Foto: Franciele Caetano (Gremio.net)
A rodada do Gauchão neste fim de semana pode ter deixado os resultados de campo em segundo plano. Talvez o que fique deste domingo repleto de jogos pelo Rio Grande do Sul seja a manifestação contínua de apoio ao árbitro Márcio Chagas. Em Pelotas, com a presença do próprio, a derrota do time da casa para o São Luiz nem apareceu tanto quanto as homenagens prestadas. Em São Leopoldo, os jogadores do Aimoré entrando em campo com máscaras, com o rosto do juiz estampado, antes mesmo de perderem de virada para o Inter por 2 a 1. Na Arena, em Porto Alegre, além das referências de Grêmio e Passo Fundo, também marcou o trio de arbitragem desenrolando uma bandeira com os dizeres: "Racismo não!". No entanto, um fato me deixou espantando, e passou longe do placar de 3 a 1.
Apesar de todos os incidentes, a torcida Geral do Grêmio, logo após o gol de empate de Barcos, não deixou de entoar um famoso cântico seu que diz: "Olha a festa, macaco. Torcida é coração! Quem não canta é amargo e nunca vai sair campeão." Bom, até aí, vá lá. O argumento dos torcedores (incluindo do conselheiro Adalberto Aquino, que se fez presente no programa GANHANDO O JOGO, da Rádio Guaíba, nesta manhã) é válido. Ele diz que chamar os colorados de 'macacos' é uma referência à história em que todas as atitudes da direção e torcida do Grêmio, logo em seguida, eram reproduzidas por parte do Internacional. E apresentou fatos como o da 'raspadinha', o 'hasteamento da bandeira'. Enfim! O que mais me aguçou o ouvido foi escutar na mesma Arena, logo em seguida, um outro canto que leva a seguinte frase: "Somos campeões do mundo e da Libertadores também. Chora, macaco imundo, que nunca ganhou de ninguém...". E, pelo jeito, não foi só no meu ouvido que a música ressoou.
Conforme matéria veiculada pela TV Record na última semana, o Ministério Público-RS firmou com o Grêmio um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), exigindo do clube campanhas de conscientização contra o racismo. Na mira do MP estariam principalmente os cantos entoados nas arquibancadas do estádio Olímpico - já que o termo é datado de 2006. Quem confirmou estas informações foi o subprocurador Ivori Coelho Neto em entrevista à jornalista Caroline Patatt. Ou seja, está mais do que na hora de cessarem os cânticos que citem a palavra 'macaco'. Ou simplesmente substituí-la por outro apelido que não soe racista. Mesmo que o argumento seja contrário, é melhor não pagar para ver. Pelo bem do Grêmio, que tanto se orgulha de ser azul, preto e branco. Pelo bem de todos!
Um comentário:
Por mais que muitos Gremistas não sejam racistas, ao cantarem este tipo de canção estão sendo coniventes que qualquer pessoa se refira aos negros como Macacos, é inadmissível tolerar o racismo, mesmo que o lado oprimido e ofendido pela letra da música tenha adotado o macaco como um símbolo. O Grêmio sempre teve preconceituosos na sua torcida, temos vídeos que comprovam isso e estas pessoas devem ser identificadas e presas. grupos nazistas devem ser excluídos de qualquer torcida, agremiação de qualquer departamento na nossa sociedade. Desde já adianto que uma corrente política já exige do Internacional uma inclusão no estatuto do clube de um artigo referente ao nosso total repúdio ao Racismo e a segregação de indivíduos seja por Etnia, Religião e etc.
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