nem Canoas ou Veranópolis conseguirão parar gremistas e colorados na semifinal. Resta saber quem terá a missão de encarar Mauro Ovelha e o Caxias pelo troféu estadual de 2012.

Mauro Ovelha. Este é o treinador contratado e anunciado por Osvaldo Voges para dar o bicampeonato ao clube caxiense. Natural de Santo Ângelo, o profissional atuará pela primeira vez no seu rincão. Fez a vida em Santa Catarina, chegando ao ápice no ano passado quando levou a Chapecoense ao título estadual. Agora tentará repetir o feito no estádio Centenário.

Porém, falar em ovelha no futebol gaúcho não traz boas lembranças. Lembra do caso das “ovelhinhas de Tite”, em 2003, no Grêmio? O fato veio à tona quando o então presidente Flávio Obino esqueceu o celular ligado sobre a mesa durante uma reunião com sua direção. Do outro lado da linha estava um repórter do jornal Zero Hora, que publicou tudo aquilo que havia escutado: críticas ferozes ao treinador Tite, que dava preferência a determinados jogadores de técnica questionável, a quem chamaram de “ovelhinhas”. Bom, Tite foi o técnico responsável pelo título gaúcho de 2000 do Caxias. Será uma feliz coincidência para os torcedores da Serra? Só a dupla Gre-Nal poderá dizer o contrário.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Treze é dia de Zagallo

Sexta-feira 13, dizem, não é um bom dia. Para mim, pelo contrário, foi um dos melhores, pois tive a oportunidade de conversar com um dos ídolos que coleciono nesta brincadeira chamada FUTEBOL. Pela manhã, entrevistamos na Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM) o tetracampeão mundial Mário Jorge Lobo Zagallo, indicado para assumir a vice-presidência da CBF.

Além do convite, Zagallo comentou o atual momento da Seleção Brasileira, a eliminação do Flamengo na Libertadores, seu Botafogo do coração e até mesmo o que tem acompanhado da dupla Gre-Nal. Um verdadeiro show! E tudo isso em um dia 13 - o mesmo 13 da sorte do próprio Zagallo.

"Vocês vão ter que me engolir!"
 
Ouça a entrevista com Zagallo
   

Parceria em jogo

Neste final de semana, iniciam as quartas de final da Taça Farroupilha. A dupla Gre-Nal entra como favorita para chegar à decisão do turno, que definirá o rival do Caxias na finalíssima do Gauchão. No domingo, o Grêmio encara o Ypiranga, no Olímpico. Um dia antes é a vez do Internacional receber o Cerâmica, no Beira-Rio. E neste confronto mora uma boa curiosidade. O Colorado enfrentará aquele que está prestes a se transformar em seu mais novo parceiro.

Em entrevista à Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM), o presidente do Cerâmica, Décio Becker, revelou que as duas agremiações fecharam um acordo entre amigos. O Inter cederá ao time de Gravataí todos aqueles jogadores que não forem utilizados em Porto Alegre. Em contrapartida, os colorados pedem para sediar jogos do Brasileirão na casa ceramista - o estádio Vieirão. Isso porque o Beira-Rio pode ser fechado para acelerar as obras no meio do ano. Mas nada disso será de graça! Segundo o repórter Kleriton Vargas, cada jogo custará aos cofres colorados R$ 10 mil (R$ 15 mil em caso de jogo noturno).

O problema é: e se o jogo deste sábado abalar as estruturas desta parceria? O quadro óbvio apresenta o Inter classificado para a semifinal da competição estadual. No entanto, imagine o inverso acontecendo, o Cerâmica fazendo o crime. Será que o presidente Giovanni Luigi, num acesso de raiva, pode encerrar as tratativas? Pelo que conheço do mandatário colorado, não acontecerá, mas nunca é demais desconfiar. Veja o Cruzeiro, em 2005, derrotado pelo Ipatinga, na final do Campeonato Mineiro. Tratado como ‘filial’, o modesto Ipatinga levou a melhor contra a ‘matriz’, que emprestava atletas não aproveitados. E, já na temporada seguinte, pagou o pato: a diretoria cruzeirense desfez o acordo. Tomara que isso não aconteça por aqui.

