Foto: Daniel Marenco (Clicesportes)
O Gre-Nal foi decidido através da objetividade - eu diria até da obviedade. O Grêmio traçou o caminho certo, foi rumo à vitória e conquistou uma grande vantagem (quase irreversível). Enquanto isso, o Inter se perdeu no meio do discurso. Apostou em um futebol refinado, de toques curtos e muito superficial. Aliás, tem sido assim sempre. O que ele não percebeu é que clássico regional nem sempre se ganha na beleza. Muitas vezes o balão para o lado e a bola aerea são as maneiras mais rápidas de se chegar à meta adversária. Ainda mais em um campo encharcado como o de hoje. Pois o Tricolor percebeu, e desta maneira superou o rival em pleno estádio Beira-Rio.
Mesmo que o Inter tenha sido inferior no segundo tempo, dá para se perceber que as oportunidades de gols azuis são todas provenientes de cruzamentos. A bola parada é quase uma especialidade histórica do Grêmio. Rodrigo (foto) e Borges comprovaram ao anotarem os seus. Já o Inter, perdido entre escorregões e dribles desnecessários, via o arco de Victor cada vez mais distante. Sem conseguir se sobrepor a defesa, Walter arriscava chutes de longa distância. E só! Este foi o Colorado nesta tarde de domingo. Faltou raça, faltou pegada, faltou encarar o jogo como decisão. Talvez, pensassem todos eles que, a qualquer momento, a bola bateria na nuca de Edu e sobraria para Alecsandro. Mas nem isso. O ataque vermelho foi mais uma vez nulo - como em grande parte desta temporada.
Agora, resta ao Grêmio encomendar as champanhes. Com uma vitória fora de casa por 2 a 0, o saldo qualificado praticamente entrega o troféu aos comandados de Silas. Para que isso não ocorra, os de Fossati teriam de repetir a dose, levando para as penalidades, ou aplicar uma goleada nos rivais - o que, convenhamos, é muito difícil depois de tudo que vimos neste domingo. Na próxima semana, teremos um simples cumprimento de protocolo. O Grêmio, merecidamente, subindo ao reino dos Céus, e o Internacional descendo ao Inferno (como anunciava uma das faixas da torcida no Beira-Rio).
domingo, 25 de abril de 2010
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Quando o extracampo pisa na grama
Foto: Divulgação Gremio.net
No início da semana, a manchete era o acidente do zagueiro Índio, do Internacional, com um copo de vidro. Depois, chegou a informação de que o atacante Leandro, do Grêmio, estaria presente na festa onde ocorreu o fato. E, pior ainda, seria dele o apartamento. É uma surpresa e tanto para uma terra onde azuis e vermelhos, geralmente, se encaram como inimigos. Ainda mais considerando o fato de que neste domingo teremos um clássico Gre-Nal. Mas, como nem um, nem o outro, conseguem viver este clima pré-jogo sem alfinetadas, apareceu o assessor de futebol do Grêmio, Alberto Guerra, com a seguinte frase: "Não é o Leandro que ficará 30 dias fora, não foi ele que teve de operar a mão", como que ausentando o atleta gremista de culpa.
Porém, os deuses do futebol são maravilhosos - e talvez por isso o referido esporte bretão seja tão admirado. Quis o destino que o lateral-esquerdo Fábio Santos, fosse vítima também de um acidente doméstico. Enquanto tomava banho com a filha, a porta do box se quebrou e os cacos atingiram o pé do jogador gremista. Um deles atingiu os tendões, o impossibilitando de entrar em campo neste final de semana, diante do Inter. Aliás, pelos próximos trinta dias o Grêmio ficará sem o seu lateral canhoto titular. Vale lembrar que ele já vinha ocupando a vaga que era de Lúcio, após este ter passado por uma cirurgia no joelho.
Naturalmente, a camisa seis cairia nas costas do jovem Bruno Collaço. Ele, que chegou a atuar por boa parte do ano passado, sob o comando de Paulo Autuori, não sentiria o peso da camisa imortal tricolor. Contudo, o técnico Silas prefere o improviso. Deixou o atleta de fora da lista dos relacionados para o clássico e fica na dúvida entre Joílson (que é lateral-direito) ou Neuton (zagueiro de origem). E agora, quem poderá nos defender?
Mas casos como este, demonstram para o torcedor, dirigentes e jogadores que, realmente, não sabemos o dia de amanhã. Em uma noite podemos estar sentados na sala da casa de um amigo quando, puf!, caímos com a mão sobre um copo. No outro, podemos estar tomando um banho quente e revigorante quando, sem perceber, estamos imersos em uma poça de sangue. Cena digna de filme do Hitchcock, ela também pode fazer parte dos gramados de futebol. Quem diz que não?
Porém, os deuses do futebol são maravilhosos - e talvez por isso o referido esporte bretão seja tão admirado. Quis o destino que o lateral-esquerdo Fábio Santos, fosse vítima também de um acidente doméstico. Enquanto tomava banho com a filha, a porta do box se quebrou e os cacos atingiram o pé do jogador gremista. Um deles atingiu os tendões, o impossibilitando de entrar em campo neste final de semana, diante do Inter. Aliás, pelos próximos trinta dias o Grêmio ficará sem o seu lateral canhoto titular. Vale lembrar que ele já vinha ocupando a vaga que era de Lúcio, após este ter passado por uma cirurgia no joelho.
Naturalmente, a camisa seis cairia nas costas do jovem Bruno Collaço. Ele, que chegou a atuar por boa parte do ano passado, sob o comando de Paulo Autuori, não sentiria o peso da camisa imortal tricolor. Contudo, o técnico Silas prefere o improviso. Deixou o atleta de fora da lista dos relacionados para o clássico e fica na dúvida entre Joílson (que é lateral-direito) ou Neuton (zagueiro de origem). E agora, quem poderá nos defender?
Mas casos como este, demonstram para o torcedor, dirigentes e jogadores que, realmente, não sabemos o dia de amanhã. Em uma noite podemos estar sentados na sala da casa de um amigo quando, puf!, caímos com a mão sobre um copo. No outro, podemos estar tomando um banho quente e revigorante quando, sem perceber, estamos imersos em uma poça de sangue. Cena digna de filme do Hitchcock, ela também pode fazer parte dos gramados de futebol. Quem diz que não?
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Décimo segundo jogador é a mãe!
Foto: Alexandre Lops (Divulgação)
Andrezinho já havia dito que não gostava de ser apontado como o 12º jogador do elenco colorado. Mesmo assim, alguns fechavam os olhos para a possibilidade do meia ganhar uma vaga entre os titulares. Os mais críticos chegaram a afirmar que André era jogador de segundo tempo - uma alcunha que ficou conhecida através de Denílson, na Seleção Brasileira. Porém, nesta quinta, na vitória mais convincente do Inter na temporada (3 a 0 sobre o Deportivo Quito), o atleta confirmou que é, mais do que nunca, um dos onze melhores. Senão o melhor!
