Foto: Retirada de www.geraldinos.wordpress.com
Faça um exercício de memória. Tente lembrar a escalação do Grêmio campeão do Mundo em 1983. Logo em seguida, escale a equipe campeã da Libertadores da América em 1995. Bom, se você não conseguiu, não precisa se preocupar. Procure por algum quadro que tenha a foto dos campeões. Certamente você lembra de todos os atletas que compõem a imagem, mas esqueceu de listar o famoso massagista Banha.
Alvaci Silva de Almeida, ou simplesmente "Banha", mora na lembrança de todo bom gremista - ou mero fã de futebol. Basta olhar para o seu biotipo para entender o porquê do apelido. Basta vislumbrar as fotografias das grandes conquistas do Tricolor Gaúcho para que ele apareça. É daqueles que, por competência ou coincidência, sempre estiveram presentes nos momentos históricos do clube. Pode ser comparado ao presidente Fábio Koff, por que não?! Libertadores de 95 e Mundial de 83, lá estava ele.
Pois nesta quinta-feira, 17 de dezembro de 2009 (justamente a data em que o rival Inter comemora os três anos de seu Mundial Interclubes), o Grêmio se enluta pela perda de uma das figuras mais carismáticas de sua história. Banha chegou no Grêmio no dia 1º de julho de 1964, quando tinha 21 anos. Ele era responsável pelo relaxamento muscular da categoria juvenil. Depois assumiu o posto de massagista da equipe principal, acompanhando os atletas durante as décadas de 80 e 90. Por motivos de saúde, abandonou a função no final da década de 90. Mas já havia escrito seu nome no imaginário do esporte sul-riograndense.
O ex massagista estava internado desde o dia 7 de dezembro no Hospital de Clínicas, em Porto Alegre, com tosse e falta de ar. Segundo informações da família, seu estado de saúde piorou no sábado e ele foi levado para o CTI em coma induzido. Banha teve duas paradas cardíacas. Justamente o seu coração, que tanto amou o Grêmio e o fez, mesmo doente, acompanhar de perto as emoções dentro de campo, acabou o levando. Surrado de tanto sofrer com os gols na prorrogação de Renato Portaluppi, com a bomba de pé direito de Aílton e com as cabeçadas de Jardel, o coração resolveu descansar para sempre.
Há quem diga que atrás de grandes homens sempre existem grande mulheres. Porém, se tratando de futebol, atrás de grandes jogadores sempre existirão grandes massagistas, roupeiros, etc (vide a foto da conquista mundial de 1983, que ilustra esta crônica). Descanse em paz, Banha.
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