sexta-feira, 21 de maio de 2010

O esquema tático que ganha jogo

Foto: Sergio Llamera (Vipcomm)

Apesar da raça e da briga imprimida pelo Inter até o último minuto contra o Estudiantes, a verdade é uma só: Fossati tem de rever seus conceitos. Apesar do treinador se achar um injustiçado, que vem sendo atacado constantemente pela imprensa, a prática dentro de campo vem mostrando algo aos bons observadores. A classificação do Colorado para a semifinal pode ser qualificada como providência divina, pura sorte ou semelhante. Porém, é a demonstração real de que o sistema tático adotado pode ser todos, menos um. Jamais com três zagueiros e nunca mais com apenas um atacante.

Desde que o mundo é mundo e o futebol existe, se discute qual seria o esquema vencedor. O futebol total da Laranja Mecânica? O WM? O losango no meio?! Enfim, não há teoria que vença a prática. Essa é a verdade absoluta. No entanto, sempre se deve levar em conta os jogadores que se dispõem em uma equipe. A partir das qualidades deles se monta um esquema vencedor. E o que ocorre com o Inter é justamente o contrário. Fossati empurra goela abaixo o trio defensivo. Assim iniciou a Libertadores contra o Emelec, que só foi batido após a entrada de Walter em campo e o desmanche do tal 3-5-2. O mesmo ocorreu quando, na final da Taça Fábio Koff, contra o Pelotas, os colorados eram surrados em pleno Beira-Rio. Bastou armar o 4-4-2 para que a virada aparecesse. E, mais recentemente, a derrota contra o Banfield, na Argentina, com apenas um avante.

O comandante vermelho insistiu no erro nesta quinta-feira. Voltou a testar o 3-6-1 e por pouco não se deu mal. Voltou atrás, chamou Walter do banco, armou um 4-4-2 e até mesmo um 4-3-3 para finalmente arrancar a classificação aos 43 do segundo tempo. Desta vez deu, da próxima pode ser que não. Até lá, Fossati terá uma Copa do Mundo inteira para refletir sobre o esquema tático que enfrentará o São Paulo pela Libertadores.

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