O golaço dele, logo com quatro minutos de partida, além de abrir o caminho para as oitavas-de-final da Libertadores da América, confirmou o acerto do técnico Jorge Fossati em mantê-lo na equipe. Andrezinho proporcionou ao Inter tudo aquilo que não era conseguido antes: fez a ligação da defesa com o ataque, auxiliou na marcação e arrematou de fora da área. Uma atuação exuberante e que conduziu o time para a melhor apresentação do ano. É verdade que a má fase que Giuliano enfrentava também contribuiu para que André fosse transformado em titular. Mas veja bem, hoje Giuliano chegou a marcar um gol também (belíssimo, fechando a goleada sobre os equatorianos), e nem assim ofuscou a imponente atuação do camisa 17.
Passado o sufoco, que venha o Banfield, da Argentina! Podia ser Cruzeiro ou Alianza Lima. Mas não, será o Banfield! Antes dele ainda, o Grêmio - pelo primeiro jogo da final do Gauchão. Mas agora o torcedor vermelho não tem medo de nada. Os tempos de vaca magra se foram. Com um esquema tático definido e meio-campo encontrado, só faltam duas coisas: o ataque resolver marcar gols. O Gre-Nal pode ser mais uma chance para Alecsandro e Walter.
Andrezinho já havia dito que não gostava de ser apontado como o 12º jogador do elenco colorado. Mesmo assim, alguns fechavam os olhos para a possibilidade do meia ganhar uma vaga entre os titulares. Os mais críticos chegaram a afirmar que André era jogador de segundo tempo - uma alcunha que ficou conhecida através de Denílson, na Seleção Brasileira. Porém, nesta quinta, na vitória mais convincente do Inter na temporada (3 a 0 sobre o Deportivo Quito), o atleta confirmou que é, mais do que nunca, um dos onze melhores. Senão o melhor!
O golaço dele, logo com quatro minutos de partida, além de abrir o caminho para as oitavas-de-final da Libertadores da América, confirmou o acerto do técnico Jorge Fossati em mantê-lo na equipe. Andrezinho proporcionou ao Inter tudo aquilo que não era conseguido antes: fez a ligação da defesa com o ataque, auxiliou na marcação e arrematou de fora da área. Uma atuação exuberante e que conduziu o time para a melhor apresentação do ano. É verdade que a má fase que Giuliano enfrentava também contribuiu para que André fosse transformado em titular. Mas veja bem, hoje Giuliano chegou a marcar um gol também (belíssimo, fechando a goleada sobre os equatorianos), e nem assim ofuscou a imponente atuação do camisa 17.
Passado o sufoco, que venha o Banfield, da Argentina! Podia ser Cruzeiro ou Alianza Lima. Mas não, será o Banfield! Antes dele ainda, o Grêmio - pelo primeiro jogo da final do Gauchão. Mas agora o torcedor vermelho não tem medo de nada. Os tempos de vaca magra se foram. Com um esquema tático definido e meio-campo encontrado, só faltam duas coisas: o ataque resolver marcar gols. O Gre-Nal pode ser mais uma chance para Alecsandro e Walter.
Uma Rochebomba para desarmar
Foto: Flávio Neves (Clicesportes)
Como seria bom encerrar a noite com o petardo de Fábio Rochemback na memória. Um verdadeiro golaço, no ângulo do goleiro Zé Carlos, que eliminou o Avaí e carimbou a passagem do Grêmio para a próxima fase da Copa do Brasil. No entanto, as coisas não estão tão boas quanto se quer. Diante de uma equipe modestíssima, o Tricolor demonstrou toda sua fragilidade defensiva, preocupando o torcedor. A prova está no placar: 3 a 2 para os catarinenses. Bastou para continuar vivo na competição, mas para ligar o dispositivo de uma bomba que pode explodir a qualquer momento no estádio Olímpico. Será que o Silas consegue desarmá-la?
Há quem queira ver apenas o lado bom das coisas. Jonas marcou mais uma vez, Victor foi estupendo como de costume e o time está nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Ok, tudo bem. Até se pode chegar longe levando em consideração todos estes fatores. Agora, um sistema defensivo falho, um meio-campo sem pegada e laterais nulos, são como nitroglicerina. Pior do que uma Ressacada inteira te chamando de "traíra". Acredite!
Como seria bom encerrar a noite com o petardo de Fábio Rochemback na memória. Um verdadeiro golaço, no ângulo do goleiro Zé Carlos, que eliminou o Avaí e carimbou a passagem do Grêmio para a próxima fase da Copa do Brasil. No entanto, as coisas não estão tão boas quanto se quer. Diante de uma equipe modestíssima, o Tricolor demonstrou toda sua fragilidade defensiva, preocupando o torcedor. A prova está no placar: 3 a 2 para os catarinenses. Bastou para continuar vivo na competição, mas para ligar o dispositivo de uma bomba que pode explodir a qualquer momento no estádio Olímpico. Será que o Silas consegue desarmá-la?
Nem toda a hostilidade que recebeu o treinador deve preocupar tanto quanto os problemas demonstrados dentro de campo pela equipe gremista. Tudo bem que o clima era bélico e que a vantagem era grande (relaxante, ainda por cima), mas o time deu sorte pro azar. Esteve duas vezes atrás do placar, fazendo o torcedor suar as axilas. E, somente aos 32 minutos do segundo tempo, conseguiu espantar o fantasma com uma "Rochebomba" do meio da rua. Aliás, finalmente a arma de Rochemback apareceu! Mas é pouco. Muito pouco para quem deseja conquistar a Copa do Brasil. Atlético-MG, Santos e até mesmo o Fluminense (possivelmtente o próximo adversário) prometem aterrorizar os sonhos da massa azul. E o Gre-Nal do final de semana? Será que a defesa vai dar mole na decisão do Estadual também?
Há quem queira ver apenas o lado bom das coisas. Jonas marcou mais uma vez, Victor foi estupendo como de costume e o time está nas quartas-de-final da Copa do Brasil. Ok, tudo bem. Até se pode chegar longe levando em consideração todos estes fatores. Agora, um sistema defensivo falho, um meio-campo sem pegada e laterais nulos, são como nitroglicerina. Pior do que uma Ressacada inteira te chamando de "traíra". Acredite!
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Superatletas
Foto: Edison Vara (Divulgação SESI)
A Lupa no Gramado quebra as regras nesta quarta-feira. Neste 21 de abril, feriado nacional, abrimos parênteses no assunto "dupla Gre-Nal", para abordar os Jogos Nacionais do Sesi. Evento que teve sua abertura oficial no dia de hoje e que reúne mais de dois mil atletas em Bento Gonçalves. Pessoas que não ganham salário para competir, e sim para trabalhar normalmente pelas empresas do país. E, desta maneira, se doam ao máximo para conquistar uma medalha, um troféu e nada mais. Não buscam idolatria, fama ou prêmio em dinheiro. Fazem tudo por simples hobby, por diversão - como deveria ser. Sendo assim, têm muito a ensinar a alguns jogadores da velha dupla. Por esse e tantos outros motivos, visitei Bento Gonçalves.
