sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Como nossos antepassados


A nostalgia é um sentimento deveras dolorido, porém muito presente. Quem, em algum período da vida, não se pegou relembrando momentos passados? Nós temos isso presente. O hoje nunca é tão bom quanto o que já foi vivido, assim como dias melhores virão. Ou seja, insistimos em avaliar a atualidade como algo nem tão feliz assim.

Pois da mesma maneira, os torcedores da dupla Gre-Nal são apegados a tal sentimento. Por exemplo, basta surgir um camisa 7 veloz e driblador no Beira-Rio, para que a lembrança de Tesourinha volte na memória dos colorados antigos. Vive-sem em busca de um novo Taffarel, um novo Figueroa, um novo Falcão, um novo Fernandão. Pois este último estará de volta, inclusive, ao imaginário vermelho. Quando se enfrentarem Goiás e Internacional neste domingo, os saudosistas vão chorar de saudades do Capitão do Mundo. Pois quero chamar a atenção para um fato que talvez passe desapercebido para os torcedores colorados. Alguém lembra como Fernandão chegou ao estádio Beira-Rio? Desacreditado e desconhecido. Entrou para história do Inter logo de cara, quando marcou o "gol Mil" em grenais. Pois quero tratar de compará-lo com outra personalidade. Desembarcou em Porto Alegre, há menos de um mês, o atacante Edu. Alguém conhece o Edu? Pode se dizer que ele chega desconhecido e desacreditado, de certa forma. Pois trato de contar que em seu primeiro treino com o manto vermelho, Edu fez dois gols logo de cara. Será ele um novo Fernandão? Não sei. Nem quero afirmar isso. Só quero lembrar de uma canção de Belchior, que na voz de Elis Regina se imortalizou.

"Você pode até dizer que eu tô por fora ou então que eu tô inventando. Mas é você que ama o passado e que não vê que o novo sempre vem".

Pois da mesma forma que Edu surge com dois gols em um treinamento, o torcedor gremista deslumbra o meio-campista Renato Cajá treinar pela primeira vez com o grupo principal do Grêmio. E assim, desta forma, ele deu a vitória dos reservas sobre os titulares, por 1 a 0. Não é um fato qualquer. Lembre que nas últimas rodadas Adriano Imperador e Diego Tardelli (dois atacantes convocados para a Seleção recentemente) não balançaram as redes de Victor. Pois Renato conseguiu. Não quero dizer que ele será o novo Renato Portaluppi. Inclusive, faço um pedido. Assim como pedi aos colorados, por favor torcedor gremista, os ídolos não voltam mais. Por isso, desista de assistir ao "novo Lara", ao "novo Ronaldinho Gaúcho" ou ao"novo Jardel". Lembre que o passado é passado e o presente é o presente. Assim como treinos, às vezes, são apenas treinos.

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