Foto: Diego Guichard (Globoesporte.com)
Liverpool, a terra dos Beatles, poderia ser a nova terra de Leandro Damião. Essa foi a forte especulação que se iniciou na tarde desta sexta-feira. A notícia vinha da própria Inglaterra e explodiu no Brasil, enquanto a delegação colorada se deslocava de Juazeiro do Norte-CE à Curitiba-PR. Repórteres correndo para todos os lados, tentando confirmar a notícia de um negócio que gira em torno de € 23 e 29 milhões.
Na Rádio GUAÍBA, o produtor João Vitor Ferreira entrou em contato com um dos dirigentes do Internacional, que disse ao telefone: "Onde tem fumaça, tem fogo. Mas não posso te dizer nada, quando se trata de venda é tudo com Luigi". Ao repórter Rafael Pfeiffer, outro dirigente foi mais enfático: "Como eles funcionam normalmente aos sábados na Inglaterra, pode fechar até segunda-feira". Porém, o presidente Giovanni Luigi, por sua vez, preferiu puxar o freio de mão: "Mais uma vez vendem o Damião. Posso garantir que não há nada oficial. É apenas uma especulação. Penso que o mercado europeu não fará nenhuma proposta agora", relatou ao vivo no programa Repórter Esportivo.
Enfim, se o Inter realmente se desfizer de Damião nos últimos segundos de janela de transferências, vale lembrar, não buscará um reforço para o ataque. Este já é o argentino Nacho Scocco - que aliás, tem tudo para ser titular, já que Forlán se apresenta à Seleção Uruguaia com uma grande frequência. Há quem peça para que o dinheiro desta possível venda seja utilizado para reforçar a defesa. Não esqueça: a janela (da Europa para cá) já fechou, e a maioria dos zagueiros de Série A atuou os 7 jogos em seus clubes. Ou seja, o quadro não deve mudar. A janela só deve levar - isso se levar.
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Renato segue os passos de Roth
Foto: André Mourão (Agif/Gazeta Press)
Neste sábado, contra a Ponte Preta, o Grêmio pode alcançar uma série de 5 vitórias consecutivas. Até agora, nesta temporada, nenhuma equipe no Brasileirão conseguiu. Porém, dentro do clube, este recorde tem um dono: Celso Roth. Na campanha de 2008, o Tricolor venceu Coritiba (1x0), Vitória (2x0), Ipatinga (1x0), Atlético-MG (4x0) e São Paulo (1x0). A série só foi interrompida por uma derrota para o Flamengo, no Maracanã, por 2 a 1.
O próprio Renato Portaluppi, por pouco não conseguiu repetir o feito de Roth em 2010. Naquela arrancada histórica, o time gremista bateu Atlétic-MG, São Paulo, Vitória e Prudente. Quando iria completar a quinta vitória, acabou empatando em 3 a 3 com o Vasco, em São Januário. Aliás, o time de Renato em 2010 obteve 9 partidas de invencibilidade, mas não conseguiu o feito de Celso Roth.
Aliás, desde que o Brasileirão inaugurou os pontos corridos, somente Roth venceu 5 vezes. Em 2006, Mano Menezes teve duas sequências de 4 vitórias. Em 2012 (ano passado), Vanderlei Luxemburgo também brecou no quarto jogo. Agora é a vez de Portaluppi tentar alcançar e, quem sabe, bater este recorde. Para isso, será necessário vencer Ponte Preta, no sábado, e Goiás, na terça-feira.
- 2006: Mano Menezes
24/08 Grêmio 4x1 Fortaleza
27/08 Corinthians 0x2 Grêmio
30/08 Grêmio 2x1 Cruzeiro
03/09 Grêmio 2x1 Paraná
e
8/11 Juventude 1x2 Grêmio
12/11 Atlético-PR 2x3 Grêmio
18/11 Grêmio 3x1 Santa Cruz
26/11 Grêmio 3x0 Flamengo
- 2008: Celso Roth
31/07 Coritiba 0x1 Grêmio
03/08 Grêmio 2x0 Vitória
06/08 Grêmio 1x0 Ipatinga
09/08 Atlético-MG 0x4 Grêmio
17/08 Grêmio 1x0 São Paulo
- 2010: Renato Portaluppi
26/09 Atlético-MG 1x2 Grêmio
29/09 Grêmio 4x2 São Paulo
02/10 Vitória 0x3 Grêmio
06/10 Grêmio 4x0 Prudente
- 2012: Vanderlei Luxemburgo
15/07 Cruzeiro 1x3 Grêmio
18/07 Grêmio 3x1 Sport Recife
22/07 Botafogo 0x1 Grêmio
25/07 Grêmio 1x0 Fluminense
- 2013: Renato Portaluppi
11/08 Bahia 0x3 Grêmio
14/08 Grêmio 3x1 Cruzeiro
17/08 Vasco 2x3 Grêmio
24/08 Flamengo 0x1 Grêmio
Neste sábado, contra a Ponte Preta, o Grêmio pode alcançar uma série de 5 vitórias consecutivas. Até agora, nesta temporada, nenhuma equipe no Brasileirão conseguiu. Porém, dentro do clube, este recorde tem um dono: Celso Roth. Na campanha de 2008, o Tricolor venceu Coritiba (1x0), Vitória (2x0), Ipatinga (1x0), Atlético-MG (4x0) e São Paulo (1x0). A série só foi interrompida por uma derrota para o Flamengo, no Maracanã, por 2 a 1.
O próprio Renato Portaluppi, por pouco não conseguiu repetir o feito de Roth em 2010. Naquela arrancada histórica, o time gremista bateu Atlétic-MG, São Paulo, Vitória e Prudente. Quando iria completar a quinta vitória, acabou empatando em 3 a 3 com o Vasco, em São Januário. Aliás, o time de Renato em 2010 obteve 9 partidas de invencibilidade, mas não conseguiu o feito de Celso Roth.
Aliás, desde que o Brasileirão inaugurou os pontos corridos, somente Roth venceu 5 vezes. Em 2006, Mano Menezes teve duas sequências de 4 vitórias. Em 2012 (ano passado), Vanderlei Luxemburgo também brecou no quarto jogo. Agora é a vez de Portaluppi tentar alcançar e, quem sabe, bater este recorde. Para isso, será necessário vencer Ponte Preta, no sábado, e Goiás, na terça-feira.
- 2006: Mano Menezes
24/08 Grêmio 4x1 Fortaleza
27/08 Corinthians 0x2 Grêmio
30/08 Grêmio 2x1 Cruzeiro
03/09 Grêmio 2x1 Paraná
e
8/11 Juventude 1x2 Grêmio
12/11 Atlético-PR 2x3 Grêmio
18/11 Grêmio 3x1 Santa Cruz
26/11 Grêmio 3x0 Flamengo
- 2008: Celso Roth
31/07 Coritiba 0x1 Grêmio
03/08 Grêmio 2x0 Vitória
06/08 Grêmio 1x0 Ipatinga
09/08 Atlético-MG 0x4 Grêmio
17/08 Grêmio 1x0 São Paulo
- 2010: Renato Portaluppi
26/09 Atlético-MG 1x2 Grêmio
29/09 Grêmio 4x2 São Paulo
02/10 Vitória 0x3 Grêmio
06/10 Grêmio 4x0 Prudente
- 2012: Vanderlei Luxemburgo
15/07 Cruzeiro 1x3 Grêmio
18/07 Grêmio 3x1 Sport Recife
22/07 Botafogo 0x1 Grêmio
25/07 Grêmio 1x0 Fluminense
- 2013: Renato Portaluppi
11/08 Bahia 0x3 Grêmio
14/08 Grêmio 3x1 Cruzeiro
17/08 Vasco 2x3 Grêmio
24/08 Flamengo 0x1 Grêmio
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
O que restou da viagem para Salgueiro
Foto: Alexandre Lops (Inter)
O Inter empatou, é verdade. Com o 2 a 2 sobre o Salgueiro, em Pernambuco, o Colorado avançou às quartas-de-final da Copa do Brasil. Mesmo assim, diante da fragilidade técnica do time adversário, foi uma das piores atuações da equipe treinada por Dunga na temporada. Os jogadores devem ser culpados por isso? Talvez. Mas com os 3 a 0 impostos no jogo de ida, o elenco vermelho foi apenas cumprir carnê no Nordeste. Parece que o único atleta que levou a sério a partida foi o goleiro Alisson, que defendeu até pênalti. Não fosse ele, os anfitriões poderiam ter até vencido. Como melhor em campo, dá para dizer que o arqueiro soube aproveitar muito bem sua chance.
Alisson é daquelas pedras mais cantadas no futebol. Irmão de Muriel, se encaixa perfeitamente no imaginário popular que costuma repetir: "Este é bom, mas o irmão mais novo é o melhor!" Além do mais, com as críticas que o titular vinha recebendo, e uma lesão um pouco estranha que o tirou das últimas rodadas, Alisson vem sendo observado por Dunga há três jogos. Mas foi somente nesta quinta-feira que ele conseguiu demonstrar melhores habilidades. O suficiente para ser dono da camisa 1? Vamos com calma, foi só o Salgueiro!
No entanto, foi inevitável não lembrar de um diálogo que tive com o treinador de goleiros colorado, Rogério Maia, em Veranópolis, no início deste ano. Estava ele analisando o gramado do estádio Antônio David Farina, quando eu perguntei quem seria o goleiro reserva da delegação: "Hoje é o Alisson. Estamos fazendo um rodízio." Já tinha ouvido sobre a fama do guri, então questionei sobre sua qualidade: "Ele é o melhor. Depois que entrar no time, não sai mais. E se continuar assim, vai parar na Seleção", respondeu-me Maia. E aí, é para tudo isso mesmo ou tem um irmão mais novo que é ainda melhor? Brincadeiras à parte, boa sorte ao novo titular da meta colorada.
O Inter empatou, é verdade. Com o 2 a 2 sobre o Salgueiro, em Pernambuco, o Colorado avançou às quartas-de-final da Copa do Brasil. Mesmo assim, diante da fragilidade técnica do time adversário, foi uma das piores atuações da equipe treinada por Dunga na temporada. Os jogadores devem ser culpados por isso? Talvez. Mas com os 3 a 0 impostos no jogo de ida, o elenco vermelho foi apenas cumprir carnê no Nordeste. Parece que o único atleta que levou a sério a partida foi o goleiro Alisson, que defendeu até pênalti. Não fosse ele, os anfitriões poderiam ter até vencido. Como melhor em campo, dá para dizer que o arqueiro soube aproveitar muito bem sua chance.
Alisson é daquelas pedras mais cantadas no futebol. Irmão de Muriel, se encaixa perfeitamente no imaginário popular que costuma repetir: "Este é bom, mas o irmão mais novo é o melhor!" Além do mais, com as críticas que o titular vinha recebendo, e uma lesão um pouco estranha que o tirou das últimas rodadas, Alisson vem sendo observado por Dunga há três jogos. Mas foi somente nesta quinta-feira que ele conseguiu demonstrar melhores habilidades. O suficiente para ser dono da camisa 1? Vamos com calma, foi só o Salgueiro!
No entanto, foi inevitável não lembrar de um diálogo que tive com o treinador de goleiros colorado, Rogério Maia, em Veranópolis, no início deste ano. Estava ele analisando o gramado do estádio Antônio David Farina, quando eu perguntei quem seria o goleiro reserva da delegação: "Hoje é o Alisson. Estamos fazendo um rodízio." Já tinha ouvido sobre a fama do guri, então questionei sobre sua qualidade: "Ele é o melhor. Depois que entrar no time, não sai mais. E se continuar assim, vai parar na Seleção", respondeu-me Maia. E aí, é para tudo isso mesmo ou tem um irmão mais novo que é ainda melhor? Brincadeiras à parte, boa sorte ao novo titular da meta colorada.
A esfinge gremista
Foto: Lucas Uebel (Grêmio)
À tarde, conversei com o presidente Fábio Koff na concentração gremista, que me dizia preferir a fórmula de mata-mata: "Recuperamos o espírito guerreiro que tanto marcou a década de 90. E para isso é necessário ter o apoio do torcedor", disse ele à Rádio GUAÍBA. Se ele falou, está falado. Koff é uma múmia, tamanho é o número de faixas postas sobre o peito do 'velho'. Pois, além da múmia, há a esfinge. Existe algo a mais neste Grêmio que eliminou o Santos na Arena, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Que fórmula maluca é essa que faz o time rodar, confunde os comentaristas e torna volantes e zagueiros em artilheiros? E enquanto ninguém consegue responder a pergunta, o Grêmio vence seus jogos.
O Grêmio é a esfinge do Brasil neste momento. "Decifra-me ou te devoro" era o lema da Esfinge de Tebas, que ao ver os seres humanos incapazes de resolver o enigma, os eliminava - tal qual faz este time comandado por Renato Portaluppi. "Todo mundo falando que, com essa formação, vinha dando certo fora de casa, mas dentro de casa não daria. A gente foi para cima e mostrou que dava", disse Werley, autor do segundo gol (o primeiro foi de Souza), que classificou o Tricolor às quartas-de-final da Copa do Brasil. E ele tem razão! Em nenhuma das rádios, jornais, televisões, blogs e sites que cobrem o dia-a-dia do Grêmio, se ouviu/leu/viu elogios ao esquema tático de Renato Portaluppi. Muito pelo contrário! Até nas arquibancadas houve quem torcesse o nariz. E agora alguém ousa questionar?
Com este 3-5-2 - de três zagueiros e três volantes -, a equipe conseguiu vergar um tradicional adversário. "Eu tenho que aprender muita coisa no futebol, mas já vivi muito nesses 20 anos. Tem treinador com mais idade que eu, mas que está aprendendo com o Grêmio. Isso me deixa feliz", disse Renato, após a vitória. Quanto tempo levará para alguém decifrar este Grêmio do Renato? Quantos mais serão devorados?
À tarde, conversei com o presidente Fábio Koff na concentração gremista, que me dizia preferir a fórmula de mata-mata: "Recuperamos o espírito guerreiro que tanto marcou a década de 90. E para isso é necessário ter o apoio do torcedor", disse ele à Rádio GUAÍBA. Se ele falou, está falado. Koff é uma múmia, tamanho é o número de faixas postas sobre o peito do 'velho'. Pois, além da múmia, há a esfinge. Existe algo a mais neste Grêmio que eliminou o Santos na Arena, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Que fórmula maluca é essa que faz o time rodar, confunde os comentaristas e torna volantes e zagueiros em artilheiros? E enquanto ninguém consegue responder a pergunta, o Grêmio vence seus jogos.
