Na última sexta-feira, antes de eliminar o Cruzeiro-RS e carimbar o passaporte à semifinal do Gauchão, Abel Braga elogiou a mecânica de jogo do arquirrival Grêmio. Pois neste domingo, depois de vencer o Juventude por 3 a 0 na Arena e também se classificar, foi a vez de Enderson Moreira retribuir a gentileza: "Por onde o Abel passou, conquistou. Monta times qualificados, que jogam para vencer os jogos. Fico feliz com os elogios, mas falo também que a equipe do Inter tem jogado em ótimo nível. A gente sabe que, no Campeonato Brasieliro, é um dos grandes concorrentes". Pois eu me atrevo a dizer o que os treinadores não disseram e o que os diferencia. Abel já tem o time do Inter pronto, fechado. Enderson e o Grêmio, não.
A cada rodada (seja da Libertadores ou Gauchão), Enderson namora com a possibilidade de tirar Edinho do meio-campo. Foi assim com Dudu, até que a lesão de Zé Roberto abrisse brecha para tal. Agora é a vez de Alan Ruiz encantar o treinador tricolor. Desde a pré-temporada, o time mudou muito! Para quem não lembra, quando 2014 começou, Riveros era reserva - Maxi Rodríguez acabou perdendo lugar. E no ataque, o jovem Luan soube aproveitar com sobras a chance que teve após a lesão de Kleber Gladiador. Este é o Grêmio de Enderson Moreira, em constante mutação. Embora esteja vencendo nas duas competições, o técnico não cansa de repetir que trabalha com uma equipe ainda em formação.
Do lado colorado, Abel Braga chegou em Porto Alegre e anunciou: "Meu centroavante titular é Rafael Moura". E assim, mesmo que Wellington Paulista aproveite cada segundo enquanto He-Man se recupera de uma lesão no joelho, passa a impressão que jamais conseguirá se firmar na mente do técnico. E o companheiro de ataque? Por que não Otávio, Sasha, Aylon ou Murilo no lugar de Jorge Henrique? No meio-campo, Alan Patrick se destaca a cada vez que é chamado para compor o time, mas é Alex o dono da vaga (mesmo depois de retornar de um pequeno desconforto que o tirou de algumas rodadas do Estadual). Na zaga, muitos entendem que Ernando merece estar no lugar de Paulão - menos o treinador. Tudo isso porque Abel já desenhou o time do Inter em sua prancheta e não está disposto a mudar. É possível escalar seus titulares, do 1 ao 11, de olhos fechados: Dida; Gilberto, Paulão, Juan e Fabrício; Willians, Aránguiz, Alex, D'Alessandro, Jorge Henrique e Rafael Moura. E, curiosamente, estes 11 nunca atuaram juntos. Enfim, o Inter está fechado! E eu não disse que isso é bom.
segunda-feira, 24 de março de 2014
sexta-feira, 21 de março de 2014
Abel falou o que não havia dito no ar
Existem alguns pactos no jornalismo que se faz necessário respeitar. Na última semana, quando a coletiva de Abel Braga já havia encerrado, um dos repórteres perguntou o que o técnico colorado pensava sobre a possibilidade do time ter de jogar quartas de final e semifinal do Gauchão fora de Porto Alegre, por um pedido da produtora que organiza a festa de reinauguração do Beira-Rio. A resposta veio com Abel já saindo da sala de entrevistas, em tom irônico: "Por mim, essa festa nem aconteceria". Todos riram. Mesmo assim, ninguém noticiou. Por questão de respeito e ética, o que se fala fora dos microfones, não pode ser tornado público sem o consentimento da fonte. Agora, enfim, pode vir à tona.
Isso porque nesta sexta-feira, noutra entrevista, Abel não conseguiu esconder a irritação: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino. Eu não falo mais, é cansativo. É chato, é chato demais. Esse negócio de jogo não acontecer por causa de festa, de alpinista não existe. Isto é conversa para boi dormir. Festa é time em campo, com o torcedor", disparou ele. Enfim, quem conversa com o treinador (mesmo quem com pouca frequência), sabe que ele não disse nem a metade do que pensa sobre a ausência do Beira-Rio: "A minha festa é o meu time jogar no Beira-Rio. A festa do torcedor é ver o time no seu estádio. Não quero saber desse negócio de festa", encerrou.
Por enquanto, até segundo aviso, Abel Braga e seu time só voltarão ao Beira-Rio após a festa de inauguração - ou seja, em caso de finalíssima do Gauchão. Depois, só após o término da Copa do Mundo: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino".
Isso porque nesta sexta-feira, noutra entrevista, Abel não conseguiu esconder a irritação: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino. Eu não falo mais, é cansativo. É chato, é chato demais. Esse negócio de jogo não acontecer por causa de festa, de alpinista não existe. Isto é conversa para boi dormir. Festa é time em campo, com o torcedor", disparou ele. Enfim, quem conversa com o treinador (mesmo quem com pouca frequência), sabe que ele não disse nem a metade do que pensa sobre a ausência do Beira-Rio: "A minha festa é o meu time jogar no Beira-Rio. A festa do torcedor é ver o time no seu estádio. Não quero saber desse negócio de festa", encerrou.
Por enquanto, até segundo aviso, Abel Braga e seu time só voltarão ao Beira-Rio após a festa de inauguração - ou seja, em caso de finalíssima do Gauchão. Depois, só após o término da Copa do Mundo: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino".
O gol de Rhodolfo fez Heinze pedir a aposentadoria
O título deste post obviamente é uma brincadeira. Ninguém disse isso e nem vai dizer, mas é o que a torcida do Grêmio pode repetir até se transformar em verdade. Com o gol de empate anotado por Rhodolfo, já nos acréscimos, o zagueiro Gabriel Heinze era o mais irritado dos jogadores do Newell's Old Boys. Enquanto os jogadores tricolores se abraçam na lateral do campo, Heinze se agacha, xinga o ar e caminha sem rumo. Segundos antes, era ele quem estava na marcação, estático, vendo Rhodolfo cabecear para o fundo da meta de Guzmán. Pois nesta sexta-feira, o histórico defensor argentino divulgou através de nota no site do clube que se aposentará ao final da temporada.
No comunicado, a explicação apresentada por Heinze é que foi vencido pelas dores lombares: "Quero contar-lhes que ao final desta temporada no serei mais jogador do clube. Esta vez, lamentavelmente, não posso ir contra a realidade de meu corpo, que me apresenta um jogo que não encontro forma de ganhar." Algumas linhas depois, pede à diretoria que destine o dinheiro que hoje lhe é depositado para as categorias de base, "de onde sinto que está o futuro de tudo o que queremos para o Newell's".
Heinze é daqueles casos inexplicáveis do futebol. Nunca foi um zagueiro habilidoso. Mesmo assim, de cintura dura e tudo mais, jogou duas Copas do Mundo com a Seleção Argentina (2006 e 2010). Ainda, defendeu clubes gigantescos da Europa, como Sporting Lisboa-POR, Paris Saint-Germain-FRA, Manchester United-ING, Real Madrid-ESP e Roma-ITA. Agora, aos 35 anos, já não consegue mais aguentar as dores. Já de 'saco cheio' disso tudo, no duelo contra o Grêmio em Porto Alegre, protagonizou uma cena lamentável. Quando deixava o vestiário da Arena, foi interpelado pelo repórter Diogo Rossi, da Rádio GRENAL: "¿Puede hablar, Heinze?" Ele mal olhou para o 'periodista' e seguiu seu caminho: "No". "¿No puede?", insistiu Diogo. "Puedo. No quiero!", e seguiu seu rumo até o ônibus. Enfim, este foi Gabriel Heinze, que pediu aposentadoria após o gol de Rhodolfo.
