Amanhã o Grêmio recebe, no estádio Olímpico, o Avaí - ex-time do Silas. Todo mundo está focado neste embate, entre criatura contra criador. Silas é visto como rei na Ressacada. Foi capaz de recolocar o clube catarinense, antes conhecido apenas por ser o time do coração do tenista Guga, de volta na elite do futebol brasileiro. E, não bastando, fez uma bela campanha, com jogadores limitados. Por isso, todos querem ver como será o comportamento de ambos no confronto pela Copa do Brasil. Porém, este Avaí que enfrentará o Grêmio, não é mais o Avaí de Silas. É como se tivesse chegado um caminhão de mudanças e levado toda a mobília da casa. Marquinhos, Léo Gago, William e Eduardo Martini (alguns dos destaques daquela equipe) já não moram mais em Florianópolis. Então, não nos resta outra alternativa senão desbancar essa discussão de "reencontro".
O que me chama a atenção, na verdade, é outro embate. Para quem não sabe, o grande nome do Avaí neste ano é o atacante Sávio. Considerado por alguns um ex-jogador, por outros a grande esperança avaiana, ele está lá. É praticamente o bendito fruto! E, 15 anos depois, cruzará contra o Grêmio novamente em uma Copa do Brasil. Nos idos de 1995, enquanto o Grêmio estava emaranhado na Libertadores da América (a qual conquistaria alguns meses depois), cruzou com o poderoso Flamengo, de Wanderley Luxemburgo, nas semifinais. Depois de ter passado pelo Palmeiras, rival da época, o Tricolor encontrou o Rubro-Negro Carioca. No estádio Maracanã, este mesmo Sávio deitou e rolou para cima da zaga gremista. Praticamente construiu sozinho a vitória de 2 a 1 sobre o time de Felipão. E com dois golaços! No primeiro, passou por quatro marcadores até chutar na saída do goleiro Danrlei. No segundo, tripudiou em cima do arqueiro antes de tocar para o fundo das redes. Terminaria como o artilheiro do certame, com sete gols. Mas, como no futebol nem sempre vencem os habilidosos, o Grêmio, com a raça de sempre, jogou com o regulamento embaixo do braço e venceu por 1 a 0 no estádio Olímpico, gol de Jardel, e passou para finalíssima.
No fim das contas, nem o Grêmio de Jardel e muito menos o Flamengo de Sávio foram vitoriosos. O grande campeão da Copa do Brasil de 1995 foi o Corinthians, de Marcelinho Carioca. Mas a lembrança de Sávio destruindo no Maracanã, e dele mesmo sendo caçado no Olímpico, nunca me saem da cabeça. Mas, se há 15 anos ele não conseguiu eliminar o Grêmio, não vai ser agora, com 36 anos nas costas, que o fará. O verdadeiro inimigo do Grêmio está à frente. Quem será ele?
Um comentário:
Jáz o Sávio!!!!
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