sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Vencer ou vencer

A seleção italiana se preparava para entrar em campo para decidir a Copa do Mundo de 1938, contra a Hungria. Eis que um telegrama chegou no vestiário, tendo como remetente nada mais, nada menos do que o ditador Benito Mussolini. No papel, que passou pelas mãos dos jogadores, apenas uma frase: “vencer ou morrer”. É certo que a direção gremista não chegará a esta loucura no domingo, mas irá fazer o máximo para vergar seu maior rival na última partida do estádio Olímpico. Até porque, além de deixar uma boa impressão no espetáculo derradeiro do ‘Velho Casarão’, o Tricolor tem o compromisso de quebrar um tabu – nunca venceu o último Gre-Nal dos estádios porto-alegrenses.

Anterior ao Olímpico, por exemplo, os gremistas lotavam a Baixada. Pois, no dia 1º de novembro de 1953, quase 9 mil pessoas vislumbraram nela a última partida do Campeonato Citadino. O Internacional chegou ao embate matematicamente campeão, e acabou vencendo por 2 a 0, com gols de Jerônimo e Canhotinho. Curiosamente, com a camisa tricolor figurava o ponteiro Tesourinha (herói da década passada pelo time do rival, reconhecido como Rolo Compressor). Nos Eucaliptos, o último Gre-Nal ocorreu em 1968, e acabou empatado por 1 a 1 – Alcindo anotou o gol gremista, com Valdomiro igualando o marcador. E agora, como será o Gre-Nal de encerramento do Olímpico?

É conhecido que o primeiro clássico teve igualmente goleada vermelha por 6 a 2. Por isso, aumenta ainda mais o compromisso tricolor em apagar as luzes da velha casa com um sucesso, que de quebra o levará diretamente para a fase de grupos da Libertadores. Por isso, não estranhe se os jogadores do Grêmio receberem, ainda no vestiário, antes de entrar em campo, um telegrama. Desta vez estará escrito: ‘vencer ou vencer’. Não há outra saída!

Na cabeça de Osmar Loss

Poucos sabem a escalação do Internacional para o Gre-Nal do próximo domingo. Com portões fechados, o técnico interino Osmar Loss vai desenhando a equipe para o clássico. As informações são de que ele já testou três volantes e apenas um atacante. O próprio treinador, em entrevista coletiva, afirmou que tudo não passou de um teste. Enfim, não tem como imaginar o que ele prepara, já que será a primeira vez em que disputará o clássico entre os profissionais. Se não há um Gre-Nal para analisar, vamos à outra rivalidade que Loss viveu: o Ca-Ju.

Osmar foi técnico do Juventude em 2010, e teve de encarar o Caxias (então treinado por Julinho Camargo) duas vezes. Foram dois empates, ambos no estádio Alfredo Jaconi. Pelo Gauchão, o placar foi 1 a 1. Dias depois, pela Série C do Brasileirão, ficaram no 0 a 0. Conforme o repórter da Rádio Viva, Fábio Carnesella, postava a equipe no 4-4-2, com três volantes no meio-campo – sendo um destes o experiente Lauro, que saía mais para distribuir o jogo. E, pelo jeito, Loss não deixou saudades em Caxias do Sul: “O trabalho não foi nada bom, ele jogava muito atrás, queimou muitos jogadores da base, colocando jogadores fora de posição. Infelizmente, levou o Juventude para a Série D e no Gauchão já tinha feito um campeonato fraco”, comentou Carnesella.

No Inter, em 2011, Osmar Loss assumiu o comando interino logo após a demissão de Falcão. Comandou o time em 8 partidas, obtendo 2 vitórias, 4 empates e 2 derrotas. O sistema tático mais utilizado, novamente, foi o 4-3-1-2. Assim, por exemplo, enfrentou o Independiente-ARG, pelo jogo de ida da Recopa, quando foi derrotado por 2 a 1. Naquela oportunidade, Wilson Matias, Élton e Tinga foram os volantes escolhidos para dar suporte ao trio ofensivo que tinha D’Alessandro, Jô e Leandro Damião. E agora, no Olímpico, como será?

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Ca-Ju é Gre-Nal

Que ‘Anti Gre-Nal’, que nada! A cidade de Caxias do Sul estará muito bem dividida entre Grêmio e Internacional a partir da próxima temporada. Até porque, os clubes locais já estão posicionados. E, pelo que parece, a dupla Ca-Ju está disposta a reviver as finais dos Gauchões de 1998 e 2000 – Inter vs. Juventude, Grêmio vs. Caxias.

Em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) na tarde desta quinta-feira, o presidente juventudista, Raimundo Demore, declarou que ficou chateado por sequer ter sido procurado pelo mandatário colorado. Acontece que, com o fechamento do Beira-Rio para acelerar as obras da Copa do Mundo 2014, o Inter acertou com o rival o empréstimo do estádio. Em troca, deve ceder alguns jogadores da base, ou que não vêm sendo aproveitados. Apesar de já terem se enfrentado em finais de Gauchões, Inter e Caxias têm mais afinidade – vide a própria inauguração do Centenário, em 1976, entre as duas equipes (com vitória grená por 2 a 1).

Apesar disso, o presidente do Ju não aceitou o fato de sequer ter sido contatado por Giovanni Luigi. Assim, quando perguntado sobre o lateral-esquerdo Alex Telles, que vinha especulado para reforçar o time B do Colorado, respondeu: "Vendemos para um grupo de investidores, o qual está colocando o jogador no Grêmio, até onde eu sei". O jovem de 21 anos deve se apresentar à Arena em 2013, e não mais ao Beira-Rio como era esperado pelas bandas vermelhas. Está feita a crise! Se Caxias do Sul será a cidade do Inter no ano que vem, a rivalidade Gre-Nal se muda junto para lá.

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O drible de Dunga

Em entrevista exclusiva à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), no dia de seu aniversário, o presidente Giovanni Luigi abriu o coração. Comentou que esperou até às 12h a ligação de retorno de Dunga, respondendo se aceitava ou não o convite para ser o treinador do Internacional em 2013. O telefone não tocou e o mandatário colorado chegou à seguinte conclusão: "Neste momento me sinto livre para negociar com outras opções". Pelo que disse, levou um drible de Dunga.

E agora, que outras opções surgem no mercado? O jornalista Farid Germano Filho perguntou sobre Geninho e Paulo Autuori, Luigi os elogiou mas disse que não os quer agora. Quem sobra? Só para se ter uma ideia, dos grandes clubes brasileiros, apenas Inter e Cruzeiro não anunciaram seus comandantes para a próxima temporada. Em Minas Gerais está Celso Roth, já avisando que não vai permanecer. Será? É melhor parar por aí. O presidente assegura que não conversou com nenhum outro técnico até então (nem mesmo Mano Menezes, por respeitar que o momento é de tristeza pela demissão da Seleção Brasileira).

Luigi alega que não guarda mágoa de Dunga, apenas respeita sua decisão – o treinador também recebeu convite de um clube chinês. E, além disso, revela que não foi uma proposta salarial que afastou o profissional do Beira-Rio: "Falamos de estrutura de clubes, táticas, características dos jogadores, pré-temporadas. Único assunto que não foi tratado foi o financeiro", disse. E agora, será que o Inter partirá em busca de um plano B? Que me desculpe o presidente Luigi, mas eu acreditei quando ele jurou que Fernandão permaneceria no cargo, para demiti-lo um dia depois. Agora tenho um pé atrás. O drible de Dunga pode na verdade ser um drible ‘com’ Dunga. Uma grande jogada!

O oxigênio do cofre


Foto: Marinho Saldanha (UOL)

A reunião entre Paulo Odone e Fábio Koff (atual e futuro presidentes do Grêmio) teve dois objetivos. O primeiro foi fazer o convite para que o vencedor das eleições conhecesse a Arena – visita que foi feita nesta quarta-feira. O segundo objetivo foi anunciar que, para entrar o clube com um balanço positivo, uma venda deverá ser feita ainda este ano. E a bola da vez é o garoto Fernando.

O volante de 20 anos agrada ao futebol italiano, português e russo (onde seu empresário Jorge Machado tem bom trânsito). E, dependendo da quantia oferecida, representará o oxigênio necessário para o cofre tricolor encerrar a temporada literalmente no azul. Contudo, segundo o futuro diretor executivo Rui Costa, a saída de Fernando não representará a vinda de outro atleta. “Existem dirigentes que estão trabalhando ainda e temos que respeitá-los. Mas eu não faria nenhuma relação da venda do Fernando com a compra de outro jogador”, declarou.

Assim, se o valor não for utilizado exclusivamente para pagar as contas, poderá contribuir para contratações, como a de Montillo, do Cruzeiro. Porém, sobre este negócio, Rui foi muito realista, colocando um grande empecilho: o potencial financeiro do São Paulo. Entretanto, o dirigente deixa claro que se tiver que escolher entre a contratação do meia e a manutenção de um atual atleta, como o volante Souza que tem seu contrato findando em dezembro, irá priorizar a conversa com o Porto-POR.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Boliviano por argentino

Há alguns dias, recebi a informação de que Marcelo Moreno não está nos planos do Grêmio para 2013. Conforme o que me chegou, até mesmo a namorada do atleta está avisada de que as malas devem estar prontas. Considerando que o boliviano é ídolo do torcedor e alvo até mesmo de campanhas de marketing no Olímpico, não levei muito em consideração, mas fui atrás de mais alguns detalhes. Cheguei a ouvir que o centroavante não caiu no gosto do técnico Vanderlei Luxemburgo, que não o acha tão decisivo assim. Falei diretamente com o empresário do jogador, Fabiano Farah, que me garantiu que o camisa 9 não deixaria Porto Alegre. Porém, com a notícia de que a nova direção gremista sonha com Montillo, volto a pensar na possibilidade de saída do ‘Flecheiro’.