No comunicado, a explicação apresentada por Heinze é que foi vencido pelas dores lombares: "Quero contar-lhes que ao final desta temporada no serei mais jogador do clube. Esta vez, lamentavelmente, não posso ir contra a realidade de meu corpo, que me apresenta um jogo que não encontro forma de ganhar." Algumas linhas depois, pede à diretoria que destine o dinheiro que hoje lhe é depositado para as categorias de base, "de onde sinto que está o futuro de tudo o que queremos para o Newell's".
Heinze é daqueles casos inexplicáveis do futebol. Nunca foi um zagueiro habilidoso. Mesmo assim, de cintura dura e tudo mais, jogou duas Copas do Mundo com a Seleção Argentina (2006 e 2010). Ainda, defendeu clubes gigantescos da Europa, como Sporting Lisboa-POR, Paris Saint-Germain-FRA, Manchester United-ING, Real Madrid-ESP e Roma-ITA. Agora, aos 35 anos, já não consegue mais aguentar as dores. Já de 'saco cheio' disso tudo, no duelo contra o Grêmio em Porto Alegre, protagonizou uma cena lamentável. Quando deixava o vestiário da Arena, foi interpelado pelo repórter Diogo Rossi, da Rádio GRENAL: "¿Puede hablar, Heinze?" Ele mal olhou para o 'periodista' e seguiu seu caminho: "No". "¿No puede?", insistiu Diogo. "Puedo. No quiero!", e seguiu seu rumo até o ônibus. Enfim, este foi Gabriel Heinze, que pediu aposentadoria após o gol de Rhodolfo.
quinta-feira, 20 de março de 2014
Inter vai pagar Vale mais uma vez
Foto: Vinicius Costa/Agência Preview
O departamento de futebol não se intromete neste assunto. Quando é para falar sobre o local das partidas do Internacional, é preciso conversar com o vice-presidente de administração José Alfredo Amarante. O problema é que seu otimismo nem sempre condiz com a realidade. Na última sexta-feira, o repórter da Rádio GUAÍBA, Cristiano Silva, trouxe a notícia que a produtora que organiza a festa de reinauguração do Beira-Rio exigia que as quartas de final e semifinal do Gauchão fossem disputadas fora de Porto Alegre. Uma semana depois, o clube oficializa a informação. Porém, neste meio-tempo, o Beira-Rio foi oficializado como local do jogo do próximo sábado e até o horário de uma vistoria foi divulgado. Vistoria esta que nunca sequer foi agendada com o Corpo de Bombeiros.
No início da noite desta quarta-feira, pude conversar ao telefone com o tenente-coronel Adriano Krukoski. Com um certo ar de irritação, o comandante do Corpo de Bombeiros da capital disse-me que ninguém do Inter o havia procurado e, inclusive, voltava naquele momento de uma reunião com a direção colorada. Nesta, ficou estabelecido que EPTC, Brigada Militar e Ministério Público deviam concordar com um horário em comum para, todos juntos, vistoriar a remodelada casa vermelha. E o resultado: nada disso vai acontecer.
Enfim, o Inter pagou vale mais uma vez. Ou melhor, pagará o Estádio do Vale mais uma vez. Gostaria de saber qual a resposta do técnico Abel Braga ao ser avisado que teria de mandar sua equipe a Novo Hamburgo novamente no próximo sábado. "Espero que isso não aconteça mais", disse ele em sua última entrevista coletiva no CT Parque Gigante. Pois vai acontecer! Abel, neste momento, deve ter o mesmo semblante que apresentava quando os refletores do Vale apagaram no duelo contra o Juventude, pela 9ª rodada. Sentado no banco de reservas, com os braços recostados para trás, mascava rapidamente o chiclete, olhando firmemente para o nada. Logo depois disparou no microfone: "Não dá para entender. Temos um estádio lá em Porto Alegre, bonito, mas temos que jogar aqui".
O departamento de futebol não se intromete neste assunto. Quando é para falar sobre o local das partidas do Internacional, é preciso conversar com o vice-presidente de administração José Alfredo Amarante. O problema é que seu otimismo nem sempre condiz com a realidade. Na última sexta-feira, o repórter da Rádio GUAÍBA, Cristiano Silva, trouxe a notícia que a produtora que organiza a festa de reinauguração do Beira-Rio exigia que as quartas de final e semifinal do Gauchão fossem disputadas fora de Porto Alegre. Uma semana depois, o clube oficializa a informação. Porém, neste meio-tempo, o Beira-Rio foi oficializado como local do jogo do próximo sábado e até o horário de uma vistoria foi divulgado. Vistoria esta que nunca sequer foi agendada com o Corpo de Bombeiros.
No início da noite desta quarta-feira, pude conversar ao telefone com o tenente-coronel Adriano Krukoski. Com um certo ar de irritação, o comandante do Corpo de Bombeiros da capital disse-me que ninguém do Inter o havia procurado e, inclusive, voltava naquele momento de uma reunião com a direção colorada. Nesta, ficou estabelecido que EPTC, Brigada Militar e Ministério Público deviam concordar com um horário em comum para, todos juntos, vistoriar a remodelada casa vermelha. E o resultado: nada disso vai acontecer.
Enfim, o Inter pagou vale mais uma vez. Ou melhor, pagará o Estádio do Vale mais uma vez. Gostaria de saber qual a resposta do técnico Abel Braga ao ser avisado que teria de mandar sua equipe a Novo Hamburgo novamente no próximo sábado. "Espero que isso não aconteça mais", disse ele em sua última entrevista coletiva no CT Parque Gigante. Pois vai acontecer! Abel, neste momento, deve ter o mesmo semblante que apresentava quando os refletores do Vale apagaram no duelo contra o Juventude, pela 9ª rodada. Sentado no banco de reservas, com os braços recostados para trás, mascava rapidamente o chiclete, olhando firmemente para o nada. Logo depois disparou no microfone: "Não dá para entender. Temos um estádio lá em Porto Alegre, bonito, mas temos que jogar aqui".
O grupo segue sendo da morte
Foto: (Olé.com.ar)
O gol de empate de Rhodolfo pode enganar. Sim, pode enganar alguém e fazer com que se pense que o Grupo 6 da Libertadores da América não era o 'Grupo da Morte'. Era sim! Nenhum outro na edição deste ano tinha tantas grifes aglomeradas - afinal de contas, são seis troféus do torneio divididos entre os quatro clubes. Se o Grêmio está praticamente classificado para a próxima fase, o mérito é total deste elenco e principalmente do treinador Enderson Moreira. E, mesmo assim, se a vaga está tão próxima, não quer dizer que foi fácil. Ou você não viu a expressão de alívio dos jogadores tricolores após o empate aos 47 do segundo tempo, no Coloso del Parque, em Rosario? O 1 a 1 contra o Newell's Old Boys permite ao Grêmio sonhar com algo mais longe. O grupo segue sendo da morte, mas morte para os outros.
"O trabalho da comissão técnica é muito bom. Se passarmos desta fase, somos candidatos a ir muito longe", decretou o presidente Fábio Koff após a partida desta quarta-feira. E quem sou eu para dizer que não? O time gremista está sendo forjado a ferro e fogo. E, sobretudo, está se saindo muito bem. Basta um empate na Colômbia na próxima rodada, contra o Atlético Nacional de Medellín, que a vaga está praticamente sacramentada - somente uma goleada de 5 a 0 a favor do Nacional de Montevidéu, dentro da Arena na última partida, tiraria a classificação. Contudo, alguém duvida que uma simples vitória vai deixar de vir nestes dois jogos restantes? Que os outros morram! O Grêmio já deixou a fase de grupos para trás.
Acontece que a segunda fase da competição é outro nível de disputa. Em mata-mata não se brinca. "És difícil de ganar 'La Copa'. Muchos buenos equipos se fueron sin ganar", declarou ao repórter Ígor Póvoa, da Rádio GUAÍBA, o estrangeiro que mais marcou gols com a camisa tricolor, Alfredo Oberti - ex-jogador do Newell's, antes do empate desta noite. E ele tem razão. Agora a competição é outra. Esqueça o 'Grupo da Morte'. Que venha a Copa!
