Foto: Wesley Santos (Pressdigital)
Fazer um gol logo em seu Gre-Nal de estreia é uma benção para poucos jogadores - ainda mais quando a equipe vence graças a ele. Pois é disso que pode se gabar o atacante Lins. Primeiro contratado da gestão Odone, o jogador trazido do Criciúma foi responsável pelo segundo gol (o da virada sobre o Inter) na vitória de 2 a 1 deste domingo. No entanto, mais do que Lins, um outro estreante merece destaque: o técnico interino Roger Machado (foto).
O ex-lateral, multicampeão com a camisa tricolor na década de 90, foi atirado na fogueira e se saiu muito bem. Para quem não sabe, ele é auxiliar técnico de Renato Portaluppi e, no momento em que o "titular" não quis dirigir o time em Rivera, sobrou para o "reserva". Poderia ser a estreia e já o fim de uma carreira como treinador, caso tivesse muitos insucessos. Mas Roger se preparou para esta situação - com um curso de treinadores organizado pelo próprio Inter, aliás. O Grêmio esteve melhor em campo durante boa parte do jogo, transformando o goleiro colorado Muriel em um quase herói. Entretanto, foram as substituições que mais chamaram a atenção. No intervalo, sacou o zagueiro Vilson para colocar o volante William Magrão. E, depois disso, escolheu o atacante Lins (autor do gol) para ocupar a vaga do meia Mithyuê. Parece pouco, mas a partir daí os gremistas cresceram e venceram a partida. E até mesmo na hora de assumir suas qualidades, Roger preferiu colocar na conta do mestre Renato.
E se os méritos da vitória recaem sobre Portaluppi, as da derrota bem que poderiam chover sobre Celso Roth. Não, ele não teve culpa - pelo menos não diretamente. Acontece que Enderson Moreira, treinador do Inter B, desmanchou o esquema tático que vinha vencendo e até goleou o Inter de Santa Maria na semana passada. Escolheu repetir a fórmula do insucesso no Mundial, com três volantes no meio e apenas um atacante. Foi o início da derrocada. Pior para o Colorado que quis inverter a tendência do final de semana. Não era hora de imitar velhos costumes, o dia era dos estreantes. Nada mau para o primeiro Gre-Nal disputado fora do país na história dos clássicos.
segunda-feira, 31 de janeiro de 2011
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
E se a dupla Gre-Nal falasse espanhol?
Grêmio estreando na Libertadores da América em Montevidéu, Inter na iminência de apresentar o argentino Cavenaghi, Gauchão se preparando para vislumbrar o maior clássico do Estado sendo disputado em Rivera... Inspirado por este clima portenho que tomou conta do futebol gaúcho, uma pergunta me chegou à cabeça: e se a dupla falasse espanhol? Então, tive a ideia de elaborar uma Seleção de jogadores estrangeiros que vestiram as camisas de Grêmio e Inter. Infelizmente, não havia lugar para todos os castelhanos que passaram por Porto Alegre, e alguns nomes de destaque acabaram ficando de fora do escrete. Mesmo assim, pode se formar uma grande equipe com os 11 melhores de cada posição.
Goleiro - Dois paraguaios brigavam pela vaga embaixo das traves: "Gato" Fernandez, campeão da Copa do Brasil com o Inter em 1992 e Benítez, campeão brasileiro invicto com o Internacional em 1979. Melhor para o segundo pelo grau de importância do título.
Zagueiros - Nesta área do campo, a dupla já pode contar com verdadeiros ícones do futebol sul-americano. Até mesmo por isso, pode se cometer o sacrilégio de deixar o paraguaio Gamarra e o uruguaio Ancheta no banco de reservas. A dupla de zaga teria Don Elías Figueroa (bicampeão brasileiro pelo Inter em 1975 e 1976) e Hugo de León (capitão gremista na conquista da América e do Mundo em 1983).
Lateral-esquerdo - Esta foi a posição mais difícil de se achar alguém. Pensei até mesmo em improvisar um meia nesta área do campo. Mas a proposta é apresentar cada jogador para a sua própria função. Portanto, não seria injustiça colocar o peruano Hidalgo, campeão do Mundo com o Internacional em 2006, entre os melhores.
Volantes - À frente da área um atleta desconhecido para os torcedores mais jovens: Chamaco Rodríguez. Argentino trazido do River Plate, estreou com a camisa do Grêmio em um clássico Gre-Nal estufando as redes adversárias com um gol de calcanhar. Para acompanhá-lo, um conterrâneo. O incansável Cholo Guiñazu, dono da camisa 5 colorada.
Meio-campistas - De maestros a equipe não poderia se queixar. Além do argentino D'Alessandro, escolhido o melhor da América em 2010, outro colorado seria responsável por distribuir o jogo. O uruguaio Rúben Paz, que contribuiu para o título da Taça Joan Gamper de 1982, dobrando o Barcelona de Maradona em pleno Camp Nou na semifinal.
Atacantes - Na frente, uma dupla formada por um jogador de cada clube, ambos argentinos. Ortiz, que jogou apenas o ano de 1976 no Olímpico, mas foi capaz de deixar a torcida apaixonada pelo estilo driblador (dois anos depois ainda seria campeão do Mundo com a Seleção Argentina). E, com a camisa 9 nas costas, Villalba, centroavante do famoso Rolo Compressor. No Gre-Nal de 1948, pelo Campeonato Citadino, foi autor de quatro gols na vitória vermelha de 7 a 0 sobre o arquirrival.
Goleiro - Dois paraguaios brigavam pela vaga embaixo das traves: "Gato" Fernandez, campeão da Copa do Brasil com o Inter em 1992 e Benítez, campeão brasileiro invicto com o Internacional em 1979. Melhor para o segundo pelo grau de importância do título.
Lateral-direito - Nenhum camisa 2 estrangeiro foi tão bem sucedido como o paraguaio Arce, multicampeão pelo Grêmio na década de 90. Até porque, as últimas referências não chegam nem aos pés dele (Bustos, Bruno Silva, Gavilán...).
Zagueiros - Nesta área do campo, a dupla já pode contar com verdadeiros ícones do futebol sul-americano. Até mesmo por isso, pode se cometer o sacrilégio de deixar o paraguaio Gamarra e o uruguaio Ancheta no banco de reservas. A dupla de zaga teria Don Elías Figueroa (bicampeão brasileiro pelo Inter em 1975 e 1976) e Hugo de León (capitão gremista na conquista da América e do Mundo em 1983).
Lateral-esquerdo - Esta foi a posição mais difícil de se achar alguém. Pensei até mesmo em improvisar um meia nesta área do campo. Mas a proposta é apresentar cada jogador para a sua própria função. Portanto, não seria injustiça colocar o peruano Hidalgo, campeão do Mundo com o Internacional em 2006, entre os melhores.
Volantes - À frente da área um atleta desconhecido para os torcedores mais jovens: Chamaco Rodríguez. Argentino trazido do River Plate, estreou com a camisa do Grêmio em um clássico Gre-Nal estufando as redes adversárias com um gol de calcanhar. Para acompanhá-lo, um conterrâneo. O incansável Cholo Guiñazu, dono da camisa 5 colorada.
Meio-campistas - De maestros a equipe não poderia se queixar. Além do argentino D'Alessandro, escolhido o melhor da América em 2010, outro colorado seria responsável por distribuir o jogo. O uruguaio Rúben Paz, que contribuiu para o título da Taça Joan Gamper de 1982, dobrando o Barcelona de Maradona em pleno Camp Nou na semifinal.
Atacantes - Na frente, uma dupla formada por um jogador de cada clube, ambos argentinos. Ortiz, que jogou apenas o ano de 1976 no Olímpico, mas foi capaz de deixar a torcida apaixonada pelo estilo driblador (dois anos depois ainda seria campeão do Mundo com a Seleção Argentina). E, com a camisa 9 nas costas, Villalba, centroavante do famoso Rolo Compressor. No Gre-Nal de 1948, pelo Campeonato Citadino, foi autor de quatro gols na vitória vermelha de 7 a 0 sobre o arquirrival.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Os quatro rapazes e o Liverpool
Fotos: Diego Vara e Alexandre Lops
Quando surgiram para o mundo da música, em meados dos anos 60, os Beatles eram conhecidos como "os quatro rapazes de Liverpool". Pois nesta quarta-feira, a dupla Gre-Nal tratou de fazer referência, cada um à sua maneira. O Grêmio, naturalmente, entrou em campo diante do clube uruguaio com o mesmo nome da cidade inglesa - e não saiu de um empate por 2 a 2 pelo jogo de ida da Pré-Libertadores. O Inter, com seus garotos do time B, fez quatro gols no Coloradinho de Santa Maria e assumiu a liderança do Gauchão. E tudo isso para se encontrarem no próximo final de semana, em Rivera, pelo primeiro clássico de 2011.
Mas o Gre-Nal pouco importará. Desde o início se sabe que, tanto vermelhos como azuis, valorizam muito mais a Libertadores da América do que o Campeonato Estadual. Por isso, uma caravana tricolor invadiu Montevidéu. No entanto, o resultado não foi o esperado (também não é de se jogar fora). A vantagem para o jogo de volta, no estádio Olímpico, é toda do clube brasileiro - basta um simples empate em 0 a o para que o Grêmio entre na fase quente da competição. Mesmo assim, a apresentação do clube não foi das melhores, e isso preocupa. Jonas foi lembrado a todo momento, já que Júnior Viçosa não conseguiu suprir a ausência do artilheiro. E se na frente a equipe deixou a desejar, atrás foi pior ainda. Os gols sofridos foram ambos resultantes de falhas da defesa (foto acima). Mas enfim, a tarefa não será impossível de ser cumprida. Ultrapassando o Liverpool, o Imortal poderá incluir em sua lista alguns reforços, como o zagueiro Rodolfo e algum substituto para Jonas. A partir daí poderá a sonhar com um caminho mais longo rumo ao tri da América.
E para a partida de volta contra os uruguaios, Renato Portaluppi poderá alcançar o nirvana de tanta concentração. O comandante não estará em campo no final de semana, diante do rival Internacional. A direção gremista sentiu-se na condição de escalar reservas, pois os inimigos manterão os jovens do time B que já vêm atuando desde o início do certame. Enquanto isso, Enderson Moreira, treinador colorado, enviará o que tem de melhor - até porque chegou a poupar alguns atletas na goleada de 4 a 1 realizada em Santa Maria (foto à direita). Não será o clássico imaginado pelos torcedores mais fervorosos, mas servirá para deixar o derby parelho como sempre.
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
Colônia hermana no Beira-Rio
Foto: Fifa.com
Reconhecidamente, o Grêmio é o clube menos brasileiro do país - ou que menos se assemelha ao estilo do futebol e das torcidas encontradas no Brasil. Alguns dizem que é a influência dos vizinhos Argentina e Uruguai que acabaram modificando a tradição do Tricolor. E os próprios gremistas enxergam estas diferenças com muito orgulho. Porém, de uns anos pra cá, quem pode se intitular como "o mais castelhano do Brasil" é justamente o rival Internacional. E o discurso ganha maior força ainda quando o Colorado exalta que está prestes a contratar mais um argentino para o plantel.