Ouça a entrevista de Décio Becker à Rádio GRENAL

   

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Jason dirá se Oscar fica no Inter ou não

Você lembra como a torcida do São Paulo assustava seus oponentes na disputa do Brasileirão há bem pouco tempo? Eles simplesmente utilizavam a figura de Jason, o assassino mascarado, com facão e serra elétrica em mãos, e a mensagem: “I’m back!”. O personagem Jason Vorhees ganhou fama nas telas do cinema no filme “Sexta-feira 13”. Foram mais de 10 edições da película, registrando a saga do serial killer. Uma infeliz coincidência para o Internacional.

Digo isso porque nesta sexta, 13 de abril, o clube gaúcho pretende decidir o ‘caso Oscar’ de uma vez por todas, e está nas mãos do Jason – ou melhor, do São Paulo. Até às 16h, os advogados do atleta, acompanhados do departamento jurídico colorado, aguardarão um desfecho na briga que iniciou ainda em fevereiro. Especula-se que os são-paulinos receberiam cerca de R$ 7 milhões, parcelados em três vezes, para enfim rescindirem o contrato com o meia.

Não sei se é uma boa apostar num final feliz justamente em uma data que remete ao maior clássico do terror. Porém, o discurso vermelho é mais do que otimista, quase legalista. Só quero alertar àqueles que chamavam o imbróglio de ‘novela’ que, na verdade, é muito pior que um simples seriado. É um filme de horror que pode ter mais 11 versões. Acho que é melhor o Inter contratar Freddy Krueger.

Nem vitória aplaca a fúria de Pelaipe

“O Grêmio não vai contratar ninguém!” Estas foram as palavras proferidas por Paulo Pelaipe, diretor executivo do Tricolor, respondendo meu questionamento na Rádio GRENAL (780 AM / 101.9 FM) sobre a possível contratação de um novo lateral-esquerdo após a lesão de Julio Cesar. Insisti, perguntando se Pará continuaria sendo improvisado no lado esquerdo e, para meu espanto, veio a tréplica: “Eu acho que vocês não assistem futebol. O Pará foi campeão da América jogando de lateral-esquerdo no Santos. Não sei se vocês tem má vontade com o Grêmio.”

Na hora não quis debater ao vivo sobre isso, mas pelo que me lembrava os laterais canhotos do Santos na campanha de 2011 foram Léo e Alex Sandro, enquanto os destros eram Jonathan e Danilo. Pará era a terceira opção de Muricy Ramalho em qualquer uma das laterais. Logo, pesquisei para confirmar o fato e trouxe a informação ao ar. Não quero polemizar, mas Pelaipe estava equivocado e, ainda por cima, muito áspero no trato com este repórter.

Mais tarde, no estádio Olímpico, fiquei sabendo de um bate-boca protagonizado com alguns torcedores gremistas. A confusão, segundo algumas testemunhas, teria iniciado quando ele pediu para seguranças retirarem um cidadão que estava xingando o time em campo. Os nervos se alteraram e a polícia foi acionada. O problema é que nem vitórias aplacam a fúria de Pelaipe. Os 3 a 0 sobre o Ipatinga colocaram o Grêmio nas oitavas de final da Copa do Brasil, mas não acalmam os ânimos. Na cabeça do diretor, a equipe está enfrentando a imprensa, a FGF e os adversários para ser campeão nesta temporada. Sei que as lesões têm atrapalhado os planos do dirigente, mas só tenho a lamentar as atitudes de um profissional que respeito tanto.


