Foto: Mauro Vieira (Jornal Zero Hora)
Quem disse que o Gauchão não vale nada? Por que se desfaz tanto do Campeonato Estadual do Rio Grande do Sul? Já está mais do que comprovado que, mesmo que não seja levado tão a sério, o resultado obtido no certame pode influir na vida da dupla Gre-Nal. Tire o Gauchão do ano passado como exemplo. O então treinador gremista Celso Roth dizia aos quatro cantos que a prioridade era a Libertadores da América. Acabou perdendo três clássicos, sendo eliminado precocemente da competição e, pior que isso, viu seu rival ser bicampeão. Por consequência, se afundou em depressão e caiu também no torneio sul-americano. E, neste ano, parece, estamos vendo a história se repetir - no entanto, de maneira inversa.
O Internacional, sob o comando de Jorge Fossati, definitivamente não convence o seu torcedor. Até agora as atuações do Colorado não dão amostras de que o futuro pode ser recompensador. Alguns dizem que a culpa disso tudo está no esquema tático adotado pelo comandante uruguaio. Pode ser que seja. Afinal de contas, o clube possui três dos melhores meio-campistas que o Brasil possui atualmente - D'Alessandro, Giuliano e Andrezinho. E, mesmo assim, utiliza apenas um deles em cada jogo. Tudo por conta do tal esquema 3-5-2 (ou 3-4-1-2, como Fossati insiste em chamar). Pois o enfrentamento contra o Veranópolis, neste domingo, deixou uma verdade escancarada: D'Alessandro deve ser titular do meio-campo. Graças a ele, e tão somente por causa dele, o Inter arrancou o empate com o VEC. Cavou e cobrou o penalti que somou mais um ponto à tabela colorada. Agora, não se pode querer que o argentino entre e Giuliano saia. Ele deve ser agregado à equipe! Mas quem poderá sair? Eu dou duas opções e o torcedor escolhe. Ou sai o atacante Edu, ou deixa o time um dos três zagueiros. Meu voto é na defesa. Aliás, a meu ver, Edu também já não merece a titularidade. Mas isso são outros 500.
Enquanto um retorna à equipe, outro pede passagem, mas do lado oposto. No Grêmio, a atuação de Maylson diante do Inter-SM é de convencimento. Em uma vitória de 3 a 0, o jogador foi autor de dois gols. Poderia se argumentar que ele teve apenas sorte, porém, é nosso dever lembrar que ele vem se destacando todas as vezes que ingressa em campo. Quem não lembra do Gre-Nal de Erechim, quando o meia soltou um petardo no travessão colorado no último minuto de jogo? Por isso, ele merece a titularidade! Que se aproveite a maré de azar que vem afastando os craques por lesões, e se dê a merecida chance a Maylson. Ele tanto pode jogar como volante, como terceiro homem do meio. Aliás, é nesta vaga que eu o encaixaria. Maylson seria a surpresa vinda de trás, que hoje o Grêmio não tem em seu time titular.
Pois bem, sigamos dizendo que o Gauchão não vale nada. Pode até não dar tanta visibilidade aos clubes da capital, ou tanto dinheiro aos campeões. Porém, é indiscutível os respingos que caem dele e que afetam as percepções sobre o futuro. Ou você ainda acha que, pelo pouco que vem mostrando, o Inter tem chance de ser campeão da Libertadores? Ou ainda, com tanta irregularidade, o Grêmio poderá vencer a Copa do Brasil? O Gauchão é o termômetro da dupla Gre-Nal.
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