O gol de empate de Rhodolfo pode enganar. Sim, pode enganar alguém e fazer com que se pense que o Grupo 6 da Libertadores da América não era o 'Grupo da Morte'. Era sim! Nenhum outro na edição deste ano tinha tantas grifes aglomeradas - afinal de contas, são seis troféus do torneio divididos entre os quatro clubes. Se o Grêmio está praticamente classificado para a próxima fase, o mérito é total deste elenco e principalmente do treinador Enderson Moreira. E, mesmo assim, se a vaga está tão próxima, não quer dizer que foi fácil. Ou você não viu a expressão de alívio dos jogadores tricolores após o empate aos 47 do segundo tempo, no Coloso del Parque, em Rosario? O 1 a 1 contra o Newell's Old Boys permite ao Grêmio sonhar com algo mais longe. O grupo segue sendo da morte, mas morte para os outros.
"O trabalho da comissão técnica é muito bom. Se passarmos desta fase, somos candidatos a ir muito longe", decretou o presidente Fábio Koff após a partida desta quarta-feira. E quem sou eu para dizer que não? O time gremista está sendo forjado a ferro e fogo. E, sobretudo, está se saindo muito bem. Basta um empate na Colômbia na próxima rodada, contra o Atlético Nacional de Medellín, que a vaga está praticamente sacramentada - somente uma goleada de 5 a 0 a favor do Nacional de Montevidéu, dentro da Arena na última partida, tiraria a classificação. Contudo, alguém duvida que uma simples vitória vai deixar de vir nestes dois jogos restantes? Que os outros morram! O Grêmio já deixou a fase de grupos para trás.
Acontece que a segunda fase da competição é outro nível de disputa. Em mata-mata não se brinca. "És difícil de ganar 'La Copa'. Muchos buenos equipos se fueron sin ganar", declarou ao repórter Ígor Póvoa, da Rádio GUAÍBA, o estrangeiro que mais marcou gols com a camisa tricolor, Alfredo Oberti - ex-jogador do Newell's, antes do empate desta noite. E ele tem razão. Agora a competição é outra. Esqueça o 'Grupo da Morte'. Que venha a Copa!
quarta-feira, 19 de março de 2014
Experiência em Newell's
Talvez Enderson Moreira tenha razão se escolher Dudu como substituto de Zé Roberto. Eu apostava em Alán Ruiz, até pelo fato do jogador ter vindo do futebol argentino e poder passar esta experiência ao restante do elenco na hora de enfrentar o Newell's Old Boys. Acontece que o jovem meio-campista não teria tanto a agregar ao elenco gremista neste quesito: experiência. Fiz um levantamento de quantas vezes Ruiz esteve no Estádio Marcelo Bielsa, para duelos pelo Campeonato Argentino. E, para minha surpresa, Ruiz nunca pisou profissionalmente no gramado do Coloso del Parque. Apesar de ter defendido clubes como Gimnasia y Esgrima, Arsenal de Sarandí e San Lorenzo, só compareceu em apenas uma rodada. E, mesmo assim, sequer entrou em campo - ficou no banco de reservas no empate em 1 a 1, no dia 9 de setembro de 2013. Antes disso, no dia 31 de março, em casa, permaneceu em campo até os 8 minutos do segundo tempo, na derrota de 1 a 0.
Quando o assunto é experiência em Newell's, o nome a ser citado é Hernán Barcos. O centroavante já ajudou a eliminar os 'leprosos' de uma Copa Sul-Americana. O fato ocorreu em 2010. No jogo de ida, em Rosário, o 'Pirata' atuou todo o tempo no empate em 0 a 0, apesar do bafo de 35 mil argentinos gritando nas arquibancadas. Na volta, em Quito, foi sacado aos 32 do segundo tempo e viu, do banco, Calderón (que entrou em seu lugar) marcar o gol da vitória e da classificação para a semifinal da competição. Ainda, em 2008 pelo Huracán, atuou no 1 a 1 pelo Campeonato Argentino - porém, a partida não aconteceu no estádio Marcelo Bielsa. Antes disso, de 2003 a 2005, Barcos ainda defendeu o Racing. Busquei informações com relação a este período em sites argentinos, mas não encontrei fichas técnicas dos campeonatos relacionados.
Entretanto, tudo isso é apenas uma curiosidade. A experiência, embora contribua, não ganha jogo. Tampouco a ausência dela faz perder. O próprio diretor-executivo Rui Costa, em entrevista à Rádio GUAÍBA na noite desta terça-feira, após o reconhecimento do gramado, fez questão de ressaltar: "Eu não conhecia este estádio. Esperamos que a nossa primeira experiência seja positiva".
- Retrospecto dos jogadores:
Alan Ruiz
9/11/2013 - Newell's 1x1 San Lorenzo - Campeonato Argentino (ficou no banco)
Barcos
2/11/2010 - Newell's 0x0 LDU, em Rosário - Copa Sul-Americana
Quando o assunto é experiência em Newell's, o nome a ser citado é Hernán Barcos. O centroavante já ajudou a eliminar os 'leprosos' de uma Copa Sul-Americana. O fato ocorreu em 2010. No jogo de ida, em Rosário, o 'Pirata' atuou todo o tempo no empate em 0 a 0, apesar do bafo de 35 mil argentinos gritando nas arquibancadas. Na volta, em Quito, foi sacado aos 32 do segundo tempo e viu, do banco, Calderón (que entrou em seu lugar) marcar o gol da vitória e da classificação para a semifinal da competição. Ainda, em 2008 pelo Huracán, atuou no 1 a 1 pelo Campeonato Argentino - porém, a partida não aconteceu no estádio Marcelo Bielsa. Antes disso, de 2003 a 2005, Barcos ainda defendeu o Racing. Busquei informações com relação a este período em sites argentinos, mas não encontrei fichas técnicas dos campeonatos relacionados.
Entretanto, tudo isso é apenas uma curiosidade. A experiência, embora contribua, não ganha jogo. Tampouco a ausência dela faz perder. O próprio diretor-executivo Rui Costa, em entrevista à Rádio GUAÍBA na noite desta terça-feira, após o reconhecimento do gramado, fez questão de ressaltar: "Eu não conhecia este estádio. Esperamos que a nossa primeira experiência seja positiva".
- Retrospecto dos jogadores:
Alan Ruiz
9/11/2013 - Newell's 1x1 San Lorenzo - Campeonato Argentino (ficou no banco)
Barcos
2/11/2010 - Newell's 0x0 LDU, em Rosário - Copa Sul-Americana
terça-feira, 18 de março de 2014
Passo Fundo no Beira-Rio
Na noite desta terça-feira, fui o responsável por trazer aos microfones da Rádio GUAÍBA a notícia de que o Inter havia sido absolvido em julgamento realizado no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD). Além disso, que o lateral Fabrício recebeu apenas uma advertência. Tudo isso por fatos ocorridos na partida contra o Juventude, pela 9ª rodada do Gauchão. Depois, li diversas opiniões de que a pena foi branda, levando em consideração que o jogador podia levar um gancho de 3 jogos e o clube perder até 10 mandos de campo por brigas entre torcedores. Porém, é fácil argumentar desta maneira quando não se assistiu à audiência ocorrida na sede da Federação Gaúcha de Futebol. Eu pude fazê-lo, amigos. E, digo de todo coração: votaria como a maioria dos auditores. Pelas provas e defesa apresentadas por Rogério Pastl, a mesa julgadora fez o mais coerente. Enfim, pude conhecer 'in loco' a tão falada competência do advogado colorado. E atesto a vocês: se depender dele, teremos Inter x Passo Fundo, no próximo sábado, às 16h, pelas quartas-de-final do Gauchão.