O Grêmio é a esfinge do Brasil neste momento. "Decifra-me ou te devoro" era o lema da Esfinge de Tebas, que ao ver os seres humanos incapazes de resolver o enigma, os eliminava - tal qual faz este time comandado por Renato Portaluppi. "Todo mundo falando que, com essa formação, vinha dando certo fora de casa, mas dentro de casa não daria. A gente foi para cima e mostrou que dava", disse Werley, autor do segundo gol (o primeiro foi de Souza), que classificou o Tricolor às quartas-de-final da Copa do Brasil. E ele tem razão! Em nenhuma das rádios, jornais, televisões, blogs e sites que cobrem o dia-a-dia do Grêmio, se ouviu/leu/viu elogios ao esquema tático de Renato Portaluppi. Muito pelo contrário! Até nas arquibancadas houve quem torcesse o nariz. E agora alguém ousa questionar?
Com este 3-5-2 - de três zagueiros e três volantes -, a equipe conseguiu vergar um tradicional adversário. "Eu tenho que aprender muita coisa no futebol, mas já vivi muito nesses 20 anos. Tem treinador com mais idade que eu, mas que está aprendendo com o Grêmio. Isso me deixa feliz", disse Renato, após a vitória. Quanto tempo levará para alguém decifrar este Grêmio do Renato? Quantos mais serão devorados?
terça-feira, 27 de agosto de 2013
A culpa é do Ronaldo Alves?
Foto: Ricardo Rimoli (Lancepress)
Primeiro a culpa era de Muriel. O senso comum entre os colorados dizia que bastava chutar no gol, que a bola entrava. Assim se explicava os números da tão vazada defesa do Inter no Brasileirão. Pois contra o Goiás, quem ficou embaixo das traves foi o irmão Alisson, e os gols continuaram acontecendo. Agora a culpa recai sobre o zagueiro Ronaldo Alves. Eu confesso, não sou um fã deste atleta - muito pelo contrário, sou até crítico -, mas não concordo que as críticas recaiam somente sobre ele. Enfim, como a moda é personificar a culpa em alguém, analisarei os números dos tentos sofridos pela zaga vermelha. Tire suas conclusões.
- Laterais:
Gabriel*: 4v 3e 1d (aproveitamento de 62,5%) - 12 gols sofridos (média de 1,5 gol por jogo)
J.Henrique: 2e (33,3% aprov) - 3 gols (1,5 por jogo)
Ednei*: 2v 3e 1d (50% aprov) - 9 gols (1,5 por jogo)
Kleber: 4v 4e 1d (59,2% aprov) - 16 gols (1,7 por jogo)
Fabrício: 1v 4e 1d (38,8% aprov) - 8 gols (1,3 por jogo)
- Zagueiros:
Moledo: 1v 2e 1d (41,6% aprov) - 5 gols (1,25 por jogo)
Índio: 2v 1e (77,7% aprov) - 5 gols (1,6 por jogo)
Juan*: 5v 7e 2d (52,3% aprov) - 24 gols (1,71 por jogo)
R.Alves*: 2v 6e 1d (44,4% aprov) - 14 gols (1,5 por jogo)
Alan: 1e (33,3% aprov) - 0 gol
*Contra Cruzeiro e Flamengo, lesões fizeram com que cada atleta atuasse um tempo
Primeiro a culpa era de Muriel. O senso comum entre os colorados dizia que bastava chutar no gol, que a bola entrava. Assim se explicava os números da tão vazada defesa do Inter no Brasileirão. Pois contra o Goiás, quem ficou embaixo das traves foi o irmão Alisson, e os gols continuaram acontecendo. Agora a culpa recai sobre o zagueiro Ronaldo Alves. Eu confesso, não sou um fã deste atleta - muito pelo contrário, sou até crítico -, mas não concordo que as críticas recaiam somente sobre ele. Enfim, como a moda é personificar a culpa em alguém, analisarei os números dos tentos sofridos pela zaga vermelha. Tire suas conclusões.
- Laterais:
Gabriel*: 4v 3e 1d (aproveitamento de 62,5%) - 12 gols sofridos (média de 1,5 gol por jogo)
J.Henrique: 2e (33,3% aprov) - 3 gols (1,5 por jogo)
Ednei*: 2v 3e 1d (50% aprov) - 9 gols (1,5 por jogo)
Kleber: 4v 4e 1d (59,2% aprov) - 16 gols (1,7 por jogo)
Fabrício: 1v 4e 1d (38,8% aprov) - 8 gols (1,3 por jogo)
- Zagueiros:
Moledo: 1v 2e 1d (41,6% aprov) - 5 gols (1,25 por jogo)
Índio: 2v 1e (77,7% aprov) - 5 gols (1,6 por jogo)
Juan*: 5v 7e 2d (52,3% aprov) - 24 gols (1,71 por jogo)
R.Alves*: 2v 6e 1d (44,4% aprov) - 14 gols (1,5 por jogo)
Alan: 1e (33,3% aprov) - 0 gol
*Contra Cruzeiro e Flamengo, lesões fizeram com que cada atleta atuasse um tempo
Cada volante no seu quadrado
Foto: Cristiano Oliveski (Grêmio)
A época das vacas magras está chegando ao fim no Grêmio - se é que algum dia chegou a se sentir que este período passou pela Arena. Para quem não percebeu, foi sem poder contar com Zé Roberto, Elano e Vargas, que o técnico Renato Portaluppi armou o tal esquema 3-5-2, que enfileirou vitórias no Brasileirão. Mas agora, quando o buraco é mais embaixo, o Departamento Médico começa a abrir as portas. Nesta quarta-feira, diante do Santos, pela Copa do Brasil, o comandante terá os retornos de Zé Roberto e Vargas. Mesmo assim, a prudência manda não mexer na equipe. E, antes que o camisa 10 comece a se preocupar, vem o alento.
Zé Roberto não ficará por muito tempo sentado no banco de reservas. Primeiro porque, tudo leva a crer, se não iniciar jogando contra os santistas, entrará no decorrer da partida. O Grêmio precisa reverter a derrota de 1 a 0 obtida na Vila Belmiro, se quiser passar. E, para isso, os serviços do meia são essenciais onde hoje só se tem volantes (bons, é verdade, mas ainda volantes). E depois disso, Zé Roberto poderá reinar no meio-campo gremista, como antigamente.
Tudo isso porque Cristian Riveros foi convocado para a Seleção Paraguaia, que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo. Assim, desfalcará o Tricolor contra Goiás e Portuguesa, no Brasileirão. Mas, sem aflição! Zé Roberto poderá entrar no time de Renato sem fazer 'estragos'. O esquema 'bom' e 'que vence' poderá ser tranquilamente mantido. Basta Zé assumir a função da esquerda, com Souza de primeiro homem e Ramiro na direita. Pronto, os volantes continuarão intocáveis! E se alguém acha que o atual camisa 10 do Grêmio não sabe marcar, eu recordo: no 'Quadrado Mágico' do Parrera, em 2006, era Zé Roberto o carregador de piano do time.
A época das vacas magras está chegando ao fim no Grêmio - se é que algum dia chegou a se sentir que este período passou pela Arena. Para quem não percebeu, foi sem poder contar com Zé Roberto, Elano e Vargas, que o técnico Renato Portaluppi armou o tal esquema 3-5-2, que enfileirou vitórias no Brasileirão. Mas agora, quando o buraco é mais embaixo, o Departamento Médico começa a abrir as portas. Nesta quarta-feira, diante do Santos, pela Copa do Brasil, o comandante terá os retornos de Zé Roberto e Vargas. Mesmo assim, a prudência manda não mexer na equipe. E, antes que o camisa 10 comece a se preocupar, vem o alento.
Zé Roberto não ficará por muito tempo sentado no banco de reservas. Primeiro porque, tudo leva a crer, se não iniciar jogando contra os santistas, entrará no decorrer da partida. O Grêmio precisa reverter a derrota de 1 a 0 obtida na Vila Belmiro, se quiser passar. E, para isso, os serviços do meia são essenciais onde hoje só se tem volantes (bons, é verdade, mas ainda volantes). E depois disso, Zé Roberto poderá reinar no meio-campo gremista, como antigamente.
Tudo isso porque Cristian Riveros foi convocado para a Seleção Paraguaia, que disputa as Eliminatórias para a Copa do Mundo. Assim, desfalcará o Tricolor contra Goiás e Portuguesa, no Brasileirão. Mas, sem aflição! Zé Roberto poderá entrar no time de Renato sem fazer 'estragos'. O esquema 'bom' e 'que vence' poderá ser tranquilamente mantido. Basta Zé assumir a função da esquerda, com Souza de primeiro homem e Ramiro na direita. Pronto, os volantes continuarão intocáveis! E se alguém acha que o atual camisa 10 do Grêmio não sabe marcar, eu recordo: no 'Quadrado Mágico' do Parrera, em 2006, era Zé Roberto o carregador de piano do time.
segunda-feira, 26 de agosto de 2013
Capitão de 94 vs. Capitão de 82
Foto: Alexandre Lops (Inter)
Mais uma vez o Internacional frustrou seu torcedor. Pela quinta vez consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Colorado empatou - desta vez em 3 a 3 com o Goiás. É a sexta rodada sem vitória. Enquanto isso, o time se distancia do G-4, para não falar em briga pelo título. E até a velha bengala do jogo atrasado contra o Santos foi deixada de lado. "Esse argumento caiu por terra", admitiu o diretor Luis César Souto de Moura. O que está acontecendo com o Inter?
Segundo o capitão D'Alessandro, a equipe até vem atuando bem, mas o resultado não acompanha as apresentações. Não deixa de ser uma verdade. Mas, para explicar isso, o argentino disparou: "Tem time aí que joga dando balão, joga na defesa e faz bom resultado", numa clara referência ao Grêmio. "A gente, por enquanto, não vai jogar assim. Se tiver que morrer, vamos morrer de pé com nossas ideias. Prefiro jogar bem, que o torcedor assista a gente jogando melhor que o adversário", completou. Bom, aí são outros quinhentos. Que o ataque vem marcando gols, o time mostrando um bom futebol, tudo bem. Mas o torcedor não irá engolir este argumento. Ou melhor, o técnico Dunga não irá engolir.
Questionado sobre a declaração de D'Ale, o treinador respondeu: "O melhor é jogar bonito e ganhar, mas vai ter partidas em que a gente vai atuar da forma mais adequada ao jogo." Fala por si só. Talvez D'Alessandro não saiba, mas a escola de Dunga é do 'ganhar a qualquer custo'. Essa de 'perder desde que jogando bem' não casa com o Capitão do Tetra. Dunga é defensor ferrenho da tese que, na Copa do Mundo de 1994, o time capitaneado por ele não tinha o futebol mais vistoso, mas colocou faixa no peito. Em 1982, no entanto, quando a plástica era preponderante, deu a pragmática Itália na cabeça. Neste momento há um choque de ideias: jogar como em 94 ou em 82? Ser Dunga ou ser D'Alessandro?
Mais uma vez o Internacional frustrou seu torcedor. Pela quinta vez consecutiva no Campeonato Brasileiro, o Colorado empatou - desta vez em 3 a 3 com o Goiás. É a sexta rodada sem vitória. Enquanto isso, o time se distancia do G-4, para não falar em briga pelo título. E até a velha bengala do jogo atrasado contra o Santos foi deixada de lado. "Esse argumento caiu por terra", admitiu o diretor Luis César Souto de Moura. O que está acontecendo com o Inter?
Segundo o capitão D'Alessandro, a equipe até vem atuando bem, mas o resultado não acompanha as apresentações. Não deixa de ser uma verdade. Mas, para explicar isso, o argentino disparou: "Tem time aí que joga dando balão, joga na defesa e faz bom resultado", numa clara referência ao Grêmio. "A gente, por enquanto, não vai jogar assim. Se tiver que morrer, vamos morrer de pé com nossas ideias. Prefiro jogar bem, que o torcedor assista a gente jogando melhor que o adversário", completou. Bom, aí são outros quinhentos. Que o ataque vem marcando gols, o time mostrando um bom futebol, tudo bem. Mas o torcedor não irá engolir este argumento. Ou melhor, o técnico Dunga não irá engolir.
Questionado sobre a declaração de D'Ale, o treinador respondeu: "O melhor é jogar bonito e ganhar, mas vai ter partidas em que a gente vai atuar da forma mais adequada ao jogo." Fala por si só. Talvez D'Alessandro não saiba, mas a escola de Dunga é do 'ganhar a qualquer custo'. Essa de 'perder desde que jogando bem' não casa com o Capitão do Tetra. Dunga é defensor ferrenho da tese que, na Copa do Mundo de 1994, o time capitaneado por ele não tinha o futebol mais vistoso, mas colocou faixa no peito. Em 1982, no entanto, quando a plástica era preponderante, deu a pragmática Itália na cabeça. Neste momento há um choque de ideias: jogar como em 94 ou em 82? Ser Dunga ou ser D'Alessandro?
domingo, 25 de agosto de 2013
Koff tinha razão, Renato
Foto: Edu Andrade (Agência Estado)
Só um visionário consegue decretar agora, na 16ª rodada, quem será o campeão brasileiro de 2013. Por isso, não serei eu a me arriscar. Contudo, o presidente do Grêmio, Fábio Koff, que também não tem bola de cristal, resolveu colocar o seu Tricolor nesta condição de favoritismo. Fato este que não agradou muito o técnico Renato Portaluppi. A declaração foi dada após a vitória sobre o Cruzeiro e, de lá para cá, foram duas vitórias fora de casa, contra Vasco e Flamengo - a última neste sábado. Confesso que na hora pensei como Renato, duvidei do presidente, achei que ele falava demais. Hoje, olho para a frase e penso: Koff tinha razão.
"Se o presidente voltar a falar em título, vou puxar a orelha dele", disse em tom de brincadeira o treinador gremista após a vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo, em Brasília. Bom, Renato, agora não dá mais. Impossível não colocar o Grêmio entre os candidatos a taça. Existem muitas rodadas pela frente, é verdade. Mas a maneira como o time vem jogando e, principalmente, como jogou contra os cariocas, anima o torcedor e o crítico de futebol. Está longe de ser um futebol plástico e bonito. Mas se o esquema bom é o que vence, o futebol bonito também é o que pontua - seja ele com gol de falta de Pará, algo impensável há dois meses.
Não vejo Cruzeiro ou Botafogo em condições de título nacional. Pode ser preconceito meu, mas não vejo pelo simples fato do futebol bonito que vem sendo praticado por eles. Desde que o Brasileirão assumiu para si esta fórmula de pontos corridos, não vence aquele que joga bonito, mas aquele que é mais eficiente. O São Paulo de Muricy Ramalho, o Fluminense de Abel Braga, o Flamengo de Andrade. Será que o Grêmio de Renato pode entrar nessa fila? Hoje (domingo, 25 de agosto de 2013) não há no Brasil alguém jogando de maneira mais pragmática e eficiente do que o Tricolor gaúcho. Se o título virá, eu não vou me arriscar. Pergunte ao Fábio Koff.