Se confirmado, o atacante Fernando Cavenaghi (à direita, na foto) engrossará a colônia hermana no Beira-Rio. Encontrará no vestiário vermelho um antigo companheiro de River Plate, com quem dividiu até mesmo a camisa da Seleção Nacional: D'Alessandro (à esquerda, na foto). Além deles, claro, ainda existe o incansável Guiñazu. E ainda nem citamos os uruguaios Sorondo e Bruno Silva, que talvez sequer sejam aproveitados pelo técnico Celso Roth. Aliás, na Libertadores da América não haverá problema algum em escalar toda esta legião de estrangeiros, já que não existe limite para isso na Conmebol. No entanto, pelo Campeonato Brasileiro, alguém sobrará da panela, pois a CBF permite apenas três atletas de fora do país.
Mas o Colorado pouco liga para esta situação. Corre atrás de mais um hermano: o volante Bolatti. Pode ser que ele venha para preencher a vaga do Cholo, assediado pelo mercado exterior. Ou, mesmo que fiquem todos os correntinos, o pensamento do Inter é justamente importar a raça e a qualidade argentina para a disputa continental - fato que já contribuiu em muito na conquista do ano passado. E se, enfim, Bolatti não acertar com a diretoria vermelha, o uruguaio Facundo Píriz, do Nacional de Montevidéu, pode ser a alternativa. E, a esta altura, nenhum colorado irá se opor. Torcer por uruguaios é o que eles mais querem - principalmente nesta quarta-feira, quando o arquiinimigo Grêmio enfrenta o Liverpool uruguaio pela Pré-Libertadores. Começou a guerra da Cisplatina!
Reconhecidamente, o Grêmio é o clube menos brasileiro do país - ou que menos se assemelha ao estilo do futebol e das torcidas encontradas no Brasil. Alguns dizem que é a influência dos vizinhos Argentina e Uruguai que acabaram modificando a tradição do Tricolor. E os próprios gremistas enxergam estas diferenças com muito orgulho. Porém, de uns anos pra cá, quem pode se intitular como "o mais castelhano do Brasil" é justamente o rival Internacional. E o discurso ganha maior força ainda quando o Colorado exalta que está prestes a contratar mais um argentino para o plantel.
Se confirmado, o atacante Fernando Cavenaghi (à direita, na foto) engrossará a colônia hermana no Beira-Rio. Encontrará no vestiário vermelho um antigo companheiro de River Plate, com quem dividiu até mesmo a camisa da Seleção Nacional: D'Alessandro (à esquerda, na foto). Além deles, claro, ainda existe o incansável Guiñazu. E ainda nem citamos os uruguaios Sorondo e Bruno Silva, que talvez sequer sejam aproveitados pelo técnico Celso Roth. Aliás, na Libertadores da América não haverá problema algum em escalar toda esta legião de estrangeiros, já que não existe limite para isso na Conmebol. No entanto, pelo Campeonato Brasileiro, alguém sobrará da panela, pois a CBF permite apenas três atletas de fora do país.
Mas o Colorado pouco liga para esta situação. Corre atrás de mais um hermano: o volante Bolatti. Pode ser que ele venha para preencher a vaga do Cholo, assediado pelo mercado exterior. Ou, mesmo que fiquem todos os correntinos, o pensamento do Inter é justamente importar a raça e a qualidade argentina para a disputa continental - fato que já contribuiu em muito na conquista do ano passado. E se, enfim, Bolatti não acertar com a diretoria vermelha, o uruguaio Facundo Píriz, do Nacional de Montevidéu, pode ser a alternativa. E, a esta altura, nenhum colorado irá se opor. Torcer por uruguaios é o que eles mais querem - principalmente nesta quarta-feira, quando o arquiinimigo Grêmio enfrenta o Liverpool uruguaio pela Pré-Libertadores. Começou a guerra da Cisplatina!
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
O atacante mais vingativo do mundo
Foto: Neco Varella
Na última sexta-feira, Jonas se enfureceu com a torcida do Grêmio. O time perdia para o São José dentro de casa por 1 a 0. O artilheiro empatou o marcador e saiu correndo para encontro dos torcedores, como de costume. Porém, ao contrário das inúmeras declarações de amor (foto) que prestou ao longo de sua estadia no Olímpico, desta vez Jonas preferiu vociferar. E quando o próprio camisa 7, através de cobrança de falta, virou o placar para o Tricolor, e manteve-se em silêncio, declarou não estar disposto a comemorar com os gremistas. Ninguém entendeu nada na hora, mas agora as peças se encaixam. Jonas, simplesmente, sabia que estava deixando o clube porto-alegrense. Agiu como uma mulher traída e vingativa.
Quando chegou ao Grêmio, em meados de 2007, o atacante vindo do Santos, pouco foi aproveitado pelo então treinador Mano Menezes. Acabou, no ano seguinte, sendo emprestado à Portuguesa. Destacou-se e retornou ao Imortal. Mas nem por isso caiu nas graças da torcida ou do treinador. Celso Roth, que comandava a equipe em 2009, iniciou o ano priorizando Alex Mineiro, Herrera e Máxi López. Foi abaixo de muita pancada que Jonas conseguiu provar o seu valor, alcançando, inclusive, a artilharia do Brasileirão. A partir de então, ganhou até mesmo bandeira com seu rosto estampado em meio as arquibancadas e espaço entre os maiores goleadores da história do clube. E foi exatamente contra estes admiradores que ele protestou na semana passada. Quando conquistou o amor de quem sempre lhe destratou, decidiu ir embora, como se dissesse: "Agora quem não quer sou eu". Poucos entenderam.
A prova da sede de vingança que Jonas sente se explica no destino do atleta. No ano passado, choveram propostas da Rússia, Grécia e outros países. Entretanto, ele aguardava apenas uma: a Espanha. Quando o Valência manifestou interesse em contratá-lo, aceitou sem pestanejar. Isso porque foi da Espanha que partiu, em 2009, o título de um jornal que o apontava como "o pior atacante do mundo". Jonas causará aos espanhóis o mesmo sofrimento que causou aos gremistas. Fará com que os torcedores de toda a Valência o amem, para enfim deixá-los chorando solitários. Para os gremistas, que ficaram abandonados aqui no Rio Grande do Sul, não havia pior momento para isso acontecer. Recém cicatrizados do rompimento com Ronaldinho e às vésperas de uma Libertadores da América. Resta, agora, suprir esta ausência. Renato terá que enfrentar o Liverpool com os jogadores que tem à disposição. Não há mais tempo para reposição - somente após a entrada na fase quente da competição. No entanto, o Grêmio terá forças suficientes para superar a traição de Jonas e os uruguaios ao mesmo tempo?
Na última sexta-feira, Jonas se enfureceu com a torcida do Grêmio. O time perdia para o São José dentro de casa por 1 a 0. O artilheiro empatou o marcador e saiu correndo para encontro dos torcedores, como de costume. Porém, ao contrário das inúmeras declarações de amor (foto) que prestou ao longo de sua estadia no Olímpico, desta vez Jonas preferiu vociferar. E quando o próprio camisa 7, através de cobrança de falta, virou o placar para o Tricolor, e manteve-se em silêncio, declarou não estar disposto a comemorar com os gremistas. Ninguém entendeu nada na hora, mas agora as peças se encaixam. Jonas, simplesmente, sabia que estava deixando o clube porto-alegrense. Agiu como uma mulher traída e vingativa.
Quando chegou ao Grêmio, em meados de 2007, o atacante vindo do Santos, pouco foi aproveitado pelo então treinador Mano Menezes. Acabou, no ano seguinte, sendo emprestado à Portuguesa. Destacou-se e retornou ao Imortal. Mas nem por isso caiu nas graças da torcida ou do treinador. Celso Roth, que comandava a equipe em 2009, iniciou o ano priorizando Alex Mineiro, Herrera e Máxi López. Foi abaixo de muita pancada que Jonas conseguiu provar o seu valor, alcançando, inclusive, a artilharia do Brasileirão. A partir de então, ganhou até mesmo bandeira com seu rosto estampado em meio as arquibancadas e espaço entre os maiores goleadores da história do clube. E foi exatamente contra estes admiradores que ele protestou na semana passada. Quando conquistou o amor de quem sempre lhe destratou, decidiu ir embora, como se dissesse: "Agora quem não quer sou eu". Poucos entenderam.
A prova da sede de vingança que Jonas sente se explica no destino do atleta. No ano passado, choveram propostas da Rússia, Grécia e outros países. Entretanto, ele aguardava apenas uma: a Espanha. Quando o Valência manifestou interesse em contratá-lo, aceitou sem pestanejar. Isso porque foi da Espanha que partiu, em 2009, o título de um jornal que o apontava como "o pior atacante do mundo". Jonas causará aos espanhóis o mesmo sofrimento que causou aos gremistas. Fará com que os torcedores de toda a Valência o amem, para enfim deixá-los chorando solitários. Para os gremistas, que ficaram abandonados aqui no Rio Grande do Sul, não havia pior momento para isso acontecer. Recém cicatrizados do rompimento com Ronaldinho e às vésperas de uma Libertadores da América. Resta, agora, suprir esta ausência. Renato terá que enfrentar o Liverpool com os jogadores que tem à disposição. Não há mais tempo para reposição - somente após a entrada na fase quente da competição. No entanto, o Grêmio terá forças suficientes para superar a traição de Jonas e os uruguaios ao mesmo tempo?
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
De volta a 2007
Fotos: Diego Vara e Alexandre Lops
O final de semana trouxe vitórias para a dupla Gre-Nal - os colorados bateram o Santa Cruz, enquanto os gremistas superaram o Canoas. Porém, ambos venceram pelo placar mínimo (o Inter, no sábado, com uma bela ajuda do goleiro adversário e o Grêmio, no domingo, com gol de penalidade). De qualquer maneira, os resultados somam mais três pontos e alçam os clubes ao topo da tabela de classificação. Mas convenhamos, é muito pouco ainda para quem sonha em conquistar o tricampeonato da América. E o passado nem tão distante mostrou que o caminho pode dar em nada.
O final de semana trouxe vitórias para a dupla Gre-Nal - os colorados bateram o Santa Cruz, enquanto os gremistas superaram o Canoas. Porém, ambos venceram pelo placar mínimo (o Inter, no sábado, com uma bela ajuda do goleiro adversário e o Grêmio, no domingo, com gol de penalidade). De qualquer maneira, os resultados somam mais três pontos e alçam os clubes ao topo da tabela de classificação. Mas convenhamos, é muito pouco ainda para quem sonha em conquistar o tricampeonato da América. E o passado nem tão distante mostrou que o caminho pode dar em nada.
O Grêmio já estreia nesta quarta-feira, pois adentra uma etapa antes da fase de grupos. O Liverpool do Uruguai, à primeira vista, não promete ser um pedregulho no sapato. Entretanto, o Tricolor pode tropeçar nas próprias pernas. O time montado por Renato, que ressucitou no Brasileirão do ano passado, é praticamente o mesmo (com o "acréscimo" de Gilson, assumindo a vaga de Fábio Santos na lateral). O resto é igual e não é de todo mal. Mas e se uma lesão acometer o plantel? E se Douglas sentir desconforto muscular antes da partida, quem vai armar as jogadas? E se Victor torcer um dedo da mão, Grohe pode assumir a bronca? Até mesmo o improvisado Lúcio, como bem se viu, não tem substituto à altura. Com todo o respeito, mas depender de Júnior Viçosa (foto à esquerda) e Roberson para mudar a história de um jogo é quase piada. É quase uma repetição do que se viu em 2007, quando Mano Menezes conseguiu, apesar do plantel bastante escasso, chegar à finalíssima do torneio continental. Não se pode apostar somente na raça. Falta qualidade!
