segunda-feira, 19 de abril de 2010

Jogando bem, que mal tem?

Foto: Emílio Pedroso (Clicesportes)

A notícia de que o zagueiro Índio, do Inter, teria dado entrada no Pronto Socorro do Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre, alvoroçou os sensacionalistas de plantão. Famoso pelos boatos de que estaria constantemente presente em festas durante a madrugada, o defensor foi alvo fácil mais uma vez. Já houve quem dissesse que os cortes no pulso do atleta foram ocasionados por uma briga em boate. Outros, mais maldosos, levantaram a hipótese de tentativa de suicídio. E, assim, a novela vai ganhando proporções imensas.

O grande porém, e que sempre defendo com unhas e dentes, é que ninguém tem nada a ver com as festas que fazem os jogadores de futebol. Se é que fazem, pois às vezes tudo não passa de fofocalhada. É preciso saber medir uma coisa: um boleiro é pago pelo seu clube para jogar. O papel está sendo cumprido dentro de campo? Bom, então nos calemos e que fique por isso mesmo. Se ele bebe ou deixa de beber, o problema é dele e da família, exclusivamente. Podemos ter um centroavante que encha a cara de conhaque na noite de sábado e a rede adversária de gols na tarde de domingo. Ninguém irá se opor. Garrincha, Adriano e Romário cansaram de nos provar que a vida particular nada tem a ver com os 90 minutos de uma partida de bolapé.

No entanto, Índio deixou de ser aquele velho guerreiro de antigamente. Talvez pela idade já avançada, ou pelas lesões mesmo, as atuações não encantam a torcida. E, quando isso ocorre, a primeira alternativa que vem à cabeça do torcedor é o álcool, seguido da "noite", mulherada e afins. Caberá ao Indião corresponder dentro das quatro linhas a partir do seu retorno e, então, calar as críticas. Só assim.

Um comentário:

Rocko disse...

Muito pertinente teu comentário. E lembre-se, um clube pode ser campeão da Libertadores com 8 empates no mata-mata. Abração meu querido, saudades sempre!