Só um visionário consegue decretar agora, na 16ª rodada, quem será o campeão brasileiro de 2013. Por isso, não serei eu a me arriscar. Contudo, o presidente do Grêmio, Fábio Koff, que também não tem bola de cristal, resolveu colocar o seu Tricolor nesta condição de favoritismo. Fato este que não agradou muito o técnico Renato Portaluppi. A declaração foi dada após a vitória sobre o Cruzeiro e, de lá para cá, foram duas vitórias fora de casa, contra Vasco e Flamengo - a última neste sábado. Confesso que na hora pensei como Renato, duvidei do presidente, achei que ele falava demais. Hoje, olho para a frase e penso: Koff tinha razão.
"Se o presidente voltar a falar em título, vou puxar a orelha dele", disse em tom de brincadeira o treinador gremista após a vitória de 1 a 0 sobre o Flamengo, em Brasília. Bom, Renato, agora não dá mais. Impossível não colocar o Grêmio entre os candidatos a taça. Existem muitas rodadas pela frente, é verdade. Mas a maneira como o time vem jogando e, principalmente, como jogou contra os cariocas, anima o torcedor e o crítico de futebol. Está longe de ser um futebol plástico e bonito. Mas se o esquema bom é o que vence, o futebol bonito também é o que pontua - seja ele com gol de falta de Pará, algo impensável há dois meses.
Não vejo Cruzeiro ou Botafogo em condições de título nacional. Pode ser preconceito meu, mas não vejo pelo simples fato do futebol bonito que vem sendo praticado por eles. Desde que o Brasileirão assumiu para si esta fórmula de pontos corridos, não vence aquele que joga bonito, mas aquele que é mais eficiente. O São Paulo de Muricy Ramalho, o Fluminense de Abel Braga, o Flamengo de Andrade. Será que o Grêmio de Renato pode entrar nessa fila? Hoje (domingo, 25 de agosto de 2013) não há no Brasil alguém jogando de maneira mais pragmática e eficiente do que o Tricolor gaúcho. Se o título virá, eu não vou me arriscar. Pergunte ao Fábio Koff.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Sissoko espera no banco colorado
Definido o local do jogo, com a liberação do Estádio do Vale, resta agora a definição da equipe. Qual Inter enfrentará o Goiás neste domingo em Novo Hamburgo? As dúvidas devem ser sanadas no treino deste sábado, após avaliar o tamanho do desgaste contra o Salgueiro-PE. O goleiro Muriel é a grande dúvida. Não se recuperando das dores lombares que o tiraram do último jogo, seu irmão Alisson continua como titular. Com Willians suspenso, Ygor pode voltar ao meio-campo, com Ednei retornando à lateral direita. Uma das poucas confirmações é que Sissoko não joga.
Brincadeiras à parte, a confusão foi feita pelo técnico Dunga, em entrevista coletiva concedida no CT Parque Gigante. Perguntado sobre a possibilidade de escalar Scocco como titular, o treinador acabou confundindo o atacante argentino com o volante de Máli (naturalizado francês), Mohamed Sissoko. "Antes do jogo, questionavam o Forlán. Hoje ele é titular, não querem o outro, o Sissoko. Amanhã já muda totalmente. Então, o treinador tem que decidir pela cabeça, e o resto diz depois do jogo se está certo ou errado. O treinador tem que dizer o que é certo antes do jogo, essa é a diferença", disse Dunga.
Apesar da confusão, deu para perceber que Forlán (de boa atuação nesta quinta-feira) continua titular no ataque colorado, ao lado de Leandro Damião. A escalação de três atacantes, somente em caso de maior necessidade - como o que ocorreu pela Copa do Brasil. Ou seja, se o jogo enfeiar, se o Goiás conseguir atrapalhar uma segunda vitória consecutiva do Inter, Dunga não exitará em chamar Scocco do banco de reservas. Apesar dos 3 gols em 5 jogos, o argentino segue reserva. Até porque tem de desbancar nada mais, nada menos do que o artilheiro da temporada vermelha: Diego Forlán.
Brincadeiras à parte, a confusão foi feita pelo técnico Dunga, em entrevista coletiva concedida no CT Parque Gigante. Perguntado sobre a possibilidade de escalar Scocco como titular, o treinador acabou confundindo o atacante argentino com o volante de Máli (naturalizado francês), Mohamed Sissoko. "Antes do jogo, questionavam o Forlán. Hoje ele é titular, não querem o outro, o Sissoko. Amanhã já muda totalmente. Então, o treinador tem que decidir pela cabeça, e o resto diz depois do jogo se está certo ou errado. O treinador tem que dizer o que é certo antes do jogo, essa é a diferença", disse Dunga.
Apesar da confusão, deu para perceber que Forlán (de boa atuação nesta quinta-feira) continua titular no ataque colorado, ao lado de Leandro Damião. A escalação de três atacantes, somente em caso de maior necessidade - como o que ocorreu pela Copa do Brasil. Ou seja, se o jogo enfeiar, se o Goiás conseguir atrapalhar uma segunda vitória consecutiva do Inter, Dunga não exitará em chamar Scocco do banco de reservas. Apesar dos 3 gols em 5 jogos, o argentino segue reserva. Até porque tem de desbancar nada mais, nada menos do que o artilheiro da temporada vermelha: Diego Forlán.
Pago quando puder
O Grêmio já sabe que terá de enfrentar Marcelo Moreno no próximo sábado. Nada contra! Se a atual direção chegou à ideia de que o boliviano não servia mais para o Tricolor, não há mal nenhum em enfrentá-lo. Porém, há um acerto entre cavalheiros, de que o jogador até pode ser utilizado, desde que se pague uma multa por isso. Neste caso, R$ 300 mil para que o Flamengo entre em campo com seu centroavante titular.
Conforme o repórter da Rádio GUAÍBA, Igor Póvoa, há uma convicção na direção gremista de que Moreno será escalado. Aliás, houve inclusive um contato entre os presidentes Eduardo Bandeira e Fábio Koff. Porém, não há uma certeza de que o pagamento será feito antes da bola rolar - como pede o contrato de empréstimo. Não é de se duvidar, já que fato semelhante ocorreu envolvendo praticamente os mesmos personagens. Não Moreno ou Flamengo, mas Grêmio e Paulo Pelaipe.
Atual diretor-executivo do Flamengo, Pelaipe bancou a escalação do lateral-direito Pará, na partida contra o Santos, pelo Brasileirão do ano passado - quando este estava sob as cores do Grêmio. A direção paulista exigia a mesma quantia (R$ 300 mil), que não foram pagos nas 48 horas anteriores exigidas. Assim, Pará foi a campo e ainda protagonizou a expulsão de Neymar, no empate em 1 a 1 no Olímpico. O jogo aconteceu em setembro, mas o pagamento só foi efetuado em dezembro - quando a direção que venceu as eleições começou a discutir a renovação do contrato do lateral. Antes disso, o vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, ameaçava via imprensa até mesmo acionar o departamento jurídico para cobrar tal dívida. Teremos replay em 2013?
Conforme o repórter da Rádio GUAÍBA, Igor Póvoa, há uma convicção na direção gremista de que Moreno será escalado. Aliás, houve inclusive um contato entre os presidentes Eduardo Bandeira e Fábio Koff. Porém, não há uma certeza de que o pagamento será feito antes da bola rolar - como pede o contrato de empréstimo. Não é de se duvidar, já que fato semelhante ocorreu envolvendo praticamente os mesmos personagens. Não Moreno ou Flamengo, mas Grêmio e Paulo Pelaipe.
Atual diretor-executivo do Flamengo, Pelaipe bancou a escalação do lateral-direito Pará, na partida contra o Santos, pelo Brasileirão do ano passado - quando este estava sob as cores do Grêmio. A direção paulista exigia a mesma quantia (R$ 300 mil), que não foram pagos nas 48 horas anteriores exigidas. Assim, Pará foi a campo e ainda protagonizou a expulsão de Neymar, no empate em 1 a 1 no Olímpico. O jogo aconteceu em setembro, mas o pagamento só foi efetuado em dezembro - quando a direção que venceu as eleições começou a discutir a renovação do contrato do lateral. Antes disso, o vice-presidente do Santos, Odílio Rodrigues, ameaçava via imprensa até mesmo acionar o departamento jurídico para cobrar tal dívida. Teremos replay em 2013?
quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Adelante, mas com titulares
Foto: Alexandre Lops (Inter)
Internacional pasó a los cuartos de final de la Copa de Brasil. Calma, você não está maluco! A primeira frase foi escrita em espanhol de maneira intencional - assim como a vitória sobre o Salgueiro, nesta quinta-feira, também foi escrita na mesma língua. Com gols de D'Alessandro, Scocco e Forlán, o Colorado fez funcionar seu ataque e empurrou a retranca pernambucana para o fundo das redes. Não foi a goleada imaginada quando se postava as grandezas dos dois clubes frente a frente. Porém, é uma vitória importantíssima. Com os 3 a 0, não é exagero afirmar que o Inter está na próxima fase do torneio nacional - mesmo tendo o jogo de volta na próxima semana, fora de casa.
Agora, que não me volte o papo de poupar jogadores no dia 28. Após a partida, o técnico Dunga foi indagado sobre esta possibilidade e respondeu: "É cedo. Vamos avaliar para saber quem tem condições físicas de atuar" - tudo por conta da larga viagem à fronteira do Ceará com Pernambuco. Mas, espera lá! Para quem não lembra, a última vez que se levantou esta discussão, o Colorado se ferrou. Foi contra o Náutico, em Recife, onde D'Alessandro e Fabrício forçaram os cartões amarelos uma rodada antes, para entrarem em campo no Gre-Nal. Resultado: uma fiasquenta derrota por 3 a 0 e longa sequência de 5 jogos sem vitória.
Esta vitória contra o Salgueiro, acima de tudo, serve para colocar as coisas no lugar. Para a bola voltar a entrar, para a zaga parar de levar gols, para a confiança retornar ao vestiário. E, antes que alguém queira chacotear os pernambucanos, lembre que até desembarcar em Novo Hamburgo, eles estavam invictos na Copa do Brasil - eliminou Vitória e Criciúma com dois empates (0 a 0 e 1 a 1) e, antes, havia derrubado o Boa Esporte com uma vitória por 2 a 0 e empate em 2 a 2. Por isso, adelante, mas sempre com titulares.
Internacional pasó a los cuartos de final de la Copa de Brasil. Calma, você não está maluco! A primeira frase foi escrita em espanhol de maneira intencional - assim como a vitória sobre o Salgueiro, nesta quinta-feira, também foi escrita na mesma língua. Com gols de D'Alessandro, Scocco e Forlán, o Colorado fez funcionar seu ataque e empurrou a retranca pernambucana para o fundo das redes. Não foi a goleada imaginada quando se postava as grandezas dos dois clubes frente a frente. Porém, é uma vitória importantíssima. Com os 3 a 0, não é exagero afirmar que o Inter está na próxima fase do torneio nacional - mesmo tendo o jogo de volta na próxima semana, fora de casa.
Agora, que não me volte o papo de poupar jogadores no dia 28. Após a partida, o técnico Dunga foi indagado sobre esta possibilidade e respondeu: "É cedo. Vamos avaliar para saber quem tem condições físicas de atuar" - tudo por conta da larga viagem à fronteira do Ceará com Pernambuco. Mas, espera lá! Para quem não lembra, a última vez que se levantou esta discussão, o Colorado se ferrou. Foi contra o Náutico, em Recife, onde D'Alessandro e Fabrício forçaram os cartões amarelos uma rodada antes, para entrarem em campo no Gre-Nal. Resultado: uma fiasquenta derrota por 3 a 0 e longa sequência de 5 jogos sem vitória.
Esta vitória contra o Salgueiro, acima de tudo, serve para colocar as coisas no lugar. Para a bola voltar a entrar, para a zaga parar de levar gols, para a confiança retornar ao vestiário. E, antes que alguém queira chacotear os pernambucanos, lembre que até desembarcar em Novo Hamburgo, eles estavam invictos na Copa do Brasil - eliminou Vitória e Criciúma com dois empates (0 a 0 e 1 a 1) e, antes, havia derrubado o Boa Esporte com uma vitória por 2 a 0 e empate em 2 a 2. Por isso, adelante, mas sempre com titulares.
O Fabrício de hoje é o Alex de ontem
Foto: Alexandre Lops (Inter)
Ouvi e li críticas com relação à escalação de Dunga para enfrentar o Salgueiro-PE nesta quinta-feira. Mas pare e pense: como colocar Forlán no banco de reservas para Nacho Scocco. Até concordo que em termos de movimentação, o argentino mostrou bem mais que o uruguaio. Mas Diego é o artilheiro colorado na temporada, e volta depois de marcar dois gols por sua seleção em amistoso no Japão. Ou seja, por enquanto, Scocco espera. E Alex Raphael? Bom, Alex também terá de esperar.
O mundo inteiro percebeu que o atual camisa 12 ainda não tem condições físicas ideais. Em todas as partidas que iniciou como titular, Alex cai e muito de produção. Por isso, não há exagero algum em escalar Fabrício na meia cancha. Aliás, quando Dunga fez isso pela primeira vez, causou um certo desconforto ver o lateral-esquerdo improvisado como meio-campista: "Eu comecei jogando assim nas categorias de base. Depois é que fui para a lateral. Mas comecei no meio-campo mesmo", revelou Fabrício em entrevista há cerca de um mês. E se formos pensar, Fabrício apenas repete a própria história de Alex.
Alex chegou ao Beira-Rio em 2004, vindo do Guarani de Campinas. Fabrício também veio do futebol paulista, mas da Portuguesa. No início, Alex não encontrou facilidades para jogar como meia, e acabou sendo improvisado na lateral esquerda pelo então treinador colorado Muricy Ramalho. O mesmo ocorreu com Fabrício, que só foi ter as primeiras oportunidades no meio com Paulo Roberto Falcão - muito criticado à época, diga-se de passagem. Para finalizar a tese de que, momentaneamente, Fabrício merece a titularidade, basta analisar os números. Com ele no meio-campo, o Inter está invicto: são 3 vitórias (Vasco, Fluminense e Flamengo) e 1 empate (América-MG). Sendo assim, Dunga tem todas as razões do mundo para fazer Scocco e Alex esperarem por Forlán e Fabrício.
Ouvi e li críticas com relação à escalação de Dunga para enfrentar o Salgueiro-PE nesta quinta-feira. Mas pare e pense: como colocar Forlán no banco de reservas para Nacho Scocco. Até concordo que em termos de movimentação, o argentino mostrou bem mais que o uruguaio. Mas Diego é o artilheiro colorado na temporada, e volta depois de marcar dois gols por sua seleção em amistoso no Japão. Ou seja, por enquanto, Scocco espera. E Alex Raphael? Bom, Alex também terá de esperar.
