Nesta quinta-feira, o programa GANHANDO O JOGO da Rádio GUAÍBA abriu com uma entrevista com Newton Drummond (Chumbinho). Praticamente 24 horas antes, o diretor-executivo era demitido do Internacional. Revelou não entendeu o porquê do ato ter acontecido somente agora - e não em dezembro -, não vê relação no período de férias que tirou em Punta del Este-URU e admitiu que esperava a demissão e a escolha por Jorge Macedo para seu lugar. Quando questionado por Luiz Carlos Reche se 'Deus' (apelido que Fernando Carvalho recebeu dentro do clube) sabia de sua demissão, Chumbinho respondeu em tom de brincadeira: "Pergunta no Posto Ipiranga".
A ironia, inspirada na propaganda da rede de postos de gasolina, leva em consideração o fato de que toda decisão tomada no Beira-Rio antes passa por uma consulta pelo presidente campeão do mundo Fernando Carvalho. Ou pelo menos tudo passava. Em meio aos dirigentes que já deixaram o clube e conselheiros de oposição havia o consenso de que a própria 'recontratação' de Chumbinho (saiu do Inter em 2011 para voltar em 2013) teve praticamente a ordem de 'Deus'. Pois, se Chumbinho foi demitido, pode se dizer que o 'Posto Ipiranga' não está mais sendo acionado. "Tem negociações que os dirigentes tomam para eles. Por exemplo, Alex e Scocco, fiquei sabendo dos detalhes depois que eles estavam contratados", admitiu Drummond à Guaíba.
Os últimos dois vice-presidentes que romperam relações com Fernando Carvalho, acabaram sucumbindo e sendo afastados dos cargos: Roberto Siegmman e Luciano Davi. Será que chegou a vez de Marcelo Medeiros fazer o mesmo? Ou a demissão de Chumbinho veio de uma ordem superior? Agora tudo é especulação e pouca informação. A versão oficial do clube e de Medeiros é que a intenção é remodelar o departamento de futebol colorado. Ou seja, ao 'gerente de futebol' Jorge Macedo não caberão atributos iguais aos que Newton Drummond exercia. Contratações e dispensas agora passam exclusivamente por Marcelo Medeiros. É mais ou menos o que argumentava Luis César Souto de Moura antes de pedir a exoneração do cargo: autonomia para planejar o futebol do Inter, a 'chave do vestiário'.
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