quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Missão comprida

Foto: Divulgação Grêmio F.B.P.A.

A vitória de ontem, sobre o Araguaia, em Rondonópolis, cumpre com a missão pré-estabelecida pelo Grêmio. A eliminação do segundo jogo, em Porto Alegre, dá ao Tricolor uma certa folga no calendário. Porém, não se pode jogar fogos de artifício ao vencer a equipe mato-grossense por 3 a 1. Há de se ter a real noção de que a missão não está cumprida, mas é comprida. E aí há muita diferença do que uma mera vogal.

Em 2000, por exemplo, neste mesmo estádio (Luthero Lopes, em Rondonópolis), o Grêmio conseguiu uma classificação de primeira. Já na partida inicial, o Tricolor de Ronaldinho venceu por 4 a 0 o União Rondonópolis - aquele mesmo time que venceu o Inter na Copa do Brasil do ano passado. Ou seja, uma das únicas vezes que o time passou pelo adversário sem necessidade do jogo de volta, não foi longe. Aliás, caiu justamente na fase seguinte, diante da Portuguesa.

Agora, se sabe, o Grêmio é uma das equipes que mais venceu este torneio (com quatro taças, ao lado do Cruzeiro). Por isso, deve se levar em consideração as outras atuações do clube. Já na primeira edição da Copa do Brasil, em 1989, o Grêmio estreou contra o Ibiraçu, do Espírito Santo.
Fora de casa, vitória magra de 1 a 0, terminando com goleada de 6 a 0 em Porto Alegre. Já em 1994, ano da segunda conquista, o adversário da estreia foi o Criciúma. Em Santa Catarina, empate em 2 a 2; enquanto no Rio Grande do Sul veio uma vitória de 2 a 1. No ano do tri, em 1997, o Grêmio venceu o Fortaleza, no estádio Castelão, no Ceará, obtendo nova vitória no estádio Olímpico (desta vez por 3 a 1). Agora em 2001, veio a maior surpresa de todas. Na estreia contra o Vila Nova, o Grêmio de Tite foi derrotado por 3 a 2, sofrendo muitas críticas na época. No jogo de volta, um chocolate de 4 a 1 e a classificação para a fase seguinte.

Isso comprova que, para ser campeão da Copa do Brasil, o time não necessariamente precisa passar pela primeira fase de cara. Aliás, os grandes times são construídos no decorrer do certame. Mas, ensinar o Grêmio a vencer este torneio é como chover no molhado. Resta saber se a atual
diretoria conhece a fórmula.

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