Da mesma maneira, o rival vermelho parece repetir os passos dados há quatro anos. A comissão técnica guarda os titulares para a disputa da Libertadores, apostando em uma equipe B no Gauchão. Porém, as atuações da garotada - exceto Ricardo Goulart (foto à direita) - não vem atendendo as expectativas. Será que as estrelas farão o seu papel quando chamados? A estreia está marcada somente para o dia 16. Contudo, a data parece tão próxima para quem iniciou a pré-temporada há menos de uma semana. E quem viu o filme de 2007 sabe como este pode terminar: com eliminações pra lá de precoces no Campeonato Estadual e Continental. Coincidência ou não, os cartolas da dupla são os mesmos. No Tricolor, Paulo Odone é o presidente de novo. No Colorado, Luigi, vice de futebol na época, agora assumiu a presidência. Será que não aprenderam com os pecados?
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
O alerta do Gauchão
Foto: André Costa (Costa Press)
Acostumados a se revezar nos títulos estaduais, Grêmio e Inter adentraram 2011 levando o Gauchão na flauta. Tanto no Olímpico como no Beira-Rio a prioridade se chama Libertadores. Porém, os resultados e as atuações não foram como as diretorias esperavam. Times mistos e totalmente formada por reservas comprovam que não existe mais bobos no futebol - principalmente no Rio Grande do Sul. Atualmente, os colorados ocupam o 6º lugar do grupo 1, enquanto os gremistas o 5º do grupo 2. Ou seja, terminando a primeira fase do certame neste momento, ambos estaria fora da próxima fase. Por isso, o sinal de alerta foi ligado nos clubes.
Nesta sexta-feira, o Grêmio encara o São José, dentro de casa, em rodada antecipada por conta da Pré-Libertadores. A necessidade de vencer é enorme, já que a equipe não saiu do empate nas primeiras partidas. E, decidido a tirar o pé da lama, Renato escalará o que tem de melhor. A principal notícia é o retorno do centroavante André Lima (foto), que teve a situação regularizada junto a CBF e fará a dupla de ataque com Jonas. Já é um grande avanço para quem teve de torcer por Júnio Viçosa e Diego Clementino na última rodada. Além do mais, aquela possibilidade do treinador ficar de fora dos jogos pelo interior do Estado está praticamente afastada. O ano que começou de maneira empolgada para o torcedor tricolor começa a preocupar.
No Inter, a preocupação já está instalada há horas. Piorou após a venda de Giuliano para a Ucrânia. Nem mesmo a contratação de Zé Roberto, do Vasco, parece devolver o torcedor colorado a si. A prova disso é que quem pede para que os titulares entrem em campo pelo Gauchão não é mais somente a torcida. Os próprios jogadores estão pedindo para que a comissão técnica volte atrás e dê uma folga ao time B. Até porque, se realmente o torneio continental é o sonho para este ano, a preparação física deve começar logo. Enfim, o Gauchão acendeu o sinal de alerta na dupla.
Acostumados a se revezar nos títulos estaduais, Grêmio e Inter adentraram 2011 levando o Gauchão na flauta. Tanto no Olímpico como no Beira-Rio a prioridade se chama Libertadores. Porém, os resultados e as atuações não foram como as diretorias esperavam. Times mistos e totalmente formada por reservas comprovam que não existe mais bobos no futebol - principalmente no Rio Grande do Sul. Atualmente, os colorados ocupam o 6º lugar do grupo 1, enquanto os gremistas o 5º do grupo 2. Ou seja, terminando a primeira fase do certame neste momento, ambos estaria fora da próxima fase. Por isso, o sinal de alerta foi ligado nos clubes.
Nesta sexta-feira, o Grêmio encara o São José, dentro de casa, em rodada antecipada por conta da Pré-Libertadores. A necessidade de vencer é enorme, já que a equipe não saiu do empate nas primeiras partidas. E, decidido a tirar o pé da lama, Renato escalará o que tem de melhor. A principal notícia é o retorno do centroavante André Lima (foto), que teve a situação regularizada junto a CBF e fará a dupla de ataque com Jonas. Já é um grande avanço para quem teve de torcer por Júnio Viçosa e Diego Clementino na última rodada. Além do mais, aquela possibilidade do treinador ficar de fora dos jogos pelo interior do Estado está praticamente afastada. O ano que começou de maneira empolgada para o torcedor tricolor começa a preocupar.
No Inter, a preocupação já está instalada há horas. Piorou após a venda de Giuliano para a Ucrânia. Nem mesmo a contratação de Zé Roberto, do Vasco, parece devolver o torcedor colorado a si. A prova disso é que quem pede para que os titulares entrem em campo pelo Gauchão não é mais somente a torcida. Os próprios jogadores estão pedindo para que a comissão técnica volte atrás e dê uma folga ao time B. Até porque, se realmente o torneio continental é o sonho para este ano, a preparação física deve começar logo. Enfim, o Gauchão acendeu o sinal de alerta na dupla.
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
Entregando o ouro ao bandido
Fotos: Lucas Uebel e Mauro Schaefer
Por ocorrência da Libertadores da América, a dupla Gre-Nal resolveu escalar seus reservas na segunda rodada do Gauchão. O resultado foi um show de horrores. O Inter venceu o Porto Alegre com as calças na mão e um gol muito estranho de Ricardo Goulart (foto à esquerda). Já o Grêmio ficou no empate em 1 a 1 contra o Ypiranga, em Erechim (foto abaixo). E o pior é que esta deve ser a tendência para o decorrer do certame estadual. Os clubes do interior comemoram como nunca. Já os torcedores colorados e gremistas se escabelam. Enfim, assistir o Campeonato Gaúcho é como acompanhar um torneio de juniores, juvenis.
Enquanto isso, os qualificados são mais poupados do que utilizados. E alguns, ainda por cima, são negociados para a Europa. É o caso do talismã colorado, Giuliano, por exemplo. Nesta quinta-feira o jogador embarcou para Ucrânia, para realizar testes físicos no Dnipro. Se for aprovado, já não vestirá mais a camisa do Internacional. E daí, existe algum jogador no Beira-Rio com capacidade para substituir o atleta vendido? O pior é que alguns argumentam que Giuliano não fará tanta falta assim, pois era reserva do time de Celso Roth. Mas convenhamos, muito mais por birra do treinador, pois até a Conmebol dobrou os joelhos diante do "craque da Libertadores 2010". No Grêmio não é diferente. Adílson e Mário também receberam assédio dos europeus, mas decidiram ficar para fazer história no Olímpico.
INTER: Renan; Daniel, Bolívar, Lúcio e Ramon; Rochemback, Sandro e Ederson; Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.
GRÊMIO: Galatto; Mattioni, Mário, Polga e Neuton; Eduardo Costa, Tinga, Anderson e Ronaldinho; Carlos Eduardo e Douglas Costa.
Ao contrário disso, os clubes preferem entregar o ouro ao bandido.
Por ocorrência da Libertadores da América, a dupla Gre-Nal resolveu escalar seus reservas na segunda rodada do Gauchão. O resultado foi um show de horrores. O Inter venceu o Porto Alegre com as calças na mão e um gol muito estranho de Ricardo Goulart (foto à esquerda). Já o Grêmio ficou no empate em 1 a 1 contra o Ypiranga, em Erechim (foto abaixo). E o pior é que esta deve ser a tendência para o decorrer do certame estadual. Os clubes do interior comemoram como nunca. Já os torcedores colorados e gremistas se escabelam. Enfim, assistir o Campeonato Gaúcho é como acompanhar um torneio de juniores, juvenis.
Enquanto isso, os qualificados são mais poupados do que utilizados. E alguns, ainda por cima, são negociados para a Europa. É o caso do talismã colorado, Giuliano, por exemplo. Nesta quinta-feira o jogador embarcou para Ucrânia, para realizar testes físicos no Dnipro. Se for aprovado, já não vestirá mais a camisa do Internacional. E daí, existe algum jogador no Beira-Rio com capacidade para substituir o atleta vendido? O pior é que alguns argumentam que Giuliano não fará tanta falta assim, pois era reserva do time de Celso Roth. Mas convenhamos, muito mais por birra do treinador, pois até a Conmebol dobrou os joelhos diante do "craque da Libertadores 2010". No Grêmio não é diferente. Adílson e Mário também receberam assédio dos europeus, mas decidiram ficar para fazer história no Olímpico.
Até porque, basta perguntar ao jogador: Giuliano, você gostaria de jogar no desconhecido Dnipro? É claro que ele prefere ficar no atual clube! Resposta semelhante seria dada por Douglas Costa, Taison, Carlos Eduardo, enfim. Aliás, imagine se fosse sempre assim. Tente escalar o time do Inter, apenas com jogadores revelados na base do Beira-Rio. Com certeza, daria uma equipe bastante competitiva. O mesmo acontece com o Grêmio.
INTER: Renan; Daniel, Bolívar, Lúcio e Ramon; Rochemback, Sandro e Ederson; Nilmar, Rafael Sóbis e Alexandre Pato.
GRÊMIO: Galatto; Mattioni, Mário, Polga e Neuton; Eduardo Costa, Tinga, Anderson e Ronaldinho; Carlos Eduardo e Douglas Costa.
Ao contrário disso, os clubes preferem entregar o ouro ao bandido.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Quem não pode, se sacode
Renato decidiu por si só: não estará presente nos jogos do Grêmio pelo interior do Estado. O anúncio foi feito através de uma coletiva de imprensa, comunicando que ele não estará à beira do gramado nem no Gre-Nal de Rivera, pelo Gauchão. Só dirigirá a equipe nas partidas disputadas em Porto Alegre. O motivo seria o desgaste que os profissionais sofrem, devido ao calendário recheado. Ora, o Corinthians irá poupar Ronaldo de alguns jogos do Paulistão para chegar inteiro a Libertadores. No Inter, nenhum dos titulares entrará em campo antes do clube estrear no torneio continental. É regalia demais? Renato acha que, se os astros dos outros times podem, ele pode. Afinal de contas, no Grêmio, quem coloca as cartas é ele!
O porém é que Portaluppi não é mais jogador. Nos tempos em que chutava bola, quando se sentia cansado, colocavam outro atleta para ocupar sua função. Agora ele é treinador. Para a sua função o Grêmio paga apenas por ele. Portanto, deve estar à frente da equipe seja onde ela estiver (assim como manda o hino gremista). Aliás, o próprio salário rechonchudo que cai em sua conta todo final de mês foi uma reivindicação. Somente com um aumento considerável ele continuaria no estádio Olímpico. No final do ano passado, a diretoria acatou. Renato também pediu inúmeros reforços - e ainda segue pedindo. Os dirigentes trouxeram todos e ainda estão se contorcendo para trazer os outros. Renato sentiu que manda e vai testar até onde vai o seu poder. Desta vez, será que a diretoria vai dar aval?
Até aqui, todas os pedidos do comandante foram atendidos e recompensados. Quase como um sequestrador que, quando atendido pela polícia, colabora deixando o refém com vida por mais algumas horas. Mas será que ficar de fora dos jogos do Gauchão é tão essencial assim? É melhor não brincar com Renato! Mas, digamos que Paulo Odone acate o desejo de Renato e lhe dê folga cada vez que o time precisar atuar longe da capital, o que o treinador irá fazer? Vai tirar uns dias de folga nas praias do Rio de Janeiro (foto)? Seria hilário! Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode.