Digo isso porque é Pastl quem advogará na causa passo-fundense, no mesmo local, na próxima quinta. E, depois de absolver o Inter, para utilizar tranquilamente o Estádio Beira-Rio, resta definir o adversário colorado de maneira indireta. Caso consiga devolver ao clube do noroeste do Estado os 8 pontos tirados pela escalação 'irregular' do meia Paulo Josué, estará reconfigurada a tabela de classificação do certame. O Esportivo, que recentemente escapou de levar uma punição severa pelo caso de racismo, cairá para a zona do rebaixamento. E o Passo Fundo, que hoje figura em 14º lugar, computará 19 pontos e será um dos classificados à próxima fase - na vaga que atualmente é do Cruzeiro. Ou seja, Pastl pode colocar indiretamente Inter e Passo Fundo, frente a frente, no Beira-Rio.
E pensar que o Passo Fundo só tem alguma chance nos tribunais graças ao técnico Luís Carlos Winck e principalmente ao assessor de imprensa Luciano Silveira. Foi o jornalista (de passagem recente pela imprensa de Porto Alegre) quem apresentou ao presidente do Passo Fundo, Selvino Ferrão, o telefone do advogado colorado. Com o apoio do treinador da equipe, conseguiu convencer o mandatário que a única escapatória do clube do Interior era investir pesado em um dos melhores advogados do Rio Grande do Sul na área desportiva. Ferrão, apesar dos parcos recursos financeiros, concordou. Pois é, meus amigos, assim é a justiça. Não adianta ser inocente, é preciso parecer inocente. E esta será a missão de Rogério Pastl para com o Passo Fundo.
Digo isso porque é Pastl quem advogará na causa passo-fundense, no mesmo local, na próxima quinta. E, depois de absolver o Inter, para utilizar tranquilamente o Estádio Beira-Rio, resta definir o adversário colorado de maneira indireta. Caso consiga devolver ao clube do noroeste do Estado os 8 pontos tirados pela escalação 'irregular' do meia Paulo Josué, estará reconfigurada a tabela de classificação do certame. O Esportivo, que recentemente escapou de levar uma punição severa pelo caso de racismo, cairá para a zona do rebaixamento. E o Passo Fundo, que hoje figura em 14º lugar, computará 19 pontos e será um dos classificados à próxima fase - na vaga que atualmente é do Cruzeiro. Ou seja, Pastl pode colocar indiretamente Inter e Passo Fundo, frente a frente, no Beira-Rio.
E pensar que o Passo Fundo só tem alguma chance nos tribunais graças ao técnico Luís Carlos Winck e principalmente ao assessor de imprensa Luciano Silveira. Foi o jornalista (de passagem recente pela imprensa de Porto Alegre) quem apresentou ao presidente do Passo Fundo, Selvino Ferrão, o telefone do advogado colorado. Com o apoio do treinador da equipe, conseguiu convencer o mandatário que a única escapatória do clube do Interior era investir pesado em um dos melhores advogados do Rio Grande do Sul na área desportiva. Ferrão, apesar dos parcos recursos financeiros, concordou. Pois é, meus amigos, assim é a justiça. Não adianta ser inocente, é preciso parecer inocente. E esta será a missão de Rogério Pastl para com o Passo Fundo.
segunda-feira, 17 de março de 2014
Werley está nas mãos do homem que barrou Pico
Foto: Lucas Uebel (Grêmio.net)
Nem Maxi Rodríguez ou Dudu. Tudo leva a crer que Alán Ruiz será o substituto de Zé Roberto em Rosário, na Argentina, contra o Newell's Old Boys. Apesar de jovem, a experiência do ex-meia do San Lorenzo em ter atuado outras vezes no Estádio Marcelo Bielsa pesa a seu favor. E, talvez, não se sinta tanto a ausência do camisa 10. Mas e se o Grêmio tiver mais um desfalque para esta partida? Werley.
O zagueiro tem condições de jogo - prova disso é que treinou normalmente nesta segunda-feira, antes de viajar rumo ao país vizinho. No entanto, o temor do departamento médico tricolor está quanto à avaliação do árbitro: "Embora nós tenhamos feito uma proteção que não é rígida e não represente risco para o adversário, tivemos um episódio há dois anos na Colômbia, quando o nosso lateral (Anderson) Pico tinha uma fratura e usou proteção na mão. O quarto árbitro foi ao vestiário e autorizou, mas quando o jogador entrou em campo o árbitro principal disse que só poderia atuar sem aquela proteção. Nós tivemos que improvisar à beira do campo, já com o jogo em andamento. Mas acreditamos que esta tala que fizemos para o Werley esteja absolutamente dentro daquilo que é possível e que o árbitro permita que ele jogue com a tala", avaliou o doutor Márcio Bolzoni em entrevista ao programa CONCENTRAÇÃO da Rádio GUAÍBA.
E o temor tem total sentido. O árbitro que barrou Anderson Pico antes da partida contra o Millonarios, que culminou com a eliminação da Copa Sul-Americana em 2012, é o mesmo que apita quarta-feira em Rosário, pela Libertadores. Trata-se do equatoriano Carlos Vera! Agora só mudarão os auxiliares - Christian Lescano e Byron Romero. Porém, tudo passará pelo mesmo cidadão que barrou Pico na Colômbia. Werley estará nas mãos dele!
Nem Maxi Rodríguez ou Dudu. Tudo leva a crer que Alán Ruiz será o substituto de Zé Roberto em Rosário, na Argentina, contra o Newell's Old Boys. Apesar de jovem, a experiência do ex-meia do San Lorenzo em ter atuado outras vezes no Estádio Marcelo Bielsa pesa a seu favor. E, talvez, não se sinta tanto a ausência do camisa 10. Mas e se o Grêmio tiver mais um desfalque para esta partida? Werley.
O zagueiro tem condições de jogo - prova disso é que treinou normalmente nesta segunda-feira, antes de viajar rumo ao país vizinho. No entanto, o temor do departamento médico tricolor está quanto à avaliação do árbitro: "Embora nós tenhamos feito uma proteção que não é rígida e não represente risco para o adversário, tivemos um episódio há dois anos na Colômbia, quando o nosso lateral (Anderson) Pico tinha uma fratura e usou proteção na mão. O quarto árbitro foi ao vestiário e autorizou, mas quando o jogador entrou em campo o árbitro principal disse que só poderia atuar sem aquela proteção. Nós tivemos que improvisar à beira do campo, já com o jogo em andamento. Mas acreditamos que esta tala que fizemos para o Werley esteja absolutamente dentro daquilo que é possível e que o árbitro permita que ele jogue com a tala", avaliou o doutor Márcio Bolzoni em entrevista ao programa CONCENTRAÇÃO da Rádio GUAÍBA.
E o temor tem total sentido. O árbitro que barrou Anderson Pico antes da partida contra o Millonarios, que culminou com a eliminação da Copa Sul-Americana em 2012, é o mesmo que apita quarta-feira em Rosário, pela Libertadores. Trata-se do equatoriano Carlos Vera! Agora só mudarão os auxiliares - Christian Lescano e Byron Romero. Porém, tudo passará pelo mesmo cidadão que barrou Pico na Colômbia. Werley estará nas mãos dele!
Os números dos titulares
O Gauchão engana. Não é essa a leitura que muitos fazem? Por isso, vou me ater à leitura dos números das equipes principais de Grêmio e Internacional. Esqueçam o time sub-23, sub-20 ou reservas! Comecemos pelo Inter, que encerrou a primeira fase do Estadual disparado com a melhor campanha, tendo conquistado 38 pontos e um incrível aproveitamento de 84,4%. Porém, quando se tratou somente dos titulares de Abel Braga, a porcentagem cai para 77,% (muito bem também, diga-se). Das 15 partidas disputadas, os titulares colorados estiveram em campo apenas 6 vezes, obtendo 14 pontos (4 vitórias e 2 empates). O artilheiro da equipe foi Rafael Moura, com 5 gols, seguido de perto por Fabrício, com 4. D'Alessandro, Gilberto, Aránguiz e Wellington Paulista anotaram uma vez.
