quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Só não vê quem não quer


Afinal de contas o que é o futebol? O que constrói a imagem de um bom treinador? Terno e gravata? Títulos? Bonézinho e prancheta? Bom, vamos por partes. Aonde o Grêmio quer chegar? Paulo Autuori foi trazido a peso de ouro dos Emirados Árabes. Não deu resultado algum e foi mandado de volta. Agora, o presidente gremsita, Duda Kroeff, aparece aos microfones para falar que mesmo que não tivesse ido embora, o comandante não teria seu contrato renovado. Acontece que Autuori veio para proporcionar ao Grêmio tudo aquilo que Celso Roth não havia conseguido. A missão falhou e o Grêmio retorna ao que fazendo antes. Adílson Batista e Dorival Júnior, pelo que parecem, se assemelham muito mais ao estilo Roth do que ao estilo Autuori. Afinal de contas o que o Grêmio quer?


É difícil responder. Agora, se a pergunta fosse o que o Grêmio não quer, eu responderia facilmente. A direção do Tricolor não quer Marcelo Rospide. Segundo o vice de futebol Luiz Onofre Meira, o técnico interino não tem as mínimas possibilidades de ser efetivado. Agora, eu retorno a pergunta que abriu este comentário: "o que constrói a imagem de um bom treinador?". A meu ver, um bom treinador, primeiramente, tem de ter currículo. E, convenhamos, que currículo apresentam Adílson e Dorival? Vice da Libertadores, Série B e títulos estaduais. Sendo
assim, por tempo de trabalho, Rospide largaria até em vantagem. Nada por nada, pelo menos o interino é uma incógnita. Mas quero me ater no que o próprio Rospide chama a atenção: os números. Marcelo Rospide dirigiu o Grêmio em nove partidas (são seis vitórias, dois empates e uma derrota). Um aproveitamento de 74%. Que outro treinador do Brasil tem aproveitamento igual? O próprio Dorival Júnior, dirigindo o Vasco da Gama na Série B, tem 68%. O líder São Paulo, de Ricardo Gomes, ostenta 57%. Portanto, o que se espera de um treinador, que são números e resultados, Rospide tem de sobra.


Se o problema for experiência em competições importantes, o próprio histórico gremista serve de exemplo. Felipão, Mano Menezes e Valdir Espinoza jamais haviam estado em uma Libertadores da América antes de passar pelo clube porto-alegrense e, nem por isso, decepcionaram o seu torcedor. Enfim, poderíamos permanecer mais uma dúzia de horas apresentado fatores que não impedem a efetivação de Marcelo Rospide no comando gremista. Até mesmo Dunga, o técnico da Seleção Brasileira, serviria de exemplo. Mas já percebemos que a diretoria gremista prefere investir um caminhão de dinheiro em mais um "enganador". Sendo assim, repasso minha dica para o Esporte Clube Juventude. Independente de permanecer ou não na Série B do Brasileirão, o clube caxiense já tem um nome para comandar a equipe em 2010. Só não vê quem não quer!

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