quinta-feira, 29 de julho de 2010

Iluminando o caminho



Mais uma vez Giuliano foi o salvador da pátria colorada. Apesar da pouca idade, 20 anos, o meia foi decisivo mais uma vez, como já havia feito contra Deportivo Quito e Estudiantes. Aliás, o gol chegou em um momento drástico da partida, onde a ansiedade já começava a se materializar nas arquibancadas do Beira-Rio. O Inter simplesmente foi esmagadoramente melhor. Empurrou o São Paulo para a defesa, sufocou o arqueiro Rogério Ceni do início ao fim e superou-o com um retoque de coincidência para o torcedor gaúcho.

Quando Giuliano recebeu o toque de D'Alessandro, girou sobre o marcador e chutou para o fundo das redes são-paulinas, logo me veio em mente aquele 9 de agosto de 2006. Não é demagogia! Faça o mesmo exercício que eu fiz. Naquela oprtunidade, Inter e São Paulo duelavam pelo primeiro jogo da final da Libertadores. O palco era o estádio Morumbi. Sóbis se livrou da marcação, avistou Rogério Ceni e chutou no canto direito do goleiro. A bola triscou a trave e escorreu por suas costas. Exatamente como fez Giuliano nesta noite de quarta-feira! E para meu espanto, na parte de trás de ambas as camisas, o número 11 estava estampado.

No entanto, um detalhe diferencia os dois lances (além do placar). Quando Rafael Sóbis venceu Ceni, levantou um dedo para o alto - como fazia Ronaldo Fenômeno. Já no gol de 2010, o autor estendeu os dois braços para o alto e levantou um dedo de cada mão aos céus - como fazia Kaká. Para os desavisados, é sinal de que Giuliano é crente em Deus. E na verdade até é. Porém, os mais atentos dizem que ao esticar dois dedos, ao invés de um, Giuliano anuncia que o bi da América está perto.

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