Existem alguns pactos no jornalismo que se faz necessário respeitar. Na última semana, quando a coletiva de Abel Braga já havia encerrado, um dos repórteres perguntou o que o técnico colorado pensava sobre a possibilidade do time ter de jogar quartas de final e semifinal do Gauchão fora de Porto Alegre, por um pedido da produtora que organiza a festa de reinauguração do Beira-Rio. A resposta veio com Abel já saindo da sala de entrevistas, em tom irônico: "Por mim, essa festa nem aconteceria". Todos riram. Mesmo assim, ninguém noticiou. Por questão de respeito e ética, o que se fala fora dos microfones, não pode ser tornado público sem o consentimento da fonte. Agora, enfim, pode vir à tona.
Isso porque nesta sexta-feira, noutra entrevista, Abel não conseguiu esconder a irritação: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino. Eu não falo mais, é cansativo. É chato, é chato demais. Esse negócio de jogo não acontecer por causa de festa, de alpinista não existe. Isto é conversa para boi dormir. Festa é time em campo, com o torcedor", disparou ele. Enfim, quem conversa com o treinador (mesmo quem com pouca frequência), sabe que ele não disse nem a metade do que pensa sobre a ausência do Beira-Rio: "A minha festa é o meu time jogar no Beira-Rio. A festa do torcedor é ver o time no seu estádio. Não quero saber desse negócio de festa", encerrou.
Por enquanto, até segundo aviso, Abel Braga e seu time só voltarão ao Beira-Rio após a festa de inauguração - ou seja, em caso de finalíssima do Gauchão. Depois, só após o término da Copa do Mundo: "O Inter continua como no ano passado: sem casa, sem destino".
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