Para quem não sabe, estou morando em Porto Alegre há alguns dias. E, confesso, não esperava voltar à cidade serrana tão cedo. Foi uma boa escolha! No lugar onde o vôlei faliu e onde o futebol profissional ruiu, outros esportes ganharam vez, deleitando-se de toda a estrutura que o município oferece.
Independente dos resultados obtidos, dos vencedores e seus respectivos Estados, todos saem vitoriosos. Parabéns a este evento, que como anunciado, se repetirá de maneira anual a partir de agora. E ficam neste blog os votos pelo sucesso da organização. Parabéns, um grande exemplo a ser seguido!
Para quem não sabe, estou morando em Porto Alegre há alguns dias. E, confesso, não esperava voltar à cidade serrana tão cedo. Foi uma boa escolha! No lugar onde o vôlei faliu e onde o futebol profissional ruiu, outros esportes ganharam vez, deleitando-se de toda a estrutura que o município oferece.
Independente dos resultados obtidos, dos vencedores e seus respectivos Estados, todos saem vitoriosos. Parabéns a este evento, que como anunciado, se repetirá de maneira anual a partir de agora. E ficam neste blog os votos pelo sucesso da organização. Parabéns, um grande exemplo a ser seguido!
Obs.: Para acompanhar os Jogos, você pode visitar o site http://releases.fsb.com.br/SESI/ e http://www.flickr.com/photos/jogosdosesi2010 .
terça-feira, 20 de abril de 2010
Dois estranhos no ninho
Foto: Gremio.net
Nesta quarta-feira, Silas estará de volta na Ressacada. O treinador, tratado com certa desconfiança pela torcida do Grêmio, reencontrará seu antigo ninho - o palácio onde reinou por dois anos. Na curta carreira de técnico de futebol, foi lá que Silas obteve suas maiores conquistas. Levou o Avaí à primeira divisão brasileira e, no ano seguinte, surpreendeu o país com um elenco limitado. Virou ídolo em Florianópolis. Mas, pelo que parece, a imagem se ruiu. Quis o destino que ele cruzasse o caminho avaiano mais uma vez, agora como inimigo. E o desfecho desta história se dará nesta quarta.
Pelo que se percebe, não será estendido um tapete vermelho para o retorno de Silas. Ainda no último treino gremista, em território catarinense, antes do jogo, o comandante teve seu nome gritado por um torcedor do Avaí. Mas não com vibração, e sim aliado à impropérios e xingamentos. Por isso, Silas terá os holofotes do estádio voltados para sua cabeça no início da partida. Será o grande protagonista avaiano na Copa do Brasil, podendo assumir o papel de vilão na história do clube.
Enquanto isso, do lado gremista, as atenções deverão estar voltadas para outro ator: o volante Ferdinando. Isso porque na última partida disputada pelas duas equipes na Ressacada, foi ele o autor do gol em uma vitória magra por 1 a 0. Contudo, o meia defendia as cores do Avaí, ou seja, responsável pela derrota tricolor em Santa Catarina. E, para piorar sua dívida com a massa azul, Ferdinando deve boas atuações, sendo constante alvo de vaias. Aliás, no primeiro confronto contra o próprio Avaí, pela Copa do Brasil, na semana passada, o atleta foi substituído ainda no intervalo. Portanto, um possível desastre do Grêmio pode ter o nome de Ferdinando fortemente vinculado.
Ou, quem sabe, ele não se recupere? Será a chance de ouro para, assim como Silas, provar que o coração bate azul, preto e branco a partir de agora. Quem sabe ele não possa repetir a grande bomba de fora da área, que matou o Grêmio no ano passado e que deu o título da Taça Fernando Carvalho, contra o Novo Hamburgo? São as duas grandes ações do jogador em sua curta carreira, e que, se acontecer novamente nesta quarta, não magoarão o torcedor gremista. Muito pelo contrário.
Nesta quarta-feira, Silas estará de volta na Ressacada. O treinador, tratado com certa desconfiança pela torcida do Grêmio, reencontrará seu antigo ninho - o palácio onde reinou por dois anos. Na curta carreira de técnico de futebol, foi lá que Silas obteve suas maiores conquistas. Levou o Avaí à primeira divisão brasileira e, no ano seguinte, surpreendeu o país com um elenco limitado. Virou ídolo em Florianópolis. Mas, pelo que parece, a imagem se ruiu. Quis o destino que ele cruzasse o caminho avaiano mais uma vez, agora como inimigo. E o desfecho desta história se dará nesta quarta.
Pelo que se percebe, não será estendido um tapete vermelho para o retorno de Silas. Ainda no último treino gremista, em território catarinense, antes do jogo, o comandante teve seu nome gritado por um torcedor do Avaí. Mas não com vibração, e sim aliado à impropérios e xingamentos. Por isso, Silas terá os holofotes do estádio voltados para sua cabeça no início da partida. Será o grande protagonista avaiano na Copa do Brasil, podendo assumir o papel de vilão na história do clube.
Enquanto isso, do lado gremista, as atenções deverão estar voltadas para outro ator: o volante Ferdinando. Isso porque na última partida disputada pelas duas equipes na Ressacada, foi ele o autor do gol em uma vitória magra por 1 a 0. Contudo, o meia defendia as cores do Avaí, ou seja, responsável pela derrota tricolor em Santa Catarina. E, para piorar sua dívida com a massa azul, Ferdinando deve boas atuações, sendo constante alvo de vaias. Aliás, no primeiro confronto contra o próprio Avaí, pela Copa do Brasil, na semana passada, o atleta foi substituído ainda no intervalo. Portanto, um possível desastre do Grêmio pode ter o nome de Ferdinando fortemente vinculado.
Ou, quem sabe, ele não se recupere? Será a chance de ouro para, assim como Silas, provar que o coração bate azul, preto e branco a partir de agora. Quem sabe ele não possa repetir a grande bomba de fora da área, que matou o Grêmio no ano passado e que deu o título da Taça Fernando Carvalho, contra o Novo Hamburgo? São as duas grandes ações do jogador em sua curta carreira, e que, se acontecer novamente nesta quarta, não magoarão o torcedor gremista. Muito pelo contrário.
segunda-feira, 19 de abril de 2010
Jogando bem, que mal tem?
Foto: Emílio Pedroso (Clicesportes)
A notícia de que o zagueiro Índio, do Inter, teria dado entrada no Pronto Socorro do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, alvoroçou os sensacionalistas de plantão. Famoso pelos boatos de que estaria constantemente presente em festas durante a madrugada, o defensor foi alvo fácil mais uma vez. Já houve quem dissesse que os cortes no pulso do atleta foram ocasionados por uma briga em boate. Outros, mais maldosos, levantaram a hipótese de tentativa de suicídio. E, assim, a novela vai ganhando proporções imensas.
O grande porém, e que sempre defendo com unhas e dentes, é que ninguém tem nada a ver com as festas que fazem os jogadores de futebol. Se é que fazem, pois às vezes tudo não passa de fofocalhada. É preciso saber medir uma coisa: um boleiro é pago pelo seu clube para jogar. O papel está sendo cumprido dentro de campo? Bom, então nos calemos e que fique por isso mesmo. Se ele bebe ou deixa de beber, o problema é dele e da família, exclusivamente. Podemos ter um centroavante que encha a cara de conhaque na noite de sábado e a rede adversária de gols na tarde de domingo. Ninguém irá se opor. Garrincha, Adriano e Romário cansaram de nos provar que a vida particular nada tem a ver com os 90 minutos de uma partida de bolapé.
