Foto: Ricardo Duarte (ZH Esportes)
Há quem diga que o 0 a 0 não foi um mau negócio para o Internacional. Eu prefiro ficar no grupo dos que lamentam um empate em casa. Acho sempre que, apesar de sofrer um gol em casa, é necessário vencer. Ainda mais tendo em vista que o time gaúcho teve a chance de vencer o Fluminense nesta quarta-feira no Beira-Rio. Bastava Dátolo ter convertido a penalidade que teve a seu favor, mas não soube fazê-lo.
Há quem diga também que pênalti é loteria. Mais uma vez, discordo. Quando a bola está na marca da cal, os competentes brilham. Não se pode, por exemplo, crucificar o argentino por ter desperdiçado uma grande chance, mas sim exaltar o goleiro dos cariocas, Diego Cavalieri. Não viu o que aconteceu na semifinal da Liga dos Campeões, entre Real Madrid e Bayern de Munique? Cristiano Ronaldo e Kaká fizeram cobranças muito parecidas com a de Dátolo, mas brilhou a estrela de Neuer. Méritos totais dos alemães.
Agora, o erro de Dátolo estava desenhado. Fui só eu quem viu o meia se benzendo antes de partir para a cobrança? Ele estava aterrorizado! Talvez tenha vindo em sua memória a lembrança daquela cobrança contra o São Luiz, pelo Gauchão, onde atirou a redonda na placa de publicidade. Foi uma triste coincidência Edinho ter derrubado Leandro Damião justamente no momento em que D’Alessandro e Kleber (cobradores oficiais) não estavam em campo. Enfim, volto a dizer: pênalti não é loteria. A perda estava desenhada na cara de Dátolo. Mas o 0 a 0 não é o fim do mundo, dá para dizer que, dos males, é o menor.
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