Já o Grêmio, mesmo atuando três vezes pela Libertadores, entrou em campo mais que o arquirrival: 9 jogos. Destes, conquistou 5 vitórias, 3 empates e perdeu 1 vez. E o aproveitamento dos titulares, por exemplo, é superior ao do elenco geral - 66,6% contra 64,4%, respectivamente. Barcos, goleador do certame, foi quem logicamente mais balançou as redes a favor do Tricolor (9 vezes). Atrás, só Dudu fez 2 gols. O resto, apenas uma vez: Bressan, Edinho, Kleber, Wendell, Zé Roberto e Luan.
O Campeonato Gaúcho não acabou. Agora vem a fase de mata e somente os titulares devem entrar em campo. Sendo assim, você já sabe o que pode encontrar pelo caminho.
- Titulares do Inter:
Inter 4x1 Cruzeiro, em Novo Hamburgo - 2 de fevereiro
Grêmio 1x1 Inter, na Arena - 9 de fevereiro
Inter 4x0 Caxias, no Beira-Rio - 15 de fevereiro
Inter 2x1 Juventude, em Novo Hamburgo - 18 de fevereiro
Inter 1x0 Brasil de Pelotas, no Beira-Rio - 26 de fevereiro
Inter 1x1 São José, em Novo Hamburgo - 5 de março
- Titulares do Grêmio:
Grêmio 4x0 Aimoré, na Arena - 26 de janeiro
Juventude 1x1 Grêmio, em Caxias do Sul - 2 de fevereiro
Grêmio 1x0 Veranópolis, na Arena - 5 de fevereiro
Grêmio 1x1 Inter, na Arena - 9 de fevereiro
Caxias 2x3 Grêmio, em Caxias do Sul - 19 de fevereiro
Grêmio 3x0 Novo Hamburgo, na Arena - 22 de fevereiro
São Paulo 2x1 Grêmio, em Rio Grande - 1º de março
Cruzeiro 0x0 Grêmio, em Gravataí - 5 de março
Grêmio 3x1 Passo Fundo, na Arena - 9 de março
Já o Grêmio, mesmo atuando três vezes pela Libertadores, entrou em campo mais que o arquirrival: 9 jogos. Destes, conquistou 5 vitórias, 3 empates e perdeu 1 vez. E o aproveitamento dos titulares, por exemplo, é superior ao do elenco geral - 66,6% contra 64,4%, respectivamente. Barcos, goleador do certame, foi quem logicamente mais balançou as redes a favor do Tricolor (9 vezes). Atrás, só Dudu fez 2 gols. O resto, apenas uma vez: Bressan, Edinho, Kleber, Wendell, Zé Roberto e Luan.
O Campeonato Gaúcho não acabou. Agora vem a fase de mata e somente os titulares devem entrar em campo. Sendo assim, você já sabe o que pode encontrar pelo caminho.
- Titulares do Inter:
Inter 4x1 Cruzeiro, em Novo Hamburgo - 2 de fevereiro
Grêmio 1x1 Inter, na Arena - 9 de fevereiro
Inter 4x0 Caxias, no Beira-Rio - 15 de fevereiro
Inter 2x1 Juventude, em Novo Hamburgo - 18 de fevereiro
Inter 1x0 Brasil de Pelotas, no Beira-Rio - 26 de fevereiro
Inter 1x1 São José, em Novo Hamburgo - 5 de março
- Titulares do Grêmio:
Grêmio 4x0 Aimoré, na Arena - 26 de janeiro
Juventude 1x1 Grêmio, em Caxias do Sul - 2 de fevereiro
Grêmio 1x0 Veranópolis, na Arena - 5 de fevereiro
Grêmio 1x1 Inter, na Arena - 9 de fevereiro
Caxias 2x3 Grêmio, em Caxias do Sul - 19 de fevereiro
Grêmio 3x0 Novo Hamburgo, na Arena - 22 de fevereiro
São Paulo 2x1 Grêmio, em Rio Grande - 1º de março
Cruzeiro 0x0 Grêmio, em Gravataí - 5 de março
Grêmio 3x1 Passo Fundo, na Arena - 9 de março
terça-feira, 11 de março de 2014
Gauchão pode virar Copa do Mundo
Tem gente que acha que o Gauchão não vale nada. Outros depositam muita importância, entendendo que é preciso mandar em casa para depois sair pensando em Brasileirão, Copa do Brasil, Libertadores e Mundial. Eu estou em um meio termo nisso tudo. Natural do interior do Rio Grande do Sul, cresci assistindo nos estádios a jogos entre equipes locais. Dá para dizer que competições nacionais e internacionais só apareceram na minha vida quando eu já era um profissional com o microfone na mão. Por isso, sei valorizar o que é nosso. Mesmo assim, não estou morrendo de paixão pelo Campeonato Gaúcho deste ano. Nem do ano passado. Há tempos o certame perdeu o seu charme. Mesmo assim (quem diria!), o Gauchão e os demais regionais de 2015 podem se transformar em Copa do Mundo.
Conforme notícia veiculada pela BBC do Brasil, o 'Bom Senso Futebol Clube' elaborou propostas que serão entregues à CBF na próxima semana. Entre elas, está uma forte repaginada nos certames estaduais. Para que eles não sejam extintos - como defendiam alguns -, irá se propor que ganhem formato de torneio curto, com apenas um mês de duração e sete ou oito datas para cada clube jogar. Exatamente como acontece com a Copa do Mundo de Seleções. Seria uma maravilha! Imagine 32 clubes na primeira divisão, divididos em oito grupos. Os dois melhores se classificam, se enfrentando em oitavas, quartas, semi e final. Ponto! Temos um campeão gaúcho. Ah, mas e o resto do ano? Bom, de março em diante as agremiações estão livres para as disputas nacionais e continentais. E até os menores clubes, eliminados logo no início da Copa do Mundo que será o Gauchão, poderão ser inseridos na Série E - ou seja, a quinta divisão do futebol brasileiro. Eu assino embaixo! Só resta saber se José Maria Marin e, principalmente, Francisco Novelletto concordarão.
Citei o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) porque, já se sabe, será candidato à presidência da CBF. E, de nada adianta propor uma mudança de calendário, mudar, e o próximo mandatário quebrar no meio tudo o que foi construído. E, para quem não lembra, tão logo nasceu o 'Bom Senso', Novelletto se posicionou contrário aos debates de enxugamento do calendário. Enfim, não será uma revolução fácil. Mas volto a propor: imagine você que neste período do ano, se não tivéssemos o Gauchão encerrado, estaríamos nos finalmente. Daqui por diante, o Grêmio poderia pensar somente no Newell's Old Boys e na Libertadores. E o Inter no Remo e na Copa do Brasil. O próximo passo talvez seja distribuir melhor os gastos com o futebol, para que os salários não sejam tão altos, e os clubes tenham mais condições de investir em infraestrutura de estádio, gramados menos esburacados e iluminação. Se bem que aí já é pedir demais. Acho que a simples transformação do Gauchão em Copa do Mundo já bastaria. Aí sim seria charmoso!