No entanto, Índio deixou de ser aquele velho guerreiro de antigamente. Talvez pela idade já avançada, ou pelas lesões mesmo, as atuações não encantam a torcida. E, quando isso ocorre, a primeira alternativa que vem à cabeça do torcedor é o álcool, seguido da "noite", mulherada e afins. Caberá ao Indião corresponder dentro das quatro linhas a partir do seu retorno e, então, calar as críticas. Só assim.
A notícia de que o zagueiro Índio, do Inter, teria dado entrada no Pronto Socorro do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, alvoroçou os sensacionalistas de plantão. Famoso pelos boatos de que estaria constantemente presente em festas durante a madrugada, o defensor foi alvo fácil mais uma vez. Já houve quem dissesse que os cortes no pulso do atleta foram ocasionados por uma briga em boate. Outros, mais maldosos, levantaram a hipótese de tentativa de suicídio. E, assim, a novela vai ganhando proporções imensas.
O grande porém, e que sempre defendo com unhas e dentes, é que ninguém tem nada a ver com as festas que fazem os jogadores de futebol. Se é que fazem, pois às vezes tudo não passa de fofocalhada. É preciso saber medir uma coisa: um boleiro é pago pelo seu clube para jogar. O papel está sendo cumprido dentro de campo? Bom, então nos calemos e que fique por isso mesmo. Se ele bebe ou deixa de beber, o problema é dele e da família, exclusivamente. Podemos ter um centroavante que encha a cara de conhaque na noite de sábado e a rede adversária de gols na tarde de domingo. Ninguém irá se opor. Garrincha, Adriano e Romário cansaram de nos provar que a vida particular nada tem a ver com os 90 minutos de uma partida de bolapé.
No entanto, Índio deixou de ser aquele velho guerreiro de antigamente. Talvez pela idade já avançada, ou pelas lesões mesmo, as atuações não encantam a torcida. E, quando isso ocorre, a primeira alternativa que vem à cabeça do torcedor é o álcool, seguido da "noite", mulherada e afins. Caberá ao Indião corresponder dentro das quatro linhas a partir do seu retorno e, então, calar as críticas. Só assim.
domingo, 18 de abril de 2010
Campeão?
Foto: Alexandre Lops (Divulgação)
O campeão de um torneio, por obrigatoriedade, é considerado a melhor equipe de uma competição. A medalha no peito e o troféu no armário servem para qualificar o grande vencedor dentre todos os participantes. Pelo menos deveria ser assim. Portanto, podemos dizer que hoje o Internacional sentenciou-se como o melhor clube do segundo turno do Campeonato Gaúcho. E, na semana que vem, teremos o início da definição pelo conquistador do Estado. O problema é que o Colorado não demonstrou futebol para ser considerado, de fato, "a equipe" da Taça Fábio Koff. Valeu taça, é verdade, mas está muito longe. O Grêmio já havia demonstrado, na decisão do primeiro turno, contra o Novo Hamburgo, que, para ser campeão, não é necessário tanto. O Inter apenas reafirmou
a sentença neste domingo. O Pelotas esteve na frente do placar, com uma vantagem de dois gols ainda por cima. E aí pipocaram as deficiências! A zaga pesada demais, o meio leve e sem marcação, e, por fim, um ataque inoperante. A virada veio na raça, na força da torcida e através do treinador Jorge Fossati. Sim, com a mão dele o Inter chegou ao título. Bom, na verdade, não foi bem assim. A realidade que se viu foi a sorte do técnico em suas modificações. Para isso, ele errou na escalação. Voltou ao esquema 3-5-2, inventando Glaydson como ala-direito e dando mais uma chance a Taison na frente. E assim, o Colorado voltou para o vestiário, no intervalo, perdendo diante de mais de 30 mil torcedores.
Mas, bastou Walter, D'Alessandro e Edu entrarem em campo para que a história mudasse de rumo. O primeiro teve participação nos gols e os outros dois anotaram na virada que, certamente, entrou para a história do clube da beira do Rio. Contudo, merece estes parenteses. Enfim, campeão de fato é o Inter, assim como o Grêmio o fez na primeira parte do campeonato. Se Noia ou Lobão mereceram, apostaram ou contrataram bem não interessa. Quem ficará marcado será o vencedor. Resta saber qual se sairá melhor: azul ou vermelho?
O campeão de um torneio, por obrigatoriedade, é considerado a melhor equipe de uma competição. A medalha no peito e o troféu no armário servem para qualificar o grande vencedor dentre todos os participantes. Pelo menos deveria ser assim. Portanto, podemos dizer que hoje o Internacional sentenciou-se como o melhor clube do segundo turno do Campeonato Gaúcho. E, na semana que vem, teremos o início da definição pelo conquistador do Estado. O problema é que o Colorado não demonstrou futebol para ser considerado, de fato, "a equipe" da Taça Fábio Koff. Valeu taça, é verdade, mas está muito longe. O Grêmio já havia demonstrado, na decisão do primeiro turno, contra o Novo Hamburgo, que, para ser campeão, não é necessário tanto. O Inter apenas reafirmou
a sentença neste domingo. O Pelotas esteve na frente do placar, com uma vantagem de dois gols ainda por cima. E aí pipocaram as deficiências! A zaga pesada demais, o meio leve e sem marcação, e, por fim, um ataque inoperante. A virada veio na raça, na força da torcida e através do treinador Jorge Fossati. Sim, com a mão dele o Inter chegou ao título. Bom, na verdade, não foi bem assim. A realidade que se viu foi a sorte do técnico em suas modificações. Para isso, ele errou na escalação. Voltou ao esquema 3-5-2, inventando Glaydson como ala-direito e dando mais uma chance a Taison na frente. E assim, o Colorado voltou para o vestiário, no intervalo, perdendo diante de mais de 30 mil torcedores.
Mas, bastou Walter, D'Alessandro e Edu entrarem em campo para que a história mudasse de rumo. O primeiro teve participação nos gols e os outros dois anotaram na virada que, certamente, entrou para a história do clube da beira do Rio. Contudo, merece estes parenteses. Enfim, campeão de fato é o Inter, assim como o Grêmio o fez na primeira parte do campeonato. Se Noia ou Lobão mereceram, apostaram ou contrataram bem não interessa. Quem ficará marcado será o vencedor. Resta saber qual se sairá melhor: azul ou vermelho?
terça-feira, 13 de abril de 2010
Sávio pelo gongo
Amanhã o Grêmio recebe, no estádio Olímpico, o Avaí - ex-time do Silas. Todo mundo está focado neste embate, entre criatura contra criador. Silas é visto como rei na Ressacada. Foi capaz de recolocar o clube catarinense, antes conhecido apenas por ser o time do coração do tenista Guga, de volta na elite do futebol brasileiro. E, não bastando, fez uma bela campanha, com jogadores limitados. Por isso, todos querem ver como será o comportamento de ambos no confronto pela Copa do Brasil. Porém, este Avaí que enfrentará o Grêmio, não é mais o Avaí de Silas. É como se tivesse chegado um caminhão de mudanças e levado toda a mobília da casa. Marquinhos, Léo Gago, William e Eduardo Martini (alguns dos destaques daquela equipe) já não moram mais em Florianópolis. Então, não nos resta outra alternativa senão desbancar essa discussão de "reencontro".