*Ouça o trecho da entrevista concedida à Rádio GRENAL
 

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Não pode mascarar

A missão desta quarta-feira nem é das mais difíceis para o Grêmio. Para quem já teve de reverter resultados adversos e entoar a fama de Imortal, um mero empate contra o Ipatinga serve nesta noite – tudo por conta da vitória por 1 a 0 fora de casa. O adversário também nem é dos mais temidos. A antiga filial do Cruzeiro, que chegou a figurar na elite do Brasileirão, hoje aparece na Segundona do Campeonato Mineiro. O óbvio leva a crer que o Tricolor está com as duas mãos na vaga para as oitavas de final da Copa do Brasil, mas aí é que pode morar o perigo!

Salto alto, máscara... são algumas das figuras de linguagem utilizadas quando o time favorito perde o jogo. Pois contra o Ipatinga, o único gremista que pode mascarar é Gilberto Silva. Aliás, eu diria que é um dever ele mascarar. Com uma zaga sofrível, onde o ex-volante é o melhor da posição no plantel, nem mesmo a recente cirurgia no nariz vai deixá-lo de fora. É melhor vestir o protetor nasal e ir a campo.

Do outro lado do campo estão Leanderson (cria do Estádio Olímpico) e Jônatas Obina. É bem verdade que isso não é o bastante para assustar o Grêmio. Mas o grande problema desta temporada nem tem sido os rivais, mas sim o próprio Grêmio. Os atletas não param de tombar lesionados: Kleber, Marcelo Moreno, Mário Fernandes e agora Julio Cesar. São todos desfalques! Nesta noite nada disso vai atrapalhar, mas o torcedor não consegue “mascarar” os problemas, não adianta! O pensamento já vai além.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Tranquilo como água de poço

Grêmio e Inter entraram em campo neste domingo como favoritaços à vitória. No Olímpico, o Tricolor saiu na frente, tranquilamente, anotando três gols. No segundo tempo ainda relaxou e viu o Caxias descontar. Mas ficou por isso mesmo. Em Ijuí, os colorados fizeram pouco esforço e mesmo assim ganharam por 3 a 0 do São Luiz. Nem os desfalques foram empecilhos. Aliás, nem devem ser.

Enquanto o bicho pega nos outros campeonatos estaduais, com Cruzeiro e Atlético-MG, Vasco e Flamengo, e outros clássicos, o Gauchão é um marasmo só. Tranquilo como água de poço! Na próxima fase, já eliminatória, os adversários serão Ypiranga e Cerâmica. Ora, com todo o respeito que estes clubes merecem, mas não são páreo para a dupla Gre-Nal. Ou melhor, não devem ser. Se forem, será o prenúncio do fim do mundo.

Na Taça Piratini, quando o Caxias surpreendeu a Capital e levou o título, os confrontos das quartas de final aconteceram. No Beira-Rio, o Inter entrou em campo com um time sub-23 e foi derrotado pela equipe de Gravataí. Um show de horrores aquele jogo! O Grêmio, por sua vez, teve um caminho mais difícil. Foi a Erechim e só saiu de lá com a vitória nos segundos finais, com um gol de Grolli. Eram os dolorosos tempos de Caio Júnior no comando. Estamos noutra Era. A dupla Gre-Nal atropela os inimigos, anunciando que, pelo que tudo indica, teremos um clássico na final deste turno - a não ser que alguém caia neste fundo de poço tranquilo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Males que vem para o bem

A cada rodada, a cada jogo jogado, um corpo tomba ao chão. Tem sido assim tanto no estádio Olímpico como no Beira-Rio. Em Minas Gerais, o Grêmio viu Marcelo Moreno acusar uma lesão muscular na coxa, que deve o tirar dos gramados pelos próximos 15 dias. Já em Porto Alegre, não bastando o susto contra o Santos, o Internacional assistiu Dagoberto abandonar o campo manco de uma perna. Nunca os departamentos médicos trabalharam tanto! Dá até para fazer um time: Mário Fernandes, Gilberto Silva, Guiñazu, Marco Antônio, D’Alessandro, Kleber, Dagoberto e Marcelo Moreno. Um belo time! Por outro lado, se configuram desfalques para a dupla Gre-Nal, podem deixar boas lições aos treinadores.