O mundo inteiro percebeu que o atual camisa 12 ainda não tem condições físicas ideais. Em todas as partidas que iniciou como titular, Alex cai e muito de produção. Por isso, não há exagero algum em escalar Fabrício na meia cancha. Aliás, quando Dunga fez isso pela primeira vez, causou um certo desconforto ver o lateral-esquerdo improvisado como meio-campista: "Eu comecei jogando assim nas categorias de base. Depois é que fui para a lateral. Mas comecei no meio-campo mesmo", revelou Fabrício em entrevista há cerca de um mês. E se formos pensar, Fabrício apenas repete a própria história de Alex.
Alex chegou ao Beira-Rio em 2004, vindo do Guarani de Campinas. Fabrício também veio do futebol paulista, mas da Portuguesa. No início, Alex não encontrou facilidades para jogar como meia, e acabou sendo improvisado na lateral esquerda pelo então treinador colorado Muricy Ramalho. O mesmo ocorreu com Fabrício, que só foi ter as primeiras oportunidades no meio com Paulo Roberto Falcão - muito criticado à época, diga-se de passagem. Para finalizar a tese de que, momentaneamente, Fabrício merece a titularidade, basta analisar os números. Com ele no meio-campo, o Inter está invicto: são 3 vitórias (Vasco, Fluminense e Flamengo) e 1 empate (América-MG). Sendo assim, Dunga tem todas as razões do mundo para fazer Scocco e Alex esperarem por Forlán e Fabrício.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
Não precisa mudar o esquema para mudar a frase
Foto: Miguel Schincariol (Gazeta Press/Terra)
O futebol mudou muito desde que foi inventado. Novas regras, nomenclaturas e esquemas táticos. O que não muda é a sentença universal: "Quem não faz, leva". Esta frase é a mais clássica de todas, e define a derrota do Grêmio para o Santos, por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Digo isto porque Kleber, Barcos e Souza perderam chances imperdíveis, minutos antes do garoto 'Gabigol' comemorar diante da torcida santista. "Fica a lição! A Copa do Brasil é diferente. Não podemos perder esse tipo de gol, nem tomar esse tipo de gol também", sacramentou Bressan na saída de campo.
Eu até penso que o Tricolor tem totais condições de reverter o placar na Arena, na semana que vem em Porto Alegre, e passar pelo Santos. No entanto, é preciso mexer no que se viu hoje. É bem verdade que a formação com três zagueiros e três volantes foi a mesma que trouxe a vitória contra o Vasco da Gama. Mas, se faz necessário que o time tenha armação. Nem é preciso mexer no esquema - apenas escalar alguém capaz de criar no meio-campo.
Indagado sobre modificações para a próxima apresentação, o técnico Renato Portaluppi disparou: "Se eu for mudar de esquema a cada derrota, teremos 800 esquemas até o fim do campeonato." Concordo com o treinador, porém ele não pode então repetir a antiga frase de que esquema bom é o que ganha. Fosse assim, seria necessário mudá-lo em caso de derrota. Dizer que o Grêmio perdeu na Vila porque a bola não entrou é tão simplista quanto dizer que o time ganhou no Rio de Janeiro porque a bola entrou. Nem um, nem outro. Existem coisas no futebol que não são definitivas. Outras (poucas) são, como a frase: "Quem não faz, leva".
O futebol mudou muito desde que foi inventado. Novas regras, nomenclaturas e esquemas táticos. O que não muda é a sentença universal: "Quem não faz, leva". Esta frase é a mais clássica de todas, e define a derrota do Grêmio para o Santos, por 1 a 0, nesta quarta-feira, na Vila Belmiro. Digo isto porque Kleber, Barcos e Souza perderam chances imperdíveis, minutos antes do garoto 'Gabigol' comemorar diante da torcida santista. "Fica a lição! A Copa do Brasil é diferente. Não podemos perder esse tipo de gol, nem tomar esse tipo de gol também", sacramentou Bressan na saída de campo.
Eu até penso que o Tricolor tem totais condições de reverter o placar na Arena, na semana que vem em Porto Alegre, e passar pelo Santos. No entanto, é preciso mexer no que se viu hoje. É bem verdade que a formação com três zagueiros e três volantes foi a mesma que trouxe a vitória contra o Vasco da Gama. Mas, se faz necessário que o time tenha armação. Nem é preciso mexer no esquema - apenas escalar alguém capaz de criar no meio-campo.
Indagado sobre modificações para a próxima apresentação, o técnico Renato Portaluppi disparou: "Se eu for mudar de esquema a cada derrota, teremos 800 esquemas até o fim do campeonato." Concordo com o treinador, porém ele não pode então repetir a antiga frase de que esquema bom é o que ganha. Fosse assim, seria necessário mudá-lo em caso de derrota. Dizer que o Grêmio perdeu na Vila porque a bola não entrou é tão simplista quanto dizer que o time ganhou no Rio de Janeiro porque a bola entrou. Nem um, nem outro. Existem coisas no futebol que não são definitivas. Outras (poucas) são, como a frase: "Quem não faz, leva".
3-5-2 contra o Santos
Foto: Neco Varella (Freelancer/UOL)
Há 3 anos, Grêmio e Santos entravam em campo para o jogo de ida da Copa do Brasil. Não era oitavas-de-final, como a desta noite. A competição estava nas quartas, e a partida acontecia no estádio Olímpico (situação inversa a deste ano). Porém, o esquema tático adotado pelo Tricolor era exatamente o mesmo que vem dando sequência de vitórias ao time de Renato Portaluppi: o 3-5-2. Foi uma situação emergencial adotada por Silas, e que se mostraria um enorme equívoco.
Sem poder contar com os laterais Neuton e Fábio Santos, o treinador resolveu implantar três zagueiros - na ocasião, Mário Fernandes, Ozéia e Rodrigo. Assim, Edílson passou para a ala-direita e Hugo foi improvisado no lado esquerdo. Adílson e Willian Magrão formavam a dupla de volantes, com Douglas, Jonas e Borges tomando as ações ofensivas. Tudo isso no papel. Pois o que se viu mesmo foi o Santos dominar a partida, abrir 2 a 0 no placar (gols de André, hoje no Vasco) e ainda perder um pênalti, com Robinho. Um verdadeiro fiasco diante do torcedor em Porto Alegre! Mas, a tempo, Silas reviu o erro e voltou ao seu 4-4-2 - sacou Mário e colocou Joílson, e aí começou a virada que todos lembramos. No final, um incrível 4 a 3, repleto de emoções.
Na Vila Belmiro, o Santos de Dorival Júnior acabaria vencedor. Enfim, provou que era mais time mesmo, foi campeão daquele ano. Entretanto, a lição está ali. Não quer dizer que o 3-5-2 é errado. Se Renato encontrou três vitórias consecutivas com esta formação, que assim permaneça. Não faça como Silas, que resolveu mudar tudo antes de um jogo decisivo. Seria como, às vésperas de enfrentar o Santos hoje, o treinador colocasse um 4-4-2 cheio de improvisações. Não! Ao contrário de 2010, o 3-5-2 é o que o Grêmio tem de melhor para o momento.
Há 3 anos, Grêmio e Santos entravam em campo para o jogo de ida da Copa do Brasil. Não era oitavas-de-final, como a desta noite. A competição estava nas quartas, e a partida acontecia no estádio Olímpico (situação inversa a deste ano). Porém, o esquema tático adotado pelo Tricolor era exatamente o mesmo que vem dando sequência de vitórias ao time de Renato Portaluppi: o 3-5-2. Foi uma situação emergencial adotada por Silas, e que se mostraria um enorme equívoco.
Sem poder contar com os laterais Neuton e Fábio Santos, o treinador resolveu implantar três zagueiros - na ocasião, Mário Fernandes, Ozéia e Rodrigo. Assim, Edílson passou para a ala-direita e Hugo foi improvisado no lado esquerdo. Adílson e Willian Magrão formavam a dupla de volantes, com Douglas, Jonas e Borges tomando as ações ofensivas. Tudo isso no papel. Pois o que se viu mesmo foi o Santos dominar a partida, abrir 2 a 0 no placar (gols de André, hoje no Vasco) e ainda perder um pênalti, com Robinho. Um verdadeiro fiasco diante do torcedor em Porto Alegre! Mas, a tempo, Silas reviu o erro e voltou ao seu 4-4-2 - sacou Mário e colocou Joílson, e aí começou a virada que todos lembramos. No final, um incrível 4 a 3, repleto de emoções.
Na Vila Belmiro, o Santos de Dorival Júnior acabaria vencedor. Enfim, provou que era mais time mesmo, foi campeão daquele ano. Entretanto, a lição está ali. Não quer dizer que o 3-5-2 é errado. Se Renato encontrou três vitórias consecutivas com esta formação, que assim permaneça. Não faça como Silas, que resolveu mudar tudo antes de um jogo decisivo. Seria como, às vésperas de enfrentar o Santos hoje, o treinador colocasse um 4-4-2 cheio de improvisações. Não! Ao contrário de 2010, o 3-5-2 é o que o Grêmio tem de melhor para o momento.
segunda-feira, 19 de agosto de 2013
Será possível um ataque Mercosul?
São cinco jogos sem vencer e a posição na tabela do Brasileirão não é dos melhores. Algo precisa mudar! Mas o quê? Para a próxima quinta-feira, contra o Salgueiro, pela Copa do Brasil, o técnico Dunga ganha Forlán de volta. Mas ele retorna como titular? Scocco vai sentar no banco de reservas? É no ataque que as coisas vão mudar para que o time se reencontre? Eis algumas perguntas a serem respondidas.
Indagado nesta tarde sobre a possibilidade de atuar ao lado de Scocco e Forlán, formando um trio ofensivo, o centroavante Leandro Damião se esquivou: "O Dunga é quem vai escalar quem vai jogar. Se tiver que jogar, vamos ter de nos adaptar e levar o Inter à vitória, pois não estamos vencendo. Já joguei assim outras vezes, mas isso cabe ao Dunga." E você, o que faria? Enfim, é apenas o Salgueiro-PE. Pode ser um bom teste. Pode!
E se Dunga resolver optar por um trio ofensivo, terá também um ataque formado curiosamente por jogadores de três países diferentes, mas que compõem o Mercosul. Diego Forlán, nascido em Montevidéu, vem sendo o camisa 10 da Seleção Uruguaia nos últimos anos - inclusive sendo escolhido o melhor da última Copa do Mundo, na África do Sul. Leandro Damião, natural de Jardim Alegre-SP, como se sabe, chegou a estar na Seleção Brasileira de Mano Menezes e até com Luiz Felipe Scolari (sendo cortado por lesão da Copa das Confederações deste ano). Por fim, Ignacio Scocco, de Santa Fé, passou pela Seleção Argentina em amistosos - contra o Brasil, pelo Superclássico das Américas, marcou duas vezes na Bombonera. E aí, vale tentar escalá-los juntos?
Indagado nesta tarde sobre a possibilidade de atuar ao lado de Scocco e Forlán, formando um trio ofensivo, o centroavante Leandro Damião se esquivou: "O Dunga é quem vai escalar quem vai jogar. Se tiver que jogar, vamos ter de nos adaptar e levar o Inter à vitória, pois não estamos vencendo. Já joguei assim outras vezes, mas isso cabe ao Dunga." E você, o que faria? Enfim, é apenas o Salgueiro-PE. Pode ser um bom teste. Pode!
E se Dunga resolver optar por um trio ofensivo, terá também um ataque formado curiosamente por jogadores de três países diferentes, mas que compõem o Mercosul. Diego Forlán, nascido em Montevidéu, vem sendo o camisa 10 da Seleção Uruguaia nos últimos anos - inclusive sendo escolhido o melhor da última Copa do Mundo, na África do Sul. Leandro Damião, natural de Jardim Alegre-SP, como se sabe, chegou a estar na Seleção Brasileira de Mano Menezes e até com Luiz Felipe Scolari (sendo cortado por lesão da Copa das Confederações deste ano). Por fim, Ignacio Scocco, de Santa Fé, passou pela Seleção Argentina em amistosos - contra o Brasil, pelo Superclássico das Américas, marcou duas vezes na Bombonera. E aí, vale tentar escalá-los juntos?
domingo, 18 de agosto de 2013
Quem é candidato ao título brasileiro?
Fotos: Fábio Castro (Folhapress/CP) e Ricardo Giusti (Correio do Povo)
Passei cinco dias no Rio de Janeiro, cobrindo pela Rádio GUAÍBA os jogos da dupla Gre-Nal na capital carioca. Em um dos deslocamentos pela cidade, o taxista que me transportava, torcedor do Botafogo, perguntou: "Você acha que o meu Fogão vai sair campeão brasileiro?". Eu hesitei um instante, mas resolvi ser sincero: "Sinceramente, acho que não. Talvez falte elenco." Ele então me olhou pelo espelho retrovisor e insistiu, querendo saber em quem eu apostava: "Acho que o Corinthians leva." Ele freou bruscamente o automóvel e virou o rosto para trás: "Porr*, mano! Corinthians?! Vai tomar no c*!" Pois é. Sempre quer se ouvir a opinião de todo mundo, mas nem sempre se está preparado para ouvir e (mais do que isso) respeitar o que o outro pensa.
Pois aqui no Rio Grande do Sul se vive um momento parecido. Quando o presidente gremista Fábio Koff disse não aceitar outro resultado que não o título nacional, muitos saltaram da cadeira - incluindo o técnico Renato Portaluppi. Eis que veio a vitória neste sábado, por 3 a 2, em São Januário, contra o Vasco da Gama. A partir de então, não há como impedir que o torcedor sonhe alto. Por mais que queira negar esta possibilidade por motivos de prudência, Renato faz o torcedor acreditar em algo maior. Ao alcançar a terceira vitória consecutiva - apesar dos desfalques de Elano, Zé Roberto e Vargas -, o Tricolor leva a crer que o troféu é uma possibilidade sim.
Por outro lado, o Internacional voltou a tropeçar nas próprias pernas. Desta vez, é verdade, não sofreu gol. Entretanto, também não marcou: 0 a 0 contra o Atlético-MG em Novo Hamburgo. O Colorado tem um jogo a menos, é verdade, mas não consegue provocar na sua torcida a confiança de que no fim tudo vá dar certo. Apesar dos pesares, ninguém vai atirar a toalha - e com razão: "O Internacional é sim candidato ao título brasileiro", definiu o diretor Luis César Souto de Moura ao final da partida deste domingo. Assim como Renato, Souto de Moura tem as suas razões para dar tal garantia. Porém, os fatos não justificam tudo isso até agora. E não adianta frear o carro!
