Nos tempos de ditadura, no auge de Chico Buarque, surgiu a música "Acorda, Amor", que entoava "chame o ladrão!" em meio à sua letra. Era uma pequena piada com os militares que invadiam a casa da personagem. E a canção lembrou-me em muito o momento atual do Grêmio - justamente pela expressão "chame o ladrão". É assim que o Tricolor vem agindo, quando bate o desespero clama pelo ladrão Maylson.
Confesso, não vi o jogo do Grêmio hoje. Fiquei sabendo da vitória de 3 a 0 sobre o Avaí ao acompanhar os melhores momentos. E um nome polui (no bom sentido) a seleção de imagens da partida: Maylson. Ele, que veio da base, alcançou a titularidade e acabou renegado ao banco de reservas, para mim, foi o destaque dos três primeiros pontos do Grêmio neste Brasileirão. Ao contrário do costumeiro, não saiu nenhum gol de seus pés. Mas bem que merecia. O meia deu o passe para o segundo tento de Jonas, criou duas chances claras de gol e deu início à jogada que culminou na bomba de Rochemback para o fundo das redes. E pensar que ele não esteve no gramado da Vila Belmiro na semana passada.
Bem, eu desconheço o porquê da escolha de Silas por Douglas, Hugo ou até mesmo Leandro entre os titulares do meio-campo tricolor. No meu entender, o terceiro homem não pode ser outro senão Maylson. Basta lembrar do melhor momento do Grêmio no Gauchão. Justamente quando as lesões acometeram o vestiário azul e o treinador se viu obrigado a utilizar o jovem meia como titular. Depois disso ele mesmo acabou se lesionando e perdeu espaço. Mas, toda vez que o Grêmio "chama o ladrão", ele dá conta do recado. Nesta quarta, só apareceu porque Douglas foi expulso no último jogo. Tomara, para felicidade do torcedor gremista, que outras lesões e expulsões aconteçam e o ladrão apareça mais vezes, roubando a cena.
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