Foto: Agência EFE
O empate do Inter contra o Deportivo Quito no início da madrugada desta quinta para sexta, escancarou a realidade da equipe colorada. Pato Abbondanzieri sabe como se ganha Libertadores. Já o resto do elenco, nem tanto. Antes da partida, muito se alegou sobre a altitude e a crise do oponente. No entanto, pelos próprios erros do Colorado, os mil e tantos metros acima do nível do mar passaram imperceptíveis. Aliás, quem quer erguer a taça das Américas tem de se sobrepor a essas dificuldades. E o Inter não conseguiu. Foi um gatinho em meio aos leões. Todos os quatorze jogadores que entraram em campo, menos o arqueiro argentino.
Não é à toa que Abbondanzieri tem três títulos deste torneio em seu armário particular. Contra o Deportivo, Pato carregou o time nas costas pelas montanhas de Quito. Catimbou quando era necessário, fez milagres exuberantes como há tempos não se via, e foi a liderança que se fazia ausente. Por exemplo, no momento em que o aspirante a árbitro assinalou uma penalidade inexistente, Pato não ficou batendo boca com o juíz, como a maioria. Correu até o assistente e pediu clemência às autoridades que ainda enxergavam. Por causa dele o Inter não retornou à Porto Alegre com uma derrota na bagagem. E não só por este lance. Cabem aqui também referências aos voos que fecharam a meta colorada nos momentos oportunos. Abbondanzieri, sem dúvida nenhuma, sabe como se ganha uma Libertadores. E poderá levar o Inter ao bi da América.
No entanto, quem não sabe são os outros. Pelo menos aqueles que estiveram em campo contra os equatorianos. Bruno Silva acreditou na lorota de que é lateral-direito, quando não passa de um volante limitado. Juan tremeu nas bases do início ao fim da partida. E Fossati... bom, esse vai morrer enforcado no esquema 3-5-2 e o atacante Edu ainda será seu carrasco. É de irritar o modo como o treinador uruguaio elogia a atuação da sua equipe quando, visivelmente, o Inter está se safando por obras do acaso. E não é de hoje! Foi assim contra o Grêmio e contra o Emelec. Mas o castelhano age como burro quando empaca. Não move um dedo.
Por isso, o atual momento do Inter pode ser resumido na velha frase: "quando um não quer, dois não fazem". Contudo, a situação colorada é mais grave. Pois enquanto Abbondanzieri está a fim de colocar mais uma faixa no peito, uma comissão inteira não quer. Alguém aposta que o time ainda vai longe na competição? Se tudo continuar como está, é questão de tempo para o Beira-Rio cair em desgraça.
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