quarta-feira, 5 de março de 2014

O que não pega bem no Carnaval

Foto: Jessica Mello (Globoesporte.com)

É reta final de Carnaval e, mesmo sem entender patavinas de desfiles de escolas de samba, quero parabenizar as campeãs desta modalidade pelo Brasil afora. Mas não foi por isso que vim aqui. Vim para falar sobre as coisas que não pegam bem no Carnaval. Nesta terça-feira, por exemplo, quem sabe com os resquícios da noite anterior, um grupo de pessoas foi assistir ao treino do Inter no CT Parque Gigante. Até aí, nada contra - a não ser o fato de que estavam postados em uma lancha, sobre o Rio (lago ou lagoa, como queiram) Guaíba. Das cinco pessoas que lá estavam, duas eram meninas. Bem 'apessoadas', diga-se de passagem, posavam em biquínis milimétricos para a lente dos fotógrafos, para os repórteres e principalmente para os jogadores que ali trabalhavam. O que queriam? Não sei. Só sei que não pega bem.

O que não pegou bem também foi a visita do zagueiro colorado Juan a um dos camarotes da Sapucaí, no Rio de Janeiro, acompanhado do centroavante Rafael Moura. O defensor vai, nesta quarta-feira, para sua quinta partida consecutiva sem conseguir fardar o uniforme de jogo do Inter. O departamento médico do clube argumenta que ele não se recuperou muito bem de dores musculares. E o que é melhor para alguém que está lesionado do que um repouso? Sendo assim, não seria uma noitada no Carnaval carioca o melhor remédio. Para 'He-Man', tudo ok. Ele vem bem, fez as pazes com as redes e com a torcida. Mas e Juan? Sei bem que o técnico Abel Braga deu folga para todo o grupo de jogadores, mas você acha que caiu bem?

Imagine eu, um repórter, que dependo das minhas cordas vocais para trabalhar, rouco há uma semana. Então, no Carnaval, decido cantar os samba-enredos do Primeiro Grupo do Rio de Janeiro. Em quais condições me apresentarei no dia seguinte? É o que penso sobre o fato ocorrido com o zagueiro do Internacional. Certamente, o incidente não ganhou proporções gigantescas dentro do Beira-Rio. Do contrário, já ouviríamos algum dirigente balbuciar pelos cantos. Enfim, cada um faz o que quer. O que faz o Inter neste momento é entrar em campo em mais uma rodada do Gauchão sem o seu zagueiro titular - talvez o mais titular de todos.

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