quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Assim caminha a humanidade


Em 16 de setembro de 2007, Grêmio e Internacional se enfrentavam pelo returno do Brasileirão daquele ano. O Internacional vinha cambaleante no campeonato, ainda com a ressaca do Mundial do ano anterior. Já o Tricolor, tentava se reestruturar após o sapataço contra o Boca Juniors pela final da Libertadores da América. O Rio Grande do Sul era uma incógnita. O herói daquele jogo podia muito bem ter sido Diego Souza, que já havia destruído o rival no primeiro turno em pleno Beira-Rio. Podia ter sido o jovem Adriano, que surgia como promessa no ataque colorado. Mas não! Os deuses do futebol escolheram o menos provável. Optaram por um jogador recém contratado de um emergente Ipatinga. E quieto, como um bom mineiro, ele construiu a sua história.

Eram 12 minutos do primeiro tempo, quando em um escanteio para o Grêmio, Diego Souza cabeceou para grande defesa do goleiro Renan. Mas não estava terminado. O centroavante Tuta pegou o rebote e cruzou na pequena área. Lá apareceu ele, Léo, o jovem camisa 3 gremista, vencendo a marcação do capitão Fernandão. Era uma vitória magra de 1 a 0 que lançava a mais nova revelação defensiva do estádio Olímpico. No final daquele ano, o técnico Mano Menezes ainda iria embora para o Corinthians, levando consigo o zagueiro William. Mas quem achava que o Imortal ficaria órfão de bons zagueiros, enganou-se. Em 2008, Léo formou o trio defensivo que alcançou o vice campeonato brasileiro. Era o Beckenbauer com a camisa do Grêmio, muitos disseram.

Pois hoje, passados exatamente dois anos da estreia dele, a pequena área do estádio Olímpico se calou. Em entrevista coletiva concedida pelo treinador Paulo Autuori, ficou estabelecido que o ciclo de Léo terminou. A dupla defensiva a partir de agora se chama Réver-Rafael Marques. Depois de dois anos trajando a camisa que já foi de Hugo de León, Léo estará sentado no banco de reservas. E se você pensa que a torcida sente remorso disso, pode esquecer. Afinal de contas ele já está "velho e lento". Alguns inclusive defendem que o atleta tenha que ser vendido. Mas sem ressentimentos.

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