O porém é que Portaluppi não é mais jogador. Nos tempos em que chutava bola, quando se sentia cansado, colocavam outro atleta para ocupar sua função. Agora ele é treinador. Para a sua função o Grêmio paga apenas por ele. Portanto, deve estar à frente da equipe seja onde ela estiver (assim como manda o hino gremista). Aliás, o próprio salário rechonchudo que cai em sua conta todo final de mês foi uma reivindicação. Somente com um aumento considerável ele continuaria no estádio Olímpico. No final do ano passado, a diretoria acatou. Renato também pediu inúmeros reforços - e ainda segue pedindo. Os dirigentes trouxeram todos e ainda estão se contorcendo para trazer os outros. Renato sentiu que manda e vai testar até onde vai o seu poder. Desta vez, será que a diretoria vai dar aval?
Até aqui, todas os pedidos do comandante foram atendidos e recompensados. Quase como um sequestrador que, quando atendido pela polícia, colabora deixando o refém com vida por mais algumas horas. Mas será que ficar de fora dos jogos do Gauchão é tão essencial assim? É melhor não brincar com Renato! Mas, digamos que Paulo Odone acate o desejo de Renato e lhe dê folga cada vez que o time precisar atuar longe da capital, o que o treinador irá fazer? Vai tirar uns dias de folga nas praias do Rio de Janeiro (foto)? Seria hilário! Quem pode, pode. Quem não pode, se sacode.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Aos passos de Clementino
Foto: Tatiana Lopes (Clicesportes)
A história Ronaldinho já é página virada no estádio Olímpico. Nem mesmo a relação Grêmio-Flamengo saiu arranhada. Pelo menos é o que parece após o clube carioca emprestar o meia Vinícius Pacheco (foto) ao Tricolor. Vinícius quem? É exatamente assim que chega o jogador. Mais uma eterna promessa da Gávea que desembarcou em Porto Alegre. Não é a contratação tão esperada para a nova temporada, mas uma indicação do técnico Renato Portaluppi. E isso basta, depois do que se viu em 2010.
Assim como chegou Pacheco, na surdina e sem chamar a atenção, chegaram no meio do ano passado os zagueiros Vilson e Paulão, os laterais Gabriel e Gilson, e os atacantes Júnior Viçosa e Diego Clementino. De renome, apenas Gabriel. O resto, todos apostas da diretoria. No entanto, indicados a dedo por Renato, contavam com a confiança do comandante. Isso acabou refletindo dentro de campo. Clementino chegou a cair nas graças da torcida, pois cada vez que entrava em campo deixava sua marca. E Renato, por sua vez, comprovou a evolução como treinador. Ou tudo não passou de pura sorte? Os reforços que ele trouxe para o Grêmio serviram para fechar o time e encaminhar a vaga na Libertadores. Agora, o caminho é mais árduo. É necessário agregar atletas ao grupo que já existia. Entre as indicações, o zagueiro Rodolfo, ex-Fluminense, era a prioridade. Porém, as tratativas estão difíceis. O mais fácil foi realmente trazer Vinícius Pacheco.
Não dá para sacramentar que Pacheco irá repetir os passos de Clementino e Cia. No Flamengo, ele foi capaz de tomar a titularidade de Petkovic no início de 2010. Mas, assim como subiu de patamar, caiu rapidamente. Foi sumindo entre os reservas até ser emprestado ao Figueirense. É assim que ele chega ao reduto gremista, um desacreditado. No primeiro treino, logo de cara, quatro gols. A torcida se empolga. Mas é melhor não esperar demais. Não porque Vinícius Pacheco não deve render, mas para se surpreender a cada novo drible, a cada novo gol - assim como foi no ano passado.
A história Ronaldinho já é página virada no estádio Olímpico. Nem mesmo a relação Grêmio-Flamengo saiu arranhada. Pelo menos é o que parece após o clube carioca emprestar o meia Vinícius Pacheco (foto) ao Tricolor. Vinícius quem? É exatamente assim que chega o jogador. Mais uma eterna promessa da Gávea que desembarcou em Porto Alegre. Não é a contratação tão esperada para a nova temporada, mas uma indicação do técnico Renato Portaluppi. E isso basta, depois do que se viu em 2010.
Assim como chegou Pacheco, na surdina e sem chamar a atenção, chegaram no meio do ano passado os zagueiros Vilson e Paulão, os laterais Gabriel e Gilson, e os atacantes Júnior Viçosa e Diego Clementino. De renome, apenas Gabriel. O resto, todos apostas da diretoria. No entanto, indicados a dedo por Renato, contavam com a confiança do comandante. Isso acabou refletindo dentro de campo. Clementino chegou a cair nas graças da torcida, pois cada vez que entrava em campo deixava sua marca. E Renato, por sua vez, comprovou a evolução como treinador. Ou tudo não passou de pura sorte? Os reforços que ele trouxe para o Grêmio serviram para fechar o time e encaminhar a vaga na Libertadores. Agora, o caminho é mais árduo. É necessário agregar atletas ao grupo que já existia. Entre as indicações, o zagueiro Rodolfo, ex-Fluminense, era a prioridade. Porém, as tratativas estão difíceis. O mais fácil foi realmente trazer Vinícius Pacheco.
Não dá para sacramentar que Pacheco irá repetir os passos de Clementino e Cia. No Flamengo, ele foi capaz de tomar a titularidade de Petkovic no início de 2010. Mas, assim como subiu de patamar, caiu rapidamente. Foi sumindo entre os reservas até ser emprestado ao Figueirense. É assim que ele chega ao reduto gremista, um desacreditado. No primeiro treino, logo de cara, quatro gols. A torcida se empolga. Mas é melhor não esperar demais. Não porque Vinícius Pacheco não deve render, mas para se surpreender a cada novo drible, a cada novo gol - assim como foi no ano passado.
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Gauchão à moda antiga
Fotos: Marcos Bertoncello e Diego Vara
Houve tempos em que Grêmio e Inter suavam a camisa para vencer seus adversários do Campeoanto Gaúcho. No início da história do torneio, por exemplo, era comum assistir a equipes do Interior do Estado baterem os campeões da Capital. O próprio Inter sofreu na década de 1970, quando tropeçava sucessivamente no São Paulo, de Rio Grande. Duas décadas depois, foi a vez do Juventude aterrorizar a vida dos colorados. Mas nem os gremistas escaparam deste martírio, quando perderam o título de 2000 em pleno estádio Olímpico para o Caxias, do então treinador Tite. Os tempos passaram e estes mesmos Caxias e Juventude (últimos interioranos a conquistar taças estaduais) foram goleados em finalíssimas. Ora com 8 a 1, ora com 4 a 1. A verdade é que a decisão voltou a se bipolarizar entre vermelhos e azuis. Porém, a primeira rodada do Gauchão deste ano trouxe de volta o nivelamento aos resultados.
Grande parte por culpa dos próprios clubes. Quem diria que o Cruzeirinho de Porto Alegre voltaria a vencer o Internacional em um Campeonato Estadual? Claro, os colorados podem argumentar que o time escalado foi o B (foto acima). Mesmo assim, de quem é a culpa? A diretoria fez a escolha pelo grupo de jovens - recém saído das categorias de base - para defender o escudo vermelho. E, aos poucos, a escolha começa a se mostrar errada. Sem nenhum demérito ao Cruzeiro, mas se estivessem em campo os titulares, o resultado possivelmente não seria este.
E o que dizer do Grêmio, que vencia o Lajeadense por dois gols de diferença e acabou empatando no final (foto à direita)? Foi cansaço? Foi subestimação? Alguns jogadores reclamaram do sol. Bom, a temperatura estava alta para todos, até para os adversários. O que não se pode é conceber que um time que almeja conquistar a América emperre diante de um clube recentemente promovido à Série A. Nem os desfalques de Borges, Victor e Lúcio servem como desculpa. Se forem, então se comprova que Renato não dispõe de um plantel qualificado para o principal objetivo desta temporada: a Libertadores da América. Aliás, é por aí mesmo que reforço a minha tese. Com Inter e Grêmio totalmente preocupados com a disputa continental, o Interior vem forte para a disputa do Campeonato Estadual deste ano. Enquanto Douglas tira o pé e D'Alessandro sequer entra em campo, são os Lajeadenses e Cruzeiros que comemoram nesta largada de um Gauchão às antigas.
sexta-feira, 14 de janeiro de 2011
Pensando além do pago
Foto: Edu Andrade
A vibração do goleiro Victor (foto), capitão do Grêmio na conquista do Gauchão de 2010, não deve se repetir neste ano. Não digo isso por considerar o Tricolor inferior atualmente. Muito pelo contrário, o patamar é outro. E exatamente por isso se explica a despreocupação com o Campeonato Estadual de 2011. A maior prova é, coincidentemente, o próprio Victor. Quando a bola rolar neste sábado, dando abertura ao certame, o arqueiro gremista não estará dentro de campo para enfrentar o Lajeadense. O pensamento do clube vai adiante, está na Libertadores da América.
Além de Victor, o lateral/meia Lúcio também desfalcará o time de Renato Portaluppi na estreia. A causa são lesões, nem tão preocupantes, mas significantes para deixar os atletas descansando. Isso porque ninguém quer prejudicar ou ficar de fora do torneio continental, que se inicia no final do mês. Com isso, Marcelo Grohe e Vilson, improvisado no meio, serão promovidos à titularidade. Há também a possibilidade de Júnior Viçosa (ou até mesmo do xodó Diego Clementino) iniciarem a partida, já que Borges acusou dores musculares e o substituto imediato André Lima precisa regularizar sua situação junto à CBF. Agora, pior que os três desfalques do Grêmio, são os onze do Internacional. Mais ainda, nem mesmo os reservas estarão à disposição de Celso Roth. Aliás, nem o comandante será o mesmo. A missão de representar o Colorado nas primeiras rodadas do Gauchão estará com Enderson Moreira e a gurizada do time B.
Definitivamente, as atenções estão totalmente voltadas para o continente. Nem Inter ou Grêmio parecem estar muito preocupados com o torneio sul-riograndense. Essa tendência aumentará a propabilidade de que clubes do interior do Estado apareçam entre as decisões - ou até mesmo como campeões, por que não?! Em 2010, Novo Hamburgo e Pelotas por pouco não levaram o troféu para a casa. Agora, com as duas maiores equipes enredadas na disputa da Taça Libertadores, não seria surpresa ver a reedição da façanha que Juventude e Caxias alcançaram no final da década de 90. E o que mais preocupa é que, se não conseguir garantir o título gaúcho, a dupla Gre-Nal pode ficar a ver navios neste ano. Como não trata de se reforçar, Grêmio e Inter começam a ficar atrás até mesmo dos compatriotas (Santos, Fluminense e Cruzeiro) na corrida pela América.
A vibração do goleiro Victor (foto), capitão do Grêmio na conquista do Gauchão de 2010, não deve se repetir neste ano. Não digo isso por considerar o Tricolor inferior atualmente. Muito pelo contrário, o patamar é outro. E exatamente por isso se explica a despreocupação com o Campeonato Estadual de 2011. A maior prova é, coincidentemente, o próprio Victor. Quando a bola rolar neste sábado, dando abertura ao certame, o arqueiro gremista não estará dentro de campo para enfrentar o Lajeadense. O pensamento do clube vai adiante, está na Libertadores da América.
