domingo, 16 de maio de 2010

O futuro sempre reserva

Foto: Valdir Friolin (Zero Hora)

Inter e Grêmio vêm poupando seus titulares no Brasileirão. Já havia sido assim na semana passada e se repetiu neste domingo. Mas quem perde mais ao utilizar os reservas? Se analisarmos friamente, apontaremos o Tricolor. A derrota dentro de casa para o Corinthians deixa a equipe de Silas beirando a zona do rebaixamento com apenas um ponto somado (do empate em 0 a 0 na estreia contra o Atlético-GO). Já o Colorado arrancou uma vitória de virada contra o Goiás, mas que escancarou as deficiências do seu plantel. Houve poder de reação, mas nem tudo são flores. Contudo, é melhor do que o resultado da estreia, quando o Cruzeiro levou a melhor em pleno Beira-Rio. Na ocasião, Fossati e a direção foram alvo de críticas por pouparem praticamente todos os titulares e entregarem três pontos aos mineiros - concorrentes diretos ao título nacional. Agora, saem ilesos pelo sucesso do planejamento. Isso porque chegam ao duelo contra o Estudiantes, pela Libertadores, com os titulares descansados e renovados por uma vitória fora de casa.

Enquanto isso, do lado azul, os murmúrios se sobressaem em meio à torcida. E, pior que perder pontos, é que o técnico Silas ganha problemas para a Copa do Brasil - a prioridade do clube. Os ombros de Mário Fernandes incomodam mais que a derrota para o Corinthians. Ele acabou sendo afastado pelo departamento médico e consequentemente não enfrentará o Santos. Na semana passada, foi a vez de Neuton (o novo titular da lateral-esquerda) sentir lesão e virar desfalque.

Acontecimentos como estes realçam o porquê das poupanças de jogadores. Quando um titularíssimo desaba no gramado em uma partida nem tão importante, explica-se o desejo de cartolas e técnicos em escalar reservas. Sendo assim, mesmo que colorados e gremistas percam a paciência com equipes mistas, a escolha é compreensível. Ou vai dizer que você, torcedor, não quer que seus melhores atletas participem das decisões?!

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