O que me chama a atenção, na verdade, é outro embate. Para quem não sabe, o grande nome do Avaí neste ano é o atacante Sávio. Considerado por alguns um ex-jogador, por outros a grande esperança avaiana, ele está lá. É praticamente o bendito fruto! E, 15 anos depois, cruzará contra o Grêmio novamente em uma Copa do Brasil. Nos idos de 1995, enquanto o Grêmio estava emaranhado na Libertadores da América (a qual conquistaria alguns meses depois), cruzou com o poderoso Flamengo, de Wanderley Luxemburgo, nas semifinais. Depois de ter passado pelo Palmeiras, rival da época, o Tricolor encontrou o Rubro-Negro Carioca. No estádio Maracanã, este mesmo Sávio deitou e rolou para cima da zaga gremista. Praticamente construiu sozinho a vitória de 2 a 1 sobre o time de Felipão. E com dois golaços! No primeiro, passou por quatro marcadores até chutar na saída do goleiro Danrlei. No segundo, tripudiou em cima do arqueiro antes de tocar para o fundo das redes. Terminaria como o artilheiro do certame, com sete gols. Mas, como no futebol nem sempre vencem os habilidosos, o Grêmio, com a raça de sempre, jogou com o regulamento embaixo do braço e venceu por 1 a 0 no estádio Olímpico, gol de Jardel, e passou para finalíssima.
No fim das contas, nem o Grêmio de Jardel e muito menos o Flamengo de Sávio foram vitoriosos. O grande campeão da Copa do Brasil de 1995 foi o Corinthians, de Marcelinho Carioca. Mas a lembrança de Sávio destruindo no Maracanã, e dele mesmo sendo caçado no Olímpico, nunca me saem da cabeça. Mas, se há 15 anos ele não conseguiu eliminar o Grêmio, não vai ser agora, com 36 anos nas costas, que o fará. O verdadeiro inimigo do Grêmio está à frente. Quem será ele?
O que me chama a atenção, na verdade, é outro embate. Para quem não sabe, o grande nome do Avaí neste ano é o atacante Sávio. Considerado por alguns um ex-jogador, por outros a grande esperança avaiana, ele está lá. É praticamente o bendito fruto! E, 15 anos depois, cruzará contra o Grêmio novamente em uma Copa do Brasil. Nos idos de 1995, enquanto o Grêmio estava emaranhado na Libertadores da América (a qual conquistaria alguns meses depois), cruzou com o poderoso Flamengo, de Wanderley Luxemburgo, nas semifinais. Depois de ter passado pelo Palmeiras, rival da época, o Tricolor encontrou o Rubro-Negro Carioca. No estádio Maracanã, este mesmo Sávio deitou e rolou para cima da zaga gremista. Praticamente construiu sozinho a vitória de 2 a 1 sobre o time de Felipão. E com dois golaços! No primeiro, passou por quatro marcadores até chutar na saída do goleiro Danrlei. No segundo, tripudiou em cima do arqueiro antes de tocar para o fundo das redes. Terminaria como o artilheiro do certame, com sete gols. Mas, como no futebol nem sempre vencem os habilidosos, o Grêmio, com a raça de sempre, jogou com o regulamento embaixo do braço e venceu por 1 a 0 no estádio Olímpico, gol de Jardel, e passou para finalíssima.
No fim das contas, nem o Grêmio de Jardel e muito menos o Flamengo de Sávio foram vitoriosos. O grande campeão da Copa do Brasil de 1995 foi o Corinthians, de Marcelinho Carioca. Mas a lembrança de Sávio destruindo no Maracanã, e dele mesmo sendo caçado no Olímpico, nunca me saem da cabeça. Mas, se há 15 anos ele não conseguiu eliminar o Grêmio, não vai ser agora, com 36 anos nas costas, que o fará. O verdadeiro inimigo do Grêmio está à frente. Quem será ele?
segunda-feira, 12 de abril de 2010
Um olho no gato e outro no Lobo
Foto: Alexandre Lops (S.C. Internacional)
Como bem desejava, o Inter viajou para o Equador descansado. Jogou ainda no sábado, quando eliminou o Ypiranga de Erechim, com dois gols de Walter, e sacramentou a classificação para a finalíssima da Taça Fábio Koff. Era isso o que todos os colorados queriam e espereneavam desde a semifinal do primeiro turno, quando foram obrigados a escalar um time reserva contra o Novo Hamburgo e, por consequência, impedidos de disputar a final com o Grêmio. Para muitos torcedores, lá estava a explicação pela derrota. Pois bem, agora está tudo resolvido. O Inter volta a campo pelo Gauchão somente no próximo domingo, e ontem ainda se deu ao luxo de assistir o São José cair dentro de casa diante do Pelotas. Poderá, enfim, pensar somente no Emelec, próximo adversário da Libertadores.
Mas leio, ouço e vejo coisas que me levam a outro pensamento. Que o real inimigo do Internacional é verdadeiramente o Pelotas, e não o Emelec. Digo isso porque os equatorianos vêm espalhando aos quatro cantos da América que mandarão os suplentes no jogo desta quarta. Sem chances de classificação no torneio continental, o Emelec prefere concentrar suas forças no Campeonato Nacional, onde o clube figura em terceiro lugar na classificação geral. Nem mesmo os jornais de Guayaquil dão atenção à visita do Inter. Seja qual for o resultado, o Equador não vai chorar por uma desclassificação. Por isso, me forço a pensar que o Pelotas é muito mais perigoso que o inimigo deste meio de semana.
Noutra oportunidade, quando se tem um adversário fraco, se escala um time inferior, em detrimento da decisão que vem a seguir. Sendo assim, Jorge Fossati deveria poupar seus titulares para enfrentar o Pelotas no próximo domingo. Porque este jogo sim, pode valer o ano colorado. Uma derrota para o Pelotas, com certeza respingará na campanha da Libertadores. Mas, afinal de contas, qual a prioridade do clube gaúcho? É a Libertadores, não é? Pois o Emelec está nela e é o adversário desta semana. Então, não interessa quais os jogadores enfrentarão o Inter nesta quarta, uma vitória fora de casa valerá os mesmos três pontos de sempre. Depois, contra os pelotenses, se vê qual a situação.
Mas que deve ficar uma vontadezinha de poupar os jogadores para o Gauchão, deve ficar. Entretanto, um grão de cada vez - mesmo que se mantenha um olho no gato e o outro no peixe.
