sexta-feira, 16 de julho de 2010

A bola pune

Humberto podia jogar, Sóbis, Renan e Tinga não podemFoto: Arquivo

Muricy Ramalho foi o autor da frase: "a bola pune!". Ela era utilizada quando o time não aproveitava as chances de conclusão e, na sequênica, sofria um gol. Ou seja, uma adaptação do "quem não faz, leva". Pois este provérbio pode ser encaixado na situação atual do Inter. O clube que adentrou 2010 sonhando com o bi da América, tropeçou nas próprias pernas. E mesmo que esteja na semifinal da Libertadores, mostra cada vez mais que vem pecando em certos aspectos.

O maior exemplo de todos diz respeito às inscrições de Sóbis, Tinga e Renan na competição sul-americana. Segundo a Conmebol, a última chance dos clubes inscreverem atletas vai até 26 de agosto. No entanto, o trio foi trazido do Exterior e, por isso, serão liberados pela CBF somente a partir de agosto. Isso já demonstra a falha da direção colorada. Mas basta analisar o fato de que o Inter ainda busca reforçar e aprimorar o seu elenco para assinar o atestado de incoerência no planejamento deste ano. Ou você se recorda de algum jogador contratado em meio à campanha vitoriosa de 2006? Claro que não! Naquela oportunidade, o clube se preparou melhor para conquistar o continente. A demissão do treinador Jorge Fossati e de sua comissão técnica entra nesta conta também.

Agora, a mais nova demonstração de erro no planejamento anual está vinculada ao meia Thiago Humberto (foto). Contratado junto ao Barueri no ano passado, o meia foi inserido na lista dos 25 atletas que representariam o Inter rumo ao bicampeonato sul-americano. Contudo, o atleta foi emprestado ao Vitória. Está fora dos planos para o restante do ano! Assim como Kléber Pereira, Walter e alguns outros exemplos. Ao mesmo tempo, desembarcam no Beira-Rio jovens revelações do centro do país: o meia Oscar, ex-São Paulo, e o zagueiro Dalton, ex-Fluminense.

Sinceramente, torcedor, deixe o coração de lado e pense bem: o Inter está sendo coerente para alcançar o seu objetivo? Na minha opinião, não. Pode chegar lá (e torço para que isso aconteça), mas os erros foram tantos que pode ser tarde demais. Por isso, se acreditar em força divina, reze. Se for supersticioso, acredite nas coincidências apresentadas pelo vice Fernando Carvalho. Confie mais do que nunca no trabalho do técnico Celso Roth. Do contrário, os erros de planejamento não me permitem crer tanto assim. A não ser que os outros clubes estejam errando mais.

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