Passei cinco dias no Rio de Janeiro, cobrindo pela Rádio GUAÍBA os jogos da dupla Gre-Nal na capital carioca. Em um dos deslocamentos pela cidade, o taxista que me transportava, torcedor do Botafogo, perguntou: "Você acha que o meu Fogão vai sair campeão brasileiro?". Eu hesitei um instante, mas resolvi ser sincero: "Sinceramente, acho que não. Talvez falte elenco." Ele então me olhou pelo espelho retrovisor e insistiu, querendo saber em quem eu apostava: "Acho que o Corinthians leva." Ele freou bruscamente o automóvel e virou o rosto para trás: "Porr*, mano! Corinthians?! Vai tomar no c*!" Pois é. Sempre quer se ouvir a opinião de todo mundo, mas nem sempre se está preparado para ouvir e (mais do que isso) respeitar o que o outro pensa.
Pois aqui no Rio Grande do Sul se vive um momento parecido. Quando o presidente gremista Fábio Koff disse não aceitar outro resultado que não o título nacional, muitos saltaram da cadeira - incluindo o técnico Renato Portaluppi. Eis que veio a vitória neste sábado, por 3 a 2, em São Januário, contra o Vasco da Gama. A partir de então, não há como impedir que o torcedor sonhe alto. Por mais que queira negar esta possibilidade por motivos de prudência, Renato faz o torcedor acreditar em algo maior. Ao alcançar a terceira vitória consecutiva - apesar dos desfalques de Elano, Zé Roberto e Vargas -, o Tricolor leva a crer que o troféu é uma possibilidade sim.
Por outro lado, o Internacional voltou a tropeçar nas próprias pernas. Desta vez, é verdade, não sofreu gol. Entretanto, também não marcou: 0 a 0 contra o Atlético-MG em Novo Hamburgo. O Colorado tem um jogo a menos, é verdade, mas não consegue provocar na sua torcida a confiança de que no fim tudo vá dar certo. Apesar dos pesares, ninguém vai atirar a toalha - e com razão: "O Internacional é sim candidato ao título brasileiro", definiu o diretor Luis César Souto de Moura ao final da partida deste domingo. Assim como Renato, Souto de Moura tem as suas razões para dar tal garantia. Porém, os fatos não justificam tudo isso até agora. E não adianta frear o carro!
sexta-feira, 16 de agosto de 2013
Renato, o democrata
Foto: Diego Vara (Agência RBS)
A democracia de Renato Portaluppi colocou o Grêmio no G-4 do Brasileirão. Sim, é isso mesmo o que você leu: Renato é um democrata. Pelo menos foi o que explicou Kleber Gladiador, em General Severiano, no Rio de Janeiro, antes de enfrentar o Vasco: "Na primeira vez que ele usou o 3-5-2 (no Gre-Nal), ele não falou com a gente. Para o segundo jogo (Bahia), ele perguntou o que a gente achou e isso é legal, porque nós estamos dentro de campo, nós sabemos", disse o Gladiador. Ou seja, aos poucos, os jogadores estão imprimindo o esquema de três zagueiros no Tricolor.
E ao ouvir o centroavante Barcos, apenas se reforça este pensamento. Na visão do 'Pirata', esta formação tática dá mais liberdade aos atacantes: "Todo o jogo que fizemos com três zagueiros, se não ganhamos, empatamos", opina o camisa 9. E ele tem razão. Na primeira aparição deste esquema, o Grêmio (muito desfalcado) empatou o clássico Gre-Nal em casa. Logo em seguida, contra o Coritiba, Renato voltou ao 4-4-2, com 3 volantes, e o time foi surpreendido em casa. Ao voltar ao trio defensivo, vieram as vitórias contra o Bahia, em Salvador, e por último diante do Cruzeiro, na quarta-feira.
Assim, Portaluppi pode até não ser um exímio estrategista - e até acho que sua grande virtude como treinador está realmente na motivação. Mas o simples fato de saber ouvir e armar a equipe de acordo com o que pedem os atletas, é mais do que uma motivação, é um acerto tático. Desta maneira, o Grêmio entrou no G-4 e faz o presidente Fábio Koff sonhar cada vez mais alto.
A democracia de Renato Portaluppi colocou o Grêmio no G-4 do Brasileirão. Sim, é isso mesmo o que você leu: Renato é um democrata. Pelo menos foi o que explicou Kleber Gladiador, em General Severiano, no Rio de Janeiro, antes de enfrentar o Vasco: "Na primeira vez que ele usou o 3-5-2 (no Gre-Nal), ele não falou com a gente. Para o segundo jogo (Bahia), ele perguntou o que a gente achou e isso é legal, porque nós estamos dentro de campo, nós sabemos", disse o Gladiador. Ou seja, aos poucos, os jogadores estão imprimindo o esquema de três zagueiros no Tricolor.
E ao ouvir o centroavante Barcos, apenas se reforça este pensamento. Na visão do 'Pirata', esta formação tática dá mais liberdade aos atacantes: "Todo o jogo que fizemos com três zagueiros, se não ganhamos, empatamos", opina o camisa 9. E ele tem razão. Na primeira aparição deste esquema, o Grêmio (muito desfalcado) empatou o clássico Gre-Nal em casa. Logo em seguida, contra o Coritiba, Renato voltou ao 4-4-2, com 3 volantes, e o time foi surpreendido em casa. Ao voltar ao trio defensivo, vieram as vitórias contra o Bahia, em Salvador, e por último diante do Cruzeiro, na quarta-feira.
Assim, Portaluppi pode até não ser um exímio estrategista - e até acho que sua grande virtude como treinador está realmente na motivação. Mas o simples fato de saber ouvir e armar a equipe de acordo com o que pedem os atletas, é mais do que uma motivação, é um acerto tático. Desta maneira, o Grêmio entrou no G-4 e faz o presidente Fábio Koff sonhar cada vez mais alto.
Invertemos os papeis
Foto: Alexandre Lops (Divulgação Inter)
Aos olhos do Brasil, o futebol carioca sempre se caracterizou pela malemolência, toque de bola e até mesmo malandragem. Já o nosso, do Sul, sempre foi classificado como mais pegado, de força e marcação. Pois nesta quinta-feira, no Maracanã, pela ótica colorada, os papeis foram invertidos. Após os 3 a 3 entre Botafogo e Inter, o diretor Luis César Souto de Moura e o técnico Dunga coincidiram nos discursos, de que o árbitro foi condizente com as faltas do lado alvinegro. Tal percepção fez o dirigente inclusive revelar que disse ao Dunga: "Tem que mandar bater". Logo depois ainda acrescentou que admirava este estilo de jogo, que lembra a Libertadores da América. Ótimo!
Por outro lado, com o sarcasmo que lhe pertence, o treinador, quando questionado pelos inúmeros gols sofridos pelo Colorado neste Brasileirão, disparou: "Mas eu ouço vocês dizerem que futebol bonito é o ofensivo, de muitos gols. Está aí, temos muitos gols. Este é o Campeonato Brasileiro. (...) Me dá até vontade de rir, porque me chamavam de retranqueiro." Dunga, certamente, não fala isso de coração. Deve estar muito irritado com sua defesa que voltou a sofrer três gols fora de casa. Talvez até mais irritado do que com o gandula ou com o torcedor carioca que gritava em seus ouvidos atrás da casamata.
Mas então, o que está acontecendo com o Inter? É crise de identidade. Aos poucos, o torcedor e a imprensa se acostumam com este novo Inter. Que marca muitos gols (cada vez mais), e agora com Scocco. Mas também é preciso se assumir de ver. O futebol colorado foi 'encariocado'?
Aos olhos do Brasil, o futebol carioca sempre se caracterizou pela malemolência, toque de bola e até mesmo malandragem. Já o nosso, do Sul, sempre foi classificado como mais pegado, de força e marcação. Pois nesta quinta-feira, no Maracanã, pela ótica colorada, os papeis foram invertidos. Após os 3 a 3 entre Botafogo e Inter, o diretor Luis César Souto de Moura e o técnico Dunga coincidiram nos discursos, de que o árbitro foi condizente com as faltas do lado alvinegro. Tal percepção fez o dirigente inclusive revelar que disse ao Dunga: "Tem que mandar bater". Logo depois ainda acrescentou que admirava este estilo de jogo, que lembra a Libertadores da América. Ótimo!
Por outro lado, com o sarcasmo que lhe pertence, o treinador, quando questionado pelos inúmeros gols sofridos pelo Colorado neste Brasileirão, disparou: "Mas eu ouço vocês dizerem que futebol bonito é o ofensivo, de muitos gols. Está aí, temos muitos gols. Este é o Campeonato Brasileiro. (...) Me dá até vontade de rir, porque me chamavam de retranqueiro." Dunga, certamente, não fala isso de coração. Deve estar muito irritado com sua defesa que voltou a sofrer três gols fora de casa. Talvez até mais irritado do que com o gandula ou com o torcedor carioca que gritava em seus ouvidos atrás da casamata.
Mas então, o que está acontecendo com o Inter? É crise de identidade. Aos poucos, o torcedor e a imprensa se acostumam com este novo Inter. Que marca muitos gols (cada vez mais), e agora com Scocco. Mas também é preciso se assumir de ver. O futebol colorado foi 'encariocado'?
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
O recomeço de Ygor
Foto: Alexandre Lops (Divulgação Inter)
Talvez ninguém mais do que o volante Ygor espere que a bola role logo no Maracanã nesta quinta-feira. Quando o árbitro apitar o início da partida entre Botafogo e Internacional, o camisa 21 colorado estará encerrando um jejum de quase 4 meses sem participar de um jogo oficial. A última vez que Ygor esteve em campo foi na semifinal da Taça Farroupilha, quando entrou no segundo, na vaga de Aírton, e ajudou a manter o 1 a 0 no placar, contra o Veranópolis, no dia 28 de abril.
Também será a chance de Ygor começar a conquistar a confiança de Dunga - assim como tinha todo o crédito com Fernandão, em 2013 (prova disso foram as lágrimas do treinador ao falar do jogador em sua demissão). "O Dunga está dando confiança para todo mundo, e avisa que tem de estar pronto para jogar. E eu estou pronto e à disposição", disse o volante já no Rio de Janeiro, na chegada da delegação ao hotel de Copacabana, onde o time ficará concentrado.
Mas, mais do que isso, será o reencontro de Ygor com o Maracanã. Foi ali, por exemplo, que ele deu os primeiros passos como jogador profissional de futebol, ainda com a camisa do Vasco da Gama: "Para mim é um satisfação enorme. Minha primeira partida como profissional foi lá, contra o Fluminense, em um clássico", comentou, relembrando o 0 a 0 do dia 4 de maio de 2003, quando Antônio Lopes o colocou na vaga de Da Silva. Então, nada mais é do que um recomeço para Ygor.
Talvez ninguém mais do que o volante Ygor espere que a bola role logo no Maracanã nesta quinta-feira. Quando o árbitro apitar o início da partida entre Botafogo e Internacional, o camisa 21 colorado estará encerrando um jejum de quase 4 meses sem participar de um jogo oficial. A última vez que Ygor esteve em campo foi na semifinal da Taça Farroupilha, quando entrou no segundo, na vaga de Aírton, e ajudou a manter o 1 a 0 no placar, contra o Veranópolis, no dia 28 de abril.
Também será a chance de Ygor começar a conquistar a confiança de Dunga - assim como tinha todo o crédito com Fernandão, em 2013 (prova disso foram as lágrimas do treinador ao falar do jogador em sua demissão). "O Dunga está dando confiança para todo mundo, e avisa que tem de estar pronto para jogar. E eu estou pronto e à disposição", disse o volante já no Rio de Janeiro, na chegada da delegação ao hotel de Copacabana, onde o time ficará concentrado.
Mas, mais do que isso, será o reencontro de Ygor com o Maracanã. Foi ali, por exemplo, que ele deu os primeiros passos como jogador profissional de futebol, ainda com a camisa do Vasco da Gama: "Para mim é um satisfação enorme. Minha primeira partida como profissional foi lá, contra o Fluminense, em um clássico", comentou, relembrando o 0 a 0 do dia 4 de maio de 2003, quando Antônio Lopes o colocou na vaga de Da Silva. Então, nada mais é do que um recomeço para Ygor.
terça-feira, 13 de agosto de 2013
O que há com Souza?
Foto: Tadeu Vilani (Agência RBS)
Acompanhando via Rádio GUAÍBA as informações do Grêmio, que enfrenta o Cruzeiro nesta quarta-feira, uma grande dúvida me atingiu. Não, não é sobre o esquema tático que
Renato Portaluppi mandará a campo. Mas o que diabos está acontecendo com Souza? De peça fundamental no time tricolor desde o ano passado, o volante caiu no banco de
reservas e, mesmo recuperado de lesão, vai perdendo espaço para quem chegou depois. Tanto que, contra o Bahia, mesmo com três volantes no meio-campo (Adriano, Riveros e Ramiro), Souza permaneceu no banco de reservas. O que houve?
Lembro que antes do jogo contra o Fluminense, Souza ainda estava lesionado, e passou pela zona mista, quando o repórter Cristiano Silva o atacou, perguntando quando ele voltaria. O jogador deu um prazo, mas relatou que ainda sentia dores no púbis. E, mais do que isso, disse que ao fim da temporada, poderia passar por cirurgia. Será por isso que se rendimento vem caindo aos olhos do treinador, a ponto de colocá-lo no banco? Não fosse, convenhamos, Souza já mostrou melhor futebol do que Ramiro, Matheus Biteco ou Adriano. Nada contra estes! Apenas, Souza foi melhor! Não fosse tudo isso, não teria a direção gasto R$ 8 milhões para comprar 50% dos direitos do atleta junto ao Porto-POR, no início do ano.
Não me espantaria o fato de Souza ser afastado previamente do grupo, para tratar destas dores que vêm o incomodando. Prova disso é que, na semana passada, a imprensa paranaense destacava que Willian Farias, do Coritiba, poderia ser envolvido em um troca-troca com o atacante Welliton. Por que diabos o Grêmio quer mais um volante? São as dúvidas que me atingiram nesta tarde, enquanto se discute o 3-5-2 e o 4-4-2 de Renato.
Acompanhando via Rádio GUAÍBA as informações do Grêmio, que enfrenta o Cruzeiro nesta quarta-feira, uma grande dúvida me atingiu. Não, não é sobre o esquema tático que
Renato Portaluppi mandará a campo. Mas o que diabos está acontecendo com Souza? De peça fundamental no time tricolor desde o ano passado, o volante caiu no banco de
reservas e, mesmo recuperado de lesão, vai perdendo espaço para quem chegou depois. Tanto que, contra o Bahia, mesmo com três volantes no meio-campo (Adriano, Riveros e Ramiro), Souza permaneceu no banco de reservas. O que houve?
Lembro que antes do jogo contra o Fluminense, Souza ainda estava lesionado, e passou pela zona mista, quando o repórter Cristiano Silva o atacou, perguntando quando ele voltaria. O jogador deu um prazo, mas relatou que ainda sentia dores no púbis. E, mais do que isso, disse que ao fim da temporada, poderia passar por cirurgia. Será por isso que se rendimento vem caindo aos olhos do treinador, a ponto de colocá-lo no banco? Não fosse, convenhamos, Souza já mostrou melhor futebol do que Ramiro, Matheus Biteco ou Adriano. Nada contra estes! Apenas, Souza foi melhor! Não fosse tudo isso, não teria a direção gasto R$ 8 milhões para comprar 50% dos direitos do atleta junto ao Porto-POR, no início do ano.