Digo isto porque, além do Grêmio, tentam a contratação do meia cruzeirense São Paulo e Santos. O primeiro teria bala na agulha para fazer uma proposta direta aos mineiros (utilizando parte da verba da venda de Lucas), enquanto o segundo chegou a oferecer o volante Adriano mais alguns trocados. Especula-se que o argentino custaria inteiramente 10 milhões de euros. E agora, qual será a proposta do Tricolor gaúcho? Marcelo Moreno é o pensamento mais coerente, né?

Até porque, em Belo Horizonte, Marcelo deixou uma boa impressão. Na sua passagem pela Toca da Raposa, em 2007, chegou a ser artilheiro da Libertadores da América. Agora, se realmente é verdade que Luxa não é fã do futebol de Moreno, casou a fome com a vontade de comer. Ou será que tudo não passa de um boato e realmente o boliviano ainda tem moral com o treinador gremista?

Zagueiro ao estilo Zé Roberto

Uma das primeiras funções do novo treinador do Internacional será avalizar a contratação do zagueiro Hilton, do Montpellier-FRA. O negócio já foi encaminhado por Fernandão (quando ainda ocupava o cargo de diretor técnico). Porém, desde que o comandante foi demitido, as conversas pararam. Mas afinal de contas, quem é Hilton?

Residente na França há cerca de 10 anos, o atleta, natural de Brasília (DF), foi campeão francês nesta temporada e apontado como um dos melhores de sua posição naquele país. Foi procurado pelo Inter ainda na metade do ano, indicado pelo ex-camisa 9 (que chegou a enfrentá-lo na França, quando defendia o Olympique de Marseille). Porém, o defensor respondeu aos colorados que permaneceria na Europa, pois havia dado a palavra sobre disputar a Liga dos Campeões com aquela camiseta. Com a eliminação precoce dos franceses, enfim está livre.

O que pode entravar o negócio é a idade de Hilton: 35 anos. Contudo, segundo o representante do jogador, Tiago Vieira “tem 35 anos, mas o físico é de Zé Roberto (meia gremista que completa 39 primaveras em 2013)”. Além disso, para Hilton desembarcar, seria necessário dispensar algum dos zagueiros colorados – Bolívar e Juan serão reavaliados. Em caso de negativa, Hilton pode parar no Vasco, onde encontra a admiração do ex-técnico e agora diretor Ricardo Gomes, que já tentou contratá-lo quando treinava o Mônaco e Bordeaux.

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

A virada começa de baixo

A campanha da dupla Gre-Nal no Brasileirão deste ano evidencia que a temporada do Grêmio foi melhor que a do rival – o que pode influenciar drasticamente nos resultados de 2013. No entanto, basta olhar para as categorias de base para ver que o Tricolor ultrapassou o Internacional no quesito ‘bola rolando’.  Nesta segunda-feira, a CBF divulgou a lista de convocados para a disputa do Sul-Americano Sub-20: são 3 gremistas, contra 1 colorado (Leandro, Misael e Biteco pelo Grêmio, e Fred pelo Inter). É uma contradição com o restante da década, onde as listas de convocações tiveram supremacia colorada.

Na última edição do torneio, por exemplo, em 2011, foram 3 colorados (Juan, Romário e Oscar) contra 2 gremistas (Saimon e Fernando). Antes, em 2009, foram 4 atletas do Inter (Sandro, Tales, Giuliano e Walter), e apenas 1 do Grêmio (Maylson). Em 2007, a exceção: três convocados para cada lado (Muriel, Ji-Paraná e Alexandre Pato pelos vermelhos, Cássio, Lucas e Carlos Eduardo pelos tricolores). Porém, dois anos antes, apenas jogadores do Colorado foram chamados (Renan e Rafael Sobis). Por fim, em 2003, Daniel Carvalho representou o Inter, e o goleiro Andrey simbolizou o Grêmio.

Mas não para por aí. A virada tricolor neste ano aconteceu também dentro dos gramados sulistas. Desde as contratações de alguns profissionais, como o técnico Mabília, o Grêmio vem colecionando títulos, como a Taça BH e Gauchão Sub-15, e agora está na semifinal da Copa do Brasil Sub-20. Entretanto, o resumo do que representam as categorias de base para um clube de futebol foi sintetizado por Marcos Chitolina, em entrevista à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9): “Se me perguntarem se eu prefiro ganhar 10 campeonatos ou vender um jogador, eu respondo que prefiro revelar 10 jogadores e ganhar um campeonato”, disse o escolhido por Fábio Koff para gerenciar a base no próximo biênio. Resumo da ópera: na base, vale mais revelar um bom jogador do que levantar caneco.

O cão de guarda de Romário

Todo mundo que acompanha futebol há mais de uma década, sabe que Romário é sinônimo de confusão no vestiário. Bom de bola, o ‘Baixinho’ resolvia as coisas dentro das quatro linhas, mas aprontava tudo o que podia fora de campo. Por exemplo, não era o reflexo de um jogador que comparecia a todos os treinos. Enfim, na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, o técnico Carlos Alberto Parreira tinha medo do que podia acontecer enquanto a Seleção Brasileira não estava em campo. Sendo assim, colocou o capitão Dunga para dormir no mesmo quarto. Era o cão de guarda que impedia as noitadas do ‘bad boy’.

Pois é neste cão de guarda que o Internacional fará sua aposta como treinador para 2013. Nesta terça-feira, ao que tudo indica, Dunga será oficializado por Giovanni Luigi. O departamento de futebol colorado diagnosticou que o vestiário do Beira-Rio está lotado de ‘Romários’. Depois tentar o ídolo (Falcão), o professor (Dorival Júnior) e o amigo e líder (Fernandão), Luigi apostará no homem responsável por brecar o jogador problema, sendo capaz de transformá-lo no craque do Mundial.

Acompanhado de Dunga, chegam ao Inter o ex-goleiro Taffarel, para iniciar um trabalho como auxiliar técnico (ele vem trabalhando como preparador de goleiros no Galatasaray-TUR), e o preparador físico Paulo Paixão (que hoje divide funções com Antônio Melo no Grêmio). Chegou a se cogitar até mesmo o nome de Parreira, como um possível diretor técnico – a assessoria de imprensa do treinador tetracampeão nega qualquer contato do Inter neste sentido. Enfim, depois de rechear o vestiário de estrelas, o Colorado decidiu contratar um bom segurança. Resta saber se o cão de guarda vai realmente latir – geralmente, quem late não morde. Veremos!

Por um Gre-Nal com gosto

Finalmente se confirmou: o Gre-Nal vai valer alguma coisa. Neste domingo, em determinado momento da tarde, cheguei a temer que teríamos um clássico para lá de fraquinho na última rodada. Isso porque o Grêmio vencia o Figueirense (como venceu por 4 a 2), mas o Atlético-MG perdia para o Botafogo. Assim, o Tricolor já garantia vaga direta para a fase de grupos da Libertadores e, por consequência, o jogo do próximo domingo apenas cumpriria tabela. Até que veio a virada e, enfim, colorados e gremistas, emoções fortes virão por aí. Agradeçam ao Clube Atlético Mineiro!

Com a vitória dos atleticanos sobre os botafoguenses, o Gre-Nal vai decretar o destino do Grêmio em janeiro de 2013. O próprio Vanderlei Luxemburgo  não cansa de valorizar as férias do seu elenco, por isso gostaria de iniciar a temporada somente em fevereiro . Já o Inter, que entregou-se facilmente para a Portuguesa (2 a 0) no Beira-Rio, terá motivos de sobra para correr no Olímpico – afinal de contas, terá sua honra em campo.

Mas, para quem lembra, o jogo do dia 2 de dezembro, tem muito do que foi o último Gre-Nal de 2011. No ano passado, o Grêmio vinha aos trancos e barrancos no campeonato. Como um mero figurante no Brasileirão, o time de Celso Roth apanhava de todos, enquanto o Internacional lutava para alcançar a vaga que sobrara para a Libertadores. O clássico então, com mando de campo colorado, foi para lá de disputado. O Inter até venceu – 1 a 0, gol de pênalti de D’Alessandro -, mas os gremistas venderam a derrota muito caro. Pelo jeito, é o que teremos na semana que vem, só que os papéis estarão invertidos. Enfim, teremos um Gre-Nal com gosto de Gre-Nal.

sábado, 24 de novembro de 2012

O pedido de Paulo Sant’Ana


Encerradas as eleições do Grêmio, em outubro deste ano, todos os repórteres aguardavam no pátio do estádio Olímpico pelas primeiras palavras do presidente eleito Fábio Koff. Eis que Paulo Sant’Ana passou pelos seguranças e foi o único jornalista a adentrar o Quadro Social. Pórém, antes de cumprimentar o mais novo mandatário gremista, o colunista de Zero Hora ouviu gritos de ‘Marcelo! Marcelo!’. Parei para ouvir Sant’Ana – crítico contumaz de Grohe -, e o indaguei qual goleiro ele desejaria ver no Grêmio em 2013. Respondeu-me de pronto: “Dida, da Portuguesa”. Pois, ao que tudo indica, ele foi ouvido por Koff.

Dida pode ser o goleiro experiente que o Grêmio quer para a próxima temporada. Segundo informações vindas de São Paulo, o arqueiro procurou a direção da Portuguesa, mais especificamente o vice de futebol Luís Iaúca, para dizer que não permanecerá no clube. Pesa para esta decisão a queda da Lusa à Série A2 do Paulistão. O Palmeiras, através do diretor César Sampaio, já havia encaminhado a contratação do arqueiro, inclusive com acerto salarial (R$ 200 mil). Porém, o descenso palmeirense à 2ª Divisão fez Dida voltar atrás. A notícia que foi dada à direção da Portuguesa pelo próprio atleta foi: “Estou saindo para jogar por um grande clube brasileiro”.