Mas leio, ouço e vejo coisas que me levam a outro pensamento. Que o real inimigo do Internacional é verdadeiramente o Pelotas, e não o Emelec. Digo isso porque os equatorianos vêm espalhando aos quatro cantos da América que mandarão os suplentes no jogo desta quarta. Sem chances de classificação no torneio continental, o Emelec prefere concentrar suas forças no Campeonato Nacional, onde o clube figura em terceiro lugar na classificação geral. Nem mesmo os jornais de Guayaquil dão atenção à visita do Inter. Seja qual for o resultado, o Equador não vai chorar por uma desclassificação. Por isso, me forço a pensar que o Pelotas é muito mais perigoso que o inimigo deste meio de semana.
Noutra oportunidade, quando se tem um adversário fraco, se escala um time inferior, em detrimento da decisão que vem a seguir. Sendo assim, Jorge Fossati deveria poupar seus titulares para enfrentar o Pelotas no próximo domingo. Porque este jogo sim, pode valer o ano colorado. Uma derrota para o Pelotas, com certeza respingará na campanha da Libertadores. Mas, afinal de contas, qual a prioridade do clube gaúcho? É a Libertadores, não é? Pois o Emelec está nela e é o adversário desta semana. Então, não interessa quais os jogadores enfrentarão o Inter nesta quarta, uma vitória fora de casa valerá os mesmos três pontos de sempre. Depois, contra os pelotenses, se vê qual a situação.
Mas que deve ficar uma vontadezinha de poupar os jogadores para o Gauchão, deve ficar. Entretanto, um grão de cada vez - mesmo que se mantenha um olho no gato e o outro no peixe.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Invencibilidade de papelão
Foto: Diego Vara (Zero Hora)
Foram 51 jogos sem perder dentro de casa - desde o final de 2008 o estádio Olímpico não conhecia derrotas. Além disso, fez-se uma série de 15 vitórias consecutivas. E aí, de que adiantou tudo isso? Depois de toda essa construção, veio o Pelotas, com Tiago Duarte, e fez o império desmoronar. Não dá para se fazer terra arrasada, mas, também, isso comprova que o discurso de melhor time do país não era para tanto. Foi uma invencibilidade de papel, ou pior ainda, que terminou em papelão.
Dentro de todo o período sem derrotas em Porto Alegre, o Grêmio disputou seis campeonatos, entre Gauchões, Brasileirões e Libertadores. E, mesmo com a sequência de bons resultados, nenhum caneco repousou no armário azul. Veio a Taça Fernando Carvalho neste ano, que se não for complementada com o título estadual será uma lembrança maldita na sala de troféus. Será a lembrança de mais um ano em branco para o torcedor gremista.Neste momento, pode se falar de tudo o que quiser. Elogiar a marcação do Pelotas, a atuação da equipe ou o técnico Beto Almeida. Nada vai amenizar o princípio de crise que se faz. Porque afinal de contas é uma derrota que escancara os problemas do time de Silas.
E, para piorar tudo, o Grêmio perde o meia Douglas para o primeiro jogo da decisão. O grande maestro da equipe, o novo Carlos Miguel (segundo Meira), acabou sendo expulso por chutar a bola em cima do bandeirinha. Assim, além de levar o cartão vermelho, Douglas pode ser julgado e ficar de fora do segundo jogo também. Imagine o tamanho da encrenca o Grêmio ter de depender de Hugo em um Gre-Nal decisivo.
Pode ser que tudo isso não seja nada, como disse o comandante tricolor ao final da partida. Realmente, o Grêmio está na decisão do Campeonato. Passará a pensar no confronto contra o Avaí, pela Copa do Brasil, com mais ênfase. Contudo, deixa a pulga atrás da orelha. Afinal de contas, foi enganosa a invencibilidade? Foram mentirosas as 15 vitórias no Gauchão? A princípio, sim. Não basta vencer Juventude, Esportivo, Inter-SM e alguns outros se a medalha não está no peito. Mas, para a sorte da massa tricolor, o Grêmio terá uma segunda chance muito em breve. Vale lembrar, será a última.
Dentro de todo o período sem derrotas em Porto Alegre, o Grêmio disputou seis campeonatos, entre Gauchões, Brasileirões e Libertadores. E, mesmo com a sequência de bons resultados, nenhum caneco repousou no armário azul. Veio a Taça Fernando Carvalho neste ano, que se não for complementada com o título estadual será uma lembrança maldita na sala de troféus. Será a lembrança de mais um ano em branco para o torcedor gremista.Neste momento, pode se falar de tudo o que quiser. Elogiar a marcação do Pelotas, a atuação da equipe ou o técnico Beto Almeida. Nada vai amenizar o princípio de crise que se faz. Porque afinal de contas é uma derrota que escancara os problemas do time de Silas.
E, para piorar tudo, o Grêmio perde o meia Douglas para o primeiro jogo da decisão. O grande maestro da equipe, o novo Carlos Miguel (segundo Meira), acabou sendo expulso por chutar a bola em cima do bandeirinha. Assim, além de levar o cartão vermelho, Douglas pode ser julgado e ficar de fora do segundo jogo também. Imagine o tamanho da encrenca o Grêmio ter de depender de Hugo em um Gre-Nal decisivo.
Pode ser que tudo isso não seja nada, como disse o comandante tricolor ao final da partida. Realmente, o Grêmio está na decisão do Campeonato. Passará a pensar no confronto contra o Avaí, pela Copa do Brasil, com mais ênfase. Contudo, deixa a pulga atrás da orelha. Afinal de contas, foi enganosa a invencibilidade? Foram mentirosas as 15 vitórias no Gauchão? A princípio, sim. Não basta vencer Juventude, Esportivo, Inter-SM e alguns outros se a medalha não está no peito. Mas, para a sorte da massa tricolor, o Grêmio terá uma segunda chance muito em breve. Vale lembrar, será a última.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
Final de Copa do Mundo
Foto: Valdir Friolin (Clicesportes)
A vitória do Inter sobre o Novo Hamburgo, conquistada somente nos penais, pode servir como alerta para qualquer torcedor que sonha com um torneio maior do que o Gauchão. Uma Libertadores, por exemplo. Apesar da classificação, o modo como ela veio não agrada à torcida. Pelo menos à grande maioria. Por que para outros, a situação de penalidades a que o Inter foi submetido na noite de ontem se explica pela motivação do adversário. Assim como na semifinal da Taça Fernando Carvalho, a equipe do Noia encarou o confronto contra os colorados como uma final de Copa do Mundo, e não como umas simples quartas-de-final de Campeonato Estadual, como pensam os vermelhos. Sendo assim, ao eliminar o Novo Hamburgo, o Inter conseguiu matar um leão. Analisando sob esta ótica, a vitória passa a ser mais significativa.
E é exatamente por isso que passará o Grêmio nesta quinta. Com o amenizador de que estará jogando dentro de casa, onde está invencível há uma porção de jogos. Terá no grito do seu torcedor o apoio necessário para passar adiante na competição. Se é que a torcida comparecerá em massa. Porque, também para os gremistas, o jogo de hoje nada mais é do que uma quarta-de-final. Simples e puramente! Já do outro lado, o Pelotas vem disposto a jogar uma final de Mundial. Se vencerem, os comandados de Beto Almeida não só chegarão às semifinais eliminando o melhor time do certame, como entrarão para a história por terem encerrado o jejum gremista no estádio Olímpico. E, convenhamos, quem não gostaria de passar por isso.