Não me espantaria o fato de Souza ser afastado previamente do grupo, para tratar destas dores que vêm o incomodando. Prova disso é que, na semana passada, a imprensa paranaense destacava que Willian Farias, do Coritiba, poderia ser envolvido em um troca-troca com o atacante Welliton. Por que diabos o Grêmio quer mais um volante? São as dúvidas que me atingiram nesta tarde, enquanto se discute o 3-5-2 e o 4-4-2 de Renato.
Se for para sair alguém, que saia Wellington Paulista
Foto: Maurício Vieira (Agência RBS)
Há mais de uma semana, corre o boato em Santa Catarina de que o Internacional estaria em cima do atacante Wellington Paulista, do Criciúma. O fato foi negado por todos os lados, até hoje. Nesta terça-feira, em entrevista à Rádio GUAÍBA, o presidente colorado Giovanni Luigi disse que "é um bom atacante, jogador definidor que tem bastante qualidade. No entanto, ele está no Criciúma, ja deve ter jogado 7 partidas, e não tem esta possibilidade de vir para o Inter neste momento. Andamos analisando há poucos meses, ele fica livre no final do ano, mas neste momento não tratamos deste tema." Ou seja, se o Inter agora admite que buscou informações sobre este atleta, é porque em algum momento temeu perder Leandro Damião. Não mais.
Nesta mesma entrevista, Luigi disse não ter recebido nenhuma proposta pelo atual camisa 9: "Eu não recebi nenhum telefonema, nem para eles me mandarem para aquele lugar", brincou. Porém, o empresário Vinícius Prates admitiu ao repórter Gutieri Sanchez que uma sondagem do Zenit-RUS ocorreu: "Houve e não entramos em acordo. A princípio, Damião fica. Está focado no Inter e na Copa do Mundo. Para deixar claro, nunca foi oficializada esta proposta. Nem para o jogador, nem para o Inter", detalhou Prates.
Olhando tudo isso, penso: Damião ficará mais uma vez. Os contratos de patrocínio assinados com a 9ine (empresa de Ronaldo Nazário), impedem que o centroavante se vá à Europa para assinar com o Napoli-ITA, por exemplo, que exige exclusividade total da imagem do atleta. Em contrapartida, Wellington Paulista está de malas prontas. Deixado de fora das últimas duas partidas do Criciúma, o jogador recebeu uma proposta do Al-Jaish, da Arábia Saudita - que recentemente perdeu seu atacante, o equatoriano Christian Benítez, morto por parada cardíaca. O fato, inclusive, fez o diretor do clube catarinense, Cícero Souza, perder a paciência: "Contratualmente, o Wellington é um jogador do Cruzeiro, emprestado ao Criciúma. E só há possibilidade de saída para clubes do Exterior.". Ou seja, Damião fica, Wellington sai. Isso, a princípio.
Há mais de uma semana, corre o boato em Santa Catarina de que o Internacional estaria em cima do atacante Wellington Paulista, do Criciúma. O fato foi negado por todos os lados, até hoje. Nesta terça-feira, em entrevista à Rádio GUAÍBA, o presidente colorado Giovanni Luigi disse que "é um bom atacante, jogador definidor que tem bastante qualidade. No entanto, ele está no Criciúma, ja deve ter jogado 7 partidas, e não tem esta possibilidade de vir para o Inter neste momento. Andamos analisando há poucos meses, ele fica livre no final do ano, mas neste momento não tratamos deste tema." Ou seja, se o Inter agora admite que buscou informações sobre este atleta, é porque em algum momento temeu perder Leandro Damião. Não mais.
Nesta mesma entrevista, Luigi disse não ter recebido nenhuma proposta pelo atual camisa 9: "Eu não recebi nenhum telefonema, nem para eles me mandarem para aquele lugar", brincou. Porém, o empresário Vinícius Prates admitiu ao repórter Gutieri Sanchez que uma sondagem do Zenit-RUS ocorreu: "Houve e não entramos em acordo. A princípio, Damião fica. Está focado no Inter e na Copa do Mundo. Para deixar claro, nunca foi oficializada esta proposta. Nem para o jogador, nem para o Inter", detalhou Prates.
Olhando tudo isso, penso: Damião ficará mais uma vez. Os contratos de patrocínio assinados com a 9ine (empresa de Ronaldo Nazário), impedem que o centroavante se vá à Europa para assinar com o Napoli-ITA, por exemplo, que exige exclusividade total da imagem do atleta. Em contrapartida, Wellington Paulista está de malas prontas. Deixado de fora das últimas duas partidas do Criciúma, o jogador recebeu uma proposta do Al-Jaish, da Arábia Saudita - que recentemente perdeu seu atacante, o equatoriano Christian Benítez, morto por parada cardíaca. O fato, inclusive, fez o diretor do clube catarinense, Cícero Souza, perder a paciência: "Contratualmente, o Wellington é um jogador do Cruzeiro, emprestado ao Criciúma. E só há possibilidade de saída para clubes do Exterior.". Ou seja, Damião fica, Wellington sai. Isso, a princípio.
domingo, 11 de agosto de 2013
O Inter de Scocco, mas também de Ronaldo Alves
Foto: Alexandre Lops (Divulgação Inter)
O torcedor colorado que foi a Novo Hamburgo neste domingo, viu Alex reestrear com a camisa colorada. Viu também o argentino Scocco iniciar sua primeira partida como titular do Inter. Isso já bastaria para se animar com a possibilidade de título do Brasileirão. Porém, o mesmo torcedor que olha o ataque com enorme expectativa, vê sua defesa com descrença. E não é para menos. Nada contra o zagueiro Ronaldo Alves, mas quem tem Forlán e Scocco brigando no ataque, não pode esperar menos de sua zaga. Agora se entende o resultado contra o Atlético-PR: 2 a 2.
Afinal de contas, por que o Inter sofre tantos gols? "A nossa equipe também marca muitos gols. Já ficamos algumas rodadas sem sofrer gols", respondeu Dunga em entrevista coletiva. É, mas sofre muitos e em situações constrangedoras, não? Com segundos de bola rolando, os paranaenses já comemoravam no Estádio do Vale. "Levar gol dessa forma, aos 40 segundos, foi a primeira vez", retrucou o técnico. Prefiro ficar com a impressão do diretor Luis César Souto de Moura: "Na Bahia,
contra o Vitória, também sofremos um gol logo no início da partida. Temos que entrar atentos a partir de agora para essa estratégia que vem sendo adotada pelos treinadores", disse. É uma boa perspectiva.
Identificar o problema é o primeiro passo. O torcedor colorado não está proibido de sonhar com o tetracampeonato brasileiro. Porém, uma simples análise dos números mostra que algo está desequilibrado. Fosse pelo ataque, o Inter de Scocco estaria na 3ª colocação (com 21 gols). Contudo, se o quesito é defesa, o time de Ronaldo Alves aparece em 15º lugar (18 sofridos). Assim se entende porque está na 6ª colocação da tabela de classificação.
O torcedor colorado que foi a Novo Hamburgo neste domingo, viu Alex reestrear com a camisa colorada. Viu também o argentino Scocco iniciar sua primeira partida como titular do Inter. Isso já bastaria para se animar com a possibilidade de título do Brasileirão. Porém, o mesmo torcedor que olha o ataque com enorme expectativa, vê sua defesa com descrença. E não é para menos. Nada contra o zagueiro Ronaldo Alves, mas quem tem Forlán e Scocco brigando no ataque, não pode esperar menos de sua zaga. Agora se entende o resultado contra o Atlético-PR: 2 a 2.
Afinal de contas, por que o Inter sofre tantos gols? "A nossa equipe também marca muitos gols. Já ficamos algumas rodadas sem sofrer gols", respondeu Dunga em entrevista coletiva. É, mas sofre muitos e em situações constrangedoras, não? Com segundos de bola rolando, os paranaenses já comemoravam no Estádio do Vale. "Levar gol dessa forma, aos 40 segundos, foi a primeira vez", retrucou o técnico. Prefiro ficar com a impressão do diretor Luis César Souto de Moura: "Na Bahia,
contra o Vitória, também sofremos um gol logo no início da partida. Temos que entrar atentos a partir de agora para essa estratégia que vem sendo adotada pelos treinadores", disse. É uma boa perspectiva.
Identificar o problema é o primeiro passo. O torcedor colorado não está proibido de sonhar com o tetracampeonato brasileiro. Porém, uma simples análise dos números mostra que algo está desequilibrado. Fosse pelo ataque, o Inter de Scocco estaria na 3ª colocação (com 21 gols). Contudo, se o quesito é defesa, o time de Ronaldo Alves aparece em 15º lugar (18 sofridos). Assim se entende porque está na 6ª colocação da tabela de classificação.
O esquema bom e que vence
Foto: Mauro Akin Nassor (Lancepress/Correio do Povo)
Às vezes é preciso procurar um lado positivo nas situações, mesmo as mais aterrorizantes. Coincidência ou não, preparei uma matéria especial para o Preliminar da Rádio GUAÍBA, antes da bola rolar para Bahia x Grêmio. Tudo levava a crer que os baianos levariam a melhor. Ninguém apostava em vitória gaúcha por 3 a 0, ou apostava? Lógico, eu também não. Mas destacava que, em 2010, Renato Portaluppi também teve um início turbulento, com aproveitamento de 38% - exatamente o mesmo que tinha neste ano. Porém, conseguiu encaixar o time e, depois disso, ninguém mais o segurou. Por que não dar tempo ao tempo desta vez?
Pois contra o Bahia, mesmo após um início tenebroso, o Grêmio conseguiu uma vitória surpreendente e igualou o aproveitamento de 3 anos atrás. Com 8 partidas sob o comando de Renato, o Tricolor venceu três, empatou duas e perdeu três. Em 2010, pode se dizer que o divisor de águas foi a vitória contra o Corinthians, no Pacaembu, com um golaço de Douglas de fora da área. Coincidências à parte, aquele foi o 9º jogo de Renato. Pois agora, contra o Cruzeiro, no meio de semana, o técnico chega exatamente a mesma contagem, só que na temporada 2013. Teremos repeteco?
Só não pode Renato se convencer que "esquema bom é o que ganha", como proferiu na Arena Fonte Nova neste domingo. Esta frase pode surgir como um desabafo, para calar aos críticos que saltaram da cadeira ao ver o 3-6-1 mandado a campo. Ou pode servir para estancar as perguntas que viriam a seguir, sobre qual formação do time para a próxima rodada. Talvez nem o próprio Renato saiba bem o time ideal. Há três anos, encontrou a equipe improvisando o lateral Lúcio no meio-campo. Hoje, busca seu melhor Grêmio. E aí, eu (no lugar do técnico) responderia que o esquema que ganha é bom, mas ele só vem com o tempo.
Às vezes é preciso procurar um lado positivo nas situações, mesmo as mais aterrorizantes. Coincidência ou não, preparei uma matéria especial para o Preliminar da Rádio GUAÍBA, antes da bola rolar para Bahia x Grêmio. Tudo levava a crer que os baianos levariam a melhor. Ninguém apostava em vitória gaúcha por 3 a 0, ou apostava? Lógico, eu também não. Mas destacava que, em 2010, Renato Portaluppi também teve um início turbulento, com aproveitamento de 38% - exatamente o mesmo que tinha neste ano. Porém, conseguiu encaixar o time e, depois disso, ninguém mais o segurou. Por que não dar tempo ao tempo desta vez?
Pois contra o Bahia, mesmo após um início tenebroso, o Grêmio conseguiu uma vitória surpreendente e igualou o aproveitamento de 3 anos atrás. Com 8 partidas sob o comando de Renato, o Tricolor venceu três, empatou duas e perdeu três. Em 2010, pode se dizer que o divisor de águas foi a vitória contra o Corinthians, no Pacaembu, com um golaço de Douglas de fora da área. Coincidências à parte, aquele foi o 9º jogo de Renato. Pois agora, contra o Cruzeiro, no meio de semana, o técnico chega exatamente a mesma contagem, só que na temporada 2013. Teremos repeteco?
Só não pode Renato se convencer que "esquema bom é o que ganha", como proferiu na Arena Fonte Nova neste domingo. Esta frase pode surgir como um desabafo, para calar aos críticos que saltaram da cadeira ao ver o 3-6-1 mandado a campo. Ou pode servir para estancar as perguntas que viriam a seguir, sobre qual formação do time para a próxima rodada. Talvez nem o próprio Renato saiba bem o time ideal. Há três anos, encontrou a equipe improvisando o lateral Lúcio no meio-campo. Hoje, busca seu melhor Grêmio. E aí, eu (no lugar do técnico) responderia que o esquema que ganha é bom, mas ele só vem com o tempo.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
A pior partida do ano, sem Alex
Foto: Lucas Uebel (Gremio.net)
"O Grêmio tem alternado atuações razoáveis e algumas boas. Hoje foi uma exceção. Eu acho que o Grêmio fez a pior atuação do ano." Esta declaração bem que poderia ter sido dada por um comentarista, de qualquer rádio de Porto Alegre. Mas não! Ela vem do presidente do próprio Grêmio, Fábio Koff, após a derrota para o Coritiba, dentro de casa, por 1 a 0, na noite desta quinta-feira. E, convenhamos, quando o mandatário vem aos microfones para classificar como a pior partida de 2013, não há como negar. Renato, Rui Costa, Kleber Gladiador. Ninguém ousa discordar. E o agravante é que o Tricolor foi derrotado para o Coritiba, sem seu capitão e camisa 10, Alex.
Lesionado, o 'Cabeção' permaneceu no Paraná e, mesmo assim, sua equipe conseguiu envolver por completo o Grêmio dentro de campo. Agora, imagine se ele tivesse vindo à Arena! Quanto seria o resultado final? O contraponto pode ser dado, argumentando que Zé Roberto também não estava fardado no gramado. Poderia, se Zé fosse para o Grêmio tudo o que é Alex para o Coxa. Com Renato Portaluppi, Zé Roberto (igualmente capitão e número 10) atua mais recuado, pelo lado esquerdo do losango do meio-campo. Portanto, não é necessariamente um articulador. Aliás, basta voltar no tempo para perceber que o desejo da antiga direção não era exatamente Zé Roberto, mas sim Alex.