A favor do Grêmio, pesa o bom relacionamento com o técnico Vanderlei Luxemburgo (com quem foi campeão brasileiro pelo Corinthians em 1998). Aliás, Luxa já teria confidenciado a um famoso amigo que o goleiro está nos planos do Tricolor. O que pode atrapalhar os planos do Grêmio é a proximidade de Dida com Belo Horizonte. No Cruzeiro, ele é rei e este pode ser o destino para quem quer encerrar a carreira. Enfim, Dida estará em Porto Alegre neste domingo, quando a Lusa encara o Inter no Beira-Rio. Além disso, no dia 19, o ex-goleiro da Seleção integrará uma das equipes do confronto entre ‘Amigos de Ronaldo x Amigos de Zidane’, na Arena do Grêmio.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mano no Beira-Rio

Há um bom tempo, Mano Menezes não sabia o que era ser demitido. Na verdade, a única pessoa que havia demitido o treinador, já em um clube profissional, foi Paulo Batisti, ainda pelo Guarani de Venâncio Aires. Depois, Mano só ascendeu na carreira: 15 de Novembro, Caxias, Grêmio e Corinthians foram abandonados pelo comandante, e não o contrário. Pois nesta sexta-feira, Luiz Antônio Venker Menezes ouviu seu segundo NÃO na carreira profissional. Entretanto, sua carteira de trabalho não deve ficar muito tempo sem vínculo empregatício. A saída da Seleção Brasileira deixa um grande ponto de interrogação na cabeça dos dirigentes colorados.

Praticamente encaminhados com Dunga, os cartolas do Internacional podem abrir mão do último técnico da Copa do Mundo pelo recém demitido. Resta saber se Mano Menezes aceitará pegar um novo trabalho agora e, mais do que isso, se a possível proposta colorada agrada. Agora, o que poucos lembram é que ele já passou pelo Beira-Rio - e não foi apenas nas finais da Copa do Brasil de 2009 (com o Corinthians) e Gauchão de 2006 (com o Grêmio).

A carreira estava apenas iniciando. Mano era treinador das categorias de base do Inter em 2002, quando Fernando Carvalho venceu as eleições para presidente do clube. Com sua chegada, Guto Ferreira e Lisca foram contratados para cuidar da meninada, e Mano acabou sendo demitido. Porém, o presidente colorado nunca poupou elogios ao técnico, fazendo referências principalmente à descoberta de Nilmar, indicado pelo próprio.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Em busca de um Messi

Em vias de ser empossada, a nova direção do Grêmio não quer falar em contratações. Depois de renovar o contrato do técnico Vanderlei Luxemburgo, o próximo passo e manter Zé Roberto, Souza e outros que têm seus contratos findando em dezembro. Porém, um projeto que será deflagrado em breve é a busca por reforços para as categorias de base.

Ainda quando soube do resultado das eleições presidenciais, Koff anunciou que iria vasculhar o mercado latino-americano em busca de jovens talentos e chegou a brincar: “Quem sabe não encontramos um novo Messi?”. Pois este, literalmente, pode ser um reforço para 2013 – ano de inauguração da Arena. Não o craque do Barcelona, mas aquele que é chamado por ‘novo Messi’. Trata-se de Juan Manuel Iturbe, 19 anos, meia-atacante do Porto-POR, que foi revelado pelo Cerro Porteño-PAR.

Acontece que Iturbe vem sendo pouco aproveitado pelo clube português e estaria insatisfeito com esta situação. Já teria, inclusive, procurado seu empresário para respirar novos ares. O diretor executivo tricolor, Rui Costa, nega qualquer contato, mas se mostra um conhecedor e admirador do futebol deste menino que foi o destaque da Seleção Argentina Sub-20, no Sul-Americano realizado ano passado no Peru.

Dupla compaixão


No início da tarde desta quinta-feira, o repórter Rafael Pfeiffer, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), trouxe à tona uma notícia para lá de bombástica: caso volte a trabalhar como treinador, fará convite para que Paulo Paixão seja seu preparador físico. Algo totalmente profissional. Mas considerando o fato de que Paixão hoje está no Grêmio, e Dunga vem sendo cotado para comandar o Internacional a partir de 2013, a informação explode como bomba entre os torcedores gaúchos.

A confiança de Dunga em Paixão tem coerência. Ambos estiveram juntos na Seleção Brasileira, de 2006 a 2010, e disputaram a Copa do Mundo na África do Sul. Ficaram tão amigos que, chegaram a ser sondados no meio de 2011 pelo ex-vice de futebol de Paulo Odone, Antônio Vicente Martins, quando da demissão de Renato Portaluppi. Pela identificação com o Colorado, o nome do treinador logo foi mal recebido por alguns conselheiros, o que impediu o acerto. A escolha da vez então foi Julinho Camargo, que duraria poucos dias no comando. Depois, com a chegada de Paulo Pelaipe, o preparador físico finalmente desembarcou no Olímpico. Dunga não.

Desta vez, o interesse é vermelho. A própria direção gremista já teria sido alertada por Paulo Paixão, que avisou sobre a possibilidade de acompanhar Dunga em um novo trabalho – até porque, hoje, ele divide espaço com o profissional da confiança de Luxemburgo, Antônio Mello. A par da situação, Rui Costa teria, inclusive, contatado o preparador físico Márcio Corrêa, do Criciúma para uma eventual substituição. Mas, por enquanto, não dá para dizer que Dunga e Paixão irão estar no Beira-Rio em 2013. Podem ir para a China, Inglaterra ou até mesmo outro clube do Brasil. Estas foram as únicas propostas que o treinador recebeu até então.

Uma novela por outra

O Grêmio renovou o contrato de Vanderlei Luxemburgo por mais dois anos. A nova direção fez certo! Desde que não comprometa a folha salarial (e acho que não compromete), Fábio Koff inicia 2013 com o pé direito. No entanto, deixa solto no mercado um ‘peixão’, um partidaço chamado Luiz Felipe Scolari. E, as informações dão conta de que era tudo o que o Internacional queria: uma definição por parte do Grêmio, para avançar sobre o treinador que sobrasse.

Acontece que Felipão já foi o treinador dos sonhos de Fernando Carvalho, quando da Libertadores de 2010. Não era para ser Celso Roth, mas Felipão! Contudo, ele preferiu naquele momento não se queimar com o torcedor gremista. Agora vai querer por quê? Ah, o futebol move egos, meu amigo. Felipão pode ter guardado no peito, nem que seja, uma pequena mágoa por não ter sido chamado por Koff, seu grande amigo e tutor. Ao se sentir traído, pode abraçar o maior rival para dar o troco.

Se isso realmente acontecer, teríamos não só uma reedição dos grandes duelos da década de 90, como da última decisão gremista pela Copa do Brasil, quando o Palmeiras de Scolari calou o Grêmio de Luxemburgo no Olímpico. Pelos relatos de pessoas próximas ao comandante do Penta, ele só vai falar de contratos a partir do dia 10 de dezembro. Inclusive, no dia 19, estará em Porto Alegre para comandar os ‘Amigos de Ronaldo’ contra Zidane. Pelo jeito, encerrou a novela Luxemburgo, mas uma nova está para começar.

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Um rapaz latino-americano

Ainda não foi oficializado pelo presidente Fábio Koff, mas seus pares já divulgam a notícia: Rui Costa será o diretor executivo de futebol do Grêmio. Depois de avaliar o mercado, o mandatário tricolor resolveu olhar para o seu lado e viu no jovem advogado o perfil ideal para montar seu dirigente remunerado.  Ao saber da boa nova, logo rememorei de uma das propostas de Koff nas eleições: vasculhar a América do Sul para, quem sabe, descobrir um Messi. Com Rui, a pretensão não está longe do alcance.

Rui Costa é um aficionado por futebol sul-americano. Para quem o segue no Twitter, é possível acompanhar sua paixão pelo Campeonato Argentino, especificamente. Eu próprio já tive ‘aulas’ com o dirigente. Quando do primeiro duelo pelo Superclássico das Américas, apresentou-me quem era o atacante Lucas Mugni: “uma das grandes revelações da nova geração argentina. E o principal jogador do bom time do Colón.” Já o vi discursar sobre o lateral Angeleri, ex-Estudiantes, além de mostrar certo conhecimento sobre a situação do zagueiro uruguaio Diego Lugano, com o PSG. Tanto que, no dia 11 de julho, escrevia: “Henrique e ‘um Charrua’ na zaga do Grêmio, seria um grande inicio de 2013!”.

Penso que o passo dado por Rui Costa é irreversível. Ao se desvencilhar do Conselho Deliberativo para se transformar um profissional da bola, o homem abre mão de sua carreira na advocacia para ingressar numa área nova, que domina com maestria. Se vai dar certo ou não, só o tempo dirá. Algumas coisas já foram apreendidas na sua última e primeira passagem pelo vestiário, em 2010. Agora, qualquer erro, o fará amadurecer ainda mais. Só tenho a desejar boa sorte.

Paciência nem sempre é amiga da perfeição

Giovanni Luigi concedeu entrevista no final da manhã desta quarta-feira e despistou, despistou e não disse nada sobre o novo comandante do Internacional. Passa a impressão de que ele realmente não sabe por onde começar sua busca, e pode mais uma vez cair na onda da torcida. Ou dos conselheiros...