Foi deste veneno, por exemplo, que morreu o Caxias na noite de ontem. Enfrentou o Ypiranga com a responsabilidade de ser o melhor time do Interior, de não ter perdido para nenhuma outra equipe além do Grêmio e com o favoritismo amplo nas costas. Deu no que deu. Em pleno estádio Centenário, a equipe grená estacionou nas preliminares, enquanto os representantes de Erechim passaram adiante. Lições para o Grêmio, que será o último a entrar em campo. Antes disso, ainda poderá assistir a São José e Inter-SM. Quem sabe não está aí mais uma pequena lição para chegar à classificação?
E é exatamente por isso que passará o Grêmio nesta quinta. Com o amenizador de que estará jogando dentro de casa, onde está invencível há uma porção de jogos. Terá no grito do seu torcedor o apoio necessário para passar adiante na competição. Se é que a torcida comparecerá em massa. Porque, também para os gremistas, o jogo de hoje nada mais é do que uma quarta-de-final. Simples e puramente! Já do outro lado, o Pelotas vem disposto a jogar uma final de Mundial. Se vencerem, os comandados de Beto Almeida não só chegarão às semifinais eliminando o melhor time do certame, como entrarão para a história por terem encerrado o jejum gremista no estádio Olímpico. E, convenhamos, quem não gostaria de passar por isso.
Foi deste veneno, por exemplo, que morreu o Caxias na noite de ontem. Enfrentou o Ypiranga com a responsabilidade de ser o melhor time do Interior, de não ter perdido para nenhuma outra equipe além do Grêmio e com o favoritismo amplo nas costas. Deu no que deu. Em pleno estádio Centenário, a equipe grená estacionou nas preliminares, enquanto os representantes de Erechim passaram adiante. Lições para o Grêmio, que será o último a entrar em campo. Antes disso, ainda poderá assistir a São José e Inter-SM. Quem sabe não está aí mais uma pequena lição para chegar à classificação?
quarta-feira, 7 de abril de 2010
V de Vingança
Foto: Arquivo S.C. Internacional
Mesmo que o técnico colorado, Jorge Fossati, jure de pés juntos que esta quarta-feira não será de vingança para o Colorado, não é o que pensa a massa vermelha. O Novo Hamburgo está entalado na garganta desde que eliminou o Inter na semifinal da Taça Fernando Carvalho. A cupla até recaiu sobre os ombros da Federação Gaúcha, que não quis modificar a data do jogo, pela proximidade com a estreia na Libertadores. Mas foi o 2 a 1, em pleno Beira-Rio, que ficou na memória do torcedor. Foi o golaço de Chicão no finzinho do jogo que deu fim ao objetivo do clube, que era vencer o primeiro turno do Gauchão para pensar somente nas Américas. Então, não adianta vir com essa conversa de sangue doce. O Inter vai entrar fervendo dentro de campo nesta noite. E não poderia ser por menos!
Mas a letra V guiará a noite dos colorados nesta noite. Ou pelo menos é o que se espera. Vingança, vitória no Vale, e vaga na semifinal. Até mesmo o nome do árbitro é referência: Vinícius Costa. Seguindo por esta linha de pensamento, se espera que o Inter apresente um diferencial com relação à última partida. Até mesmo os 3 a 1 do primeiro turno, lá mesmo em Novo Hamburgo, merecem ser esquecidos. O V será o diferencial nesta noite. No caso do time, o "double V" especificamente. Ou o W, para os mais chegados.
Mas a letra V guiará a noite dos colorados nesta noite. Ou pelo menos é o que se espera. Vingança, vitória no Vale, e vaga na semifinal. Até mesmo o nome do árbitro é referência: Vinícius Costa. Seguindo por esta linha de pensamento, se espera que o Inter apresente um diferencial com relação à última partida. Até mesmo os 3 a 1 do primeiro turno, lá mesmo em Novo Hamburgo, merecem ser esquecidos. O V será o diferencial nesta noite. No caso do time, o "double V" especificamente. Ou o W, para os mais chegados.
O "dáblio" de Walter pode ser a grande quebra do Inter. Ele que jogou nos outros dois compromissos diante do Noia, entrando sempre no segundo tempo, estará em campo desde o início nesta quarta-feira. Será o titular ao lado de Alecsandro. E, para quem esqueceu, Waltão agora está entre os onze de Fossati. Porém, mesmo assim, ainda não conseguiu balançar as redes inimigas. Contra o Cerro uruguaio, pela Libertadores, ocasionou o gol contra que abriu o placar para o Internacional. Mesmo assim, na súmula, seu nome não apareceu. Então, podemos argumentar que Walter ainda está em branco. Quem sabe não é hoje que ele sai do zero? Aproveitando o duplo V do seu nome, não marque dois gols na conquista colorada? Tudo isso não passa de uma aposta. Mas, como a noite será da letra V, então não há espaço para apostas. Apenas vitórias. E que vença o mais competente!
terça-feira, 6 de abril de 2010
E quando os são-paulinos voltarem?
Foto: Filipe Duarte (Arquivo EsporteBR)
O retorno de William Magrão ao time do Grêmio, no jogo contra o Juventude, deixou uma pulga atrás da orelha do técnico Silas. Apenas nele, porque o restante do estádio Olímpico tem a convicção de que Magrão é titular do meio-campo tricolor. Em quatro meses de clube, Ferdinando protagonizou apenas uma cena de sucesso com a camisa gremista. Foi ele o autor do gol que deu o título do primeiro turno gaúcho. Bom, há quem pense que somente por isso ele mereça a titularidade. Mas, se for assim, o velho Dinho é o titular, porque ele fez o gol do título da Libertadores, em 1995. Calma lá!
Mas tudo isso serve para vermos que esta discussão nem é a mais séria. William Magrão é melhor e ponto final. A grande questão é outra: e quando os são-paulinos voltarem, o que Silas vai fazer? Hugo já está no banco de reservas, Leandro vem logo atrás e Borges será o próximo. E ainda tem o meio-campista Souza! O que o técnico gremista vai fazer? Vai escalar todo mundo, como no início do ano?
Vai tirar quem do time? Douglas, Maylson e até mesmo Edílson poderão sentar no banco de reservas? A maior possibilidade de todas é o retorno de Borges. Esse tem vaga garantida, até mesmo pela concorrência não estar em alta. Agora, os demais, terão de esperar por outras chances. Inclusive Souza, que briga por uma vaga com Douglas e Maylson, teria de ficar de fora por ora. E sem beicinhos!
De certo, o único que não deve sair do time é Maylson. Desde que ele estacionou no meio-campo do Grêmio, assumindo a terceira função, o Grêmio só vence. É verdade que ao mesmo tempo a dupla de zaga estabilizou, e Rodrigo e Mário estancaram os problemas defensivos da equipe. Mas, se depender de Maylson, os são-paulinos vão ter que esperar. O trio (Hugo, Leandro e Souza), trazido a peso de ouro, vale menos que a revelação do Olímpico. São as coisas do futebol!
