Foto: Lucas Uebel (Grêmio)
À tarde, conversei com o presidente Fábio Koff na concentração gremista, que me dizia preferir a fórmula de mata-mata: "Recuperamos o espírito guerreiro que tanto marcou a década de 90. E para isso é necessário ter o apoio do torcedor", disse ele à Rádio GUAÍBA. Se ele falou, está falado. Koff é uma múmia, tamanho é o número de faixas postas sobre o peito do 'velho'. Pois, além da múmia, há a esfinge. Existe algo a mais neste Grêmio que eliminou o Santos na Arena, nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil. Que fórmula maluca é essa que faz o time rodar, confunde os comentaristas e torna volantes e zagueiros em artilheiros? E enquanto ninguém consegue responder a pergunta, o Grêmio vence seus jogos.
O Grêmio é a esfinge do Brasil neste momento. "Decifra-me ou te devoro" era o lema da Esfinge de Tebas, que ao ver os seres humanos incapazes de resolver o enigma, os eliminava - tal qual faz este time comandado por Renato Portaluppi. "Todo mundo falando que, com essa formação, vinha dando certo fora de casa, mas dentro de casa não daria. A gente foi para cima e mostrou que dava", disse Werley, autor do segundo gol (o primeiro foi de Souza), que classificou o Tricolor às quartas-de-final da Copa do Brasil. E ele tem razão! Em nenhuma das rádios, jornais, televisões, blogs e sites que cobrem o dia-a-dia do Grêmio, se ouviu/leu/viu elogios ao esquema tático de Renato Portaluppi. Muito pelo contrário! Até nas arquibancadas houve quem torcesse o nariz. E agora alguém ousa questionar?
Com este 3-5-2 - de três zagueiros e três volantes -, a equipe conseguiu vergar um tradicional adversário. "Eu tenho que aprender muita coisa no futebol, mas já vivi muito nesses 20 anos. Tem treinador com mais idade que eu, mas que está aprendendo com o Grêmio. Isso me deixa feliz", disse Renato, após a vitória. Quanto tempo levará para alguém decifrar este Grêmio do Renato? Quantos mais serão devorados?
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