Foto: Alexandre Guzanshe (Gazeta Press)
Escravo de ninguém - A Lupa no Gramado
O vice-campeonato de 2008 ainda deveria estar entalado na garganta do gremista. O Brasileirão do ano passado deveria ser do Tricolor, mas não foi. Quis o destino que o caneco terminasse nas mãos, mais uma vez, do São Paulo. Pois hoje, nesta quarta-feira, o Grêmio tem a chance de vingar o dolorido segundo lugar. Uma vitória do time gaúcho deixa a brecha necessária para Palmeiras e Atlético-MG sonharem com a liderança isolada, sem a sombra do multicampeão do Morumbi. No entanto, quem pode passar por esta porta é justamente o arquirrival da massa azul: o Internacional. Embora não ajude a si mesmo, o Colorado ainda possui chances matemáticas de título. E, enquanto houver fumaça, o torcedor vermelho quer acreditar no fogo.
Por isso, existem aqueles que, apesar de gremistas de convicção, não torcem tanto por uma vitória diante do São Paulo. Pisam no próprio orgulho e deixam os pôsteres de lado. Tudo para dar uma empurradinha no rival, que já rola ladeira abaixo faz um tempo. O que não faz a rivalidade Gre-Nal? Inclusive o próprio Inter se utilizou deste artifício no ano passado, quando escalou reservas em pleno Morumbi. Não deu outra! O São Paulo venceu os colorados e tomou a liderança do Grêmio.
Acontece que no estádio Olímpico existe um homem que não está nem aí para o tiroteio: Paulo Autuori. O treinador, que chegou a declarar que não gostava do estilo de jogo aguerrido do Rio Grande do Sul, desconhece por completo o que é um clássico Gre-Nal. Aquele que vai muito além de um jogo de futebol, que impõe a filhos e netos manter o mesmo brasão no peito. Cultura proveniente ainda dos tempos de chimangos e maragatos - ou seja, muito antes do desembarque de qualquer Autuori em Porto Alegre. Mas o comandante segue imóvel, nada afeta o seu ego e seus próprios valores.
E mesmo que sejam escalados os melhores jogadores nesta noite, o torcedor gremista vive o dilema. Não sabe se acredita no Imortal, que possa ressurgir das cinzas rumo à Libertadores do ano que vem, ou se joga a toalha longe e comemora cada gol do São Paulo como se fosse um gol contra da zaga colorada. São as histórias da Terra de São Pedro, que não se repetem em nenhum lugar do Brasil e em poucos lugares do mundo.
Escravo de ninguém - A Lupa no Gramado
O vice-campeonato de 2008 ainda deveria estar entalado na garganta do gremista. O Brasileirão do ano passado deveria ser do Tricolor, mas não foi. Quis o destino que o caneco terminasse nas mãos, mais uma vez, do São Paulo. Pois hoje, nesta quarta-feira, o Grêmio tem a chance de vingar o dolorido segundo lugar. Uma vitória do time gaúcho deixa a brecha necessária para Palmeiras e Atlético-MG sonharem com a liderança isolada, sem a sombra do multicampeão do Morumbi. No entanto, quem pode passar por esta porta é justamente o arquirrival da massa azul: o Internacional. Embora não ajude a si mesmo, o Colorado ainda possui chances matemáticas de título. E, enquanto houver fumaça, o torcedor vermelho quer acreditar no fogo.
Por isso, existem aqueles que, apesar de gremistas de convicção, não torcem tanto por uma vitória diante do São Paulo. Pisam no próprio orgulho e deixam os pôsteres de lado. Tudo para dar uma empurradinha no rival, que já rola ladeira abaixo faz um tempo. O que não faz a rivalidade Gre-Nal? Inclusive o próprio Inter se utilizou deste artifício no ano passado, quando escalou reservas em pleno Morumbi. Não deu outra! O São Paulo venceu os colorados e tomou a liderança do Grêmio.
Acontece que no estádio Olímpico existe um homem que não está nem aí para o tiroteio: Paulo Autuori. O treinador, que chegou a declarar que não gostava do estilo de jogo aguerrido do Rio Grande do Sul, desconhece por completo o que é um clássico Gre-Nal. Aquele que vai muito além de um jogo de futebol, que impõe a filhos e netos manter o mesmo brasão no peito. Cultura proveniente ainda dos tempos de chimangos e maragatos - ou seja, muito antes do desembarque de qualquer Autuori em Porto Alegre. Mas o comandante segue imóvel, nada afeta o seu ego e seus próprios valores.
E mesmo que sejam escalados os melhores jogadores nesta noite, o torcedor gremista vive o dilema. Não sabe se acredita no Imortal, que possa ressurgir das cinzas rumo à Libertadores do ano que vem, ou se joga a toalha longe e comemora cada gol do São Paulo como se fosse um gol contra da zaga colorada. São as histórias da Terra de São Pedro, que não se repetem em nenhum lugar do Brasil e em poucos lugares do mundo.
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