O 3-5-2 utilizado por Vanderlei Luxemburgo, por exemplo, não é de todo mal. O plantel tricolor tem zagueiros de mais (com pouca qualidade) e meias de menos. Portanto, nada de errado em guarnecer sua defesa e fazer com que os alas ataquem. É a velha história do “quem não tem cão, caça com gato”. Assim, mandaria a campo: Victor; Vilson, Werley e Naldo; Gabriel, Fernando, Léo Gago, Marquinhos (Bertoglio) e Julio César; Miralles e André Lima.

Da mesma maneira, não achei das piores a decisão de Dorival Júnior em avançar Tinga para a terceira função do meio-campo. Foi assim que o Inter conquistou suas duas Libertadores da América. Sendo assim, porque não mantê-lo por ali? Até porque a atuação de Sandro Silva foi bem satisfatória. Eis que teríamos: Muriel; Nei, Moledo, Índio e Kleber; Elton, Sandro Silva, Tinga, Dátolo e Jajá; Leandro Damião. Depois, aos poucos, vai se acomodando as peças, à medida que a enfermaria for se esvaziando. O que achas?

Ficou tudo para depois

Fotos: Nabor Goulart (UOL) e Divulgação Ipatinga

O melhor seria encerrar esta quarta-feira com duas boas notícias: as classificações antecipadas de Inter, na Libertadores, e Grêmio, na Copa do Brasil. Porém, não foi desta vez que a festa foi completa. Na verdade, dá para dizer que a cama ficou estendida para deitar e dormir tranquilo daqui a pouco. Mas, até lá, o suor vai verter das testas dos torcedores gaúchos. Principalmente dos colorados.

O empate em 1 a 1 com o Santos não era o resultado esperado. No dia do aniversário do Colorado, o mais viável era vencer e, de certa maneira, devolver aquela derrota dolorosa da Vila Belmiro. Por outro lado, com os milagres de Muriel, brecando as inúmeras oportunidades criadas por Neymar. No final das contas, o resultado pode até ser comemorado. Mas, de nada adiantará se o Inter perder para o Juan Aurich, no Peru. Do contrário, a classificação está encaminhada – em segundo lugar no grupo, mas encaminhada.


Já o Tricolor, mesmo não tendo reencontrado o melhor do seu futebol, pode comemorar uma vitória por 1 a 0 diante do Ipatinga. Contudo, ela não é o bastante para eliminar o jogo da volta, no estádio Olímpico. Além do mais, a lesão que tirou Marcelo Moreno mais cedo do campo deixa o sinal de alerta aceso mais uma vez. Entretanto, o esquema 3-5-2 pode ser efetivado (desde que exista um armador em meio aos volantes). Enfim, o time mineiro não deve ser problema no próximo dia 11. Podemos colocar o Grêmio nas oitavas de final do certame nacional. Ou não?

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Fernandão: um capítulo importante nos 103 anos do Inter

Fernando Lúcio da Costa. Este é o nome do cidadão predestinado a reerguer, literalmente, o Internacional. Nesta quarta-feira, quando o clube completa 103 anos de história, entrevistei Fernandão, o capitão das conquistas da Libertadores e Mundial de Clubes de 2006, para a Rádio GRENAL (AM 780/FM 101.9).

Neste bate-papo quase informal, o atual diretor técnico colorado se despiu da imagem de cartola e de ídolo para relatar os bastidores de sua passagem pelo estádio Beira-Rio. Como a conversa que teve com Joel Santana, que o fez entrar em campo para marcar o Gol Mil dos Grenais em 2004, logo em sua estreia pelo Inter.

Lógico, passou pelos anos de conquistas, descrevendo cada minúsculo sentimento que o guiou aos troféus. Isso sem esquecer do período de angústia, em que deixou Porto Alegre, magoado pela maneira como o companheiro Iarley foi dispensado e a ausência na Seleção Brasileira. Enfim, os caminhos ainda viriam a se cruzar com o povo vermelho mais uma vez, justo em uma semifinal de Libertadores. Vale a pena conferir cada segundo desta entrevista.