Conforme notícia veiculada pela BBC do Brasil, o 'Bom Senso Futebol Clube' elaborou propostas que serão entregues à CBF na próxima semana. Entre elas, está uma forte repaginada nos certames estaduais. Para que eles não sejam extintos - como defendiam alguns -, irá se propor que ganhem formato de torneio curto, com apenas um mês de duração e sete ou oito datas para cada clube jogar. Exatamente como acontece com a Copa do Mundo de Seleções. Seria uma maravilha! Imagine 32 clubes na primeira divisão, divididos em oito grupos. Os dois melhores se classificam, se enfrentando em oitavas, quartas, semi e final. Ponto! Temos um campeão gaúcho. Ah, mas e o resto do ano? Bom, de março em diante as agremiações estão livres para as disputas nacionais e continentais. E até os menores clubes, eliminados logo no início da Copa do Mundo que será o Gauchão, poderão ser inseridos na Série E - ou seja, a quinta divisão do futebol brasileiro. Eu assino embaixo! Só resta saber se José Maria Marin e, principalmente, Francisco Novelletto concordarão.
Citei o presidente da Federação Gaúcha de Futebol (FGF) porque, já se sabe, será candidato à presidência da CBF. E, de nada adianta propor uma mudança de calendário, mudar, e o próximo mandatário quebrar no meio tudo o que foi construído. E, para quem não lembra, tão logo nasceu o 'Bom Senso', Novelletto se posicionou contrário aos debates de enxugamento do calendário. Enfim, não será uma revolução fácil. Mas volto a propor: imagine você que neste período do ano, se não tivéssemos o Gauchão encerrado, estaríamos nos finalmente. Daqui por diante, o Grêmio poderia pensar somente no Newell's Old Boys e na Libertadores. E o Inter no Remo e na Copa do Brasil. O próximo passo talvez seja distribuir melhor os gastos com o futebol, para que os salários não sejam tão altos, e os clubes tenham mais condições de investir em infraestrutura de estádio, gramados menos esburacados e iluminação. Se bem que aí já é pedir demais. Acho que a simples transformação do Gauchão em Copa do Mundo já bastaria. Aí sim seria charmoso!
segunda-feira, 10 de março de 2014
Não é racismo, mas é imprudente
Foto: Franciele Caetano (Gremio.net)
A rodada do Gauchão neste fim de semana pode ter deixado os resultados de campo em segundo plano. Talvez o que fique deste domingo repleto de jogos pelo Rio Grande do Sul seja a manifestação contínua de apoio ao árbitro Márcio Chagas. Em Pelotas, com a presença do próprio, a derrota do time da casa para o São Luiz nem apareceu tanto quanto as homenagens prestadas. Em São Leopoldo, os jogadores do Aimoré entrando em campo com máscaras, com o rosto do juiz estampado, antes mesmo de perderem de virada para o Inter por 2 a 1. Na Arena, em Porto Alegre, além das referências de Grêmio e Passo Fundo, também marcou o trio de arbitragem desenrolando uma bandeira com os dizeres: "Racismo não!". No entanto, um fato me deixou espantando, e passou longe do placar de 3 a 1.
Apesar de todos os incidentes, a torcida Geral do Grêmio, logo após o gol de empate de Barcos, não deixou de entoar um famoso cântico seu que diz: "Olha a festa, macaco. Torcida é coração! Quem não canta é amargo e nunca vai sair campeão." Bom, até aí, vá lá. O argumento dos torcedores (incluindo do conselheiro Adalberto Aquino, que se fez presente no programa GANHANDO O JOGO, da Rádio Guaíba, nesta manhã) é válido. Ele diz que chamar os colorados de 'macacos' é uma referência à história em que todas as atitudes da direção e torcida do Grêmio, logo em seguida, eram reproduzidas por parte do Internacional. E apresentou fatos como o da 'raspadinha', o 'hasteamento da bandeira'. Enfim! O que mais me aguçou o ouvido foi escutar na mesma Arena, logo em seguida, um outro canto que leva a seguinte frase: "Somos campeões do mundo e da Libertadores também. Chora, macaco imundo, que nunca ganhou de ninguém...". E, pelo jeito, não foi só no meu ouvido que a música ressoou.
Conforme matéria veiculada pela TV Record na última semana, o Ministério Público-RS firmou com o Grêmio um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), exigindo do clube campanhas de conscientização contra o racismo. Na mira do MP estariam principalmente os cantos entoados nas arquibancadas do estádio Olímpico - já que o termo é datado de 2006. Quem confirmou estas informações foi o subprocurador Ivori Coelho Neto em entrevista à jornalista Caroline Patatt. Ou seja, está mais do que na hora de cessarem os cânticos que citem a palavra 'macaco'. Ou simplesmente substituí-la por outro apelido que não soe racista. Mesmo que o argumento seja contrário, é melhor não pagar para ver. Pelo bem do Grêmio, que tanto se orgulha de ser azul, preto e branco. Pelo bem de todos!
A rodada do Gauchão neste fim de semana pode ter deixado os resultados de campo em segundo plano. Talvez o que fique deste domingo repleto de jogos pelo Rio Grande do Sul seja a manifestação contínua de apoio ao árbitro Márcio Chagas. Em Pelotas, com a presença do próprio, a derrota do time da casa para o São Luiz nem apareceu tanto quanto as homenagens prestadas. Em São Leopoldo, os jogadores do Aimoré entrando em campo com máscaras, com o rosto do juiz estampado, antes mesmo de perderem de virada para o Inter por 2 a 1. Na Arena, em Porto Alegre, além das referências de Grêmio e Passo Fundo, também marcou o trio de arbitragem desenrolando uma bandeira com os dizeres: "Racismo não!". No entanto, um fato me deixou espantando, e passou longe do placar de 3 a 1.
Apesar de todos os incidentes, a torcida Geral do Grêmio, logo após o gol de empate de Barcos, não deixou de entoar um famoso cântico seu que diz: "Olha a festa, macaco. Torcida é coração! Quem não canta é amargo e nunca vai sair campeão." Bom, até aí, vá lá. O argumento dos torcedores (incluindo do conselheiro Adalberto Aquino, que se fez presente no programa GANHANDO O JOGO, da Rádio Guaíba, nesta manhã) é válido. Ele diz que chamar os colorados de 'macacos' é uma referência à história em que todas as atitudes da direção e torcida do Grêmio, logo em seguida, eram reproduzidas por parte do Internacional. E apresentou fatos como o da 'raspadinha', o 'hasteamento da bandeira'. Enfim! O que mais me aguçou o ouvido foi escutar na mesma Arena, logo em seguida, um outro canto que leva a seguinte frase: "Somos campeões do mundo e da Libertadores também. Chora, macaco imundo, que nunca ganhou de ninguém...". E, pelo jeito, não foi só no meu ouvido que a música ressoou.
Conforme matéria veiculada pela TV Record na última semana, o Ministério Público-RS firmou com o Grêmio um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), exigindo do clube campanhas de conscientização contra o racismo. Na mira do MP estariam principalmente os cantos entoados nas arquibancadas do estádio Olímpico - já que o termo é datado de 2006. Quem confirmou estas informações foi o subprocurador Ivori Coelho Neto em entrevista à jornalista Caroline Patatt. Ou seja, está mais do que na hora de cessarem os cânticos que citem a palavra 'macaco'. Ou simplesmente substituí-la por outro apelido que não soe racista. Mesmo que o argumento seja contrário, é melhor não pagar para ver. Pelo bem do Grêmio, que tanto se orgulha de ser azul, preto e branco. Pelo bem de todos!
quinta-feira, 6 de março de 2014
Meu abraço negro
Foto: Jefferson Bernardes (Vipcomm)
Tarciso Flecha-Negra, Christian, Aírton Pavilhão, Tesourinha, Roger Machado, Adriano Gabiru (por que não?), Juarez Tanque, Tinga. Eu poderia passar o dia inteiro citando ídolos negros da dupla Gre-Nal. E se formos para o âmbito nacional, a lista aumenta: Pelé, Garrincha, Romário e por aí vai. O negro é um capítulo muito importante do futebol e da história brasileira. E me admira que em pleno 2014 vivamos episódios de racismo. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro - mas principalmente no Brasil. E aqui pertinho, em Bento Gonçalves. O Esportivo vai tentar provar que o fato não ocorreu dentro do Parque Montanha dos Vinhedos. Mas o fato em si ocorreu. Dentro ou fora do estádio, ele ocorreu. O árbitro Márcio Chagas, marcando ou não uma falta, apresentando ou não um cartão amarelo, prejudicando a Esportivo ou Veranópolis, não merecia passar pelo que passou e ouvir o que ouviu: "negro imundo", como ele próprio falou na Rádio GUAÍBA. E bananas colocas no cano de descarga e no teto do carro? Não temos mais espaço para isso! Chagas tem toda a razão em levar adiante a situação. E o Esportivo, mais do que razão, tem a obrigação de investigar o que aconteceu.
