Foto: Valdir Friolin (Clicesportes)
E Jorge Fossati finalmente se foi. Há meses a demissão vinha sendo anunciada. Acabava sempre se estendendo por causa de um resultado positivo no meio da semana. Agora é oficial. E por pior que tenha sido, não foi a derrota de 3 a 2 (de virada), para o Vasco, que derrubou o treinador. Mas a sua falta de convicção, de projeto, de esquema tático. Fossati esteve cinco meses no Beira-Rio e mais esculhambou o time do que nada. Foi o seu pior inimigo. Pela entrevista concedida por Fernando Carvalho, realmente a intenção era permanecer com o mesmo comandante até o fim da Libertadores. No entanto, a perda do Gauchão, o mau rendimento contínuo e o antepenúltimo lugar no Brasileirão pesaram na balança - por mais que se leve em consideração o fato do clube estar entre os quatro melhores da América, o Inter ainda não tem uma equipe titular.
A discussão que se faz a partir de agora é se a demissão pode ou não afetar as pretensões de título sul-americano. Se avaliarmos o lado do Flamengo, por exemplo (que afastou Andrade do comando e chamou o desconhecido Rogério Lourenço), os colorados terão com o que se preocupar. Basta lembrar que o Fla caiu diante do Universidad do Chile. Porém, este mesmo Rubro-Negro venceu o Campeonato Nacional no ano passado trocando de técnico em meio à competição. Foi com o velho Andrade que os cariocas alcançaram o pódio.
Por essas e outras, ao cogitar sobre o novo treinador colorado, deve-se pensar em alguém que chegue e bote ordem na casa. Cuca e Abel Braga não seriam os mais indicados. Enquanto o primeiro não conhece os jogadores do elenco, o segundo já está defasado com relação ao atual grupo. Apostaria em alguém que saiba das capacidades dos atletas, alguém que tenha passado pelo vestiário recentemente. Sendo assim, Tite e Mário Sérgio são os principais alvos. Tudo para não deixar o Inter na fossa em que se encontra.
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