sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Mais um pra rescisão

Foto: Divulgação Ponte Preta

Chegou o lateral do Grêmio. Edílson (à esquerda na foto), trazido da Ponte Preta, que passou também pelo VEC, é o escolhido para vestir a camisa tricolor. Mas, mesmo assim, nada me convence de que Mário Fernandes não seguirá com o número 2 nas costas. Ainda no final de 2009, já iniciavam as projeções sobre uma zaga composta por Réver e Mário neste ano. O primeiro foi até embora e o garoto não consegue atuar na sua função de origem. Mas, como iniciamos dizendo, chegou um lateral ao Grêmio. Porém, isso não quer dizer que ele chegou para ser o titular.

Aliás, no atual elenco gremista, já existe um lateral. Joílson está lá. É bem verdade que ele não agradou e foi vaiado diversas vezes pela torcida. Mas é exatamente a isso que me refiro. Do que adianta trazer um lateral que não vem para tirar a improvisação de campo? Do que adianta gastar dinheiro em contratações que não serão utilizadas? Não quero dizer que Edílson não tem condições de estar entre os onze melhores, mas convenhamos, são poucos os que levam fé. Mesmo que o lateral tenha desembarcado no estádio Olímpico, tudo me leva a crer que Mário, Ferdinando e até mesmo Henrique seguirão sendo utilizados ora como alas, ora como laterais. E mesmo que me digam que Mário, por exemplo, tem condições de exercer esta função, eu lhe respondo: imagine como ele não será atuando na sua própria função! Se ele já quebra o galho como lateral, corta o zagueiro adversário e estufa as redes como um ponteiro à moda antiga, pense nas habilidades que o Grêmio perde não usando Mário como xerifão de área. E olha que a situação lá atrás segue sofrível.

Mas o Grêmio só repete os erros do seu co-irmão. Em 2008, o Inter iniciou o ano com Wellington Monteiro, um volante, na lateral-direita. Foram contratados Bustos, Ricardo Lopes e Ângelo. E o Inter seguia com uma improvisação na ala. Tudo isso porque dos três originais, quem mais agradava ainda era o volante. Depois, no final do ano, Bolívar assumiu a lateral-direita, enquanto Marcão a esquerda. Ou seja, dois zagueiros. Era melhor do que escalar os outros que tinha à disposição. Entrou 2009 ainda com Bolívar na direita. O jogador, antes apelidado de "General" quando atuava na zaga, era vaiado constantemente pelo torcedor. E o Inter tentou Danilo Silva, um outro zagueiro. Mas nunca, nunca na vida eles seriam ídolos jogando naquela posição que não era a deles. Hoje, com Nei e Bruno Silva como laterais, Bolívar e Danilo Silva jogam tranquilamente na zaga.

É isso que acontece com o Grêmio. Enquanto não contratar um jogador com condições de chegar e vestir a camisa titular, as improvisações não cessarão. Nem adianta gastar o dinheiro! Tomara que Edílson me queime a língua. Mas, sinceramente, não levo fé.

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