Eu só lamento que a gente tenha que falar disso num dia após rodada. Rodada em que, inclusive, o Esportivo teve uma vitória espetacular diante do Veranópolis, que o distanciou um pouco da zona do rebaixamento. Rodada em que os outros dois clubes de Porto Alegre conseguiram fazer frente diante da dupla Gre-Nal. O São José empatando (e por pouco não vencendo) com o Inter. O Cruzeiro aguentando a pressão dos titulares do Grêmio. Mas não! Azar do esquema tático, do treinador que mexeu bem ou mal, da atuação do jogador! Nós temos que falar de racismo em pleno 2014!
Fico profundamente irritado quando não posso falar de esporte. Isso porque escolhi essa área porque me apetecem as análises táticas, a bola rolando e as entrevistas com jogadores. E sempre quando a editoria esportiva encontra a editoria policial, sinto nojo. Principalmente em um episódio como este que aconteceu em Bento Gonçalves. Então, o que me resta é abraçar Márcio Chagas e todos os negros do Brasil, que fizeram, farão ou simplesmente sobrevivem no planeta racista. Um abraço negro!
Tarciso Flecha-Negra, Christian, Aírton Pavilhão, Tesourinha, Roger Machado, Adriano Gabiru (por que não?), Juarez Tanque, Tinga. Eu poderia passar o dia inteiro citando ídolos negros da dupla Gre-Nal. E se formos para o âmbito nacional, a lista aumenta: Pelé, Garrincha, Romário e por aí vai. O negro é um capítulo muito importante do futebol e da história brasileira. E me admira que em pleno 2014 vivamos episódios de racismo. Não só no Brasil, mas no mundo inteiro - mas principalmente no Brasil. E aqui pertinho, em Bento Gonçalves. O Esportivo vai tentar provar que o fato não ocorreu dentro do Parque Montanha dos Vinhedos. Mas o fato em si ocorreu. Dentro ou fora do estádio, ele ocorreu. O árbitro Márcio Chagas, marcando ou não uma falta, apresentando ou não um cartão amarelo, prejudicando a Esportivo ou Veranópolis, não merecia passar pelo que passou e ouvir o que ouviu: "negro imundo", como ele próprio falou na Rádio GUAÍBA. E bananas colocas no cano de descarga e no teto do carro? Não temos mais espaço para isso! Chagas tem toda a razão em levar adiante a situação. E o Esportivo, mais do que razão, tem a obrigação de investigar o que aconteceu.
Eu só lamento que a gente tenha que falar disso num dia após rodada. Rodada em que, inclusive, o Esportivo teve uma vitória espetacular diante do Veranópolis, que o distanciou um pouco da zona do rebaixamento. Rodada em que os outros dois clubes de Porto Alegre conseguiram fazer frente diante da dupla Gre-Nal. O São José empatando (e por pouco não vencendo) com o Inter. O Cruzeiro aguentando a pressão dos titulares do Grêmio. Mas não! Azar do esquema tático, do treinador que mexeu bem ou mal, da atuação do jogador! Nós temos que falar de racismo em pleno 2014!
Fico profundamente irritado quando não posso falar de esporte. Isso porque escolhi essa área porque me apetecem as análises táticas, a bola rolando e as entrevistas com jogadores. E sempre quando a editoria esportiva encontra a editoria policial, sinto nojo. Principalmente em um episódio como este que aconteceu em Bento Gonçalves. Então, o que me resta é abraçar Márcio Chagas e todos os negros do Brasil, que fizeram, farão ou simplesmente sobrevivem no planeta racista. Um abraço negro!
quarta-feira, 5 de março de 2014
O que não pega bem no Carnaval
Foto: Jessica Mello (Globoesporte.com)
É reta final de Carnaval e, mesmo sem entender patavinas de desfiles de escolas de samba, quero parabenizar as campeãs desta modalidade pelo Brasil afora. Mas não foi por isso que vim aqui. Vim para falar sobre as coisas que não pegam bem no Carnaval. Nesta terça-feira, por exemplo, quem sabe com os resquícios da noite anterior, um grupo de pessoas foi assistir ao treino do Inter no CT Parque Gigante. Até aí, nada contra - a não ser o fato de que estavam postados em uma lancha, sobre o Rio (lago ou lagoa, como queiram) Guaíba. Das cinco pessoas que lá estavam, duas eram meninas. Bem 'apessoadas', diga-se de passagem, posavam em biquínis milimétricos para a lente dos fotógrafos, para os repórteres e principalmente para os jogadores que ali trabalhavam. O que queriam? Não sei. Só sei que não pega bem.
O que não pegou bem também foi a visita do zagueiro colorado Juan a um dos camarotes da Sapucaí, no Rio de Janeiro, acompanhado do centroavante Rafael Moura. O defensor vai, nesta quarta-feira, para sua quinta partida consecutiva sem conseguir fardar o uniforme de jogo do Inter. O departamento médico do clube argumenta que ele não se recuperou muito bem de dores musculares. E o que é melhor para alguém que está lesionado do que um repouso? Sendo assim, não seria uma noitada no Carnaval carioca o melhor remédio. Para 'He-Man', tudo ok. Ele vem bem, fez as pazes com as redes e com a torcida. Mas e Juan? Sei bem que o técnico Abel Braga deu folga para todo o grupo de jogadores, mas você acha que caiu bem?
Imagine eu, um repórter, que dependo das minhas cordas vocais para trabalhar, rouco há uma semana. Então, no Carnaval, decido cantar os samba-enredos do Primeiro Grupo do Rio de Janeiro. Em quais condições me apresentarei no dia seguinte? É o que penso sobre o fato ocorrido com o zagueiro do Internacional. Certamente, o incidente não ganhou proporções gigantescas dentro do Beira-Rio. Do contrário, já ouviríamos algum dirigente balbuciar pelos cantos. Enfim, cada um faz o que quer. O que faz o Inter neste momento é entrar em campo em mais uma rodada do Gauchão sem o seu zagueiro titular - talvez o mais titular de todos.
É reta final de Carnaval e, mesmo sem entender patavinas de desfiles de escolas de samba, quero parabenizar as campeãs desta modalidade pelo Brasil afora. Mas não foi por isso que vim aqui. Vim para falar sobre as coisas que não pegam bem no Carnaval. Nesta terça-feira, por exemplo, quem sabe com os resquícios da noite anterior, um grupo de pessoas foi assistir ao treino do Inter no CT Parque Gigante. Até aí, nada contra - a não ser o fato de que estavam postados em uma lancha, sobre o Rio (lago ou lagoa, como queiram) Guaíba. Das cinco pessoas que lá estavam, duas eram meninas. Bem 'apessoadas', diga-se de passagem, posavam em biquínis milimétricos para a lente dos fotógrafos, para os repórteres e principalmente para os jogadores que ali trabalhavam. O que queriam? Não sei. Só sei que não pega bem.
