Foto: Tomás Hammes (Globoesporte.com)
Pobre Augusto, quem mandou arrebentar no treino antes do jogo? Ao marcar gols no coletivo que definiu o time de Abel Braga para a 6ª rodada do Gauchão, o meio-campista, que volta do empréstimo à Chapecoense, se transforma na grande expectativa do torcedor colorado para esta quarta-feira. Se não tiver uma boa atuação diante do Pelotas, está prestes a virar chacota. Não faltará alguém dizendo: 'Ué, mas não estava aí o novo Ramires, o novo Tinga?'. Um crime!
Desta vez, faço 'mea-culpa'. Em nenhum momento Augusto disse que era o 'novo' alguém. Sempre teve colocado diante de si as comparações. Na coletiva de imprensa desta terça não foi diferente. Questionado sobre com quem mais se assemelhava, a Tinga ou Ramires, ele respondeu: "Eu acho que mais com o Tinga, mais de chegada e determinação mesmo." Porém, na pré-temporada, quando o compararam ao meia do Chelsea-ING e Seleção Brasileira, caiu na armadilha: "Sou um jogador de bastante pegada e determinação. Sou veloz, chegou bastante à frente. Acho que sim. É bem parecido. Temos as mesmas características." Augusto não tem culpa. Nem nós, repórteres.
A comparação é algo inevitável na vida. Até mesmo para descrever o futebol de um jogador que está surgindo, todos temos esta mania. Daí surgiram tantos 'novos Pelé', 'novos Maradona'. Pobres meninos! "Vocês já estavam querendo comparar o Augusto com Tinga. Tem que ter calma!", declarou o técnico Abel Braga recentemente. Ele está certo. Tem que ter muita calma! Mas é inevitável. Sempre irá se comparar um jogador do presente com o do passado (nem que seja recente). E se ele não der certo, azar é do guri. Por isso, quando alguém pedir para eu descrever Augusto a partir de agora, por pena dele, vou dizer apenas: é aquele volante que sabe fazer a terceira função do meio-campo, que tem agradado ao Abel e que fez Josimar perder o mínimo espaço até ser emprestado ao Palmeiras. Mais justo, né?
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