Mas tudo isso serve para vermos que esta discussão nem é a mais séria. William Magrão é melhor e ponto final. A grande questão é outra: e quando os são-paulinos voltarem, o que Silas vai fazer? Hugo já está no banco de reservas, Leandro vem logo atrás e Borges será o próximo. E ainda tem o meio-campista Souza! O que o técnico gremista vai fazer? Vai escalar todo mundo, como no início do ano?
Vai tirar quem do time? Douglas, Maylson e até mesmo Edílson poderão sentar no banco de reservas? A maior possibilidade de todas é o retorno de Borges. Esse tem vaga garantida, até mesmo pela concorrência não estar em alta. Agora, os demais, terão de esperar por outras chances. Inclusive Souza, que briga por uma vaga com Douglas e Maylson, teria de ficar de fora por ora. E sem beicinhos!
De certo, o único que não deve sair do time é Maylson. Desde que ele estacionou no meio-campo do Grêmio, assumindo a terceira função, o Grêmio só vence. É verdade que ao mesmo tempo a dupla de zaga estabilizou, e Rodrigo e Mário estancaram os problemas defensivos da equipe. Mas, se depender de Maylson, os são-paulinos vão ter que esperar. O trio (Hugo, Leandro e Souza), trazido a peso de ouro, vale menos que a revelação do Olímpico. São as coisas do futebol!
segunda-feira, 5 de abril de 2010
Vida de artilheiro
Foto: Daniela Xu (Jornal Pioneiro)
Depois de alguns dias ausente, a Lupa no Gramado retorna para falar sobre a importância dos artilheiros. A última rodada da Taça Fábio Koff evidenciou o quanto os goleadores são importantes para as equipes. Como o nosso foco é a dupla Gre-Nal, não poderemos abordar outra pauta senão os atacantes que trouxeram as vitórias para gremistas e colorados. Mais uma vez os mesmos. Sempre eles se fazem presentes!
Em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi, valeu a competência de Jonas. Ele que já deixou de ser odiado há um bom tempo, vive as glórias de um herói. Desde que Borges, até então goleador do Grêmio, foi parar no Departamento Médico, Jonas tomou as rédeas do poder ofensivo da equipe. Somente na tarde de ontem, diante do Juventude, anotou duas vezes na vitória de 2 a 1 sobre o time caxiense. Aliás, o deslumbre é tanto que ele já briga até mesmo pela artilharia do Gauchão, com 11 gols. Isso faz com que as afirmações de que, se não fosse a lesão no joelho, ele seria o goleador do Brasileiro do ano passado, se tornem cabíveis. Não há empecilhos para o Mestre Jonas. Gol de cabeça, joelho, canela e até mesmo pinturas, como no segundo de ontem, compõem o repertório do avante. E seja quem for o companheiro - William, Bergson ou Mithyuê -, é ele quem sempre brilha mais.
Mas nem sempre foi assim. Jonas já viveu dias de Alecsandro, por exemplo. Sim, o artilheiro do Internacional (com oito gols no Gauchão e dois na Libertadores), está longe de ser uma unanimidade. Nos 4 a 0 de ontem, sobre o Universidade, o famoso irmão de Richarlyson balançou as redes em duas oportunidades. Porém, até converter a penalidade que trouxe a vantagem inicial para os vermelhos, muitas vaias se escutaram cada vez que ele tocava na bola. E isso ocorre com frequência! Há quem diga (entre eles eu mesmo), que Alecsandro não é titular do Inter. Mas como Fossati vai barrar o centroavante mais regular do Beira-Rio?
O clamor é pela permanência de Walter entre os onze, porém o garoto não consegue marcar desde que assumiu um lugar na equipe. Diferente de Taison, que bastou se sentir incomodado com a reserva para voltar a encontrar o caminho das redes. Foi ele que completou a goleada de ontem, ao lado de Alecsandro, também com dois gols. Aliás, para quem não lembra, Taison não só foi o goleador do Inter no Gauchão do ano passado, como do próprio campeonato em si. Encerrou a competição com 15 tentos. Em 2010 tem apenas quatro. Mas é assim que se vive a vida de artilheiro. Uma hora se está por cima, outra por baixo.
Depois de alguns dias ausente, a Lupa no Gramado retorna para falar sobre a importância dos artilheiros. A última rodada da Taça Fábio Koff evidenciou o quanto os goleadores são importantes para as equipes. Como o nosso foco é a dupla Gre-Nal, não poderemos abordar outra pauta senão os atacantes que trouxeram as vitórias para gremistas e colorados. Mais uma vez os mesmos. Sempre eles se fazem presentes!
Em Caxias do Sul, no estádio Alfredo Jaconi, valeu a competência de Jonas. Ele que já deixou de ser odiado há um bom tempo, vive as glórias de um herói. Desde que Borges, até então goleador do Grêmio, foi parar no Departamento Médico, Jonas tomou as rédeas do poder ofensivo da equipe. Somente na tarde de ontem, diante do Juventude, anotou duas vezes na vitória de 2 a 1 sobre o time caxiense. Aliás, o deslumbre é tanto que ele já briga até mesmo pela artilharia do Gauchão, com 11 gols. Isso faz com que as afirmações de que, se não fosse a lesão no joelho, ele seria o goleador do Brasileiro do ano passado, se tornem cabíveis. Não há empecilhos para o Mestre Jonas. Gol de cabeça, joelho, canela e até mesmo pinturas, como no segundo de ontem, compõem o repertório do avante. E seja quem for o companheiro - William, Bergson ou Mithyuê -, é ele quem sempre brilha mais.
Mas nem sempre foi assim. Jonas já viveu dias de Alecsandro, por exemplo. Sim, o artilheiro do Internacional (com oito gols no Gauchão e dois na Libertadores), está longe de ser uma unanimidade. Nos 4 a 0 de ontem, sobre o Universidade, o famoso irmão de Richarlyson balançou as redes em duas oportunidades. Porém, até converter a penalidade que trouxe a vantagem inicial para os vermelhos, muitas vaias se escutaram cada vez que ele tocava na bola. E isso ocorre com frequência! Há quem diga (entre eles eu mesmo), que Alecsandro não é titular do Inter. Mas como Fossati vai barrar o centroavante mais regular do Beira-Rio?
O clamor é pela permanência de Walter entre os onze, porém o garoto não consegue marcar desde que assumiu um lugar na equipe. Diferente de Taison, que bastou se sentir incomodado com a reserva para voltar a encontrar o caminho das redes. Foi ele que completou a goleada de ontem, ao lado de Alecsandro, também com dois gols. Aliás, para quem não lembra, Taison não só foi o goleador do Inter no Gauchão do ano passado, como do próprio campeonato em si. Encerrou a competição com 15 tentos. Em 2010 tem apenas quatro. Mas é assim que se vive a vida de artilheiro. Uma hora se está por cima, outra por baixo.
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