O que não pegou bem também foi a visita do zagueiro colorado Juan a um dos camarotes da Sapucaí, no Rio de Janeiro, acompanhado do centroavante Rafael Moura. O defensor vai, nesta quarta-feira, para sua quinta partida consecutiva sem conseguir fardar o uniforme de jogo do Inter. O departamento médico do clube argumenta que ele não se recuperou muito bem de dores musculares. E o que é melhor para alguém que está lesionado do que um repouso? Sendo assim, não seria uma noitada no Carnaval carioca o melhor remédio. Para 'He-Man', tudo ok. Ele vem bem, fez as pazes com as redes e com a torcida. Mas e Juan? Sei bem que o técnico Abel Braga deu folga para todo o grupo de jogadores, mas você acha que caiu bem?
Imagine eu, um repórter, que dependo das minhas cordas vocais para trabalhar, rouco há uma semana. Então, no Carnaval, decido cantar os samba-enredos do Primeiro Grupo do Rio de Janeiro. Em quais condições me apresentarei no dia seguinte? É o que penso sobre o fato ocorrido com o zagueiro do Internacional. Certamente, o incidente não ganhou proporções gigantescas dentro do Beira-Rio. Do contrário, já ouviríamos algum dirigente balbuciar pelos cantos. Enfim, cada um faz o que quer. O que faz o Inter neste momento é entrar em campo em mais uma rodada do Gauchão sem o seu zagueiro titular - talvez o mais titular de todos.
segunda-feira, 3 de março de 2014
Meu sogro vai me odiar: minha opinião sobre Rio Grande
Foto: Flávio Neves (Folhapress)
Pouca gente sabe a pressão que vive um jornalista esportivo. Não me refiro às inúmeras críticas que recebemos nas redes sociais ou aos xingamentos na beira do alambrado em dia de jogo. Refiro-me às cobranças feitas em casa. Nesta segunda-feira, mesmo de folga, recebi um telefonema do meu sogro. E, antes que alguém pense diferente, temos uma ótima relação. Nada de inimizades! Mas ele queria pedir para que eu me posicionasse no pênalti de Wendell, que gerou o segundo gol do São Paulo de Rio Grande no sábado. Ele, como colorado, lembrou que o Inter também foi prejudicado ao não ter uma penalidade marcada contra o Veranópolis - no que ele está certo. E o campo ruim, segundo ele, foi ruim para os dois times - não só para os jogadores gremistas. Tentei argumentar, mas nossas teses são diferentes. Por isso, aqui vai minha opinião sobre o que aconteceu na zona Sul do Estado neste fim de semana: desculpe, meu sogro, não me odeie.
Tão logo cheguei ao Estádio Aldo Dapuzzo, abaixo de uma fina chuva, me deparei com um campo enlameado, com inúmeras poças d'água que eram cobertas por pás de areia pelos funcionários do clube. Tudo isso foi descrito no programa PRELIMINAR da Rádio GUAÍBA. E fui além: disse que, fosse eu o técnico Enderson Moreira, não escalaria os titulares da Libertadores naquele jogo. O campeonato do Grêmio neste ano não é o Gauchão e o risco de uma lesão seria altíssimo. Até penso que o diretor executivo gremista Rui Costa se exaltou demais. Eu nunca o vi tão alterado como ao final do jogo, quando falou com exclusividade ao microfone da Guaíba algo parecido com: "Esse árbitro nos roubou de novo!". Mas concordo com parte do discurso, incluindo a parte de que não vai demérito algum à sociedade riograndina, ou ao clube tradicional que é o São Paulo, mas não foram apresentadas as mínimas condições para um espetáculo de futebol. A festa das arquibancadas, bom, isso foi sensacional. E, dentro do jogo proposto, o São Paulo até mereceu os três pontos. No entanto, não desfaçam das reclamações do Grêmio: eles têm razão. Mesmo que tivessem ganho a partida, teriam motivos para reclamar do gramado e do árbitro.
E se ainda assim você estiver pensando o contrário ou mais, imaginando que eu esteja vestindo a camisa do Grêmio por baixo, lhe proponho o seguinte: imagine que em Rio Grande estivesse o time principal do Inter, disputando e liderando uma Libertadores paralelamente ao Campeonato Gaúcho. E mais, que D'Alesssandro, a cada 'la boba' que quisesse aplicar no adversário, tivesse antes que desviar de uma valeta feita para escoar a água para fora do campo. Ou ainda, que o São Paulo puxasse um contra-ataque fulminante e Willians o derrubasse com um carrinho fora da área. Mas o juiz, de maneira equivocada, marcasse pênalti para o time da casa. Você, colorado, não ficaria furioso com tudo isso? Certamente ficaria! E certamente eu estaria recebendo ligação de outra pessoa nesta segunda-feira, não o meu sogro colorado. Talvez a ligação seria de um gremista, reclamando do 'choro alheio'.
Pouca gente sabe a pressão que vive um jornalista esportivo. Não me refiro às inúmeras críticas que recebemos nas redes sociais ou aos xingamentos na beira do alambrado em dia de jogo. Refiro-me às cobranças feitas em casa. Nesta segunda-feira, mesmo de folga, recebi um telefonema do meu sogro. E, antes que alguém pense diferente, temos uma ótima relação. Nada de inimizades! Mas ele queria pedir para que eu me posicionasse no pênalti de Wendell, que gerou o segundo gol do São Paulo de Rio Grande no sábado. Ele, como colorado, lembrou que o Inter também foi prejudicado ao não ter uma penalidade marcada contra o Veranópolis - no que ele está certo. E o campo ruim, segundo ele, foi ruim para os dois times - não só para os jogadores gremistas. Tentei argumentar, mas nossas teses são diferentes. Por isso, aqui vai minha opinião sobre o que aconteceu na zona Sul do Estado neste fim de semana: desculpe, meu sogro, não me odeie.
Tão logo cheguei ao Estádio Aldo Dapuzzo, abaixo de uma fina chuva, me deparei com um campo enlameado, com inúmeras poças d'água que eram cobertas por pás de areia pelos funcionários do clube. Tudo isso foi descrito no programa PRELIMINAR da Rádio GUAÍBA. E fui além: disse que, fosse eu o técnico Enderson Moreira, não escalaria os titulares da Libertadores naquele jogo. O campeonato do Grêmio neste ano não é o Gauchão e o risco de uma lesão seria altíssimo. Até penso que o diretor executivo gremista Rui Costa se exaltou demais. Eu nunca o vi tão alterado como ao final do jogo, quando falou com exclusividade ao microfone da Guaíba algo parecido com: "Esse árbitro nos roubou de novo!". Mas concordo com parte do discurso, incluindo a parte de que não vai demérito algum à sociedade riograndina, ou ao clube tradicional que é o São Paulo, mas não foram apresentadas as mínimas condições para um espetáculo de futebol. A festa das arquibancadas, bom, isso foi sensacional. E, dentro do jogo proposto, o São Paulo até mereceu os três pontos. No entanto, não desfaçam das reclamações do Grêmio: eles têm razão. Mesmo que tivessem ganho a partida, teriam motivos para reclamar do gramado e do árbitro.
E se ainda assim você estiver pensando o contrário ou mais, imaginando que eu esteja vestindo a camisa do Grêmio por baixo, lhe proponho o seguinte: imagine que em Rio Grande estivesse o time principal do Inter, disputando e liderando uma Libertadores paralelamente ao Campeonato Gaúcho. E mais, que D'Alesssandro, a cada 'la boba' que quisesse aplicar no adversário, tivesse antes que desviar de uma valeta feita para escoar a água para fora do campo. Ou ainda, que o São Paulo puxasse um contra-ataque fulminante e Willians o derrubasse com um carrinho fora da área. Mas o juiz, de maneira equivocada, marcasse pênalti para o time da casa. Você, colorado, não ficaria furioso com tudo isso? Certamente ficaria! E certamente eu estaria recebendo ligação de outra pessoa nesta segunda-feira, não o meu sogro colorado. Talvez a ligação seria de um gremista, reclamando do 'choro alheio'.
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