Tentar descobrir quem será o novo treinador do Internacional não tem sido tarefa fácil nos últimos anos. Desde Abel Braga, os tiros são sempre no escuro. Quando ele foi demitido do cargo em 2007, o então vice de futebol Luigi escolheu como substituto o ex-auxiliar técnico de Vanderlei Luxemburgo, Alexandre Gallo. Ninguém esperava! Depois, foi a vez de Tite assumir, quando Geninho era o mais cotado. Quando Mário Sérgio assumiu o time na reta final de 2009, até Luxa foi contatado, mas esbarrou no salário. Meses depois, o nome de Jorge Fossati pegou todos de surpresa e, quando Celso Roth foi anunciado para encaminhar a Libertadores 2010, mais ainda. Dorival Júnior foi o drible na rejeição por Cuca e, finalmente, Fernandão deu no contrapé de outras apostas, como Clemer e o próprio Dunga.

Desta vez, a informação que chega é que o principal conselheiro de Luigi (que todos sabem quem é, e não se faz necessário citar), não acha o momento oportuno para Dunga. Geninho é o nome indicado por este cidadão. Sei bem que Luciano Davi aprecia o trabalho de Marcelo Oliveira. Logo... Mas, se a torcida quer Dunga, o presidente colorado deve ceder. No entanto, ele não pode demorar muito. Em informação dada pelo repórter Rafael Pfeiffer, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o ex-técnico da Seleção teria duas propostas de clubes brasileiros, mais um chinês. Mesmo assim, ainda prioriza o Inter. Se ele é o homem escolhido, que o seja logo. Sei bem que a pressa é inimiga da perfeição, mas nem sempre a paciência é sinônimo de sucesso.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Robinho? Prefiro Willian José!

Os assessores de futebol do Grêmio negam, mas informações dão conta de que o atacante Robinho, hoje no Milan-ITA, foi oferecido. No entanto, o que pode emperrar o negócio nem é o alto salário desejado pelo atleta, mas a rixa existente com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Durante a Copa do Brasil de 2010, antes da partida pelas quartas de final, o então jogador do Santos puxou o ‘coro’ em uma festa contra o então treinador do Atlético-MG: “Ô Luxemburgo, pode esperar, a tua hora vai chegar!”. O clima entre os dois esquentou na imprensa e trocaram farpas, com um chamando o outro de ‘moleque’ e ‘bravinho’. Nem se cumprimentaram em campo. Então, será que fariam as pazes?

Na verdade, se Fábio Koff perguntar sobre Robinho, Luxa vai dizer: ‘Prefiro o Willian José’. E eu não estou de sacanagem, não! Conforme o repórter Henrique Pereira, da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), em um jantar na Colômbia, o comandante gremista confidenciou aos jornalistas que admira o atacante reserva do São Paulo: “Parece o Jardel”, teria dito. O grande problema é que o preferido de Luxa já está na mira do... Santos! O clube praiano já teria inclusive iniciado conversas com o Deportivo Maldonado-URU, que detém parte dos direitos do atleta. O contrato com o São Paulo encerra no fim deste ano.

Porém, seria perfeito se o Grêmio entrasse antes dos santistas na negociação. Traria o jogador predileto de Luxemburgo e, de quebra, poderia dizer ao velho Jardel que já arranjou um substituto (o camisa 16 disse que pedirá a Koff para jogar o Gauchão). Além do mais, o Santos também deseja repatriar Robinho em 2013. Será que os santistas não aceitam abrir mão de Willian José por Robinho? O atual treinador gremista troca na hora!

O Gre-Nal derrubou Fernandão

Já está mais do que provado que Gre-Nal derruba treinador de futebol. Já vi Celso Roth, em 2009, perder três clássicos consecutivamente e, apesar de fazer bela campanha com o Grêmio pela Libertadores, acabou sendo demitido. No entanto, a demissão de Fernandão, ao que parece, ocorre pelo temor de que algo pior aconteça no dia 2 de dezembro, no último duelo do estádio Olímpico.

Para quem pensa que esta atitude é uma novidade na lida futebolística sulista, se engana. Ainda no início deste ano, no final de fevereiro, o coirmão Grêmio decidiu pela demissão de Caio Júnior, às vésperas de encarar o Internacional no Beira-Rio. Assim, antes de Vanderlei Luxemburgo assumir o Tricolor, o ex-lateral Roger foi o responsável por comandar o time no Gre-Nal. E, para a surpresa da maioria, venceu por 2 a 1 – e, mais do que isso, organizou uma escalação que serviria de base para o restante da temporada. Deu certo!

A situação colorada, agora, se assemelha e muito a do Grêmio no início da temporada. A direção chegou à conclusão de que Fernandão não soube armar uma boa equipe, capaz de segurar o ímpeto gremista na despedida do Brasileirão. A partir de então, estão todos a postos: Osmar Loss, que viu seu Inter B cair diante do Juventude na semifinal da Copa FGF; Clemer, que aguarda sua vez entre os meninos das categorias de base; e Dunga, que recebeu dois convites, mas ainda tem a expectativa de ser contatado por Giovanni Luigi. E agora?

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O homem do presidente

Quem disse que Vanderlei Luxemburgo não é o homem do presidente? Não estou falando de Fábio Koff. Este já declarou que só pensa na renovação de contrato com o atual treinador do Grêmio (mesmo que algumas pessoas próximas a ele tenham argumentado que o desejo era outro profissional). O presidente em questão aqui é o candidato em potencial às eleições do Palmeiras.

Em conversas com pessoas ligadas ao clube paulista, obtive a informação de que Luxemburgo aparece, mesmo que de maneira velada, nos planos do possível candidato Mustafa Contursi. Presidente do Palmeiras na década de 90 e início dos anos 2000, ele estaria disposto a usar do bom relacionamento com o técnico para convidá-lo para um grande projeto e muito bem remunerado: disputar a Libertadores e tirar o Verdão da Série B. Além disso, em suas outras passagens pelo Palestra Itália, Luxa colecionou inimizades com os dois presidentes anteriores, Arnaldo Tirone e Luiz Gonzaga Belluzo – antigos parceiros políticos de Contursi, que acabaram rompendo e devem ser adversários nas urnas.

O que pode atrapalhar os planos do ex-dirigente palmeirense é a data das eleições presidenciais. Primeiramente agendado para o dia 21 de janeiro de 2013, o pleito pode ser antecipado ainda para este ano. Pelo menos este é o objetivo dos ‘mustafistas’ – como são conhecidos - que ainda pretendem apresentar uma chapa de consenso, com Luxemburgo de treinador, em uma reunião marcada para esta quarta-feira. Coincidentemente, é o mesmo prazo estipulado por Koff para que Luxa dê a sua resposta sobre se fica ou não no Grêmio. E aí, o homem vai escolher qual presidente: Fábio ou Mustafá?

Um anão entre os gigantes

Bolívar treinará afastado do elenco principal a partir de agora. Nem mesmo sua entrevista à Rádio Guaíba, nesta segunda-feira, amenizou a situação com o técnico Fernandão. Nela, o zagueiro colorado refutou a versão de que se negou a ficar no banco de reservas. E (mais grave do que tudo), afirmou: “Para mim seria muito fácil, como você vê em casos de jogador que fala que se sentiu mal e fica no departamento médico. Sempre procurei trabalhar e ficar à disposição". Ou seja, insinuou que outros jogadores já fingiram lesão para não entrar em campo? Isso é insubordinação! Por essas e outras, alguns correligionários do presidente Giovanni Luigi pedem a cabeça do treinador. E aí, um nome que vem sendo sussurrado no ouvido do mandatário é o de Carlos Caetano Bledorn Verri, ou simplesmente Dunga. Um dos conselheiros favoráveis à ideia seria o ex-presidente da FGF, Emídio Perondi (ele nega a informação).

Mesmo com um currículo inexperiente, Dunga coleciona episódios em que foi capaz de organizar vestiários. Após a Copa do Mundo na Alemanha, por exemplo, quando muitos acusavam a gandaia que tomou conta da seleção, foi ele o chamado pela CBF para por ordem. De cara, recebeu as negativas de grandes nomes do futebol nacional, como Kaká, Ronaldinho e Adriano, que preferiram não ir à Copa América da Venezuela, em 2007. Assim, foram convocados jogadores controversos para a época, como Felipe Melo, Elano e Júlio Baptista. Além disso, barrou Ronaldo Nazário e acabou se abraçando em Robinho. Assim, foi colecionando sucessos até, finalmente, cair nas quartas de final da Copa do Mundo na África, para a Holanda vice-campeã.

Para sobreviver ao vestiário colorado, Dunga deveria receber carta branca dos dirigentes. Assim como na seleção, tomaria a decisão de afastar aqueles que achasse necessário, e chamar para sua ‘panela’ atletas controversos, porém funcionais. Assim como fez com Robinho, poderia pegar um ícone para si. Este, parece ser D’Alessandro, como revelou o jornalista Farid Germano Filho via Twitter: “Dunga e D'Alessandro foram vistos JUNTOS saindo do Shopping Barra após o almoço! Hoje por volta das 13h30”. Agora resta saber quem seriam Júlio Baptista, Felipe Melo, Afonso Alves e outros.

domingo, 18 de novembro de 2012

Caça aos bruxos

Foi deflagrada a temporada de caça às bruxas no estádio Beira-Rio (ou aos bruxos). Em turbulência geral nesta reta final de Brasileirão, o Internacional iniciou o processo de renovação que deveria ter iniciado há dois anos. O problema é que a fogueira da inquisição está pegando praticamente todos os campeões da América de 2010.