Além de Victor, o lateral/meia Lúcio também desfalcará o time de Renato Portaluppi na estreia. A causa são lesões, nem tão preocupantes, mas significantes para deixar os atletas descansando. Isso porque ninguém quer prejudicar ou ficar de fora do torneio continental, que se inicia no final do mês. Com isso, Marcelo Grohe e Vilson, improvisado no meio, serão promovidos à titularidade. Há também a possibilidade de Júnior Viçosa (ou até mesmo do xodó Diego Clementino) iniciarem a partida, já que Borges acusou dores musculares e o substituto imediato André Lima precisa regularizar sua situação junto à CBF. Agora, pior que os três desfalques do Grêmio, são os onze do Internacional. Mais ainda, nem mesmo os reservas estarão à disposição de Celso Roth. Aliás, nem o comandante será o mesmo. A missão de representar o Colorado nas primeiras rodadas do Gauchão estará com Enderson Moreira e a gurizada do time B.
Definitivamente, as atenções estão totalmente voltadas para o continente. Nem Inter ou Grêmio parecem estar muito preocupados com o torneio sul-riograndense. Essa tendência aumentará a propabilidade de que clubes do interior do Estado apareçam entre as decisões - ou até mesmo como campeões, por que não?! Em 2010, Novo Hamburgo e Pelotas por pouco não levaram o troféu para a casa. Agora, com as duas maiores equipes enredadas na disputa da Taça Libertadores, não seria surpresa ver a reedição da façanha que Juventude e Caxias alcançaram no final da década de 90. E o que mais preocupa é que, se não conseguir garantir o título gaúcho, a dupla Gre-Nal pode ficar a ver navios neste ano. Como não trata de se reforçar, Grêmio e Inter começam a ficar atrás até mesmo dos compatriotas (Santos, Fluminense e Cruzeiro) na corrida pela América.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Sangue azul
Foto: Alexandre Lops (Inter)
A contratação de uruguaios costuma render bons frutos ao Grêmio - ainda mais em ano de Libertadores. No ano da primeira conquista, em 1983, foi justamente um portenho quem ergueu a taça no estádio Olímpico. Hugo de León deixou o Nacional, por quem já havia sido camepão da América e do Mundo, para vestir a camisa do Imortal Tricolor. Agora, 28 anos depois, o clube quer repetir a dose. Mas não, não é Coates a bola da vez. O "Luganito" (como é chamado o defensor no Uruguai, em comparação ao ex-são paulino Lugano) não deve ser apresentado pelo Grêmio. A parceria com a Traffic, que encaminhava a contratação do jogador, anda estremecida após a novela Ronaldinho. Mesmo assim, os gremistas não desistiram de buscar um zagueiro na República Oriental do Uruguai.
Maurício Victorino, zagueiro de 28 anos, revelado pelo Nacional de Montevidéu, que defendeu a Seleção Uruguaia na Copa da África do Sul e atualmente no Universidad do Chile é a nova pretensão do Grêmio. E antes mesmo de assinar qualquer contrato com o clube porto-alegrense, o atleta pode declarar que o seu sangue é realmente azul. Não somente pelas cores das camisas que trajou, mas também pela herança familiar. O zagueiro é sobrinho de Waldemar Victorino, atacante e ídolo histórico do Nacional. Foram dele os gols que resultaram nos títulos da Libertadores e Mundial de 1980. Nas duas finais, os uruguaios garantiram o caneco com vitórias de 1 a 0, graças a Victorino. Porém, na conquista do torneio continental é que mora a maior curiosidade: o vice-campeão foi o Inter, rival tricolor.
Aliás, o próprio zagueiro pretendido já pode se gabar por ter vencido o Inter. Depois de ser eliminado da Libertadores de 2006 juntamente com o Nacional, Maurício Victorino obteve sua própria vingança sobre os colorados na Sul-Americana de 2009, já defendendo o Universidad do Chile (foto). Ou seja, antes mesmo de confirmar se vem ou não para o Grêmio em 2011, o jogador possui um histórico de sangue azul correndo nas veias. Resta saber se terá o mesmo sucesso de outros compatriotas, como De León e Ancheta.
A contratação de uruguaios costuma render bons frutos ao Grêmio - ainda mais em ano de Libertadores. No ano da primeira conquista, em 1983, foi justamente um portenho quem ergueu a taça no estádio Olímpico. Hugo de León deixou o Nacional, por quem já havia sido camepão da América e do Mundo, para vestir a camisa do Imortal Tricolor. Agora, 28 anos depois, o clube quer repetir a dose. Mas não, não é Coates a bola da vez. O "Luganito" (como é chamado o defensor no Uruguai, em comparação ao ex-são paulino Lugano) não deve ser apresentado pelo Grêmio. A parceria com a Traffic, que encaminhava a contratação do jogador, anda estremecida após a novela Ronaldinho. Mesmo assim, os gremistas não desistiram de buscar um zagueiro na República Oriental do Uruguai.
Maurício Victorino, zagueiro de 28 anos, revelado pelo Nacional de Montevidéu, que defendeu a Seleção Uruguaia na Copa da África do Sul e atualmente no Universidad do Chile é a nova pretensão do Grêmio. E antes mesmo de assinar qualquer contrato com o clube porto-alegrense, o atleta pode declarar que o seu sangue é realmente azul. Não somente pelas cores das camisas que trajou, mas também pela herança familiar. O zagueiro é sobrinho de Waldemar Victorino, atacante e ídolo histórico do Nacional. Foram dele os gols que resultaram nos títulos da Libertadores e Mundial de 1980. Nas duas finais, os uruguaios garantiram o caneco com vitórias de 1 a 0, graças a Victorino. Porém, na conquista do torneio continental é que mora a maior curiosidade: o vice-campeão foi o Inter, rival tricolor.
Aliás, o próprio zagueiro pretendido já pode se gabar por ter vencido o Inter. Depois de ser eliminado da Libertadores de 2006 juntamente com o Nacional, Maurício Victorino obteve sua própria vingança sobre os colorados na Sul-Americana de 2009, já defendendo o Universidad do Chile (foto). Ou seja, antes mesmo de confirmar se vem ou não para o Grêmio em 2011, o jogador possui um histórico de sangue azul correndo nas veias. Resta saber se terá o mesmo sucesso de outros compatriotas, como De León e Ancheta.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
De mala e cuia
Por inúmeras vezes se deu como certa a saída de Guiñazu do Internacional. Agora, neste início de ano, mais uma vez informações dão conta de que ele estaria realmente fazendo as malas. Não faltam clubes interessados no futebol do Cholo. O São Paulo esteve muito próximo de anunciar o argentino em 2010 e está sondando novamente. O técnico Abel Braga, que está no Al Jazira, também já demonstrou interesse em levar o castelhano para os Emirados Árabes. No entanto, a maior ameaça de todas vem de terras próximas: da Argentina. O Boca Juniors estaria a fim de desembolsar alguns milhões para levar Pablo Horácio Guiñazu de volta para a casa. E desta vez parece sério.
O novo presidente Giovanni Luigi desconversa, diz que pretende manter o jogador no plantel. Claro, não quer perder pontos com a torcida apaixonada pelo camisa 5. Porém, resta saber se o próprio jogador não está com vontade de retornar para o seu país natal. No Beira-Rio, Guiñazu alcançou status de ídolo, foi capitão por um determinado período e se diz emocionado com as diversas homenagens do torcedor. Mas ele tem 32 anos e, se não pensa em fazer um bom pé de meia antes de encerrar a carreira, quer realizar o desejo de jogar em um grande clube argentino - mais próximo da família. Parece que não existe melhor hora para deixar Porto Alegre. E, sinceramente, acho que será bom para as duas partes.
Todo início de ano Guina reivindica um aumento salarial. É dele um dos mais altos soldos do elenco. Se o Boca realmente quer levar, o Inter poderia propor uma troca pelo também volante Battaglia (que é mais jovem, recebe menos e não deixará a qualidade cair). Aliás, da categoria de base colorada emergem três promissores atletas: Élton, Juliano e Augusto. Se não encontrarem lugar no time de cima, acabarão deixando o pago. E a realidade financeira do clube necessita de uma nova revelação - ao estilo Sandro para melhor. Tudo bem que os colorados sentirão falta do fôlego sem fim do Cholo, mas não sei se a motivação que o trouxe até aqui continuará por mais uma temporada. Ou se a idade irá permitir.
O novo presidente Giovanni Luigi desconversa, diz que pretende manter o jogador no plantel. Claro, não quer perder pontos com a torcida apaixonada pelo camisa 5. Porém, resta saber se o próprio jogador não está com vontade de retornar para o seu país natal. No Beira-Rio, Guiñazu alcançou status de ídolo, foi capitão por um determinado período e se diz emocionado com as diversas homenagens do torcedor. Mas ele tem 32 anos e, se não pensa em fazer um bom pé de meia antes de encerrar a carreira, quer realizar o desejo de jogar em um grande clube argentino - mais próximo da família. Parece que não existe melhor hora para deixar Porto Alegre. E, sinceramente, acho que será bom para as duas partes.
Todo início de ano Guina reivindica um aumento salarial. É dele um dos mais altos soldos do elenco. Se o Boca realmente quer levar, o Inter poderia propor uma troca pelo também volante Battaglia (que é mais jovem, recebe menos e não deixará a qualidade cair). Aliás, da categoria de base colorada emergem três promissores atletas: Élton, Juliano e Augusto. Se não encontrarem lugar no time de cima, acabarão deixando o pago. E a realidade financeira do clube necessita de uma nova revelação - ao estilo Sandro para melhor. Tudo bem que os colorados sentirão falta do fôlego sem fim do Cholo, mas não sei se a motivação que o trouxe até aqui continuará por mais uma temporada. Ou se a idade irá permitir.
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
Quem vem então?
Foto: Globoesporte.com
Tudo bem, Ronaldinho Gaúcho assinou contrato com o Flamengo e o Grêmio ficou a ver navios. Mas e aí, vai ficar órfão? Se não traz Ronaldinho, não traz mais ninguém? Sinceramente, o clube pode pagar caro com esta escolha. Até se fala em busca de reforços. Porém, as posições incluem um zagueiro, um volante e não se fala muito no meio-campo. E, convenhamos, o Tricolor tem apenas um meia confiável: Douglas. Além dele, todos os outros são apostas.
Maylson, Fernando e Roberson são as possibilidades. Talvez por isso se explique a improvisação do lateral-esquerdo Lúcio na terceira função da meia-cancha. Aliás, na formação da equipe para a temporada 2011, o técnico Renato Portaluppi repetiu o mesmo esquema que terminou 2010. Porém, a saída de Fábio Santos forçou a escalação de Gilson como o novo camisa 6 do Grêmio. Não há outra saída. Até porque, as opções que Renato teria no banco de reservas não vão permanecer no estádio Olímpico. Souza, que poderia retornar à titularidade, já foi apresentado pelo Fluminense. Leandro, depois dos fiascos em seu apartamento e da festa com a torcida são-paulina, será entregue ao primeiro clube que se manifestar. E, por fim, Danilo Rios (foto) poderia ser a alternativa.
