O título deste post obviamente é uma brincadeira. Ninguém disse isso e nem vai dizer, mas é o que a torcida do Grêmio pode repetir até se transformar em verdade. Com o gol de empate anotado por Rhodolfo, já nos acréscimos, o zagueiro Gabriel Heinze era o mais irritado dos jogadores do Newell's Old Boys. Enquanto os jogadores tricolores se abraçam na lateral do campo, Heinze se agacha, xinga o ar e caminha sem rumo. Segundos antes, era ele quem estava na marcação, estático, vendo Rhodolfo cabecear para o fundo da meta de Guzmán. Pois nesta sexta-feira, o histórico defensor argentino divulgou através de nota no site do clube que se aposentará ao final da temporada.
No comunicado, a explicação apresentada por Heinze é que foi vencido pelas dores lombares: "Quero contar-lhes que ao final desta temporada no serei mais jogador do clube. Esta vez, lamentavelmente, não posso ir contra a realidade de meu corpo, que me apresenta um jogo que não encontro forma de ganhar." Algumas linhas depois, pede à diretoria que destine o dinheiro que hoje lhe é depositado para as categorias de base, "de onde sinto que está o futuro de tudo o que queremos para o Newell's".
Heinze é daqueles casos inexplicáveis do futebol. Nunca foi um zagueiro habilidoso. Mesmo assim, de cintura dura e tudo mais, jogou duas Copas do Mundo com a Seleção Argentina (2006 e 2010). Ainda, defendeu clubes gigantescos da Europa, como Sporting Lisboa-POR, Paris Saint-Germain-FRA, Manchester United-ING, Real Madrid-ESP e Roma-ITA. Agora, aos 35 anos, já não consegue mais aguentar as dores. Já de 'saco cheio' disso tudo, no duelo contra o Grêmio em Porto Alegre, protagonizou uma cena lamentável. Quando deixava o vestiário da Arena, foi interpelado pelo repórter Diogo Rossi, da Rádio GRENAL: "¿Puede hablar, Heinze?" Ele mal olhou para o 'periodista' e seguiu seu caminho: "No". "¿No puede?", insistiu Diogo. "Puedo. No quiero!", e seguiu seu rumo até o ônibus. Enfim, este foi Gabriel Heinze, que pediu aposentadoria após o gol de Rhodolfo.
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