Curiosamente, o ato tem seu estopim justamente em uma derrota de 2 a 0 para o atual campeão da Libertadores – o Corinthians. Encerrada a partida, o técnico Fernandão corre aos microfones e confidencia que recebeu um grande ‘NÃO’ de Bolívar, depois de convocá-lo para sentar no banco de reservas. Assim, para o torcedor, a limpa do vestiário começa justamente pelo ex-capitão, e engloba ainda outros, como Nei e Kleber. Já existe quem pergunte se a proposta da China não voltará atrás de D’Alessandro, ou se Leandro Damião não embarcará para a Europa em janeiro. É tiroteio para todos os lados!

O que não pode acontecer, é achar que o mau momento no Brasileirão seja culpa exclusiva destes medalhões. Sinto que a própria direção do Inter já olha para Fernandão com olhos de pesar. Prova disso é que, ao ser indagado sobre uma possível permanência do atual técnico, ele respondeu: “Existe a possibilidade da permanência sim. Gosto muito do Fernandão.” Se o Inter se agarrar à pena ou à raiva para curar suas dores, se dará muito mal na próxima temporada - com ou sem Bolívar.

Rebaixo, mas te pego

Encerrado o jogo no Canindé, Vanderlei Luxemburgo compareceu frente aos repórteres para avaliar o empate em 2 a 2 entre Grêmio e Portuguesa. No entanto, uma grande surpresa: o foco da entrevista foi um possível desacerto em sua renovação de contrato. “Não tem nada decidido da minha permanência no Grêmio. Vou conversar com a minha família, tudo com calma e tranquilidade”, disse.

A frase bate de frente com aquilo que foi dito pelo assessor Omar Selaimen, ainda nesta tarde de domingo, à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), de que o acerto estava próximo e alguns detalhes deveriam ser acertados em reunião com o presidente eleito Fábio Koff nesta segunda-feira. Por que tudo isso agora? Pois, para complementar o cenário terrorista, os repórteres paulistas começaram a repercutir ainda no vestiário gremista, em São Paulo, que um dos candidatos à presidência do Palmeiras teria feito uma proposta para levar o comandante gremista. Curiosamente, o clube paulista foi rebaixado à Série B justamente com o resultado desta noite, no Canindé.

A situação, se confirmada, repetirá o ato de Mano Menezes que, em 2007, após sacramentar o rebaixamento do Corinthians em um empate em 1 a 1 no Olímpico, rumou para o Parque São Jorge para salvar o Timão da Segundona. Se o que entrava a negociação entre Luxa e Grêmio era a discussão de premiações em caso de título, este debate não deve atrapalhar no Palestra Itália. Sabe-se bem que o desesperado sempre paga mais. Afinal de contas, Libertadores os dois terão pela frente. Qual será a escolha de Luxa?

sábado, 17 de novembro de 2012

Rumo ao Japão

De 2005 para cá, Corinthians e Internacional vem protagonizando uma rivalidade incrível dentro de campo. São brigas por título, rixas envolvendo arbitragem e até tentativas de agressão. Porém, neste domingo, não se tem a impressão de uma decisão. Do lado colorado, a ordem é encerrar o ano com dignidade. Enquanto isso, para os paulistas – atuais campeões da Libertadores -, a tentativa é de um forte teste para disputar o Mundial de Clubes no Japão. Será que isso bastará para se ter um belo espetáculo?

Em 2006, quando era o Inter quem se preparava para embarcar a terras nipônicas, os dois clubes fizeram um duelo de sair faíscas. É verdade que a rivalidade estava bem mais presente, e além disso o Colorado (apesar do título sul-americano) brigou até os últimos instantes pelo Campeonato Brasileiro – ao contrário do Corinthians desse ano. Naquela ocasião, porém, os corintianos chegaram a sair na frente do marcador, com gol do ex-gremista Carlos Alberto. O empate veio instantes depois, através de falha do goleiro Marcelo e conclusão de Fernandão. Ao final da partida, o técnico vermelho Abel Braga ainda acabou expulso ao chamar o juiz Wagner Tardelli de “medroso”.

A curiosidade fica pelos times mandados a campo. Adriano Gabiru, que viria a ser o herói do Inter no Japão, contra o poderoso Barcelona, sequer estava no banco de reservas. Enquanto isso, o menino Caio aparecia como titular do meio-campo. Já no Corinthians, vários jogadores que viriam a vestir a camisa colorada apareciam entre os comandados de Emerson Leão, como: Gustavo Nery, Magrão e Rafael Moura (atualmente suplente de Leandro Damião). Seis anos se passaram e agora será a vez dos corintianos realizarem o último teste antes de embarcar para o outro lado do mundo. Quem diria!

O Olímpico vai ter que esperar

A eliminação da Copa Sul-Americana, diante do Millonários-COL, abalou demais o grupo de jogadores do Grêmio. Até mesmo nas entrevistas, os atletas externavam o desejo de inaugurar a Arena com um título de expressão, aliado a uma vaga na Libertadores da América. Como o troféu não veio, se escancarou para o torcedor um sentimento de decepção – apesar do otimismo em relação à próxima temporada. Acontece que o adversário deste domingo fará o clube rememorar o jejum de grandes títulos.

Para se ter uma noção, o último caneco erguido no estádio Olímpico não foi feito nem por mãos gremistas, mas pelo rival (Gauchão de 2011, conquistado pelo Inter). Sobre um grande título, este não vem desde 2001, quando o Tricolor foi tetracampeão da Copa do Brasil. Mas, nesta oportunidade a conquista veio em São Paulo, diante do Corinthians. Em casa, o jejum é ainda maior: Brasileirão de 1996, contra a mesma Portuguesa.

Para se ter uma noção, foi o último ano da gestão de Fábio Koff – que voltará à presidência do clube em 2013. Roger e Emerson, hoje auxiliares de Vanderlei Luxemburgo, estavam dentro de campo defendendo a camisa tricolor. E, principalmente, o atual camisa 10 gremista, o experiente Zé Roberto, era apenas um menino de 22 anos que se destacava na surpreendente Lusa de Candinho. Ao mesmo tempo que estas percepções chocam, também devem fazer com que os jogadores se doem ainda mais. Se conseguir, ao menos, manter o atual 2º lugar na tabela de classificação, o Grêmio entrará diretamente na fase de grupos da Libertadores do ano que vem. E aí, Fábio Koff voltará para, quem sabe, dar o tão esperado título. Por enquanto, o Olímpico vai ter que se contentar com as lembranças da velha Portuguesa.

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

O voo do Ganso

Quase dois meses depois de se noticiar o forte interesse do Grêmio na contratação de Paulo Henrique Ganso, finalmente o meia chegará ao estádio Olímpico. Este próprio blogueiro, na época, chegou a afirmar que um check-in havia sido feito no nome do jogador. Enfim, ele não veio (mas apenas seus empresários). Contudo, agora poderá vir - não será para vestir a camisa do Tricolor gaúcho, mas do Tricolor paulista.

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira, Ganso confirmou que deve estrear pelo São Paulo no próximo domingo, contra o Náutico, pela 36ª rodada do Brasileirão. Se tudo der certo, o camisa 8 se configura como o maior reforço do clube paulista para a disputa da Copa Sul-Americana. Sendo assim, em uma possível semifinal diante do Grêmio, Ganso estará em campo novamente – as partidas estão marcadas para ocorrer nos dias 22, em Porto alegre, e 28, no estádio Morumbi.

Claro que, para tudo isso se confirmar, será necessário o Grêmio realizar a sua parte. O São Paulo, que eliminou o Universidad do Chile, apenas aguarda o resultado do duelo gremista contra o Millonários, na Colômbia. Em caso de eliminação gaúcha, o adversário são-paulino passa a ser o Universidad Católica-CHI. E, assim, estará cancelada, pela última vez, a visita de Paulo Henrique ao ‘Velho Casarão’.

Luigi superou Carvalho

A temporada já acabou para o Internacional há horas. Bem que o presidente Giovanni Luigi podia, ao menos, anunciar o nome de seu vice de futebol – para não dizer o treinador e diretor remunerado. Entretanto, ele apregoa a cada entrevista que só falará de 2013 após o Gre-Nal do dia 2 de dezembro. Afinal de contas, por que está tão apegado a 2012? Psicologicamente falando, é fácil explicar. Foi neste ano em que Luigi superou a gestão daquele que é considerado o maior presidente da história colorada: Fernando Carvalho.

Ainda nas eleições no Conselho Deliberativo colorado, a maioria dos conselheiros que apoiavam Luigi pregavam que todo o primeiro biênio é problemático, para enfim encontrar o regozijo nos dois anos finais. “Isso aconteceu com Fernando Carvalho também”, disse-me um dos simpatizantes da Chapa 1. Curioso, fui buscar e tive de me render. De 2002 a 2003, passaram pelas mãos de Carvalho 5 treinadores (Ivo Wortmann, Guto Ferreira, Celso Roth, Cláudio Duarte e Muricy Ramalho), tendo sido conquistados apenas 2 títulos gaúchos e, por pouco, não acabou rebaixado à Série B. Com Luigi, são 4 comandantes (Roth, Falcão, Dorival Jr e Fernandão) e dois troféus de Gauchão, mais uma Recopa. A única gestão que os superou foi a de Piffero - em 2007 e 2008, os técnicos foram Abel Braga, Alexandre Gallo e Tite, com títulos de Recopa, Sul-Americana e Gauchão.

O grande problema é que a partir de agora o quadro muda de figura. Após as reeleições, Carvalho e Piffero chegaram às maiores conquistas do clube (Libertadores e Mundial). Por isso, se no primeiro biênio Luigi leva vantagem, terá de correr muito para alcançar seus antecessores a partir de agora. Por isso, o presidente é coerente ao pensar muito bem quais serão seus dirigentes para a próxima temporada.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Nem tão fenomenal em Porto Alegre

Com a visita de Ronaldo Nazário a Porto Alegre nesta terça-feira, para divulgar o Jogo Contra a Pobreza, que acontecerá no dia 19 de dezembro na Arena do Grêmio, coloquei-me a pensar sobre a passagem do Fenômeno pela capital dos gaúchos. Cheguei a perguntar-lhe sobre as lembranças. Ele respondeu: “Fui campeão da Copa do Brasil, então acho que a torcida do Inter não gosta muito de mim”. Logo depois, emendou: “Na verdade meu último jogo aqui foi contra o Grêmio, quando perdemos por 2 a 0”. Pois quero dizer que Ronaldo errou duas vezes: a derrota foi por 3 a 0 e, por fim, ele nunca foi tão fenomenal por aqui.