Danilo foi trazido para Porto Alegre ainda em 2007, para reformular a equipe de Mano Menezes após a perda da Libertadores da América. Considerado a grande revelação do Bahia naquela época, foi pouco aproveitado, mas continuou no elenco para o ano seguinte. Largou com certo crédito ao lado de Vágner Mancini. Mas, assim que o treinador foi demitido, Danilo foi emprestado ao Vitória. De lá para cá, vestiu as camisas de Atlético-MG, Guarani, São Caetano, Duque de Caxias e até mesmo Juventude. Não aprovou em nenhum deles. Agora, está de volta ao Olímpico. Será que receberá nova chance no Grêmio? Como sabemos, o clube não tem muito dinheiro em caixa para investir em contratações. Nem mesmo a parceria com a Traffic, que traria o zagueiro uruguaio Coates, deu certo. Tudo melou depois do insucesso envolvendo Ronaldinho. O que não pode melar é o próprio Grêmio em 2011.
Tudo bem, Ronaldinho Gaúcho assinou contrato com o Flamengo e o Grêmio ficou a ver navios. Mas e aí, vai ficar órfão? Se não traz Ronaldinho, não traz mais ninguém? Sinceramente, o clube pode pagar caro com esta escolha. Até se fala em busca de reforços. Porém, as posições incluem um zagueiro, um volante e não se fala muito no meio-campo. E, convenhamos, o Tricolor tem apenas um meia confiável: Douglas. Além dele, todos os outros são apostas.
Maylson, Fernando e Roberson são as possibilidades. Talvez por isso se explique a improvisação do lateral-esquerdo Lúcio na terceira função da meia-cancha. Aliás, na formação da equipe para a temporada 2011, o técnico Renato Portaluppi repetiu o mesmo esquema que terminou 2010. Porém, a saída de Fábio Santos forçou a escalação de Gilson como o novo camisa 6 do Grêmio. Não há outra saída. Até porque, as opções que Renato teria no banco de reservas não vão permanecer no estádio Olímpico. Souza, que poderia retornar à titularidade, já foi apresentado pelo Fluminense. Leandro, depois dos fiascos em seu apartamento e da festa com a torcida são-paulina, será entregue ao primeiro clube que se manifestar. E, por fim, Danilo Rios (foto) poderia ser a alternativa.
Danilo foi trazido para Porto Alegre ainda em 2007, para reformular a equipe de Mano Menezes após a perda da Libertadores da América. Considerado a grande revelação do Bahia naquela época, foi pouco aproveitado, mas continuou no elenco para o ano seguinte. Largou com certo crédito ao lado de Vágner Mancini. Mas, assim que o treinador foi demitido, Danilo foi emprestado ao Vitória. De lá para cá, vestiu as camisas de Atlético-MG, Guarani, São Caetano, Duque de Caxias e até mesmo Juventude. Não aprovou em nenhum deles. Agora, está de volta ao Olímpico. Será que receberá nova chance no Grêmio? Como sabemos, o clube não tem muito dinheiro em caixa para investir em contratações. Nem mesmo a parceria com a Traffic, que traria o zagueiro uruguaio Coates, deu certo. Tudo melou depois do insucesso envolvendo Ronaldinho. O que não pode melar é o próprio Grêmio em 2011.
segunda-feira, 10 de janeiro de 2011
Mais simples que um Silva
Foto: football-wallpapers.com
Depois de assistir de camarote à novela Ronaldinho, o Internacional está vacinado. Não atira ao vento os nomes que pretende contratar - até para não acirrar a concorrência. Pela promessa da diretoria, pelo menos um nome de peso deve desembarcar no Beira-Rio antes do início da Libertadores da América. Para o ataque, já se falou em Grafite, Luís Fabiano, Ricardo Oliveira e até mesmo no francês Trezeguet. Provavelmente não seja nenhum destes. Além de atacantes, o Colorado pretende anunciar um volante. A posição está órfã desde a venda de Sandro. E os boatos indicam que Gilberto Silva (foto) é o alvo das investidas vermelhas.
Seria a saída perfeita para Fernando Carvalho apagar a imagem que deixou de Wilson Matias - o "espetacular". Gilberto é jogador de Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo, tendo sido campeão na primeira delas, em 2002. No entanto, é exatamente este passado vitorioso o grande concorrente do Inter na negociação. O volante é pretendido também pelo Palmeiras, que conta com (nada mais, nada menos) Felipão no banco de reservas. E, para quem não lembra, foi Scolari quem dirigiu o Brasil no pentacampeonato da Coreia e Japão. Por isso, os colorados largam em desvantagem nas tratativas. E sabem disso. Talvez seja esta a razão para não divulgarem nenhuma negociação em andamento até agora.
Entretanto, a saída para uma possível frustração na negociação com o volante foi apresentada neste final de semana. É uma escapatória simples e comum. Mais simples que um Silva (sobrenome do Gilberto pretendido). No time B que realiza pré-temporada em Bento Gonçalves, estão algumas peças que prometem encaixar na equipe principal. Uma delas é o garoto Élton. Volante habilidoso e de bom porte físico, foi ele o autor do primeiro gol na vitória de 2 a 0 sobre o São José, no amistoso realizado neste domingo, na Montanha dos Vinhedos. Aliás, basta o Internacional olhar para o seu passado e perceber que o Beira-Rio é fabricante de volantes de qualidade. Além do próprio Sandro, titular na conquista do bi da Libertadores, o ídolo Falcão e o capitão Dunga também surgiram das categorias de base. Então, por que não dar chance a um garoto novamente?
Depois de assistir de camarote à novela Ronaldinho, o Internacional está vacinado. Não atira ao vento os nomes que pretende contratar - até para não acirrar a concorrência. Pela promessa da diretoria, pelo menos um nome de peso deve desembarcar no Beira-Rio antes do início da Libertadores da América. Para o ataque, já se falou em Grafite, Luís Fabiano, Ricardo Oliveira e até mesmo no francês Trezeguet. Provavelmente não seja nenhum destes. Além de atacantes, o Colorado pretende anunciar um volante. A posição está órfã desde a venda de Sandro. E os boatos indicam que Gilberto Silva (foto) é o alvo das investidas vermelhas.
Seria a saída perfeita para Fernando Carvalho apagar a imagem que deixou de Wilson Matias - o "espetacular". Gilberto é jogador de Seleção Brasileira, disputou três Copas do Mundo, tendo sido campeão na primeira delas, em 2002. No entanto, é exatamente este passado vitorioso o grande concorrente do Inter na negociação. O volante é pretendido também pelo Palmeiras, que conta com (nada mais, nada menos) Felipão no banco de reservas. E, para quem não lembra, foi Scolari quem dirigiu o Brasil no pentacampeonato da Coreia e Japão. Por isso, os colorados largam em desvantagem nas tratativas. E sabem disso. Talvez seja esta a razão para não divulgarem nenhuma negociação em andamento até agora.
Entretanto, a saída para uma possível frustração na negociação com o volante foi apresentada neste final de semana. É uma escapatória simples e comum. Mais simples que um Silva (sobrenome do Gilberto pretendido). No time B que realiza pré-temporada em Bento Gonçalves, estão algumas peças que prometem encaixar na equipe principal. Uma delas é o garoto Élton. Volante habilidoso e de bom porte físico, foi ele o autor do primeiro gol na vitória de 2 a 0 sobre o São José, no amistoso realizado neste domingo, na Montanha dos Vinhedos. Aliás, basta o Internacional olhar para o seu passado e perceber que o Beira-Rio é fabricante de volantes de qualidade. Além do próprio Sandro, titular na conquista do bi da Libertadores, o ídolo Falcão e o capitão Dunga também surgiram das categorias de base. Então, por que não dar chance a um garoto novamente?
domingo, 9 de janeiro de 2011
A culpa é do Renato!
A decepção dos gremistas com Ronaldinho é tão grande, que já tem quem defenda a expulsão da família Assis de Porto Alegre. Até por uma questão de segurança. Outros vão ainda mais longe e pedem a exclusão do "Gaúcho" como sobrenome do jogador. Porém, a alcunha não foi uma opção do jogador. Quando surgiu, o camisa 10 do Grêmio dividia os holofotes com outro Ronaldo, chamado de Fenômeno pela mídia. Por isso, para diferenciá-los, o Ronaldo gremista virou Ronaldinho Gaúcho. Algo semelhante aconteceu com o atual treinador do Tricolor. Ao trocar o Grêmio pelo Flamengo, em 1987, Renato Portaluppi se transformou em Renato Gaúcho. Quem sabe não está aí o exemplo seguido pelo irmão de Assis?
A grande diferença é que, quando se mudou de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, Renato já tinha 25 anos e era campeão do Mundo no Olímpico. Ronaldinho, por sua vez, rumou para a França com 21 e apenas com títulos estaduais no currículo. Agora, surge a possibilidade de repetir os passos do grande ídolo tricolor. Isso se Ronaldinho realmente é torcedor! Pois foi com a camisa do rubro-negro que Portaluppi garantiu títulos brasileiros. Lá, perdeu o gauchês para adquirir o sotaque dos cariocas - algo que Ronaldinho jamais perdeu. No entanto, foi em território fluminense que Portaluppi (ou Renato Gaúcho) se transformou em Rei do Rio (foto).
A coroação não veio de forma maliciosa. Apesar das famosas noitadas, Renato conquistou o título dentro de campo, batendo os badalados Romário e Túlio. Será que não está aí o sonho de Ronaldinho Gaúcho? Aproveitar as praias cariocas e, de quebra, se transformar no Rei do Rio. Porém, Ronaldo pulou uma etapa. Antes de conquistar o resto do mundo, a pessoa precisa reinar dentro de casa. E, convenhamos, após o fiasco na negociação com o Grêmio, Ronaldinho não pisará em Porto Alegre tão cedo. Mesmo assim, se o fizer (seja para jogar no Beira-Rio ou Olímpico), terá que ser escoltado do aeroporto ao estádio. E a culpa disso tudo é de Renato! Mais uma vez, ele serviu de exemplo. Mas ninguém consegue fazer como ele faz!
A grande diferença é que, quando se mudou de Porto Alegre para o Rio de Janeiro, Renato já tinha 25 anos e era campeão do Mundo no Olímpico. Ronaldinho, por sua vez, rumou para a França com 21 e apenas com títulos estaduais no currículo. Agora, surge a possibilidade de repetir os passos do grande ídolo tricolor. Isso se Ronaldinho realmente é torcedor! Pois foi com a camisa do rubro-negro que Portaluppi garantiu títulos brasileiros. Lá, perdeu o gauchês para adquirir o sotaque dos cariocas - algo que Ronaldinho jamais perdeu. No entanto, foi em território fluminense que Portaluppi (ou Renato Gaúcho) se transformou em Rei do Rio (foto).
A coroação não veio de forma maliciosa. Apesar das famosas noitadas, Renato conquistou o título dentro de campo, batendo os badalados Romário e Túlio. Será que não está aí o sonho de Ronaldinho Gaúcho? Aproveitar as praias cariocas e, de quebra, se transformar no Rei do Rio. Porém, Ronaldo pulou uma etapa. Antes de conquistar o resto do mundo, a pessoa precisa reinar dentro de casa. E, convenhamos, após o fiasco na negociação com o Grêmio, Ronaldinho não pisará em Porto Alegre tão cedo. Mesmo assim, se o fizer (seja para jogar no Beira-Rio ou Olímpico), terá que ser escoltado do aeroporto ao estádio. E a culpa disso tudo é de Renato! Mais uma vez, ele serviu de exemplo. Mas ninguém consegue fazer como ele faz!