Na gestão de Paulo Odone, em 2012, após a eliminação na Copa do Brasil, o então técnico Vanderlei Luxemburgo iniciou os contatos para trazer o meia do Fenerbahçe-TUR. O presidente correu atrás, mas recebeu um 'não' como resposta. Na ocasião, Alex ganhou até estátua do clube turco e permaneceu até o fim do ano. Assim, o treinador se viu obrigado a indicar outro nome: Zé Roberto, que estava no Al-Gharafa, do Qatar. Não foi uma péssima indicação. Com este meio-campo, o Grêmio de Luxa brigou pelo título por algum período e alcançou a classificação para a Libertadores. Por que este ano, então, não consegue repetir os feitos? De todo o modo, a derrota para o Coritiba nesta quinta não pode ser explicada pela ausência de Alex - seja no Grêmio ou no Coritiba.
"O Grêmio tem alternado atuações razoáveis e algumas boas. Hoje foi uma exceção. Eu acho que o Grêmio fez a pior atuação do ano." Esta declaração bem que poderia ter sido dada por um comentarista, de qualquer rádio de Porto Alegre. Mas não! Ela vem do presidente do próprio Grêmio, Fábio Koff, após a derrota para o Coritiba, dentro de casa, por 1 a 0, na noite desta quinta-feira. E, convenhamos, quando o mandatário vem aos microfones para classificar como a pior partida de 2013, não há como negar. Renato, Rui Costa, Kleber Gladiador. Ninguém ousa discordar. E o agravante é que o Tricolor foi derrotado para o Coritiba, sem seu capitão e camisa 10, Alex.
Lesionado, o 'Cabeção' permaneceu no Paraná e, mesmo assim, sua equipe conseguiu envolver por completo o Grêmio dentro de campo. Agora, imagine se ele tivesse vindo à Arena! Quanto seria o resultado final? O contraponto pode ser dado, argumentando que Zé Roberto também não estava fardado no gramado. Poderia, se Zé fosse para o Grêmio tudo o que é Alex para o Coxa. Com Renato Portaluppi, Zé Roberto (igualmente capitão e número 10) atua mais recuado, pelo lado esquerdo do losango do meio-campo. Portanto, não é necessariamente um articulador. Aliás, basta voltar no tempo para perceber que o desejo da antiga direção não era exatamente Zé Roberto, mas sim Alex.
Na gestão de Paulo Odone, em 2012, após a eliminação na Copa do Brasil, o então técnico Vanderlei Luxemburgo iniciou os contatos para trazer o meia do Fenerbahçe-TUR. O presidente correu atrás, mas recebeu um 'não' como resposta. Na ocasião, Alex ganhou até estátua do clube turco e permaneceu até o fim do ano. Assim, o treinador se viu obrigado a indicar outro nome: Zé Roberto, que estava no Al-Gharafa, do Qatar. Não foi uma péssima indicação. Com este meio-campo, o Grêmio de Luxa brigou pelo título por algum período e alcançou a classificação para a Libertadores. Por que este ano, então, não consegue repetir os feitos? De todo o modo, a derrota para o Coritiba nesta quinta não pode ser explicada pela ausência de Alex - seja no Grêmio ou no Coritiba.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Alex: "Eu não sou um Guiñazu"
Foto: Marcelo Campos (Vipcomm)
Ao que tudo indica, Alex poderá fazer sua reestreia com a camisa colorada no domingo, diante do Atlético-PR. No treino desta quinta-feira, Dunga armou o time já sem Jorge Henrique (expulso no Gre-Nal). A dúvida era entre Alan Patrick e Alex. A balança pendeu para o lado do segundo. Assim, o meio-campo do Inter, em formato de losango, teria Aírton na primeira função, Willians pela direita, Alex na esquerda e D'Alessandro à frente. Uma boa opção? "Eu não sou um Guiñazu, né cara? Correr com aquela saúde toda ali... Foi a primeira opção do Dunga. Ele tem algumas variáveis. Não sabemos se esta é a formação que vai para o jogo. Já joguei ali em 2006. Novidade não é, mas é só estar em condição física melhor", comentou o próprio atleta.
Pois se a condição física ainda não é a ideal, a memória de Alex está em dia. Foi naquela função, por exemplo, que ele atuou no primeiro tempo da final do Mundial de Clubes, em 2006, contra o Barcelona. Em um losango formatado por Abel Braga para brecar o criativo meio-campo catalão, Edinho tinha a primeira função, com Wellington Monteiro pela direita, Alex à esquerda e Fernandão à frente - Iarley e Alexandre Pato fechavam o ataque. Acontece que naquele momento ele já mostrou não ter pernas para marcar e atacar com a mesma qualidade. Acabou sendo substituído no intervalo pelo colombiano Fabian Vargas.
Mas no Beira-Rio, Alex já foi lateral-esquerdo (logo após sua chegada do Guarani de Campinas). Também atuou como meia-armador, em 2008, com Abel Braga - nos 8 a 1 sobre o Juventude, por exemplo. E até de segundo atacante, com Tite, na conquista da Copa Sul-Americana, se aventurou a formar a dupla ofensiva com Nilmar. Enfim, versátil ele provou que é. Mas, conseguirá se destacar com este sistema tático de Dunga? A pergunta começa a ser respondida no domingo.
Ao que tudo indica, Alex poderá fazer sua reestreia com a camisa colorada no domingo, diante do Atlético-PR. No treino desta quinta-feira, Dunga armou o time já sem Jorge Henrique (expulso no Gre-Nal). A dúvida era entre Alan Patrick e Alex. A balança pendeu para o lado do segundo. Assim, o meio-campo do Inter, em formato de losango, teria Aírton na primeira função, Willians pela direita, Alex na esquerda e D'Alessandro à frente. Uma boa opção? "Eu não sou um Guiñazu, né cara? Correr com aquela saúde toda ali... Foi a primeira opção do Dunga. Ele tem algumas variáveis. Não sabemos se esta é a formação que vai para o jogo. Já joguei ali em 2006. Novidade não é, mas é só estar em condição física melhor", comentou o próprio atleta.
Pois se a condição física ainda não é a ideal, a memória de Alex está em dia. Foi naquela função, por exemplo, que ele atuou no primeiro tempo da final do Mundial de Clubes, em 2006, contra o Barcelona. Em um losango formatado por Abel Braga para brecar o criativo meio-campo catalão, Edinho tinha a primeira função, com Wellington Monteiro pela direita, Alex à esquerda e Fernandão à frente - Iarley e Alexandre Pato fechavam o ataque. Acontece que naquele momento ele já mostrou não ter pernas para marcar e atacar com a mesma qualidade. Acabou sendo substituído no intervalo pelo colombiano Fabian Vargas.
Mas no Beira-Rio, Alex já foi lateral-esquerdo (logo após sua chegada do Guarani de Campinas). Também atuou como meia-armador, em 2008, com Abel Braga - nos 8 a 1 sobre o Juventude, por exemplo. E até de segundo atacante, com Tite, na conquista da Copa Sul-Americana, se aventurou a formar a dupla ofensiva com Nilmar. Enfim, versátil ele provou que é. Mas, conseguirá se destacar com este sistema tático de Dunga? A pergunta começa a ser respondida no domingo.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Para não dançar ao ritmo do Salgueiro
Foto: Robson Mendes (Correio 24 horas)
No dia 23 de maio, eu desembarquei em Salvador-BA para cobrir pela Rádio GUAÍBA o primeiro jogo do Internacional pelo Brasileirão 2013. O adversário era o Vitória, na novíssima Arena Fonte Nova. Conversei com o diretor Luis César Souto de Moura e indaguei se o Vitória era páreo para o Colorado, uma vez que havia sido eliminado da Copa do Brasil pelo desconhecido Salgueiro-PE um dia antes: "São competições diferentes. A Copa do Brasil permite isso, que uma equipe de menor expressão surpreenda. E agora eles estarão pressionados para dar uma resposta ao seu torcedor", respondeu-me ele à época, mais ou menos com estas palavras. Por isso, qual grande é minha surpresa quando vejo cair este mesmo clube no caminho colorado. Vale debochar? Jamais!
Lembro das manchetes dos jornais baianos, perplexos com a eliminação do Vitória, fazendo ironia com o fato do favorito ter 'dançado' diante de um clube com nome de Escola de Samba Carnavalesca. Mesmo assim, não deixaram de exaltar a atuação do goleiro Mondragón. A mesma reação deve ter tido a imprensa de Criciúma, pois por lá o Salgueiro também aprontou das suas. Seria o Inter a próxima vítima? É o que tentam vacinar os dirigentes colorados. O exemplo do Mazembe está aí para ser citado insistentemente.
O que chama a atenção é se alguém ainda querer reclamar do fato de ter que viajar até Juazeiro do Norte-CE, para chegar próximo à cidade da decisão da vaga às quartas da Copa do Brasil. Querem trocar com Flamengo, Cruzeiro e Grêmio, que pegaram clubes grandes no sorteio? O Inter tem é de agradecer por ganhar ainda mais tempo para que Dunga possa ajustar melhor sua equipe, reforçada agora por Scocco e Alex. E que esse papo de fazer saldo no jogo de ida seja derrubado desde já, pois o Salgueiro está comprovando que sabe fazer os grandes sambar na roda.
No dia 23 de maio, eu desembarquei em Salvador-BA para cobrir pela Rádio GUAÍBA o primeiro jogo do Internacional pelo Brasileirão 2013. O adversário era o Vitória, na novíssima Arena Fonte Nova. Conversei com o diretor Luis César Souto de Moura e indaguei se o Vitória era páreo para o Colorado, uma vez que havia sido eliminado da Copa do Brasil pelo desconhecido Salgueiro-PE um dia antes: "São competições diferentes. A Copa do Brasil permite isso, que uma equipe de menor expressão surpreenda. E agora eles estarão pressionados para dar uma resposta ao seu torcedor", respondeu-me ele à época, mais ou menos com estas palavras. Por isso, qual grande é minha surpresa quando vejo cair este mesmo clube no caminho colorado. Vale debochar? Jamais!
Lembro das manchetes dos jornais baianos, perplexos com a eliminação do Vitória, fazendo ironia com o fato do favorito ter 'dançado' diante de um clube com nome de Escola de Samba Carnavalesca. Mesmo assim, não deixaram de exaltar a atuação do goleiro Mondragón. A mesma reação deve ter tido a imprensa de Criciúma, pois por lá o Salgueiro também aprontou das suas. Seria o Inter a próxima vítima? É o que tentam vacinar os dirigentes colorados. O exemplo do Mazembe está aí para ser citado insistentemente.
O que chama a atenção é se alguém ainda querer reclamar do fato de ter que viajar até Juazeiro do Norte-CE, para chegar próximo à cidade da decisão da vaga às quartas da Copa do Brasil. Querem trocar com Flamengo, Cruzeiro e Grêmio, que pegaram clubes grandes no sorteio? O Inter tem é de agradecer por ganhar ainda mais tempo para que Dunga possa ajustar melhor sua equipe, reforçada agora por Scocco e Alex. E que esse papo de fazer saldo no jogo de ida seja derrubado desde já, pois o Salgueiro está comprovando que sabe fazer os grandes sambar na roda.
Vargas contra o Santos
Foto: Ivan Storti
A lesão de Eduardo Vargas não é tão simples como se imaginou previamente. Aliás, quando caiu no gramado do Pacaembu, sentindo dores no tornozelo, sequer dava para prever que ficaria de fora do Gre-Nal. Pois não só o tirou do clássico como da Seleção Chilena. Nesta terça-feira, a Ferdação de Futebol do Chile resolveu cortá-lo do próximo amistoso da equipe. "Enviamos um laudo médico à Federação Chilena na semana passada, inclusive com uma foto do tornozelo inchado para comprovar a lesão. Achamos melhor mantê-lo por aqui para que possa se recuperar bem", disse-me o diretor-executivo do Grêmio, Rui Costa. E, convenhamos, perdê-lo para um amistoso contra o Iraque, em Copenhague, na Dinamarca, já seria dose!
Ainda sobre a lesão, inicialmente o departamento médico não soube precisar quanto tempo levaria o atacante para retornar aos gramados. Pois a intenção agora é colocá-lo nas mãos de Renato Portaluppi a tempo de enfrentar o Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O cálculo é fácil: "É difícil falar, não sou médico, mas acredito que dentro de 10 a 15 dias ele estará à disposição", decretou o assessor Marcos Chitolina em entrevista à Rádio GUAÍBA. Se hoje é dia 6, daqui a 15 dias estaremos no dia 21. Ou seja, data do jogo de ida, na Vila Belmiro. Mesmo palco onde o chileno inclusive marcou um gol, no empate em 1 a 1 pelo Brasileirão.
Resta saber se Vargas conseguirá tomar seu lugar de volta na equipe. Com as últimas boas atuações de Kleber, as coisas se complicaram. E Renato também não parece disposto a abrir mão do esquema tático com um homem de referência na área (neste caso, Barcos). Seja no 3-5-2 ou 4-4-2, Eduardo Vargas terá de esperar sua vez. Mas agora já se sabe: o prazo inicial, mesmo que tenha vindo de um 'leigo', é o Santos na Copa do Brasil.
A lesão de Eduardo Vargas não é tão simples como se imaginou previamente. Aliás, quando caiu no gramado do Pacaembu, sentindo dores no tornozelo, sequer dava para prever que ficaria de fora do Gre-Nal. Pois não só o tirou do clássico como da Seleção Chilena. Nesta terça-feira, a Ferdação de Futebol do Chile resolveu cortá-lo do próximo amistoso da equipe. "Enviamos um laudo médico à Federação Chilena na semana passada, inclusive com uma foto do tornozelo inchado para comprovar a lesão. Achamos melhor mantê-lo por aqui para que possa se recuperar bem", disse-me o diretor-executivo do Grêmio, Rui Costa. E, convenhamos, perdê-lo para um amistoso contra o Iraque, em Copenhague, na Dinamarca, já seria dose!
Ainda sobre a lesão, inicialmente o departamento médico não soube precisar quanto tempo levaria o atacante para retornar aos gramados. Pois a intenção agora é colocá-lo nas mãos de Renato Portaluppi a tempo de enfrentar o Santos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. O cálculo é fácil: "É difícil falar, não sou médico, mas acredito que dentro de 10 a 15 dias ele estará à disposição", decretou o assessor Marcos Chitolina em entrevista à Rádio GUAÍBA. Se hoje é dia 6, daqui a 15 dias estaremos no dia 21. Ou seja, data do jogo de ida, na Vila Belmiro. Mesmo palco onde o chileno inclusive marcou um gol, no empate em 1 a 1 pelo Brasileirão.