A primeira aparição de Nazário no Rio Grande do Sul foi com apenas 16 anos. Ainda chamado por Ronaldinho, o atacante acompanhou o grupo profissional do Cruzeiro no empate em 0 a 0 contra o Grêmio, pelo jogo de ida da final da Copa do Brasil de 1993. Cinco meses depois, viria para ser derrotado pelo Inter por 3 a 0 pelo Campeonato Brasileiro. No ano seguinte, já com a camisa da Seleção Brasileira, participou da vitória de 2 a 0 sobre a Iugoslávia, no Olímpico. Só voltaria para cá em 1999, novamente com a seleção, para golear a Argentina por 4 a 2 no Beira-Rio (quando marcou seu único gol). Dez anos depois, pelo Corinthians, empatou em 2 a 2 com o Inter, mas ergueu a taça da Copa do Brasil. Por fim, ainda em 2009, se despediu de Porto com uma derrota de 3 a 0 para o Grêmio.

Parece pecado dizer que Ronaldo não foi feliz em sua passagem por Porto Alegre. Afinal de contas, em cima dos dois maiores clubes gaúchos, conquistou duas Copas do Brasil (1993 e 2009). Também com a seleção venceu seus dois amistosos disputados. Mas, se considerarmos somente o aproveitamento, ele é baixo. No Olímpico foram 1 vitória, 1 empate e 1 derrota – com 3 gols sofridos e 2 marcados (nenhum por ele). No Beira-Rio, 1 vitória, 1 empate e 1 derrota – 7 gols sofridos e 6 marcados (1 por ele). Caberá a Arena mudar este retrospecto? Pelo jeito os Amigos de Zidane já podem ir comemorando.

Jogos de Ronaldo em Porto Alegre:


- 30/05/1993: Copa do Brasil - Grêmio 0x0 Cruzeiro – Ronaldo concentrou mas não jogou
- 3/10/1993: Brasileirão - Inter 3x0 Cruzeiro – gols de Mazinho Loyola e Adílson Batista (2)
- 23/12/1994 - Amistoso no Olímpico - Brasil 2x0 Iugoslávia – gols de Viola e Branco
- 7/9/1999 - Amistoso no Beira-Rio - Brasil 4x2 Argentina - Rivaldo (3), Ronaldo; Ayala e Ortega.
- 1/7/2009: Copa do Brasil - Inter 2x2 Corinthians – André Santos e Jorge Henrique; Alecsandro (2)
- 12/7/2009: Brasileirão - Grêmio 3x0 Corinthians – gols de Rafael Marques, Jonas e Alex Mineiro

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

O sucesso do organograma gremista de 2012

Por muito tempo eu li e acompanhei a crítica de que faltava um vice-presidente de futebol ao Grêmio neste ano. Em determinado momento, o presidente Paulo Odone chegou a prometer que anunciaria um homem capaz de representá-lo politicamente no vestiário. Este nome não veio e, mesmo assim, o Tricolor obteve sucesso na temporada. Então, aonde ocorreu este acerto? Pois foi justamente no organograma falho e nas particularidades dos personagens envolvidos.

Não é exagero dizer que o departamento de futebol do Grêmio hoje é chefiado por Paulo Pelaipe e Vanderlei Luxemburgo. Acontece que o diretor executivo, que não deveria ter envolvimento passional, agiu como ‘amador’. Com as famosas ‘cornetadas’ nos rivais em entrevistas, lembrou dos tempos em que ocupava apenas o cargo político. O treinador, por sua vez, repetiu seu comportamento de ‘manager’, indicando reforços e inclusive ligando do próprio telefone para convencer alguns jogadores a vir para Porto Alegre. Quem diria que esta dupla daria certo? Os mesmo homens que trocaram farpas em 2007, no confronto entre Grêmio e Santos pela Libertadores. Acabaram escrevendo certo por linhas tortas!

Para o próximo ano, este organograma vai mudar drasticamente. Além do presidente Fábio Koff, dois assessores de futebol (Rui Costa e Omar Selaimen) e um gerente executivo (ainda indefinido) irão reger o vestiário. Se vai dar certo ou não, não posso configurar. A verdade é que Pelaipe merece todos os elogios e, por si só, a torcida gremista deveria lamentar esta perda: “Recebi várias propostas de outros clubes, mas só vou revelar para onde vou depois de encerrar meu contrato com o Grêmio”, confidenciou ao microfone da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). Resta agora ao Tricolor, ao menos, segurar Luxemburgo.

Beira-Rio: o triturador de ídolos

Foto: Fernando Gomes (Zero Hora)

Restando três rodadas para o fim oficial da temporada colorada, Fernandão disse que irá procurar a direção e cobrar uma resposta sobre sua manutenção no cargo de treinador ou não. Será um encontro constrangedor para o presidente Giovanni Luigi. É domínio público que o departamento de futebol do Internacional será totalmente modificado. E, a partir de então, três nomes são cogitados: Abel Braga (que anunciou sua permanência no Fluminense após o título brasileiro), Muricy Ramalho (próximo de confirmar seu acerto por mais um ano com o Santos) e Felipão (que já negou o Colorado em 2010 por alta identificação com o rival Grêmio).

Sendo assim, um nome dispara como favorito entre os torcedores que participam da interatividade da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9): Dunga. Mas, sinceramente, eu confesso que guardo sérias restrições ao ‘Capitão do Tetra’. Primeiro porque concluo que Fernandão será dispensado com a promessa de que o Inter anunciará um substituto mais experiente (o que Dunga não é). Apesar disso, contam os repórteres que viveram próximo, que, na Seleção Brasileira, as cartas eram dadas pelo auxiliar Jorginho. Como ele está no Japão, não deve vir junto a Porto Alegre. E, por fim, minha tese se completa pelo histórico do Beira-Rio.

Dunga é um ídolo da torcida vermelha. Qual colorado não agradeceu ao volante pelo gol diante do Palmeiras, que salvou o Inter do rebaixamento em 1999? Então, seria mais um ídolo a adentrar o triturador que engoliu Falcão, Fernandão, Figueroa e outros. Posso errar no meu pré-conceito, mas antes de eu entregar meu ‘sim’ a Dunga, será preciso ouvir o ‘não’ de Luigi a Fernandão. Enquanto isso, ecoa em meus ouvidos a velha máxima: "Nunca contrate alguém que você não pode demitir".

domingo, 11 de novembro de 2012

Fica ou sai?

O campeão brasileiro é o Fluminense, então o campeonato acabou, certo? Ainda não! Mas já dá para planejar a próxima temporada tranquilamente. É nesta hora que aparecem as perguntas: Fulano fica? Ao final da vitória do Grêmio sobre o São Paulo, que sacramentou a vaga à Libertadores da América, a torcida gritou das arquibancadas ‘Fica Luxemburgo’, demonstrando total preocupação com a renovação de contrato com o treinador. O pedido praticamente obriga Fábio Koff a assinar qualquer que seja a exigência do comandante. Não tem como ir contra a massa.

Outro que já anunciou sua permanência no Tricolor foi o experiente Zé Roberto, que às lágrimas declarou para o microfone do repórter Rafael Pfeiffer, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9): “Vale a pena jogar mais 2 anos aqui e já penso em encerrar minha carreira no Grêmio”. O bom momento dentro de campo deve fazer o mesmo com todos os outros que ainda tinham um pingo de dúvida.

No entanto, do lado colorado, como a fase não é boa, é melhor nem abrir a boca. Assim se comporta o presidente Giovanni Luigi, empurrando para os próximos meses definições importantíssimas, como a manutenção ou não de Fernandão e Luciano Davi – isso sem falar nas renovações de Nei e Kleber. Enfim, o Internacional não sabe nem aonde vai jogar em janeiro! Com mais uma derrota no Brasileiro (desta vez para a Ponte Preta), o Colorado encerra o ano como figurante. O grande problema é que não se passa a impressão de que as coisas irão mudar. Será que o Inter de 2012 ficará para 2013?

sábado, 10 de novembro de 2012

O santo de casa Saimon

O ano de 2012 não levou o garoto Saimon para compadre. O zagueiro passou mais tempo no departamento médico, se curando de uma cirurgia de hérnia inguinal e de uma fratura no pé, do que vestindo a camisa do Grêmio dentro de campo. Mas o santo do guri é forte! Diante do São Paulo, em duelo que pode decidir a vice-liderança a favor dos gaúchos, Saimon deve assumir a titularidade da zaga.

A última vez que Saimon entrou em campo por uma partida oficial foi no longínquo 2 de maio, quando o Tricolor venceu o Fortaleza no Ceará, por 2 a 0, pelo jogo de volta das oitavas de final da Copa do Brasil. Aos 20 minutos do segundo tempo, o menino substituiu André Lima e reforçou a zaga que já tinha Vilson e Naldo. Inclusive, é com este último que o guri de Erechim deve formar a dupla defensiva que tentará parar o ímpeto de Luís Fabiano, Lucas e companhia.