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Não vale a pena ver de novo, Assis
A novela que envolve Ronaldinho Gaúcho parece estar perto do fim. A coletiva de imprensa organizada nesta quinta, no Rio de Janeiro, não serviu para acalmar os torcedores brasileiros. Muito pelo contrário, colocou ainda mais lenha na fogueira. De certo, é que o camisa 10 ficará no Brasil mesmo, encerrando o ciclo com o Milan. Porém, o destino ainda está indefinido. Três clubes apresentaram propostas: Grêmio, Flamengo e Palmeiras. Agora, caberá a Assis, empresário e irmão de Ronaldo, bater o martelo. E, tomara, ele não repita o erro que cometeu na própria carreira. Senão, o enredo terá um nome: vale a pena ver de novo.
Revelação promissora do estádio Olímpico, Assis surgiu para o futebol no final da década de 80. Aliás, marcou um dos dois gols que deram o título da primeira Copa do Brasil, em 1989, do Tricolor Gaúcho sobre o Sport Recife. Atuava como meia-atacante, um ponteiro clássico, e era visto como a menina dos olhos. Depois de conquistar três Gauchões com a camisa gremista, rumou para o Sion, da Suíça. Ainda rodou pelo Sporting, de Portugal, e, claro, não obteve o mesmo sucesso que o irmão teria futuramente. Entretanto, voltaria ao Brasil em 1996 para reencontrar o bom futebol. O destino poderia ter sido o berço gremista, mas Assis preferiu as praias cariocas - as mesmas praias que hoje servem de chamarisco para Ronaldinho. No Vasco e Fluminense, Assis não repetiu o bom futebol do início da carreira. Retornou à Europa, cruzando por Suíça, Portugal e ainda Japão e México. Por fim, decidiu voltar para casa e encerrar a carreira. O clube escolhido foi o Corinthians paulista, em 2000. Não precisa nem dizer que a passagem foi apagadíssima. Tanto que ninguém sentiu sua falta quando se mandou para a França, para defender o Montpellier, pendurando de vez as chuteiras.
A esperança dos gremistas é que Assis tenha aprendido a lição: nem as praias do Rio ou o glamour de São Paulo. O ex-jogador gremista tem a chance de refazer o próprio caminho, acertando o passo do irmão. O melhor lugar para Ronaldinho voltar a sorrir e jogar futebol é realmente o Grêmio. Até porque, nem Flamengo ou Palmeiras estão na Libertadores da América - ao contrário do clube gaúcho. Esta novela não vale a pena ver de novo, Assis!
Revelação promissora do estádio Olímpico, Assis surgiu para o futebol no final da década de 80. Aliás, marcou um dos dois gols que deram o título da primeira Copa do Brasil, em 1989, do Tricolor Gaúcho sobre o Sport Recife. Atuava como meia-atacante, um ponteiro clássico, e era visto como a menina dos olhos. Depois de conquistar três Gauchões com a camisa gremista, rumou para o Sion, da Suíça. Ainda rodou pelo Sporting, de Portugal, e, claro, não obteve o mesmo sucesso que o irmão teria futuramente. Entretanto, voltaria ao Brasil em 1996 para reencontrar o bom futebol. O destino poderia ter sido o berço gremista, mas Assis preferiu as praias cariocas - as mesmas praias que hoje servem de chamarisco para Ronaldinho. No Vasco e Fluminense, Assis não repetiu o bom futebol do início da carreira. Retornou à Europa, cruzando por Suíça, Portugal e ainda Japão e México. Por fim, decidiu voltar para casa e encerrar a carreira. O clube escolhido foi o Corinthians paulista, em 2000. Não precisa nem dizer que a passagem foi apagadíssima. Tanto que ninguém sentiu sua falta quando se mandou para a França, para defender o Montpellier, pendurando de vez as chuteiras.
A esperança dos gremistas é que Assis tenha aprendido a lição: nem as praias do Rio ou o glamour de São Paulo. O ex-jogador gremista tem a chance de refazer o próprio caminho, acertando o passo do irmão. O melhor lugar para Ronaldinho voltar a sorrir e jogar futebol é realmente o Grêmio. Até porque, nem Flamengo ou Palmeiras estão na Libertadores da América - ao contrário do clube gaúcho. Esta novela não vale a pena ver de novo, Assis!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Sangue tipo B
Foto: Marcos Bertoncello
Em outros anos, o Internacional apresentava ao torcedor contratações de peso. Fernandão, Tinga, Nilmar, D'Alessandro e Sóbis foram os últimos nomes que desembarcaram no Beira-Rio após negociações. Prestes a iniciar a temporada 2011, o colorado ainda não viu nada neste nível. E talvez nem veja. As especulações foram muitas, e de grande quilate. Atletas puro sangue, diriam os criadores de cavalo. No entanto, pelo jeito, os reforços para este ano virão realmente do time B, que realiza pré-temporada em Bento Gonçalves. A necessidade vigente de trazer jogadores acabou minando o torcedor vermelho. Porém, ao contrário do arquirrival Grêmio (que está repatriando Ronaldinho Gaúcho), o Inter deve olhar para as categorias de base e banco de reservas para reformular o elenco. A causa disso: perda de dinheiro no Mundial? Investimento nas obras do estádio? Não sei, talvez as duas juntas. A única certeza é que um grande nome não virá.
Quando se falou em Léo Moura do Flamengo, leia-se Bustos. Lateral-direito contratado pelo Grêmio junto ao Cúcuta, o colombiano chegou ao Beira-Rio em 2008. De lá para cá, não só decepcionou a direção como acabou sendo emprestado para outros clubes e rebaixado ao time B. Também se cogitou a possibilidade do Inter buscar um volante que substitua Sandro à altura. Edinho, campeão do mundo em 2006, era o grande favorito. Entretanto, ele deve acertar com o Fluminense. E assim, Celso Roth terá de se contentar com os garotos Juliano, Augusto e Elton. Por fim, quem sonhou com Luís Fabiano e Ricardo Oliveira, acordará ao lado de Guto. Artilheiro do Brasileirão Sub-23, o centroavante será testado no Gauchão para assumir uma vaga entre os inscritos da Libertadores.
Ainda há tempo de sair para o mercado. O próprio presidente Giovanni Luigi anunciou que o clube só irá contratar jogador em condição de chegar e vestir a camisa titular. Até agora, nenhum indício. Aliás, para não cometer injustiças, o principal reforço é o zagueiro Rodrigo, afastado pela diretoria gremista por mau comportamento no ano passado. Com um currículo de respeito, ele era aguardado para a disputa do Mundial de Clubes, mas acabou sendo barrado pela Fifa. Rodrigo teve o contrato renovado e, enfim, poderá defender o Colorado a partir do Gauchão. Mas não há como negar que, até aqui, o torcedor do Inter só pode invejar o Grêmio de Ronaldinho, o Santos de Elano e o Fluminense de Cavalieri.
Em outros anos, o Internacional apresentava ao torcedor contratações de peso. Fernandão, Tinga, Nilmar, D'Alessandro e Sóbis foram os últimos nomes que desembarcaram no Beira-Rio após negociações. Prestes a iniciar a temporada 2011, o colorado ainda não viu nada neste nível. E talvez nem veja. As especulações foram muitas, e de grande quilate. Atletas puro sangue, diriam os criadores de cavalo. No entanto, pelo jeito, os reforços para este ano virão realmente do time B, que realiza pré-temporada em Bento Gonçalves. A necessidade vigente de trazer jogadores acabou minando o torcedor vermelho. Porém, ao contrário do arquirrival Grêmio (que está repatriando Ronaldinho Gaúcho), o Inter deve olhar para as categorias de base e banco de reservas para reformular o elenco. A causa disso: perda de dinheiro no Mundial? Investimento nas obras do estádio? Não sei, talvez as duas juntas. A única certeza é que um grande nome não virá.
Quando se falou em Léo Moura do Flamengo, leia-se Bustos. Lateral-direito contratado pelo Grêmio junto ao Cúcuta, o colombiano chegou ao Beira-Rio em 2008. De lá para cá, não só decepcionou a direção como acabou sendo emprestado para outros clubes e rebaixado ao time B. Também se cogitou a possibilidade do Inter buscar um volante que substitua Sandro à altura. Edinho, campeão do mundo em 2006, era o grande favorito. Entretanto, ele deve acertar com o Fluminense. E assim, Celso Roth terá de se contentar com os garotos Juliano, Augusto e Elton. Por fim, quem sonhou com Luís Fabiano e Ricardo Oliveira, acordará ao lado de Guto. Artilheiro do Brasileirão Sub-23, o centroavante será testado no Gauchão para assumir uma vaga entre os inscritos da Libertadores.
Ainda há tempo de sair para o mercado. O próprio presidente Giovanni Luigi anunciou que o clube só irá contratar jogador em condição de chegar e vestir a camisa titular. Até agora, nenhum indício. Aliás, para não cometer injustiças, o principal reforço é o zagueiro Rodrigo, afastado pela diretoria gremista por mau comportamento no ano passado. Com um currículo de respeito, ele era aguardado para a disputa do Mundial de Clubes, mas acabou sendo barrado pela Fifa. Rodrigo teve o contrato renovado e, enfim, poderá defender o Colorado a partir do Gauchão. Mas não há como negar que, até aqui, o torcedor do Inter só pode invejar o Grêmio de Ronaldinho, o Santos de Elano e o Fluminense de Cavalieri.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Quem vai dançar na festa de Ronaldinho?
Foto: Valdir Friolin
Apesar dos protestos, cartazes espalhados por Porto Alegre e críticas a Assis, não existe gremista que não queira ver Ronaldinho Gaúcho com a camisa 10 do Grêmio. Mas não há como negar que a saída dele para o Paris Saint-German, em 2001, deixou feridas na relação. Agora, seria a volta do filho prodígio ao estádio Olímpico. Aliás, até mesmo para os mais céticos, é a chance do atleta se redimir junto à torcida tricolor. Para isso, ele não pode ficar sentado no banco de reservas (como ficou no Milan). Deve chamar para si a responsabilidade. O grande problema é decidir quem vai dançar nesta festa de Ronaldinho.
O Gaúcho já ocupou diversas funções do campo: como meia armador, atacante e antigo ponteiro. No auge, com a camisa do Barcelona, atuava no esquema 4-3-3, ao lado de mais dois atacantes. Será que esta posição será repetida pelo técnico Renato Portaluppi? Outra opção é centralizá-lo no meio-campo, criando as jogadas ofensivas da equipe. E dentro deste quadro, quem vai abandonar a titularidade? Com certeza não será Jonas, artilheiro do Brasileirão e grande esperança para a Libertadores da América. Será o maestro Douglas, que cansou de deixar os companheiros pifados na cara do gol no ano passado? Ou a figura do camisa 9 (Borges e André Lima) deixará de existir no Tricolor? Enfim, alguém terá de sentar no banco para Ronaldinho provar a que veio.