Resta saber se Vargas conseguirá tomar seu lugar de volta na equipe. Com as últimas boas atuações de Kleber, as coisas se complicaram. E Renato também não parece disposto a abrir mão do esquema tático com um homem de referência na área (neste caso, Barcos). Seja no 3-5-2 ou 4-4-2, Eduardo Vargas terá de esperar sua vez. Mas agora já se sabe: o prazo inicial, mesmo que tenha vindo de um 'leigo', é o Santos na Copa do Brasil.
domingo, 4 de agosto de 2013
Arena batizada
Foto: Alexandre Lops (Inter)
Agora sim, dá para dizer que o Grêmio se mudou de vez para a Arena. Sei bem, a inauguração aconteceu ainda em dezembro de 2012, no amistoso contra o Hamburgo-ALE. Mas nenhum estádio de Porto Alegre pode se dar por realmente inaugurado sem ter sediado um clássico Gre-Nal. Foi assim neste domingo, em partida válida pela 11ª rodada do Brasileirão. E o resultado foi um pegado 1 a 1. O placar não é o mesmo, mas as situações exatamente idênticas às que marcaram a despedida do estádio Olímpico no ano passado. Portanto, não é exagero dizer que a 'Era Arena' inicia como terminou a 'Era Olímpico'.
O Colorado, agora treinado por Dunga, encerrou com os mesmos 9 homens que teve Osmar Loss em dezembro. Naquela vez, foram Muriel e Leandro Damião, hoje Jorge Henrique e Fabrício. Até mesmo o Grêmio, que perdeu Saimon naquela oportunidade, viu Werley sair mais cedo em 2013. Contudo, tanto gremistas como colorados, desta vez, conseguiram comemorar gols. Barcos para os azuis, Damião para os vermelhos. Não foi um jogo marcado pelo bom futebol - assim como não havia sido aquele último. Enfim, é exigir demais ver um Gre-Nal com emoção (como foi este) e ao mesmo tempo belas jogadas. Mesmo assim, guarde na retina o que você viu. Daqui a 20 ou 50 anos, vamos relembrar o primeiro clássico da nova casa tricolor. Seja bem-vinda à rivalidade gaúcha, Arena.
Agora sim, dá para dizer que o Grêmio se mudou de vez para a Arena. Sei bem, a inauguração aconteceu ainda em dezembro de 2012, no amistoso contra o Hamburgo-ALE. Mas nenhum estádio de Porto Alegre pode se dar por realmente inaugurado sem ter sediado um clássico Gre-Nal. Foi assim neste domingo, em partida válida pela 11ª rodada do Brasileirão. E o resultado foi um pegado 1 a 1. O placar não é o mesmo, mas as situações exatamente idênticas às que marcaram a despedida do estádio Olímpico no ano passado. Portanto, não é exagero dizer que a 'Era Arena' inicia como terminou a 'Era Olímpico'.
O Colorado, agora treinado por Dunga, encerrou com os mesmos 9 homens que teve Osmar Loss em dezembro. Naquela vez, foram Muriel e Leandro Damião, hoje Jorge Henrique e Fabrício. Até mesmo o Grêmio, que perdeu Saimon naquela oportunidade, viu Werley sair mais cedo em 2013. Contudo, tanto gremistas como colorados, desta vez, conseguiram comemorar gols. Barcos para os azuis, Damião para os vermelhos. Não foi um jogo marcado pelo bom futebol - assim como não havia sido aquele último. Enfim, é exigir demais ver um Gre-Nal com emoção (como foi este) e ao mesmo tempo belas jogadas. Mesmo assim, guarde na retina o que você viu. Daqui a 20 ou 50 anos, vamos relembrar o primeiro clássico da nova casa tricolor. Seja bem-vinda à rivalidade gaúcha, Arena.
sábado, 3 de agosto de 2013
Uma surpresa grande
Será que o técnico Renato Portaluppi está preparando uma surpresa para encarar o primeiro Gre-Nal da história da Arena? No treino deste sábado, pela manhã, onde esboçou o time que entra em campo, a imprensa não teve acesso. Com portões fechados, todos repórteres permaneceram do lado de fora do estádio. No entanto, houve quem utilizasse o zoom da câmera fotográfica para visualizar quais foram os titulares. Qual a surpresa quando, em uma das fotos, se viu Rhodolfo ao lado de Bressan. Estaria Renato preparando um trio de zagueiros, com 3-5-2? Ou ainda, adiantaria um dos defensores para a primeira função do meio-campo? Isso não é novidade, tratando-se de Renato.
No dia 1º de maio de 2011, na decisão da Taça Farroupilha, o treinador fez isso com Vilson. Sem poder contar com Lúcio (que atuava na mesma faixa do campo de Zé Roberto hoje - pelo lado esquerdo do losango), Renato abusou dos volantes na meia-cancha e escalou um único atacante. A formação inicial teve: Grohe; Gabriel, Rafael Marques, Rodolfo e Gilson; Vilson, Rochemback, Adílson, Willian Magrão e Douglas; Borges. É bem verdade que bastaram alguns minutos para ver um Inter totalmente dominante, abrindo o placar com Leandro Damião. Depois, se desfazendo do erro, Portaluppi voltou atrás. Abriu mão de Willian Magrão para lançar o garoto Leandro. E, já no segundo tempo, optou por Júnior Viçosa na vaga da surpresa Vilson. Foi aí que, aos 41 da etapa final, o Grêmio igualou o marcador com o próprio centroavante que acabara de entrar.
Será que Renato será capaz de repetir o mesmo erro, que cometeu com Vilson, desta vez com Rhodolfo? Emprestado pelo São Paulo, o zagueiro sequer fez sua estreia com a camisa gremista. Será o Gre-Nal o jogo mais indicado? Enfim, pode ter sido apenas uma observação de treino, mas Rhodolfo apareceu entre as grades da Arena, na máquina fotográfica dos repórteres. E Pará, perguntado sobre esta situação, disse: "Eu já joguei como ala. Vinha atuando como lateral, mas aonde o Renato pedir, eu jogo." Agora é esperar os 45 minutos antes da bola rolar e oficializar a escalação - com ou sem Rhodolfo.
No dia 1º de maio de 2011, na decisão da Taça Farroupilha, o treinador fez isso com Vilson. Sem poder contar com Lúcio (que atuava na mesma faixa do campo de Zé Roberto hoje - pelo lado esquerdo do losango), Renato abusou dos volantes na meia-cancha e escalou um único atacante. A formação inicial teve: Grohe; Gabriel, Rafael Marques, Rodolfo e Gilson; Vilson, Rochemback, Adílson, Willian Magrão e Douglas; Borges. É bem verdade que bastaram alguns minutos para ver um Inter totalmente dominante, abrindo o placar com Leandro Damião. Depois, se desfazendo do erro, Portaluppi voltou atrás. Abriu mão de Willian Magrão para lançar o garoto Leandro. E, já no segundo tempo, optou por Júnior Viçosa na vaga da surpresa Vilson. Foi aí que, aos 41 da etapa final, o Grêmio igualou o marcador com o próprio centroavante que acabara de entrar.
Será que Renato será capaz de repetir o mesmo erro, que cometeu com Vilson, desta vez com Rhodolfo? Emprestado pelo São Paulo, o zagueiro sequer fez sua estreia com a camisa gremista. Será o Gre-Nal o jogo mais indicado? Enfim, pode ter sido apenas uma observação de treino, mas Rhodolfo apareceu entre as grades da Arena, na máquina fotográfica dos repórteres. E Pará, perguntado sobre esta situação, disse: "Eu já joguei como ala. Vinha atuando como lateral, mas aonde o Renato pedir, eu jogo." Agora é esperar os 45 minutos antes da bola rolar e oficializar a escalação - com ou sem Rhodolfo.
quinta-feira, 1 de agosto de 2013
Retiro espiritual em Viamão
A velha rivalidade Gre-Nal exige que se faça, no mínimo, um treino fechado antes de entrar em campo. Já está na mística dos clássicos gaúchos. Uma pitada de mistério sempre é utilizada. Mas como fará o Internacional, sem o estádio Beira-Rio para cerrar os portões? No CT Parque Gigante, basta o espião gremista levar uma cadeira de abrir e um chimarrão, sentar no alto da avenida, e vislumbrar todo o treinamento. Assim, a comissão técnica recorre ao resort em Viamão - o mesmo que abrigou a delegação colorada na intertemporada da Copa das Confederações. Mas Dunga vai esconder o quê?
Na atividade desta quinta-feira, o técnico esboçou o time para quem quisesse ver, com: Muriel; Ednei, Índio, Juan e Kleber; Willians, Josimar, Jorge Henrique e D'Alessandro; Forlán e Leandro Damião. Ainda observou Ronaldo Alves na vaga de Índio; Fabrício no meio-campo, empurrando Jorge Henrique ao ataque e, posteriormente, substituindo este por Scocco. O outro reforço, Alex Raphael, também foi observado no lugar de D'Ale. Mas você acredita mesmo que alguma destas modificações pode ser a surpresa de Dunga para o Gre-Nal? Duvido e muito!
O retiro em Viamão tem apenas uma explicação: descanso. Dunga quer tirar o grupo dos holofotes, das câmeras fotográficas e filmadoras, da visão dos jornalistas. E, dentro de sua função, ele tem razão. O hotel-fazenda já deu amostrar no trabalho do Inter. Após a parada de junho, o Colorado voltou de seu retiro espiritual a toda - conquistou 12 de 15 pontos disputados. Encarreirou vitórias contra Vasco, Fluminense, Flamengo e São Paulo; vindo tropeçar somente na última rodada, diante do Náutico. Quem sabe não é a hora de voltar para o esconderijo mesmo?
Na atividade desta quinta-feira, o técnico esboçou o time para quem quisesse ver, com: Muriel; Ednei, Índio, Juan e Kleber; Willians, Josimar, Jorge Henrique e D'Alessandro; Forlán e Leandro Damião. Ainda observou Ronaldo Alves na vaga de Índio; Fabrício no meio-campo, empurrando Jorge Henrique ao ataque e, posteriormente, substituindo este por Scocco. O outro reforço, Alex Raphael, também foi observado no lugar de D'Ale. Mas você acredita mesmo que alguma destas modificações pode ser a surpresa de Dunga para o Gre-Nal? Duvido e muito!
O retiro em Viamão tem apenas uma explicação: descanso. Dunga quer tirar o grupo dos holofotes, das câmeras fotográficas e filmadoras, da visão dos jornalistas. E, dentro de sua função, ele tem razão. O hotel-fazenda já deu amostrar no trabalho do Inter. Após a parada de junho, o Colorado voltou de seu retiro espiritual a toda - conquistou 12 de 15 pontos disputados. Encarreirou vitórias contra Vasco, Fluminense, Flamengo e São Paulo; vindo tropeçar somente na última rodada, diante do Náutico. Quem sabe não é a hora de voltar para o esconderijo mesmo?
Notícia na hora errada
Foto: Ricardo Matsukawa (Terra)
Existe notícia na hora errada? Talvez. E a culpa é do jornalista que a divulga? Não! Por exemplo, não há mal nenhum na pergunta do repórter Flávio Dal Pizzol, da Rádio GUAÍBA, ao meia Douglas, logo após a derrota do Grêmio para o Corinthians, por 2 a 0, no Pacaembu, tentando repercutir a possibilidade do camisa 10 retornar a Porto Alegre. Mas a resposta do atleta, intencional ou não, foi mais do que surpreendente: "Aqui (Corinthians) estou num momento bacana, estamos há dois anos ganhando títulos. E lá (Grêmio) faz muito tempo que não ganha nada." Esta declaração encerra qualquer chance, mesmo que fosse mínima - já que foram completos os 7 jogos pelo Brasileirão - de um retorno ao Tricolor. E o pior é que esta posição seria ideal para o próximo domingo.
O Grêmio já temia ficar sem Zé Roberto para o Gre-Nal. O camisa 10 entrou em campo nesta quarta-feira pendurado com dois cartões amarelos. Além disso, nesta quinta, será julgado pelo STJD pelo carrinho dado no lateral Lucas, do Botafogo. Pode pegar até 3 meses de suspensão. Mas, tudo isso seria contornável. No entanto, a lesão apresentada pelo meia, que deixou o gramado mais cedo com dores na coxa direita, é no mínimo assustador: "Conversei com o Zé Roberto e o nosso fisioterapeuta. Vamos aguardar os exames, mas não parece ser alguma coisa simples", diagnosticava o diretor-executivo Rui Costa logo após a partida em São Paulo.
O que Renato poderia fazer no domingo é escalar Eduardo Vargas um pouco mais recuado, dividindo as atenções no meio-campo com Elano. Porém, nem mesmo a presença dele está confirmada. O chileno será julgado na sexta-feira pela expulsão diante do Criciúma, onde tentou chutar um adversário pelas costas e acabou sendo expulso. Ou seja, não existe necessariamente notícia na hora errada. O que certamente existe é notícia ruim - e Renato Portaluppi terá de driblá-las para o clássico na Arena. Contudo, nada é impossível para quem já venceu um Gre-Nal no Beira-Rio com gols de Júnior Viçosa e Leandro. Convenhamos!
Existe notícia na hora errada? Talvez. E a culpa é do jornalista que a divulga? Não! Por exemplo, não há mal nenhum na pergunta do repórter Flávio Dal Pizzol, da Rádio GUAÍBA, ao meia Douglas, logo após a derrota do Grêmio para o Corinthians, por 2 a 0, no Pacaembu, tentando repercutir a possibilidade do camisa 10 retornar a Porto Alegre. Mas a resposta do atleta, intencional ou não, foi mais do que surpreendente: "Aqui (Corinthians) estou num momento bacana, estamos há dois anos ganhando títulos. E lá (Grêmio) faz muito tempo que não ganha nada." Esta declaração encerra qualquer chance, mesmo que fosse mínima - já que foram completos os 7 jogos pelo Brasileirão - de um retorno ao Tricolor. E o pior é que esta posição seria ideal para o próximo domingo.
O Grêmio já temia ficar sem Zé Roberto para o Gre-Nal. O camisa 10 entrou em campo nesta quarta-feira pendurado com dois cartões amarelos. Além disso, nesta quinta, será julgado pelo STJD pelo carrinho dado no lateral Lucas, do Botafogo. Pode pegar até 3 meses de suspensão. Mas, tudo isso seria contornável. No entanto, a lesão apresentada pelo meia, que deixou o gramado mais cedo com dores na coxa direita, é no mínimo assustador: "Conversei com o Zé Roberto e o nosso fisioterapeuta. Vamos aguardar os exames, mas não parece ser alguma coisa simples", diagnosticava o diretor-executivo Rui Costa logo após a partida em São Paulo.
O que Renato poderia fazer no domingo é escalar Eduardo Vargas um pouco mais recuado, dividindo as atenções no meio-campo com Elano. Porém, nem mesmo a presença dele está confirmada. O chileno será julgado na sexta-feira pela expulsão diante do Criciúma, onde tentou chutar um adversário pelas costas e acabou sendo expulso. Ou seja, não existe necessariamente notícia na hora errada. O que certamente existe é notícia ruim - e Renato Portaluppi terá de driblá-las para o clássico na Arena. Contudo, nada é impossível para quem já venceu um Gre-Nal no Beira-Rio com gols de Júnior Viçosa e Leandro. Convenhamos!
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