Porém, enfrentar o São Paulo não será novidade para Saimon. No ano passado, sob o comando de Celso Roth, o zagueiro foi titular na vitória por 1 a 0, com gol de Douglas. Na ocasião, seu companheiro de defesa foi Edcarlos. Mas enfim, de lá para cá muita coisa mudou, seja em Porto Alegre ou São Paulo. Assim, o negócio é rezar para que o santo do guri seja realmente forte!

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

A última e única impressão

Sem a dupla de zaga titular, Fernandão deve mandar a campo contra a Ponte Preta os emergentes Bolívar e Juan. O primeiro é alvo seguido das críticas do torcedor, enquanto o segundo ainda não conseguiu mostrar a totalidade do futebol que o levou à Seleção Brasileira. E agora, neste final de semana, dará certo? Se o retrospecto ajudar a responder esta pergunta, o colorado pode ficar preocupado com o que pode aparecer pela frente.

Bolívar e Juan formaram a defesa em apenas uma partida neste Brasileirão: no clássico Gre-Nal. A dupla atuou nos 90 minutos em que o Internacional foi derrotado pelo Grêmio por 1 a 0, gol de Elano (marcado ainda no início da partida). Era recém o segundo jogo de Juan com a camisa vermelha. Sua estreia havia sido uma semana antes, contra a Portuguesa, quando ele próprio anotou o gol de empate. Porém, naquele duelo, Fernandão escalou Juan somente após o intervalo e, ao lado de Bolívar e Índio, o carioca formou um trio de zaga. Já depois do Gre-Nal, Juan não durou 5 minutos em campo, tendo de deixar o time ao sentir lesão contra o Coritiba.

Dizem que a última impressão é a que fica. O problema é que a última é exatamente a única vez em que a dupla de veteranos dividiu a mesma faixa do gramado. Bolívar e Juan vão ter que mudar este cenário diante da Ponte Preta. O primeiro, para quem sabe, melhorar seu filme com a torcida. O segundo para, enfim, melhorar a sua primeira impressão.

O currículo do William que queria o Magrão

Fábio Koff procura no mercado brasileiro uma pessoa capaz de assumir o cargo de gerente de futebol. Os grandes nomes estão empregados (Rodrigo Caetano, Felipe Ximenes e Paulo Angioni) e Paulo Pelaipe já anunciou que não permanecerá. Neste meio tempo, até Ocimar Bolicneho, da Ponte Preta, foi especulado. “Somente o doutor Fábio Koff pode responder sobre esta contratação”, adiantou o futuro assessor de futebol Rui Costa. Enquanto pensa e procura este nome, um currículo foi depositado em cima de sua mesa pelo conselheiro Sérgio Vasques: William Machado. A informação foi passada por Thiago Suman, nesta sexta-feira, na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9).

Como zagueiro, William jogou no Grêmio em 2006/2007. Foi bicampeão gaúcho e fez parte da campanha do vice-campeonato da Libertadores, perdendo a decisão para o Boca Juniors. No final do ano, foi levado ao Corinthians pelo técnico Mano Menezes para abater uma dívida antiga entre os clubes. Quando pendurou as chuteiras, em 2010, estudou por um ano e assumiu o cargo de gerente de futebol corintiano. Durou pouco. Acabou pedindo demissão três meses depois de contratado por divergências com a direção presidida por Andrés Sanchez. Foi uma situação mal explicada e que, poucos lembram.

Na verdade, William Machado se desentendeu depois de alinhavar a contratação do meia gremista Willian Magrão. No entanto, enquanto ele estava em Porto Alegre acertando os últimos detalhes do contrato, os dirigentes paulistas ligaram para avisar que preferiam o paraguaio Cristian Riveros, que estava no Sunderland-ING. Uma discussão iniciou, William pediu demissão e Magrão permaneceu no Olímpico – onde viria a marcar um dos gols de empate contra o Caxias, por 2 a 2, que daria o título da Taça Piratini. Machado nega qualquer contato da futura direção gremista, mas sabe-se que seu nome está sendo analisado. Caberá a Koff dizer o sim ou o não.

Luigi venceu, mas o torcedor se sente perdedor

Foto: Jeremias Werneck (UOL)
 
O Conselho Deliberativo do Internacional escolheu reeleger seu presidente nesta quinta-feira. Anunciado o resultado, a maioria dos conselheiros festejava no Centro de Eventos Arthur Dallegrave. Enquanto isso, eu imaginava a cara dos cerca de 20 torcedores que compareceram no estacionamento do estádio Beira-Rio para protestar, pedindo de maneira pacífica a cada um dos que passavam para o voto: “Vamos para um 2º turno! Eu sou sócio e quero votar!”. Mas não! O associado colorado não poderá ir às urnas no dia 15 de dezembro: Giovanni Luigi foi eleito presidente para o biênio 2013/2014.

Durante as duas horas em que as urnas estavam abertas, Giovanni Júnior (o filho do homem), perambulava nervoso pelo pátio. “Quero que acabe logo no 1º turno para diminuir a preocupação do pai”, confidenciou o futuro médico à Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9). No momento em que os números finais foram proferidos, era ele quem mais gritava ao lado do mandatário reeleito. Luigi venceu!

A decisão em primeiro turno é legítima, pois está no estatuto. Entretanto, o Inter, pioneiro da democracia nos clubes de futebol, não terá uma eleição com número recorde de votantes – quase 75 mil estariam aptos a comparecer. É uma pena, pois seria um belo espetáculo (independentemente do resultado que viria). “Agora eu convoco os torcedores a votar no dia 15 e mudar este cenário do Conselho”, disparou o candidato derrotado Luiz Antônio Lopes. “Fico chateado com a repetição dos mesmos nomes”, comentou o também derrotado Sandro Farias. E, por fim, César Schunemann, membro do recém-criado movimento O Povo do Clube, e ‘penetra’ no evento, lamentava: “O torcedor é quem perde”. E assim se fez: Luigi venceu, mas o sócio-torcedor sentiu como se tivesse perdido as eleições.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Protesto nas eleições coloradas

Estava eu sentado no estande da Rede Pampa na Feira do Livro de Porto Alegre, quando pararam dois cidadãos em frente ao vidro que separa os transeuntes de nossa cabine. Eles sorriram e estenderam uma faixa que, em resumo, dizia: “Contratações 171 - Forlán, Dátolo, Dagoberto, Jajá e Rafael Moura.” Logo foram chamados aos microfones e confidenciaram o plano. A dupla veio de Canoas para passear pela capital e, ao mesmo tempo, protestar contra a direção do Internacional. A intenção de ambos, inclusive, é comparecer nas eleições presidenciais, marcadas para esta quinta-feira, no Centro de Eventos do estádio Beira-Rio. Mas a manifestação dos canoenses não deve ser a única.

Corre na internet um texto que convoca os torcedores a protestar contra a possibilidade do pleito se encerrar já no primeiro turno a favor de Giovanni Luigi. "Viemos através deste comunicado, convidar torcedores colorados, sócios ou não, para participarem de uma manifestação contra os conselheiros engajados nesta aberração de eliminar o direito de mais de 50.000 colorados a escolherem o presidente do Sport Club Internacional", diz o comunicado. O temor é que se orquestre uma votação capaz de ‘matar’ as chapas concorrentes ainda no Conselho Deliberativo.

Em contato com a Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o presidente do Conselho, Luiz Carlos Bortolini fez questão de ressaltar o objetivo de repassar a eleição para o pátio: “Todos nós gostaríamos de ver o sócio exercendo seu voto. Temos trabalhado neste sentido”, declarou. Agora me proponho a imaginar se, sem combinações prévias, o pleito seja concluído neste dia 8. O que farão estes enfurecidos torcedores? Ao mesmo tempo, leio que o policiamento deverá ser reforçado no estádio colorado. Uma boa medida! Assim como imagino que não se maculará as eleições presidenciais do Inter, quero crer que tudo não passará de um protesto pacífico.

Aposentadoria à mineira

O jogador de futebol morre duas vezes”, este é o pensamento de Paulo Roberto Falcão, considerando a aposentadoria como o primeiro falecimento do atleta. E, em um instinto meio canino, alguns profissionais preferem se esconder dos holofotes para enfrentar esta primeira morte. É o que pretendia fazer, por exemplo, Gilberto Silva. Aos 36 anos, é natural que o capitão do Grêmio pense já na maneira que pendurará as chuteiras. Porém, ele não esperava que seus planos fossem estampar manchetes nesta quarta-feira.

Ainda no final de 2011, quando passava férias em Belo Horizonte, o ex-volante da Seleção Brasileira concedeu entrevista à Rádio Itatiaia e declarou seu desejo de voltar ao Estado natal: “Tenho mais um ano de contrato com o Grêmio, e sempre cumpro meus contratos. A não ser que eu chegue lá em janeiro e eles digam: ‘olha mineiro, já deu’. Mas eu estou bem lá, me adaptei bem e depois pensarei em voltar para Minas Gerais, pois a torcida do Atlético-MG e do América-MG sempre manifestam muito carinho.” Em sua apresentação no Olímpico, há um ano e meio, algo semelhante também foi dito. Eu estava lá.

E, antes que o torcedor gremista atire a primeira pedra, digo que vejo com total naturalidade um eventual retorno de Gilberto às origens. Em casa, ele estará tranquilo para fazer sua última temporada como jogador profissional. E, tenho certeza, que ele não esperava tanta repercussão em cima disso. Mas, convenhamos, não tinha como não chamar atenção: trata-se de um pentacampeão mundial! Além do mais, para o Grêmio a sua saída não será o fim dos tempos, pois abrirá brecha para que Fábio Koff realize o desejo velado de contratar o zagueiro Diego Lugano. A vida anda.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

O julgamento do General

A era dos generais ficou para trás! Não estou falando da ditadura militar no Brasil, mas da passagem de Bolívar pelo Internacional. Tudo isso ficou escancarado nesta terça-feira, quando Fernandão esboçou o time que mandará a campo na próxima rodada, diante da Ponte Preta. Sem os titulares Rodrigo Moledo e Índio, suspensos, o Colorado terá que escalar sua zaga reserva, que naturalmente seria Bolívar e Juan. Porém, no treinamento, o volante Ygor foi recuado para a defesa, enquanto o ‘General’ continuou entre os suplentes. Seria apenas um pedido do jogador para continuar longe dos holofotes? Talvez. Mas é o maior indicativo de que o atleta não permanecerá no Beira-Rio em 2013. Contatado pela reportagem da Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9), o pai do defensor - o ex-lateral do Grêmio, Bolívar - afirmou: "não tenho cabeça para falar sobre isso."