A possibilidade mais viável é se aproveitar da ausência de um lateral-esquerdo. Em 2010, o titular da camisa foi Fábio Santos, que está acertando o passaporte para defender a Lazio, na Itália. Desta maneira, Lúcio, que foi escalado por Renato como meia, deve ser deslocado para sua posição de origem. E assim, uma vaga no meio-campo está em aberto - ou pelo menos estava. Se repetir o losango utilizado no último ano, o Grêmio atuará com Rochemback na primeira função e Adílson pela direita. A única indefinição é sobre quem será centralizado: Ronaldinho ou Douglas? Ambos não possuem a característica de marcação, que tanto se destacou na improvisação de Lúcio. E aí estará a bomba. Mesmo que ninguém perca a titularidade, todos vão correr pelo Dentuço (que já não tem a preparação física de tempos atrás). Douglas, Jonas, André Lima e Borges vão ter que dançar, para Ronaldinho fazer a festa.
Apesar dos protestos, cartazes espalhados por Porto Alegre e críticas a Assis, não existe gremista que não queira ver Ronaldinho Gaúcho com a camisa 10 do Grêmio. Mas não há como negar que a saída dele para o Paris Saint-German, em 2001, deixou feridas na relação. Agora, seria a volta do filho prodígio ao estádio Olímpico. Aliás, até mesmo para os mais céticos, é a chance do atleta se redimir junto à torcida tricolor. Para isso, ele não pode ficar sentado no banco de reservas (como ficou no Milan). Deve chamar para si a responsabilidade. O grande problema é decidir quem vai dançar nesta festa de Ronaldinho.
O Gaúcho já ocupou diversas funções do campo: como meia armador, atacante e antigo ponteiro. No auge, com a camisa do Barcelona, atuava no esquema 4-3-3, ao lado de mais dois atacantes. Será que esta posição será repetida pelo técnico Renato Portaluppi? Outra opção é centralizá-lo no meio-campo, criando as jogadas ofensivas da equipe. E dentro deste quadro, quem vai abandonar a titularidade? Com certeza não será Jonas, artilheiro do Brasileirão e grande esperança para a Libertadores da América. Será o maestro Douglas, que cansou de deixar os companheiros pifados na cara do gol no ano passado? Ou a figura do camisa 9 (Borges e André Lima) deixará de existir no Tricolor? Enfim, alguém terá de sentar no banco para Ronaldinho provar a que veio.
A possibilidade mais viável é se aproveitar da ausência de um lateral-esquerdo. Em 2010, o titular da camisa foi Fábio Santos, que está acertando o passaporte para defender a Lazio, na Itália. Desta maneira, Lúcio, que foi escalado por Renato como meia, deve ser deslocado para sua posição de origem. E assim, uma vaga no meio-campo está em aberto - ou pelo menos estava. Se repetir o losango utilizado no último ano, o Grêmio atuará com Rochemback na primeira função e Adílson pela direita. A única indefinição é sobre quem será centralizado: Ronaldinho ou Douglas? Ambos não possuem a característica de marcação, que tanto se destacou na improvisação de Lúcio. E aí estará a bomba. Mesmo que ninguém perca a titularidade, todos vão correr pelo Dentuço (que já não tem a preparação física de tempos atrás). Douglas, Jonas, André Lima e Borges vão ter que dançar, para Ronaldinho fazer a festa.
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Corrida contra o tempo
Foto: Jornal El País
Por enquanto, Ronaldinho Gaúcho é reforço apenas das boates brasileiras. Já foi visto na noite de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Florianópolis. Agora a torcida gremista torce para que ele esteja na apresentação oficial da próxima quinta-feira, quando todos os jogadores, mais comissão técnica, darão o pontapé inicial na temporada de 2011. Porém, antes mesmo de Ronaldinho decidir se veste a camisa tricolor (ou não), os outros jogadores começaram a suar. Nesta terça, os trabalhos foram abertos com o novo preparador físico Flávio de Oliveira. Tudo para acelerar o condicionamento físico dos atletas. E quem pensa que a vida de boleiro é difícil, que vá morar no Uruguai - terra do primeiro grande adversário do Grêmio.
Na cidade de Montevidéu, se você cruzar com um grupo de homens correndo pelos parques, verá semelhanças com o trabalho iniciado no Olímpico nesta terça. São os jogadores do Liverpool, que enfrentará o Imortal pela pré-Libertadores no dia 26. Acontece que em território uruguaio vigora uma lei que obriga os clubes de futebol a iniciarem suas atividades apenas no dia 5 de janeiro. Preocupado com a estreia na competição mais importante das Américas, o Liverpool iniciou a pré-temporada de forma "clandestina". Sem a presença do treinador ou preparador físico, os atletas correm pela praça como se fossem um grupo de amigos (foto). Sem casacos, uniformes nem nada que identifique o local de trabalho. No mínimo estranho!
Mas não se pode subestimar o inimigo castelhano. Esta será a primeira participação do clube, que tem 96 anos de história, e que não quer fazer feio diante dos torcedores. No entanto, não há como colocá-los em um altar intocável. A grande façanha do Liverpool até hoje é o tricampeonato da 2ª divisão uruguaia (em 1966, 1987 e 2002). Seria como assistir o Cruzeirinho de Porto Alegre chegar a uma Libertadores da América. Convenhamos, quem deve temer são eles. Aliás, a própria pré-temporada (iniciada de maneira "ilegal") demonstra a diferença de um "negriazul" para outro. Lamentável, mas pelo que parece os uruguaios correrão por nada.
Por enquanto, Ronaldinho Gaúcho é reforço apenas das boates brasileiras. Já foi visto na noite de Porto Alegre, Rio de Janeiro e Florianópolis. Agora a torcida gremista torce para que ele esteja na apresentação oficial da próxima quinta-feira, quando todos os jogadores, mais comissão técnica, darão o pontapé inicial na temporada de 2011. Porém, antes mesmo de Ronaldinho decidir se veste a camisa tricolor (ou não), os outros jogadores começaram a suar. Nesta terça, os trabalhos foram abertos com o novo preparador físico Flávio de Oliveira. Tudo para acelerar o condicionamento físico dos atletas. E quem pensa que a vida de boleiro é difícil, que vá morar no Uruguai - terra do primeiro grande adversário do Grêmio.
Na cidade de Montevidéu, se você cruzar com um grupo de homens correndo pelos parques, verá semelhanças com o trabalho iniciado no Olímpico nesta terça. São os jogadores do Liverpool, que enfrentará o Imortal pela pré-Libertadores no dia 26. Acontece que em território uruguaio vigora uma lei que obriga os clubes de futebol a iniciarem suas atividades apenas no dia 5 de janeiro. Preocupado com a estreia na competição mais importante das Américas, o Liverpool iniciou a pré-temporada de forma "clandestina". Sem a presença do treinador ou preparador físico, os atletas correm pela praça como se fossem um grupo de amigos (foto). Sem casacos, uniformes nem nada que identifique o local de trabalho. No mínimo estranho!
Mas não se pode subestimar o inimigo castelhano. Esta será a primeira participação do clube, que tem 96 anos de história, e que não quer fazer feio diante dos torcedores. No entanto, não há como colocá-los em um altar intocável. A grande façanha do Liverpool até hoje é o tricampeonato da 2ª divisão uruguaia (em 1966, 1987 e 2002). Seria como assistir o Cruzeirinho de Porto Alegre chegar a uma Libertadores da América. Convenhamos, quem deve temer são eles. Aliás, a própria pré-temporada (iniciada de maneira "ilegal") demonstra a diferença de um "negriazul" para outro. Lamentável, mas pelo que parece os uruguaios correrão por nada.
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Bento em baixa
Bem que neste ano, ao rumar para a pré-temporada, o Internacional poderia parar de utilizar a expressão subir a Serra. Não quer dizer com isso que os colorados não vão mais à cidade. O plano ainda é esquentar, em terras bento-gonçalvenses, o time que disputará o Gauchão. O grande problema é que a própria Bento Gonçalves está em baixa - futebolisticamente falando. Enquanto o Grêmio já anunciou ainda em dezembro que ficará em Porto Alegre mesmo, o Inter atravessa a Pipa Pórtico nesta segunda-feira. No entanto, apenas a equipe B dará o ar da graça desta vez.
Ao contrário do que aconteceu ano passado, o Colorado decidiu que os titulares ficarão na capital, treinando para a Libertadores da América. A tarefa de representar o clube na região serrana caberá à gartoda, aos suplentes. Não vai nenhum desmerecimento neste comentário, mas convenhamos: os torcedores preferiam mil vezes assistir a D'Alessandro e companhia chutar a bola, do que ver Ytalo, Guto ou Augusto (para citar alguns dos que farão a pré-temporada em 2011). Mas o que aconteceu com a cidade de Bento Gonçalves? Por que as vinícolas e os gramados perfeitos do campeonato amador não atraem mais a dupla Gre-Nal? Será que foram as brigas do último ano? Naquela vez, até mesmo os outdoors (colocados para recepcionar) foram totalmente rasgados (e acabaram assustando).
Uma das razões pode ser a primeira desistência. Quando o Tricolor anunciou a mudança de rota, o coirmão abraçou a causa imediatamente. Apesar de se intitularem rivais, Inter e Grêmio se amam. O que um faz, o outro quer fazer. E assim, a Serra perdeu a dupla. Porém, o que mais dói para os torcedores bento-gonçalvenses (principalmente os gremistas) é que a negativa partiu de um ídolo. Renato Portaluppi, sempre lembrado com orgulho pela cidade que deu os primeiros passos no futebol, foi quem decidiu deixar Bento Gonçalves fora do itinerário em 2011. Mas será que Renato se orgulha do seu passado? Até a única alegria que restaria - com a ausência da dupla - não irá contribuir este ano. Nem o Clube Esportivo servirá para trazer grandes equipes à Montanha dos Vinhedos. Os torcedores vão ter de se contentar em disputar a Segundona Gaúcha em 2011. Enfim, Bento parece estar em baixa mesmo.
Ao contrário do que aconteceu ano passado, o Colorado decidiu que os titulares ficarão na capital, treinando para a Libertadores da América. A tarefa de representar o clube na região serrana caberá à gartoda, aos suplentes. Não vai nenhum desmerecimento neste comentário, mas convenhamos: os torcedores preferiam mil vezes assistir a D'Alessandro e companhia chutar a bola, do que ver Ytalo, Guto ou Augusto (para citar alguns dos que farão a pré-temporada em 2011). Mas o que aconteceu com a cidade de Bento Gonçalves? Por que as vinícolas e os gramados perfeitos do campeonato amador não atraem mais a dupla Gre-Nal? Será que foram as brigas do último ano? Naquela vez, até mesmo os outdoors (colocados para recepcionar) foram totalmente rasgados (e acabaram assustando).
Uma das razões pode ser a primeira desistência. Quando o Tricolor anunciou a mudança de rota, o coirmão abraçou a causa imediatamente. Apesar de se intitularem rivais, Inter e Grêmio se amam. O que um faz, o outro quer fazer. E assim, a Serra perdeu a dupla. Porém, o que mais dói para os torcedores bento-gonçalvenses (principalmente os gremistas) é que a negativa partiu de um ídolo. Renato Portaluppi, sempre lembrado com orgulho pela cidade que deu os primeiros passos no futebol, foi quem decidiu deixar Bento Gonçalves fora do itinerário em 2011. Mas será que Renato se orgulha do seu passado? Até a única alegria que restaria - com a ausência da dupla - não irá contribuir este ano. Nem o Clube Esportivo servirá para trazer grandes equipes à Montanha dos Vinhedos. Os torcedores vão ter de se contentar em disputar a Segundona Gaúcha em 2011. Enfim, Bento parece estar em baixa mesmo.
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