Depois disso tudo eu posso dizer: conheci Fernandão e um capítulo importantíssimo dos 103 anos do Internacional! Parabéns, colorados.

 
clique aqui e ouça.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Falta um pavilhão no Olímpico

Quem diria que o torcedor gremista iria temer o Ipatinga nesta temporada. Pelo menos é este o sentimento daqueles que participam da audiência da Rádio Grenal (AM 780/ FM 101.9). Eu, particularmente, não acredito que a Copa do Brasil possa terminar agora. Mas enfim! O que faz outros desconfiarem desta possibilidade é a zaga do Grêmio. Pablo e Vilson simplesmente foram muito abaixo da crítica em Pelotas. É verdade que Luxemburgo terá o retorno de Werley, recuperado de uma fratura nas costelas, mas não é o bastante para solucionar os problemas.

Coincidentemente, enquanto o time atual pena para escalar uma zaga decente, um dos maiores defensores da história do clube passa por grandes problemas de saúde. Desde domingo, Aírton "Pavilhão" está internado em estado grave em Porto Alegre com uma infecção generalizada. Lastimável ver um ídolo desta maneira. Estivesse bem e no auge de seus 20 e tantos anos cairia como uma luva nesta equipe de Vanderlei Luxemburgo. Dizem, era o único capaz de parar Pelé na época do Santos - que viria a jogar depois.

E o mais curioso é ver a maneira que Aírton vestiu a camisa gremista. Contratado junto ao Força e Luz, extinto clube da Capital, o zagueiro custou ao Grêmio um pavilhão de arquibancadas que foram instaladas no estádio da Timbaúva – por isso o apelido. E hoje eu pergunto: assim como Aírton foi buscado em um clube menor de Porto Alegre, o Grêmio não poderia fazer o mesmo em 2012? Não consigo acreditar que aqui, no Rio Grande do Sul, não existam zagueiros melhores do que os contratados no início deste ano. Veja Léo Carioca, do Cruzeiro-PA! Enfim, falta ao Tricolor descobrir um novo Pavilhão.

domingo, 1 de abril de 2012

O placar é magro

Neste domingo, entre um olhar e outro, divido em duas televisões, acompanhei as partidas da dupla Gre-Nal pelo Gauchão. No Beira-Rio, o Internacional venceu o Canoas por 1 a 0. Mesmo placar na Boca do Lobo, com vitória do Pelotas sobre o Grêmio. Tarde de placares magros. Aliás, eu diria que a magreza ficou em segundo plano ao analisar o peso de outros dois jogadores: Diogo Rincón e Claiton.

A dupla, que já ergueu junta a taça de campeão gaúcho de 2002, com a camisa colorada, esteve do lado do interior neste final de semana. Claiton, com seus 34 anos, depois de rodar por Flamengo, Atlético-PR e futebol japonês vestiu a camisa pelotense nesta temporada. Já Rincón, com 31, que chegou a ser anunciado pelo próprio Pelotas no início da carreira, agora trajava a camisa justa do Canoas. Ambos são uma demonstração de como não fazer futebol fora da Capital. Passou o tempo em que os clubes de fora de Porto Alegre buscavam medalhões, beirando a aposentadoria, para se dar bem no certame. Experiência têm de sobra, mas o futebol de longe não é mais o mesmo!

A idade, aliás, nem é o mais importante nesta análise. Até porque o zagueiro Índio, mais velho que os dois, continua atuando em alto nível. Acontece que, no mundo do esporte, o físico é primordial. Aquele que não cuida do seu corpo, paga logo ali adiante. É uma pena ver jogadores, que tanto empolgaram a torcida colorada em tempos idos, apagarem-se aos poucos nos bancos de reservas do Gauchão.