Mas não para por aí! Kleber e Nei, os outros dois amplamente criticados pelo torcedor, também devem fazer as malas. O primeiro não deve renovar o contrato, que encerra ao final da temporada. Já o segundo, teria sido encaminhado ao departamento de futebol uma avaliação para que ele tenha seu vínculo prorrogado ou não. Sabe o que tudo isso me parece: literalmente, jogar para a torcida.

Em pesquisa realizada no programa Grenal Futebol Clube, com Farid Germano Filho, foi realizada uma enquete sobre as eleições presidenciais do Inter, que totalizou 88% dos votos favoráveis a Luiz Antônio Lopes, 12% para Sandro Farias e 0% para Giovanni Luigi. Sendo assim, a única maneira de salvar a campanha de reeleição, é entregar ‘ao povo, o que é do povo’. Se as arquibancadas pedem a cabeça de Bolívar, Nei e Kleber. Elas terão, desde que votem a favor da situação. Eu também compartilho da ideia de que o trio deve ter seus ciclos encerrados – até mesmo pela falta de ambiente. Entretanto, lamento profundamente que isso aconteça por motivos políticos. Tomara que eu esteja errado!

A pré-temporada de Luxemburgo

A renovação de contrato entre Vanderlei Luxemburgo e Grêmio, iniciada nesta terça-feira, não deve encontrar muitas dificuldades. Se o treinador já manifestou que deseja permanecer sem reajuste salarial, e o novo presidente Fábio Koff revelou que não pretende mudar o comando técnico, não há motivo para desacerto. Sendo assim, se pode definir que a pré-temporada gremista em 2013 não será mais em Bento Gonçalves. Primeiro porque o cônsul gremista da cidade foi um apoiador de Paulo Odone nas eleições do clube, segundo porque Luxemburgo engatilhou um local longe do Rio Grande do Sul. A informação foi repassada na Rádio GRENAL (AM 780 / FM 101.9) pelo repórter Henrique Pereira.

No início chegou a se falar em Atibaia (SP), mas o Fluminense pulou na frente e agendou sua vaga. Então, o Grêmio irá para Londrina. Pois foi na cidade paranaense que o treinador comandou as últimas duas pré-temporadas do Flamengo - no Centro de Treinamentos da SM Sports, localizado na rodovia PR-445, que pertence ao empresário Sérgio Malucelli (amigo de Luxa). Mas a paixão do técnico por Londrina iniciou ainda em 2000, quando ainda comandava a Seleção Brasileira. Na ocasião, o município sediou o Torneio Pré-Olímpico, vencido inclusive pelo Brasil. Naquela equipe, por exemplo, figuravam os meias Alex e Ronaldinho Gaúcho, o zagueiro Fábio Bilica e o lateral Fábio Aurélio (atualmente no Grêmio).

Luxemburgo ficou tão hipnotizado pela tranquilidade e logística do local, que iniciou conversas para que o Grêmio vá para lá em janeiro. Prova disso é que a imprensa paranaense já noticia a possibilidade de um amistoso contra o Londrina no Estádio do Café. O Tricolor, porém, pode encontrar o Palmeiras como seu adversário. Em vias de contratar o lateral-direito Ayrton, que pertence ao clube local e atua pelo Coritiba, o Palmeiras leva vantagem na hora de agendar sua participação. No entanto, um eventual rebaixamento dos paulistas pode prejudicar – ou melhor, contribuir com os planos de Luxa.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A mulher por trás dos homens

Diz-se que sempre por trás de um grande homem, existe uma grande mulher. Geralmente esta frase é utilizada para valorizar a esposa do cidadão em questão. Mas, que me perdoe a esposa de Giovanni Luigi, a mulher em destaque neste blog é Diana Oliveira, diretora de patrimônio do Internacional e candidata a 2ª vice-presidente na Chapa 1, que tentará a reeleição do atual mandatário colorado. Aliás, pode se dizer que é ela o grande trunfo de Luigi, uma vez que a explanação desta segunda-feira, no Conselho Deliberativo do Inter, teve como destaque as obras de modernização do estádio Beira-Rio. Pois é Diana quem toma conta das negociações com a Andrade Gutierrez.

Acontece que o primeiro turno das eleições presidenciais, marcadas para a próxima quinta-feira, promete esquentar as discussões sobre o futuro do Inter. Dialogando com um conselheiro oposicionista neste final de semana, ele reivindicou para o seu movimento a entrada de Diana na diretoria: “Nós que a indicamos ao Luigi”, disse-me o conselheiro ligado ao Convergência Colorada. Ainda, segundo este, a intenção da diretora vai mais além: “Ela não vai descansar enquanto não sentar na poltrona do presidente.

Para corroborar com esta tese, o movimento Coração Colorado (ao qual pertence Diana Oliveira atualmente) negociou até os últimos dias sua participação na chapa de situação. O grupo tem 24 representantes dentro do CD e, em troca do apoio, pedia a Luigi a 1ª vice-presidência. O pedido não foi aceito, mas o apoio foi dado – tanto que Diana integrará a chapa. Se o sonho dela é realmente chegar à presidência do Inter, não posso confirmar. Entretanto, só chegará lá se a Chapa 1, de Giovanni Luigi levar a melhor nas urnas.

Um time de meninos exportados

A notícia de que o volante Fernando está na mira do Spartak Moscou-RUS levantou-me uma curiosidade: quantos jogadores o Grêmio negociou, da sua categoria de base, desde que voltou à Série A? Posso estar errado, mas caso a venda de Fernando se confirme em dezembro, estaremos diante do 11º atleta que deixa o lado azul de Porto Alegre rumo à Europa. Ou seja, um time completo – do goleiro ao centroavante (ou quase isso).

As transações iniciaram ainda em 2005, quando o autor do gol na ‘Batalha dos Aflitos’, o meia Anderson, foi negociado com o Porto-POR. Já na elite do futebol brasileiro, o Tricolor revelou três jovens promessas, que vieram a sair em 2007 - Carlos Eduardo, para o Hoffenheim-ALE; Cássio, para o PSV-HOL; e Lucas Leiva, para o Liverpool-ING. No ano seguinte, a bola da vez foi Rafael Carioca, com o Spartak-RUS. Depois, em 2009, numa transação traumática, Felipe Mattioni foi levado ao Milan-ITA. Em 2010, foi a vez de Douglas Costa ser vendido para o Shakhtar Donetsk-UCR. No ano passado, Neuton e Adílson foram enviados para Udinese-ITA e Terek Grozny-RUS, respectivamente. E, por fim, nesta temporada, Mário Fernandes despertou o interesse dos russos do CSKA.

Outra situação que pode ser deflagrada com a confirmação da venda de Fernando é o sucesso da parceria do Grêmio com o empresário Jorge Machado, envolvido nas transações de Carlos Eduardo, Rafael Carioca e Mário. Caso o volante deixe o Tricolor realmente, Machado superaria Carlos Leite, que na época de Mano Menezes dava as cartas no Olímpico (organizou as vendas de Anderson, Cássio e Lucas). Há ainda a negociação envolvendo o garoto Biteco (também de Jorge Machado), que teve poucas oportunidades no time principal, mas já estaria negociado com um grupo de empresários que o levaria à Alemanha nos próximos anos. Enfim, seja Biteco ou Fernando, o primeiro a sair fecha o time de exportados das categorias de base do Grêmio.

domingo, 4 de novembro de 2012

Matematicamente não, virtualmente sim

O Grêmio estará na Libertadores 2013, o Inter não. Não é definitivo, mas os resultados desta 34ª rodada do Brasileirão indicam isso. A goleada sofrida para o Náutico (3 a 0 nos Aflitos) praticamente oficializa que a temporada vermelha encerrou. Na transmissão da Rádio GRENAL (AM 780/ FM 101.9), o narrador Fabiano Bernardes chegou a sugerir que se desse férias ao plantel colorado, projetando o próximo ano. Enfim, não sei se vai a tanto, até porque algumas coisas ainda podem ser observadas.

O Inter bem que poderia, de agora por diante, projetar 2013. Quais são os jogadores que permanecerão no vestiário? Pelo que vejo, Edson Ratinho, Bolívar, Marcos Aurélio e alguns outros não interessam mais. Ok, então que nem treinem mais! Qual a meninada da base que vai subir para os profissionais? Cláudio Winck, Rodrigo Dourado e Agenor já podem ir aparecendo aos poucos ao menos no banco de reservas. Leandro Damião vai ser realmente vendido? Então que se firme uma nova dupla de ataque. Que se inicie a pré-temporada desde já!

Não sei nem se o Gre-Nal da última rodada pode influenciar alguma coisa no campeonato. A partir de agora o Colorado só encara equipes que não almejam mais nada na competição: Ponte Preta, Corinthians e Portuguesa. E o Grêmio, talvez, até lá, já tenha sacramentado seu posicionamento na tabela. Pelo jeito, decisão, este ano ainda, só nas urnas, para as eleições presidenciais. O ano acabou - não matematicamente, mas virtualmente.