sexta-feira, 23 de abril de 2010

Quando o extracampo pisa na grama

Foto: Divulgação Gremio.net

No início da semana, a manchete era o acidente do zagueiro Índio, do Internacional, com um copo de vidro. Depois, chegou a informação de que o atacante Leandro, do Grêmio, estaria presente na festa onde ocorreu o fato. E, pior ainda, seria dele o apartamento. É uma surpresa e tanto para uma terra onde azuis e vermelhos, geralmente, se encaram como inimigos. Ainda mais considerando o fato de que neste domingo teremos um clássico Gre-Nal. Mas, como nem um, nem o outro, conseguem viver este clima pré-jogo sem alfinetadas, apareceu o assessor de futebol do Grêmio, Alberto Guerra, com a seguinte frase: "Não é o Leandro que ficará 30 dias fora, não foi ele que teve de operar a mão", como que ausentando o atleta gremista de culpa.

Porém, os deuses do futebol são maravilhosos - e talvez por isso o referido esporte bretão seja tão admirado. Quis o destino que o lateral-esquerdo Fábio Santos, fosse vítima também de um acidente doméstico. Enquanto tomava banho com a filha, a porta do box se quebrou e os cacos atingiram o pé do jogador gremista. Um deles atingiu os tendões, o impossibilitando de entrar em campo neste final de semana, diante do Inter. Aliás, pelos próximos trinta dias o Grêmio ficará sem o seu lateral canhoto titular. Vale lembrar que ele já vinha ocupando a vaga que era de Lúcio, após este ter passado por uma cirurgia no joelho.

Naturalmente, a camisa seis cairia nas costas do jovem Bruno Collaço. Ele, que chegou a atuar por boa parte do ano passado, sob o comando de Paulo Autuori, não sentiria o peso da camisa imortal tricolor. Contudo, o técnico Silas prefere o improviso. Deixou o atleta de fora da lista dos relacionados para o clássico e fica na dúvida entre Joílson (que é lateral-direito) ou Neuton (zagueiro de origem). E agora, quem poderá nos defender?

Mas casos como este, demonstram para o torcedor, dirigentes e jogadores que, realmente, não sabemos o dia de amanhã. Em uma noite podemos estar sentados na sala da casa de um amigo quando, puf!, caímos com a mão sobre um copo. No outro, podemos estar tomando um banho quente e revigorante quando, sem perceber, estamos imersos em uma poça de sangue. Cena digna de filme do Hitchcock, ela também pode fazer parte dos gramados de futebol. Quem diz que não?

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