terça-feira, 24 de novembro de 2009

De volta para a casa


Muito se falou na vinda de Adílson Batista para o Grêmio em 2010. Na verdade, a diretoria gremista apostava mesmo em Paulo Autuori, mas ele não quis ficar, então partiu-se para outros lados. Ainda ontem veio a notícia sobre a negativa de Adílson, que preferiu continuar seu trabalho no Cruzeiro. Agora aparecem os planos B, C e D. Imagine a situação: Dorival Júnior acompanhar o notíciario e perceber que é a segunda opção no estádio Olímpico. Será que ele vai abandonar todo o prestígio conquistado no Vasco? Ainda aparecem os nomes de Silas, do Avaí (disputado por diversos clubes brasileiros) e até mesmo a efetivação de Marcelo Rospide pode surgir como alternativa. Mas basta pensar um pouquinho mais para perceber que o interino não tem a mínima chance de assumir.

Você certamente já participou de uma entrevista de emprego. Existem perguntas que se faz a todo candidato à vaga. Como: "Você fuma?", "É casado?", "Tem carteira de motorista?". Pois no Grêmio, quando um treinador senta na mesa do presidente tem de responder a uma pergunta universal: "Você já jogou no Grêmio?". Adílson não precisou nem responder. Duda Kroeff olhou para um dos pôsteres do bicampeonato sul-americano, conquistado em 1995, e avistou a presença do "Capitão América" com a taça da Libertadores sobre a cabeça. Até por isso era o plano A. Porém, a proposta salarial acabou não agradando ao comandante. Até que desembarcou no imaginário da direção um tal de Dorival. Já em fim de carreira, atuou com a camisa do Tricolor em 1993, época de vacas magras. Mesmo assim, já responde ao pré-requisito.

No caso de Silas, a contratação é um pouco mais complicada. Durante sua carreira bem sucedida como boleiro, Silas defendeu o vermelho do arquirrival. Inclusive, foi campeão da Copa do Brasil com o escudo do Inter sob o peito. Tal imposição já serve para que a direção gremista olhe o treinador com maus olhos, mas não é descartado por completo. Agora, Rospide, pobrezinho, não foi jogador de futebol. Também por isso sequer vestiu o manto Imortal. Portanto, acabou sendo jogado fora na primeira avaliação.

Tais argumentos poderiam cair por terra se levássemos em consideração a contratação de Paulo Autuori nos últimos meses. Acontece que através dele o Grêmio aprendeu que precisa de alguém com a sua própria cara embaixo da casamata. Sendo assim, com a negativa de Adílson, um possível não acerto com Dorival e os descartes de Silas e Rospide, tudo leva a crer que o técnico gremista em 2010 será ele: Renato Portaluppi. Quer outro jogador mais identificado com a história gremista? Com certeza a torcida não se faria contra, resta saber se a diretoria quer.

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